sexta-feira 03 2016

PF prende ex-coordenador de Fiscalização da Receita na Operação Esfinge


Investigadores miram fraudes em contratos da Casa Moeda que podem ter faturado um valor superior a 6 bilhões de reais

Operação Esfinge da Polícia Federal
PF cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços dos alvos da Operação Esfinge (PF/Divulgação)
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Esfinge para desmantelar uma quadrilha que fraudava licitações em contratos públicos. Um dos principais alvos das diligências é o ex-coordenador-geral de Fiscalização da Receita Federal Marcelo Fisch e a sua mulher, que foram presos hoje, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. Além das duas prisões preventivas, a PF cumpre cinco mandados de busca e apreensão em endereços dos integrantes do grupo em São Paulo e Brasília.
Segundo os investigadores, o contrato fraudulento foi firmado com a Casa da Moeda e chegou a faturar mais de 6 bilhões de reais nos últimos seis anos. A ação é um desdobramento da Operação Vícios, deflagrada em julho do ano passado. Um escritório de consultoria do bando teria recebido 70 milhões de reais sem prestar os serviços contratados.
A PF mira em um contrato do Sistema de Controle da Produção de Bebida (SICOBE), responsável pela instalação de equipamentos que controlam e contabilizam a fabricação de produtos de bebida fria (cerveja, refrigerante, suco, água mineral, entre outros) para evitar a sonegação de impostos. Vinculada ao Ministério da Fazenda, a Casa da Moeda é uma estatal que fabrica, entre outras atividades, cédulas de dinheiro. moedas, medalhas, selos, passaportes, bilhetes para metrô e ônibus, e carteiras de trabalho.
A operação é feita em conjunto com integrantes do Ministério da Fazenda e do Ministério Público Federal. Os suspeitos são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em nota publicada no ano passado, quando foi desencadeada a Operação Vícios, a Casa da Moeda informou que foi a instituição, sob nova gestão, que identificou as irregularidades e passou o caso à Polícia Federal para a devida apuração. Segundo o texto, o contrato investigado foi firmado com a empresa Sicpa e tinha vigência até dezembro deste ano.

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