segunda-feira 08 2014

Petrolão – A lista de Paulo Roberto: esquema corrupto lotado na Petrobras distribuiu propina durante os governos Lula e Dilma; compra de Pasadena foi fraudulenta; Lula sabia de tudo. Eduardo Campos era um dos beneficiários. E Dilma? Pois é…


06/09/2014
 às 6:37
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Paulo Roberto conta como funcionava o propinoduto que atuava na Petrobras e dá os nomes
Paulo Roberto conta como funcionava o propinoduto que atuava na Petrobras e dá os nomes
Entre 2004 e 2012, Paulo Roberto Costa foi diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras. Ocupou, portanto, esse cargo, em sete dos oito anos do governo Lula e em quase dois do governo Dilma. Ao longo desse tempo, comandou o que pode ser chamado de “Petrolão” — ou o mensalão da Petrobras. As empreiteiras que faziam negócio com a estatal pagavam propina ao esquema e o dinheiro era repassado a políticos. A quais? Paulo Roberto já entregou à Polícia Federal e ao Ministério Público, num acordo de delação premiada, os nomes de três governadores, de um ministro de estado, de um ex-ministro, de seis senadores, de 25 deputados e de um secretário de finanças de um partido. Segundo o engenheiro, Lula sempre soube de tudo. E, até onde se pode perceber por seu depoimento, talvez a presidente Dilma — que era a chefona da área de energia do governo Lula e presidente do Conselho da Petrobras — não vivesse na ignorância. Paulo Roberto diz que a compra da refinaria de Pasadena foi, sim, fraudulenta e serviu para alimentar o esquema.
Paulo Roberto começou a prestar seu depoimento no dia 29 de agosto. Já gravou 42 horas de conversa. E, tudo indica, está apenas no começo. O Ministério Público Federal e o STF acompanham a operação, já que a denúncia envolve uma penca de autoridades com direito a foro especial. O esquema que ele denuncia é gigantesco. Ainda voltaremos muitas vezes a esse tema. Mas notem como é ridícula toda aquela conversa sobre financiamento público de campanha. Ainda que isso existisse, o mecanismo não serviria para impedir que máquinas criminosas se instalassem em estatais. Se o Brasil quer acabar com boa parte da roubalheira, deve começar privatizando as empresas públicas. Quais? Todas!
VEJA teve acesso a parte do depoimento de Paulo Roberto e traz reportagens exclusivas na edição desta semana, com a lista dos nomes citados por Paulo Roberto. Entre eles, estão cabeças coroadas da política brasileira, como o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo no dia 13 de agosto, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (PMDB). Paulo Roberto acusa ainda Edison Lobão, atual ministro das Minas e Energia, e atinge o coração do Congresso: estão em sua lista os presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
PT, PMDB e PP seriam os três beneficiários do esquema, que teria também como contemplados os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), e os deputados João Pizzolatti (PT-SC) e Candido Vaccarezza (PT-SP), que já havia aparecido como um dos políticos envolvidos com o doleiro Alberto Youssef, que era quem viabilizava as operações de distribuição de dinheiro. Mas há muitos outros, como vocês poderão constatar nas reportagens de VEJA, como Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, do PP da Bahia.
O esquema começou no governo dele, que, segundo Paulo Roberto, sabia de tudo...
O esquema começou no governo dele, que, segundo Paulo Roberto, sabia de tudo…
...e continuou no governo dela. Será que não sabia? O engenheiro está magoado a presidente...
…e continuou no governo dela. Será que não sabia? O engenheiro está magoado com a presidente…
Lula e Dilma não quiseram se pronunciar a respeito. Os demais negam envolvimento com Paulo Roberto. Alves, o presidente da Câmara, chega a dizer ao repudiar a acusação: “A Petrobras é petista”. Que o PT estivesse no centro do esquema, isso parece inegável. Um dos nomes da lista feita pelo engenheiro é João Vaccari Neto, o homem que cuida do dinheiro do PT. É secretário de Finanças do partido. Ele é, vejam a ironia da coisa, o substituto de Delúbio Soares. Não é a primeira vez que seu nome frequenta o rol de envolvidos em escândalos.
Paulo Roberto tem noção da gravidade de suas acusações. Tanto é que, quando ainda hesitava em fazer a delação premiada, cravou a frase: “Se eu falar, não vai ter eleição”.
E por que falou? A interlocutores, ele diz que não quer acabar como Marcos Valério, que ficará por muitos anos na cadeia, enquanto os chefões políticos do mensalão já se preparam para viver dias felizes fora do xadrez. O homem também está muito magoado com a presidente Dilma. Até agora, ele não fez nenhuma acusação direta à candidata do PT à reeleição — Lula não escapou —, mas deixa claro que ela foi, sim, politicamente beneficiada pelo propinoduto, que mantinha feliz a base aliada.
Qual vai ser o desdobramento político disso? Vamos ver. Uma coisa é certa: as revelações de Paulo Roberto atingem em cheio as duas candidatas que lideram a disputa pela Presidência da República: Dilma, por razões óbvias, e Marina, por razões menos óbvias, mas ainda assim evidentes. Ela é a atual candidata do PSB à Presidência. Confirmadas as acusações de Paulo Roberto, é de se supor que o esquema ajudou a financiar as ambições políticas de Campos, de que ela se tornou a herdeira.
A situação de Dilma, obviamente, é mais grave: afinal, ela era a czarina do setor energético, ao qual pertence a Petrobras. Presidia também o seu conselho. Deu um empregão para Nestor Cerveró, o homem que ajudou a viabilizar a compra de Pasadena, que Paulo Roberto agora diz ter sido fraudulenta. O chefão das finanças de seu partido é um dos implicados no esquema.
Paulo Roberto ainda está preso. Ele se comprometeu a abrir mão dos bens que acumulou em razão do esquema fraudulento e a pagar uma multa. As pessoas que atuam na investigação têm agora de confrontar suas informações com outras provas colhidas, com o objetivo de verificar se suas informações são procedentes. Se forem e se ele realmente ajudar a desbaratar um esquema de falcatruas bilionárias, pode até ganhar a liberdade.
A República treme.
Por Reinaldo Azevedo
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Presidente de CPI pede cópia da delação de ex-diretor da Petrobras

Lava-Jato

Solicitação foi feita ao Supremo Tribunal Federal e à Justiça do Paraná; reunião de emergência na próxima quarta definirá novos rumos da comissão

Marcela Mattos, de Brasília
Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) concede entrevista após ser eleito presidente da CPI da Petrobras - (14/05/2014)
Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) concede entrevista após ser eleito presidente da CPI da Petrobras - (14/05/2014)(Lia de Paula/Agência Senado/VEJA)
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente das duas CPIs que apuram denúncias de corrupção na Petrobras, solicitou nesta segunda-feira acesso às cópias do depoimento em que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa lista políticos e partidos que se beneficiaram do balcão de negócios montado na empresa. O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Justiça Federal do Paraná, onde começou a Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
No documento, o senador pede “todos os documentos decorrentes dos desdobramentos da Operação Lava-Jato”, com a finalidade de instruir os trabalhos da CPI. Nesta segunda, outros congressistas, como líderes do Solidariedade e do DEM, também pediram à Justiça a íntegra da delação de Paulo Roberto Costa. A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que acionou a Polícia Federal para ter acesso a informações sobre o envolvimento de ministros e parlamentares no esquema. 
A delação do ex-diretor da Petrobras, revelada por VEJA, alterou a rotina do Congresso Nacional, atualmente paralisado por causa da campanha eleitoral. Além dos diversos pedidos de informações e de audiências, uma reunião de emergência foi convocada para a manhã da quarta-feira para discutir os próximos rumos da comissão mista. O encontro foi agendado por Vital do Rêgo e deve reunir líderes partidários da Câmara e do Senado.
Em depoimento à Justiça do Paraná, Paulo Roberto Costa listou três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais que embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. O executivo é apontado pela Polícia Federal como um dos operadores de um megaesquema de lavagem de dinheiro orquestrado em parceria com o doleiro Alberto Youssef. Os dois estão presos.

Diferença entre votar Nulo e em Branco nas Eleições 2014

Você é jovem e vai votar pela primeira vez este ano? Tem dúvidas sobre o processo eleitoral ou é eleitor, mas somente agora se interessou em saber alguns assuntos relacionados às eleições? Já é hora de saber o valor das eleições 2014 para o exercício da cidadania, principalmente quanto ao voto e o que este significa. A seguir você saberá qual a diferença entre votar em branco e votar nulo.
voto em branco nulo eleicoes 2014 Voto em Branco ou Nulo Eleições 2014

Muitos eleitores tem dúvida nas suas escolhas e não sabem quem votar e preferem 
votar em branco ou nulo, mas qual a diferença? Qual dessas duas opções é a melhor no processo eleitoral?              
Existem diferenças quando se escolhe branco e nulo. O voto em branco nas eleições 2014embora muitas pessoas pensasse que a pessoa não votou em candidato nenhum, na verdade significa que a pessoa abdicou seu direito de votar. Outras pessoas veem o voto em brancocomo forma de contestação, mas na verdade é um conformismo, também significa “tanto faz” e são acrescentados os votos para os candidatos com maior votação no último turno. Por exemplo, se existem dois candidatos X e Y e X termina o primeiro turno com 52% dos votos e o candidato Y com 35% dos votos, 10% dos votos é branco e 3% nulo, isso significa que 3% dos eleitores não querem que o candidato X e nem Y no poder e o que vender estará bom. Então, desta forma o candidato X tem 62% de aceitação do eleitorado.
Agora para quem deseja fazer um protesto na hora da eleição 2014, a forma mais certa de fazer isso é o voto nulo, pois esse significa que o eleitor não está satisfeito com a proposta de nenhum candidato e se recusa a votar em um ou outro candidato. Esse tipo de voto é mais efetivo para quem quer exercer sua democracia, pois este permite que o eleitor manifeste a sua insatisfação e é uma forma válida de manifestar sua insatisfação. Mas, ninguém fala em como votar nulo nas instruções, somente como votar em branco. Por que será que isso não é feito? Para fazer isso, é necessário digitar um numero inexistente de candidato e na sequência aperta-se em confirmar (o botão verde da urna). Quando o eleitor coloca o voto em branco o sistema da urna informa que “você está votando em branco” e então o eleito confirma ou corrige, mas quando o eleitor coloca um número existente, o sistema da urna responde de forma negativa e o sistema responde ”número incorreto, corrija seu voto”, isto muitas vezes faz o eleitor se desencorajar ao nulo, mas este é um direito de democracia que os eleitores têm. Este voto é o único válido que pode inclusive anular uma eleição inteira, pois se nenhum candidato conseguir a maioria dos votos (mais de 50%) no último turno, as eleições têm que ser cancelada, por isso não se fala em voto nulo, somente em branco. Por isso, se está descontente? Vote nulo nas eleições 2014, pois este é seu direito. Mas o melhor a se fazer é pesquisar os candidatos e tentar escolher o melhor.

INVEJA NAS MÍDIAS SOCIAIS | Nerdologia 43