domingo 29 2015

O deputado Celso Russomanno é flagrado pela terceira vez pagando empregados com dinheiro do contribuinte

REINCIDENTE SERIAL- Russomanno, sobre o seu terceiro flagrante: “Não fiz nada de irregular”
REINCIDENTE SERIAL- Russomanno, sobre o seu terceiro flagrante: “Não fiz nada de irregular” (Silvia Costanti/Folhapress)
Estando bom para ambas as partes..." O bordão criado nos anos 90 para um quadro de defesa do consumidor de um programa de TV ele repete até hoje. De lá para cá, no entanto, muita coisa mudou na vida de Celso Russomanno. Ex-office boy, ex-colunista social e apresentador de TV, ele entrou para a política, elegeu-se deputado federal pelo PSDB, candidatou-se a prefeito de Santo André pelo PPB, a governador de São Paulo pelo PP e, em 2012, a prefeito da cidade pelo PRB. Na ocasião, chegou a ocupar o primeiro lugar na disputa (terminou em terceiro, fora do segundo turno). Agora, tentará a sorte novamente como candidato à prefeitura de São Paulo, e, desta vez, larga como favorito, com 34% das intenções de voto, segundo o instituto Datafolha. A vida de Russomanno deu muitas voltas, mas certas práticas do deputado permaneceram imutáveis.
Na semana passada, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que ele mantém ao menos cinco servidores públicos, remunerados com verba parlamentar, como funcionários da entidade que preside em São Paulo, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec). Não é a primeira vez que o deputado recorre à prática de usar dinheiro do contribuinte para pagar seus empregados. Nem a segunda.
De 1997 a 2001, quando era deputado federal, Russomanno designou a assessora de gabinete Sandra de Jesus para dar expediente em sua produtora, a Night and Day. Pela prática, foi condenado por peculato pela Justiça Federal em fevereiro do ano passado. Recorreu da decisão.
Em 2010, o deputado incluiu Fabiane Brejan no quadro de funcionários de seu gabinete na Câmara. Na prática, porém, Fabiane atuava como coordenadora de sua campanha ao governo de São Paulo. Ela entrou com uma ação trabalhista contra o ex-patrão e ainda o acusou de assédio moral. Em 2012, as partes firmaram um acordo pelo qual Russomanno aceitou pagar 205 000 reais à ex-funcionária.
Pego agora em seu terceiro flagrante, Russomanno se diz injustiçado. "De irregular, não estou fazendo absolutamente nada", afirma. Sua versão é que seu escritório político (a que os deputados têm direito) e o Inadec funcionam no mesmo endereço, mas os servidores não trabalham no instituto. A afirmação é posta em xeque por uma atendente que dá expediente na entidade, Márcia Renata de Mattos. Ela recebe 5 095 reais mensais como funcionária de gabinete do deputado e pode ser vista no local orientando compradores lesados em busca de ajuda. Como paladino dos consumidores, Russomanno está se saindo um ótimo lesa-contribuinte. Mas se está bom para ele...

Mulher de Delcídio quer que ele faça delação


Maika, mulher do senador Delcídio do Amaral, já discutiu o assunto com um advogado e pretende falar com o marido ainda neste fim de semana, quando o visitará na cadeia

Maika, esposa de Delcídio do Amaral
Maika: ela queria que o marido deixasse o PT(Delcídio do Amaral/ Flickr/Reprodução)
A mulher do senador Delcídio do Amaral, Maika, está convencida de que a única saída para o marido, preso na semana passada pela Operação Lava Jato, é tentar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Ela já discutiu o tema com o advogado de Delcídio e pretende falar com o marido sobre o assunto ainda neste fim de semana, quando deve visitá-lo na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Maika tem dito que Delcídio não pode pagar sozinho por erros cometidos pelo PT e pelo Planalto - o senador era líder do governo até ser preso pela PF, na quarta-feira. Como revelou a coluna Radar on-line, Maika costumava dizer ao marido que ele deveria deixar o PT e atribui a sua atual situação à presidente Dilma Rousseff. Ela fez esse desabafo num telefonema a um amigo da família logo após a prisão de Delcídio.
No depoimento que prestou na quinta-feira à PF, Delcídio citou a presidente Dilma, de maneira espontânea, pelo menos três vezes. "A então ministra (de Minas e Energia no governo Lula) Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul", afirmou o senador. "Como a área de exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobrás e a secretaria comandada pela Dilma Rousseff", disse.
Em conversas reservadas nos últimos dois dias, o entorno mais próximo do senador considerou pequenas as chances de Delcídio conseguir um habeas corpus na Justiça após a divulgação da gravação feita por Bernardo Cerveró. Na conversa, Delcídio afirma que irá recorrer a ministros do Supremo Tribunal Federal para conseguir um habeas corpus para o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, pai de Bernardo.O senador ainda trata de detalhes sobre um plano de fuga para o ex-diretor que, segundo os investigadores, seria financiado pelo banqueiro André Esteves, também preso desde quarta-feira.
(Com Estadão Conteúdo)

quinta-feira 26 2015

Felicidade - Mário Sérgio Cortella


"Somente quem já teve a oportunidade de assistir a uma palestra desse "monstro" da filosofia que é MarioCortella sabe a serenidade e sabedoria que ele consegue transmitir. Eu por sorte já assisti a duas na J&J e não me canso de ver os vídeos, entrevistas e reportagens. Abaixo um trechinho da entrevista onde ele fala sobre a felicidade.
Mario Sergio Cortella - É importante saber o que realmente significa a felicidade. Ela é uma vibração intensa, uma sensação de vitalidade que nos atinge e dá um gosto imenso por estarmos vivos. Mas a felicidade é episódica, uma ocorrência eventual. A vida é carregada por momentos de turbulência.
Ninguém pode ser feliz o tempo todo. Isso seria uma insanidade e poderia gerar um stress na nossa capacidade mental. Por isso, há momentos em que a felicidade pode ser favorecida, como no local de trabalho ou na carreira, por exemplo. Se para algumas pessoas ela representa o acúmulo de bens materiais, para outras é o reconhecimento por algo que se está fazendo. Receber elogios de um
cliente ou do chefe, nesse sentido, proporciona uma vibração momentânea de alto nível. 

É o que experimenta um músico quando a plateia o aplaude. Ou um executivo, com o aumento da lucratividade da empresa. No mundo do trabalho, a felicidade é produzida pelo reconhecimento. E ele pode ser financeiro ou vir por meio de um agradecimento.  


Eu nasci em meados da década de 1950. Minha geração buscou essencialmente a estabilidade como meta. O emprego estável era o que mais oferecia essa condição. Já as novas gerações procuram experiências. Elas querem fazer da vida uma possibilidade de experimentar várias coisas. A atual geração vive a agitação, que significa velocidade, instantaneidade, simultaneidade e mobilidade. 

Felicidade entrevista com Mário Sérgio Cortella





Advogado de Cerveró é preso nos Estados Unidos


Edson Ribeiro já havia deixado o país quando sua prisão foi decretada. Operação da PF seria batizada em referência a senador romano que tentou derrubar a República

Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, durante audiência no Congresso Nacional

Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, durante audiência no Congresso Nacional(Rodolfo Buhrer/Reuters)

A Polícia Federal informou na noite desta quarta-feira que o advogado Edson Ribeiro, alvo da Operação Lava Jato, foi preso nos Estados Unidos. A PF destacou que Ribeiro, defensor do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, será transferido para o Brasil após realização de alguns procedimentos burocráticos.
O advogado já havia saído do país quando sua prisão foi decretada. A PF informou que o visto de Edson Ribeiro foi cassado.
A operação que levou à prisão do advogado, do senador Delcídio do Amaral (PT/MS), de seu chefe-de-gabinete Diogo Ferreira, e do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, se chamaria Catilina - uma referência ao militar e senador da Roma Antiga, celebrizado por ter tentado derrubar a República e a oligarquia do Senado. Mas, ao final, os investigadores decidiram não batizar a missão que tem como alvo maior o líder do governo no Senado.
(Com Estadão Conteúdo)

quarta-feira 25 2015

Mário Sérgio Cortella | Se você não existisse, que falta faria?



Líder do governo ofereceu R$ 50 mil mensais para Cerveró não fazer delação, diz PGR |



delcidio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki informou nesta quarta-feira (25) que a Procuradoria-Geral da República relatou, em documento enviado à corte, que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada ou, se o fizesse, não citar o parlamentar.

Delcídio foi preso na manhã desta quarta em Brasília pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, segundo os investigadores, por estar atrapalhando apurações. Além dele, também foram presos pela PF o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, e o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira. Há também mandado de prisão do advogado Édson Ribeiro, que defendeu Cerveró. Como ele está nos Estado Unidos, a PF pediu ao STF a inclusão do nome dele no alerta vermelho da Interpol.
Zavascki leu em sessão do tribunal o relatório da PGR que serviu de base aos pedidos de prisão.
Segundo Zavascki, o relatório da PGR afirma que os valores prometidos a Cerveró seriam repassados à família do ex-diretor da Petrobras por meio de um contrato fictício entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.
A PGR teve acesso gravações realizadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, de duas reuniões recentes – realizadas nos dias 4 e 19 de novembro – com a participação de Delcídio do Amaral e André Esteves.

Segundo a Procuradoria, Delcídio também prometeu a Cerveró influir em julgamentos no STF para ajudá-lo. O senador disse que falaria com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para influenciar a Corte.
“O presente caso apresenta linha de muito maior gravidade. O parlamentar não está praticando crimes qualquer, está atentando contra a própria jurisdição do Supremo Tribunal Federal”, disse Zavascki.
Em diversos trechos, o relatório da PGR aponta tentativas de Delcídio em “embaraçar as investigações”. Fala em “atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e “tentativa de interferência política em investigações judiciais”.

Procurada, a assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, recebeu uma ligação do Delcídio e embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso. O G1 também procurou a Presidência da República, e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
Por meio de nota, o BTG Pactual disse estar “à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.”
Fuga pelo Paraguai
A Procuradoria citou uma gravação na qual Delcídio discutiu meios de rota para Cerveró deixar o país, em caso de o STF conceder habeas corpus para o ex-diretor da Petrobras.

Na rota prevista por Delcídio, Cerveró iria, primeiro, para o Paraguai e depois viajaria para a Espanha.
Histórico
O líder do governo foi citado na Lava Jato na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria.

Em outubro, Delcídio havia negado o teor da denúncia de Baiano e disse que a citação a seu nome era “lamentável”.
Delcídio  também foi citado em outro contrato da Petrobras, que trata do aluguel de navios-sonda para a estatal. Segundo Baiano, houve um acordo entre Delcídio, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro Silas Rondeau, também filiado ao PMDB, para dividir entre si suborno de US$ 6 milhões.
O líder do governo havia classificado a denúncia de uma “coisa curiosa” que não tem lógica.

G1

Com a maior cara Lavada, deputado do PT diz a Juiz Moro que recebeu R$ 190 mil ‘por engano’

"É muita cara de pauzíce não é?
Só faltava eles dizerem que roubaram a Petrobras e destruíram a economia também, por engano.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-RS) disse que a doação eleitoral que recebeu para a campanha de 2014 da empresa Engevix foi “um engano”.
O parlamentar foi ouvido como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, nesta quinta-feira (19), na ação penal em que Vaccari responde com o ex-ministro José Dirceu por corrupção na Petrobras".




De acordo com a prestação de contas de Teixeira, ele recebeu R$ 190 mil da Engevix em 2014, através do Diretório Nacional do partido.
Eu liguei para o senhor Vaccari e disse ‘Olha, eu não conheço essa empresa e ela fez uma doação’ e não tinha sido ela quem tinha feito a doação, mas tinha sido feita uma troca que fora feita por engano, mas quando foi feita a doação já era impossível revertê-la para desfazer esse engano”, explicou. (Com informações deGazeta do Povo)

terça-feira 24 2015

PF deflagra Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, e prende amigo de Lula

Investigações desta etapa, segundo a PF, partem de apuração de contratação de navio-sonda pela Petrobrás com 'concretos indícios de fraude no procedimento licitatório'

POR ANDREZA MATAIS, JULIA AFFONSO, FAUSTO MACEDO E RICARDO BRANDT
José Carlos Bumlai. Foto: Gabriela Bilo/Estadão
José Carlos Bumlai. Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Atualizada às 8h06
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 24, a Operação Passe Livre, 21ª fase da Operação Lava Jato. As investigações desta etapa, segundo a PF, partem de apuração das circunstâncias de contratação de navio sonda pela Petrobrás com ‘concretos indícios de fraude no procedimento licitatório’. O empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, foi preso preventivamente em Brasília.
O pecuarista estava na capital federal, pois prestaria depoimento à CPI do BNDES hoje. Ele estava no hotel Golden Tulip, a poucos metros do Palácio da Alvorada. Bumlai será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
O amigo de Lula foi citado por dois delatores da Lava Jato. O lobista Fernando Baiano, um dos delatores do esquema de corrupção instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014, declarou que repassou a Bumlai quase R$ 2 milhões destinados à mulher de um dos filhos de Lula.
Segundo outro delator, Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobrás, Bumlai intermediou o pagamento de uma conta do PT de R$ 60 milhões, originada na campanha à reeleição de Lula, em 2006.
Segundo a PF, 140 policiais federais e 23 auditores fiscais cumprem 25 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e 6 mandados de condução coercitiva – quando o investigado é levado para depor – nas cidades de São Paulo, Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro, Campo Grande (MS), Dourados (MS) e Brasília.
“Segundo apurações, complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal”, informou a PF em nota.

The Beatles - In My Life



segunda-feira 23 2015

Tradutora de inglês para Michel Temer irá custar R$ 118 mil por ano


O custo para o governo com os serviços de Cláudia Cristina Chauvet será de R$ 118 mil por um ano


Caso a chapa seja cassada, Michel Temer cairia junto de Dilma Rousseff (Foto: Alan Marques/Folhapress)
















O Ministério das Relações Exteriores contratou a intérprete em língua inglesa Cláudia Cristina Tavares Chauvet para traduzir conversas do vice-presidente da República, Michel Temer, com autoridades estrangeiras. Os serviços de Cláudia custarão ao governo R$ 118 mil por um ano.

Sérgio Moro homenageado ontem em Maringá sua terra natal. Pediu novamente o apoio dos brasileiros.22 11 2015












Mario Sergio Cortella & Clovis de Barros Filho Café Filosófico



Nando reis e Skank, Sei Como Foi Em BH









Documentos descobertos ontem comprovam que LULA roubava MILHÕES com a Odebrecht

Resultado de imagem para Documentos descobertos ontem comprovam que LULA roubava MILHÕES com a Odebrecht
Segundo informações da REVISTA ÉPOCA obteve contratos assinados entre o ex-presidente e a empresa. No papel, dinheiro para “palestras”. Na prática, dinheiro para alavancar os negócios da empreiteira no exterior.
Em vez de ir ao prédio da instituição, Lula foi ouvido em uma casa no Lago Sul, de forma discreta. Foi seu único pedido ao procurador, para escapar ao assédio de jornalistas. Ao seu estilo sedutor, Lula fez piadas com o procurador da República Ivan Cláudio Marx, ao dizer que o Corinthians, seu time, será campeão brasileiro. Na hora de falar sério, disse que não fez lobby, mas sim palestras no exterior com a missão de explicar a receita brasileira de sucesso em países da África e daAmérica Latina. Procurou defender-se na investigação, revelada por ÉPOCA em maio, que apura se ele praticou tráfico de influência internacional em favor da empreiteira Odebrecht. Lula disse que não é lobista, que recebeu “convites de muitas empresas e países para ser consultor”, mas não aceitou porque “não nasceu para isso”. Num termo de declaração de quatro páginas obtido por ÉPOCA, ele sustenta que todos os eventos para os quais foi contratado estão contabilizados em sua empresa L.I.L.S. – um acrônimo de seu nome. Foi por meio dela que Lula ficou milionário desde que deixou o Palácio do Planalto, em 2011.
ÉPOCA obteve cópia dos contratos privados, notas fiscais edescrições das relações entre o ex-presidente e sua principal contratante. Nomeado projeto “Rumo ao Caribe”, as viagens de Lula bancadas pela Odebrecht inauguraram um padrão de relacionamento do ex-presidente, poucos meses após deixar o Planalto, com a empreiteira-chave da Lava Jato. Ao longo dos últimos quatro anos, a L.I.L.S. foi acionada para que Lula desse47 palestras no exterior, muitas a convite de instituições. Sua maior cliente é, de longe, a Odebrecht.
A construtora que lidera a lista das patrocinadoras de Lula pagou quase R$ 4 milhões para o ex-presidente fazer dez palestras. Além disso, bancou os custos das viagens para países em que possui obras financiadas peloBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como Angola e Venezuela. Esses gastos de R$ 3 milhões, ao câmbio da época, incluem transporte e hospedagem em hotéis “5 estrelas ou superior”, com dormitório com cama king size, sofás, frutas, pães, queijos, frios, castanhas, água, refrigerantes normais e do tipo “zero” e, em alguns casos, fora do contrato, bebidas alcoólicas. As contratantes eram responsáveis por fretar aeronaves particulares. Ter Lula como palestrante custava caro. Mas, na maioria das vezes, valia muito a pena.
O “Palestrante” Lula (grafado desse jeito pela própria empresa em seus papéis internos) passou a ser mobilizado para atuar em locais onde a Odebrecht enfrentava pepinos em seus contratos. Em 1º de maio de 2011, Lula se comprometeu, por R$ 330 mil, a desembarcar na Venezuela no início de junho para falar sobre os “Avanços alcançados até agora pelo Brasil”. A descrição das atividades que constam da cláusula 1.1 do contrato dizia que o “Palestrante” não participaria de qualquer outro evento além daqueles descritos “exaustivamente” no anexo 1. O tal anexo, no entanto, possui duas linhas que mencionam apenas que o ex-presidente ficaria hospedado no Hotel Marriott de Caracas. Quando superposto aos documentos doInstituto Lula sobre o mesmo evento, vê-se que Lula se encontrou com o empresário Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, hoje preso em Curitiba, e com o então presidente venezuelano, Hugo Chávez, morto em 2013. Era um momento de tensão entre o governo venezuelano e a empreiteira, que cobrava uma dívida de US$ 1,2 bilhão.
Telegramas sigilosos do Itamaraty sugerem que Lula e Chávez trataram sobre a dívida. A Odebrecht construía, desde 2009, a linha II do Metrô de Los Teques e a linha 5 do Metrô de Caracas. Fruto de uma negociação entre Lula e Chávez, o projeto foi irrigado com US$ 747 milhões (R$ 1,2 bilhão, em valores da época) em empréstimos do BNDES. A pressão de Lula surtiu efeito. Quatro dias após a visita do ex-presidente a Caracas, Chávez se encontrou com a presidente Dilma em Brasília. Naquele momento, a dívida com a Odebrecht já estava acertada. As duas obras são investigadas pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União. A principal suspeita, conforme revelou ÉPOCA em maio, é que os recursos tenham sido utilizados de forma irregular e de maneira antecipada sem o avanço do projeto – o dinheiro chegou, mas a obra não andou.

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Contratos assinados entre Lula e Odebrecht (Foto: reprodução)Contratos assinados entre Lula e Odebrecht (Foto: reprodução)

Skank & Nando Reis (Estúdio VH1)





Amo, amo, amooooo



domingo 22 2015

Jack Johnson - Girl I Wanna Lay You Down - live at Eden Sessions 2010





Filosofia de Vida ● Leandro Karnal ● Palestra



O Medo à Liberdade e a Alma Humana ● Leandro Karnal



Clóvis de Barros Filho - Amor



Eddie Vedder - Pearl Jam pede punição em show após desastre em Mariana










Pearl Jam pede punição em show após desastre em Mariana; veja vídeo

Banda norte-americana tocou pela primeira vez em BH, no Mineirão.

A banda disse, no palco, que doará o cachê a vítimas do desastre em MG.


21/11/2015 09h44 - Atualizado em 21/11/2015 16h19

Pearl Jam pede punição em show após desastre em Mariana; veja vídeo

Banda norte-americana tocou pela primeira vez em BH, no Mineirão.
A banda disse, no palco, que doará o cachê a vítimas do desastre em MG.











A banda Pearl Jam fez um show histórico na noite desta sexta-feira (20), em Belo Horizonte. No meio do show, o vocalista Eddie Vedder disse que os responsáveis pelo desastre em Mariana, após o rompimento da Barragem de Fundão, devem ser "duramente punidos e cada vez mais punidos". O vídeo acima foi gravado por Rodrigo de Castro e enviado ao G1.
Eddie Vedder, do Pearl Jam, durante show no Mineirão, em Belo Horizonte (Foto: Lincon Zarbietti/O Tempo)Eddie Vedder, do Pearl Jam, durante show no Mineirão, em Belo Horizonte (Foto: Lincon Zarbietti/O Tempo)
O vocalista parou o show e discursou em português contra empresas que exploram o meio ambiente. "Acidentes tiram vidas e destróem rios. E ainda assim eles conseguiram lucrar. Esperamos que eles sejam punidos, duramente punidos e cada vez mais punidos. Para que nunca esqueçam o triste desastre causado por eles", disse Vedder, sendo ovacionado pelo público de 42 mil pessoas.
Eddie Vedder disse, no palco, que o cachê da banda será doado às vítimas de Mariana. A banda também disse que tem planos de criar um fundo de assistência aos atingidos pelo desastre. O G1 tentou contato com a assessoria de imprensa da turnê do Pearl Jam no Brasil, mas não teve sucesso. A Prefeitura de Mariana disse que ainda não recebeu contato da banda a respeito desta doação. A Samarco, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP, disse que respeita o direito à manifestação.
Este foi o primeiro show da banda norte-americana no Mineirão. Dezenas de milhares de pessoas foram ao estádio assistir ao show, mesmo debaixo de chuva.
Logo após o manifesto, a banda tocou "Do the evolution", uma música que fala da ganância humana pela evolução da espécie. Em uma das estrofes, a letra diz "Esta terra é minha / esta terra é livre / Eu faço o que eu quiser, mas irresponsavelmente / É a evolução, querida".
A barragem de Fundão, da mineradora Samarco, foi rompida no dia 5 de novembro, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. Oito corpos foram identificados e quatro aguardam reconhecimento. Onze pessoas estão desaparecidas, dentre elas oito trabalhadores e três moradores da região.
Atentados em Paris
O show ainda falou sobre os atentados em Paris, no dia 13 de novembro. Pearl Jam tocou "I want you so hard", da banda Eagles of Death Metal, que se apresentava na casa de shows Bataclan, um dos alvos dos terroristas na capital francesa. Mais de 80 pessoas foram mortas por atiradores neste local. O show foi interrompido e a banda decidiu cancelar sua turnê europeia, segundo informou a organizadora de seus show na Alemanha. Ao todo, 130 pessoas morreram nos atentados de Paris.
Vocalista Eddie Vedder faz discurso durante show em Minas Gerais  (Foto: Fabio Tito/G1)

EDDIE VEDDER - Pearl Jam pede justiça a Mariana e promete doar cachê às vítimas

Eddie Vedder mostrou sentimento de revolta ao saber do rompimento da barragem em Mariana (MG), que deixou milhares de desabrigados.


Em show em Belo Horizonte, na última sexta-feira (20), o vocalista do Pearl Jam clamou por justiça e pediu que os responsáveis da mineradora Samarco sejam punidos pelo desastre. A banda também prometeu doar o cachê daquela noite às vítimas.
Munido de uma "cola" em português, Vedder discursou contra empresas que exploram o meio ambiente.
"Enquanto essas grandes empresas usam e abusam de terra apenas para lucrar, sem nenhum respeito pelo meio ambiente, acidentes tiram vidas e destroem rios. E ainda assim eles conseguiram lucrar", protestou. "Esperamos que eles sejam punidos, duramente punidos e cada vez mais punidos para que nunca esqueçam o triste desastre causado por eles", disse Vedder.
Foi o primeiro show da banda na capital mineira. Eles também tocaram em São Paulo, Porto Alegre, Brasília e vão tocar no Rio no domingo.