sexta-feira 25 2015

Dilma tenta rachar o PMDB acenando para Leonardo Picciani com a Presidência da Câmara. Já combinou com os russos?

Por que a reforma ministerial empacou? Porque reforma não é, e se trata, na verdade, só de uma tentativa de acomodar o PMDB. Ocorre que, mais uma vez, os magos do Planalto fizeram tudo errado, e a presidente Dilma tentou premiar o partido passando por cima de seus principais líderes.
Michel Temer não foi consultado. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, foi igualmente atropelado. Renan Calheiros (PMDB-AL), que preside o Senado, inicialmente pensado para ser um cavalo de Tróia do palácio no partido, também não mereceu tratamento condizente.
Acontece que Temer é vice-presidente da República e presidente do PMDB. Cunha e Renan têm seus próprios cavaleiros, não é? Algum mau leitor de Maquiavel lá do Planalto resolveu ter um ideia: “Por que a gente não ganha Leonardo Picciani (RJ), líder do partido, um rapaz articulado, ambicioso, um dos lugare-tenente de Cunha? A gente atrai o rapaz, enfraquece o presidente da Câmara e, assim, desarticula o movimento pró-impeachment”.
E foi o que Dilma tentou fazer. Sabem como é… Leonardo é jovem, embora seja experiente em muita coisa. Foi eleito pela primeira vez aos 23 anos, à esteira das façanhas do pai, o deputado estadual do Rio e presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani.
Dilma acenou ao ainda jovem Picciani com a presidência da Câmara já em 2016 — se a coisa der (ou desse) certo, ele chegará (ou chegaria) ao posto aos 37 anos, um feito realmente notável, né?
Ocorre que, para que isso aconteça, ele terá antes de combinar com muitos russos. Dilma garantia a quem quisesse ouvir, por exemplo, que Eduardo Cunha só seria presidente da Câmara por cima do seu cadáver. Ele preside a Casa por cima de seu vivo esperneio.
Nunca vi manobra como essa tentada com Picciani dar certo.
A reforma ministerial empacou porque a presidente e seus luminares acharam que poderiam rachar o PMDB, usando Picciani como instrumento. Que se geraram perturbações, isso é certo. Que vá resultar em alguma coisa, aí duvido um pouco.
Em visita a Goiânia nesta sexta, Cunha disse o que pensa a respeito:
“Por mim, o PMDB deve ficar com zero ministério. Não só não vou participar [da reforma], como não quero que o PMDB participe. Eu defendo que o PMDB saia do governo e que tenha instância própria”.
O presidente da Câmara cobrou ainda uma um convenção nacional do partido para debater se o partido deve ou não continuar na base:
“Se tem uma parte do PMDB que entende que tem que ficar no governo, que fique pela governabilidade, ou fique sem cargos, sem exigir mais cargos. Quem defende a governabilidade e acha que o Brasil passa pelo momento difícil que passa, não deveria exigir cargos para isso. Deveria estar desprendido pela política pública. Mas acho, essa é minha opinião pessoal, de militante do PMDB, vou defender na convenção, que eu espero que seja convocação, que o PMDB saia da base.”
E, bem, se notaram, o silêncio de Michel Temer a respeito é muito eloquente.
No chamado presidencialismo de coalizão, é claro que o presidente governa com o concurso dos partidos aliados. Isso é normal. Mas é preciso saber para que se governa e com que intuito se busca fazer uma maioria.
Olhem aqui: não custa lembrar que Collor tentou afastar o cálice do impechment fazendo o que se chamou à época de um “ministério de notáveis”. Mesmo assim, não deu certo. Não me parece que Dilma será bem-sucedida tentando levar para o ministério alguns… notórios.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-tenta-rachar-o-pmdb-acenando-para-leonardo-picciani-com-a-presidencia-da-camara-ja-combinou-com-os-russos/

Fundação Bill Gates processa Petrobras por perdas com ações


Entidade ligada ao bilionário americano alega que "o esquema de suborno e lavagem de dinheiro" a fez perder dezenas de milhões de dólares investidos da petroleira

Bill Gates durante reunião do G20 em Cannes, na França
A fundação está processando a Petrobras por conta própria, sugerindo acreditar que poderá ser a melhor maneira de recuperar mais de suas perdas em recibos de ações da Petrobras negociadas nos EUA(Pascal Guyot/AFP/VEJA)
A Fundação Bill & Melinda Gates entrou com um processo contra a Petrobras para recuperar perdas com ações da petroleira decorrentes do escândalo bilionário de corrupção na estatal de petróleo, investigado pela operação Lava Jato.
Segundo a queixa, registrada na quinta-feira à noite na corte federal de Manhattan, "o esquema de suborno e lavagem de dinheiro" causou à Fundação Gates e a outro autor, WGI Emerging Markets Fund LLC, uma perda de dezenas de milhões de dólares investidos da petroleira. "Na verdade, o escândalo ainda parece aumentar a cada dia, à medida que mais criminosos, mais prisões e mais contas bancárias secretas são descobertos", disse a ação.
A Petrobras está enfrentando uma enorme quantidade de processos nos Estados, que alegam anos de corrupção, incluindo subornos, que teriam inflado o valor de suas ações e títulos em mais de 98 bilhões de dólares. Criada em 2000 pela Microsoft Corp, a fundação tem como foco a melhoria da educação e da saúde e a redução da pobreza.
A fundação está processando a Petrobras por conta própria, sugerindo acreditar que poderá ser a melhor maneira de recuperar mais de suas perdas em recibos de ações da Petrobras negociadas nos EUA (ADRs). A filial brasileira da auditora da petroleira PricewaterhouseCoopers (PwC) também é ré.
Procuradas, a Petrobras e a PwC não tinham comentários imediatos sobre a reportagem. Os advogados da fundação não responderam imediatamente aos pedidos para comentar. Westwood Global Investments LLC, uma empresa com sede em Boston, gerencia investimentos para a fundação e para o fundo WGI.
O valor de mercado da Petrobras, que era de quase 300 bilhões de dólares há sete anos, caiu mais de 90% desde então. Em abril, a petroleira anunciou perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção e reduziu em mais de 44 bilhões de reais o valor de seus ativos.
A fundação com sede em Seattle é uma das maiores organizações de caridade do mundo, com doações de 41,3 bilhões de dólares.
(Com agência Reuters)

PSDB pede ao STF abertura de investigação contra Dilma


Partido utilizou como argumento o pedido da Polícia Federal para investigar o ex-presidente Lula, entregue ao Supremo na semana passada

Deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP)
PSDB entra com pedido ao STF para investigar presidente Dilma Rousseff no caso da Lava Jato(Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)
O PSDB protocolou nesta sexta-feira uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede autorização do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, para abertura de uma investigação contra a presidente Dilma Rousseff. A demanda teve como base uma solicitação da Polícia Federal entregue ao Supremo na semana passada, que pedia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passasse a fazer parte das investigações.
O partido argumenta ao STF que, pela peça da Polícia Federal, "há elementos mais do que suficientes para dar início às investigações de Dilma Rousseff". A vedação à responsabilização de presidente da República, segundo o partido, precisa de uma reanálise. Com base em despacho do próprio ministro Teori Zavascki, o PSDB afirma que a presidente pode ser investigada, restando restrita apenas a abertura de uma ação penal.
O documento é assinado pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio. "A presidente Dilma Rousseff pode, sim, ser investigada. O que ocorreu naquele caso concreto é que, no entendimento de Vossa Excelência, não haveria elementos para que a mesma fosse investigada", escreveu o deputado, sobre a avaliação da PGR endossada pelo ministro Teori Zavascki de não investigar Dilma em março, quando inquéritos contra políticos foram abertos no STF.
"Entretanto, diversa é a hipótese deste processo, em que todos os elementos conduzem para a necessidade de se investigar. A própria condição funcional de Dilma Vana Rousseff à época dos fatos, ou seja, Ministra de Minas e Energia, Presidente do Conselho de Administração da Petrobras e Ministra da Casa Civil, por si só, a coloca no centro dos fatos criminosos, exigindo, no mínimo, explicações plausíveis e aceitáveis para eventual alegação de que 'nada sabia'", escreve o PSDB.
Lula - Na última semana, o delegado da PF solicitou ao STF uma autorização para tomar depoimento de Lula - o procedimento faz parte do inquérito que investiga uma suposta organização criminosa que atuou no petrolão. Zavascki ainda aguarda parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a solicitação, já que a PGR é a condutora do inquérito que corre perante o Supremo. No mesmo relatório, a PF aponta que a Constituição veda a investigação da presidente Dilma, ao estabelecer que o "presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções".
(Com Estadão Conteúdo)

Sérgio Moro, precisa ter nosso total e irrestrito apoio! Este vídeo merece ser compartilhado muitas e muitas vezes...





O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato, participou do Exame Fórum 2015 e, em entrevista ao diretor de redação do site de VEJA Carlos Graieb, afirmou que o sistema judicial brasileiro é falho e que promove "processos sem fim". Assista


Sergio Moro: 'Na Lava Jato, me deparei com um quadro de corrupção sistêm...





O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato, participou do Exame Fórum 2015 e, em entrevista ao diretor de redação do site de VEJA Carlos Graieb, afirmou que o sistema judicial brasileiro é falho e que promove "processos sem fim". Assista



Marido da ex-ministra Ideli Salvatti ganha cargo de US$ 7,4 mil


Com a alta do dólar, salário de Jeferson da Silva Figueiredo chega a mais de R$ 30.000 reais mensais

Ideli Salvatti
Ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais(Reprodução/Radar/VEJA)
Com a nomeação da ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti como assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos, o governo indicou o marido da petista para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, também na capital americana. As nomeações provocaram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares.
O segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, casado com a petista, assume as novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de 7.400 dólares, o que corresopnde a mais de 30.000 reais mensais. Figueiredo também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de 10.000 dólares, mais de 40.000 reais.
A nomeação foi feita antes de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter anunciado o novo corte no Orçamento e severas restrições de gastos públicos para enfrentar a crise econômica. A portaria de transferência do marido de Ideli foi assinada no dia 5 de agosto pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, a pedido da ex-ministra.
Ideli inicialmente procurou o Exército para pedir a designação de Figueiredo. Mas foi avisada de que essas nomeações passam por um processo de seleção, em que vários fatores são analisados e que a Força não dispunha dessa vaga. Ideli, então, recorreu a Wagner, que atendeu seu pedido e assinou a portaria avocando o parágrafo único do artigo 1º do decreto 2.790 de 1998, que dizia que "ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada competência" para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA) e que, nas Forças, a prerrogativa é dos comandantes.
Um mês depois, esse decreto foi revogado e os comandantes perderam essa prerrogativa, sem serem avisados. Diante da repercussão negativa entre os militares, o governo foi obrigado a recuar.
Com a nomeação de Figueiredo, o Brasil passará a contar com dezenove militares na Junta Interamericana de Defesa: onze oficiais e oito praças. Conforme o Ministério da Defesa, trabalham na entidade 57 militares e civis de 23 dos 27 Estados-membros. A Junta tem a função de prestar à OEA "serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo sobre temas relacionados com assuntos militares e de Defesa".
Figueiredo, de acordo com a pasta, exercerá atribuições em funções administrativas. A "missão é do tipo transitória e de natureza militar", conforme portaria de designação. A jornada de trabalho é de 32 horas semanais. O ministério afirma que Figueiredo "preenche os requisitos necessários para ocupar o cargo".
No início do ano passado, o marido da ex-ministra já tinha sido alvo de comentários. Ele foi designado para sua primeira missão internacional pelo então ministro da Defesa Celso Amorim para que fosse à Rússia, por duas semanas, integrando uma comissão de dez pessoas que foi avaliar o sistema antiaéreo Pantsir-S, que o Exército brasileiro estava interessado em comprar. Sua habilitação e formação para a função foram questionadas para a missão, mas o marido de Ideli explicou que fora escolhido porque fala russo.
Apesar de trabalhar em Washington, Ideli não deverá seguir para Nova York para se encontrar com a presidente Dilma, que chegou nesta sexta-feira aos EUA.
(Com Estadão Conteúdo)

Frank Sinatra- Let me try again





I Swear - Eu Juro





Helicóptero usado por Dilma solta labareda na decolagem


De acordo com a assessoria da FAB, o voo da presidente foi "100%

 seguro"


Labareda vista no helicóptero usado pela presidente Dilma Rousseff antes de decolar do Palácio da Alvorada para a Base Aérea de Brasília - 24/09/2015
Labareda vista no helicóptero usado pela presidente Dilma Rousseff antes de decolar do Palácio da Alvorada para a Base Aérea de Brasília - 24/09/2015(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O helicóptero usado pela presidente Dilma Rousseff para ir do Palácio da Alvorada até a Base Aérea de Brasília nesta quinta-feira (24) soltou uma labareda instantes antes de decolar. O momento, que durou cerca de três segundos, foi registrado pelo jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com a assessoria da Força Área Brasileira (FAB), o voo de Dilma foi "100% seguro". A FAB afirma que o piloto do helicóptero, modelo H-34 Super Puma, tomou conhecimento do episódio, mas resolveu seguir o plano de voo porque o painel de controle não apontou nenhuma falha. Da Base Aérea de Brasília, Dilma embarcou rumo a Nova York para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
(Com Estadão Conteúdo)