quinta-feira 16 2017

Flexitarianismo: o regime alimentar ideal para os (quase) vegetarianos


Você até gostaria de ser vegetariana, mas não dispensa uma farofa com bacon? Então você pode se identificar com o flexitarianismo

FOTO: ISTOCK
Você certamente já ouviu falar no vegetarianismo, uma dieta que elimina totalmente o consumo de carne, embora inclua outros produtos de origem animal, como ovos e leite. Mas você já viu algo a respeito dos “quase vegetarianos”, que até evitam as carnes, mas acabam consumindo esses alimentos de vez em quando?
Nesse caso, podemos estar falando de um flexitariano – palavra que vem da junção de “flexível” e “vegetariano”. Pois é exatamente assim que o flexitarianismo funciona: as carnes são evitadas na maior parte do tempo, mas os adeptos dessa dieta se permitem consumir esses alimentos em raras ocasiões.

Ser flexitariano é diferente de ser onívoro

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A maior parte das pessoas segue uma dieta onívora, o que significa que elas comem de tudo: verduras, legumes, frutas, cereais, ovos, leite, peixe, frango, carne de gado etc. Um flexitariano até pode consumir carnes, mas ele se diferencia do onívoro pela frequência com que faz isso.
No flexitarianismo, a dieta é muito mais parecida com a de um vegetariano, pois seus seguidores dão preferência a alimentos de origem vegetal em cerca de 80% de suas refeições, seja por motivos de saúde ou ecológicos.
Nessa modalidade, o consumo de carne acontece esporadicamente, dependendo do contexto social, como em uma festa de aniversário, e da vontade pessoal. Dessa forma, a ingestão de peixe, frango e carne de porco ou gado é muito mais restrita para um flexitariano do que para um onívoro, que consome esses alimentos na maior parte de suas refeições.

Motivos que levam ao flexitarianismo

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A escolha por uma dieta flexitariana pode ser motivada por diferentes razões. Uma das mais simples é a preferência pessoal, quando alguém não gosta do sabor da maioria das carnes e, por isso, evita o seu consumo – embora possa ingerir alimentos que contenham carne, como tortas salgadas, farofa com bacon e feijoada.
Outro motivo para a adoção de uma dieta flexitariana é quando a pessoa até gostaria de parar de comer carne, seja por se sentir culpada em relação aos animais ou pelo impacto que esse hábito causa ao meio ambiente, mas não consegue ficar totalmente sem o alimento.
Dessa forma, as pessoas passam a reservar esse derivado animal para pouquíssimas refeições. Essa é uma situação comum para quem acabou de tomar a decisão de se tornar vegetariano, fazendo com que o flexitarianismo às vezes seja um período de transição entre dietas.
Há ainda pessoas que desejariam ser vegetarianas, mas que por algum motivo não estão conseguindo suprir suas necessidades de ferro e vitamina B12, encontrados principalmente na carne. Dessa maneira, elas acabam consumindo pequenas porções desse alimento por uma questão de saúde.

Além da flexibilidade, é preciso ter orientação profissional

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Uma dieta flexitariana pode trazer uma série de benefícios, inclusive para o meio ambiente. A produção e o consumo de carne têm uma grande responsabilidade na emissão de gás carbônico e no uso da água. Dessa maneira, restringir a ingestão desse alimento é uma forma de diminuir o impacto ambiental.
Além disso, o consumo excessivo de carne está associado ao desenvolvimento de doenças como hipertensão, colesterol alto, obesidade e câncer, fazendo com que o flexitarianismo seja uma dieta mais saudável.
Apesar desses benefícios, quem decide adotar uma dieta que restrinja o consumo de carnes precisa ter acompanhamento nutricional, pois há uma alteração na quantidade de nutrientes ingeridos, como os já citados ferro e vitamina B12 e, em menor proporção, as proteínas.
Dessa forma, ao assumir uma grande mudança nos hábitos alimentares, é sempre recomendado buscar orientação profissional para garantir que a nova dieta trará apenas efeitos positivos para a sua saúde.