terça-feira 13 2014

Perpetuum Jazzile & BR6 - Aquarela Do Brasil (live, HQ)





Do amigo: Guilherme

Percebe-se levemente a pronúncia ligeiramente diferente da nossa.
De arrepiar. Show BR6 e Perpetuum Jazzile.
Ritmo do samba como nenhum estrangeiro jamais soube fazer.
CORAL ESLOVÊNIA.
Acreditem!
Perfeição na dicção das palavras em português... E sem saberem falar nosso idioma. 

Renan indica 3 senadores da oposição para CPI

Congresso

Indicação foi uma reação à resistência dos partidos de oposição em apontar seus representantes na CPI exclusiva do Senado

Laryssa Borges, de Brasília
Senador Renan Calheiros fala perante o Senado Federal no Congresso Nacional depois de ser reeleito como presidente do Senado, em Brasília
O senador Renan Calheiros , presidente do Congresso Nacional (Pedro Ladeira/AFP)
Diante da recusa da oposição em indicar seus representantes para compor a CPI da Petrobras, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta terça-feira três nomes para integrar a comissão: Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO). O trio, entretanto, deverá ser substituído pelos partidos.

A CPI no Senado terá 13 titulares e pode iniciar os trabalhos de investigação assim que o parlamentar mais velho do grupo, o senador João Alberto (PMDB-MA), formalizar o início dos trabalhos. A primeira reunião está pré-agendada para as 11h30 desta quarta-feira.
Os partidos de oposição se recusaram a apontar seus representantes para pressionar o Congresso a instalar uma CPI mista da Petrobras, formada por senadores e deputados. Renan, porém, tem a prerrogativa regimental de indicá-los. 
Além dos três, já foram indicados como titulares da CPI da Petrobras os senadores governistas João Alberto (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), José Pimentel (PT-CE), Aníbal Diniz (PT-AC), Humberto Costa (PT-PE), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim Argelo (PTB-DF).
Apesar das indicações para a CPI da Petrobras no Senado, governo e oposição se digladiam em torno de quais comissões de inquérito efetivamente vão funcionar. Para o Palácio do Planalto, a CPI exclusiva de senadores causaria menos desgaste ao governo e à presidente Dilma Rousseff, já que a base aliada é mais fiel às orientações do Executivo. Partidos oposicionistas, porém, pressionam para que seja viabilizada efetivamente uma CPI mista, onde participariam deputados e senadores e haveria menos controle do governo sobre os trabalhos de investigação e mais chances de atingir a gestão petista e abalar o favoritismo de Dilma na corrida pela reeleição.
Na última semana, em uma nova rodada de disputas sobre a instalação de CPIs no Congresso, Renan determinou a criação de duas CPIs mistas, uma para investigar a Petrobras e outra para apurar suspeitas de formação de um cartel de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal.

Juiz vê indícios de corrupção passiva e tráfico de influência na atuação de André Vargas

Lava-Jato

Magistrado enviou relatório e provas ao STF e destacou que envolvimento do deputado federal com doleiro Alberto Youssef pode configurar crimes

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
André Vargas: para magistrado, envolvimento com doleiro Alberto Youssef pode configurar crime
Vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)
O juiz federal Sérgio Moro afirmou, em despacho nesta terça-feira, ver indícios dos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência ou advocacia administrativa na atuação do deputado federal André Vargas (ex-PT). Moro destacou que não cabe a um magistrado de primeira instância julgar parlamentares, tarefa do Supremo Tribunal Federal (STF), corte para a qual foram remetidos o relatório policial e outras provas sobre o envolvimento de Vargas com o doleiro Alberto Youssef. Ao investigar organizações criminosas que lavaram cerca de 10 bilhões de reais, na operação Lava-Jato, a Polícia Federal monitorou telefones de Youssef que expuseram a conexão com Vargas.
O magistrado também determinou o envio dos documentos ao presidente do STF, Joaquim Barbosa. Durante as investigações da operação Lava-Jato, surgiram sinais de que Vargas atuou para que a Labogen, um laboratório comandado pelo doleiro, assinasse um contrato com o Ministério da Saúde, que permitiria faturar até 35 milhões de reais em cinco anos. De acordo com o juiz, há indícios de que Vargas participou da "obtenção" desse contrato, uma Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada com o laboratório EMS e o Laboratório da Marinha. A intervenção de Vargas pode configurar advocacia administrativa, que é o crime de patrocinar interesses privados perante a administração pública, ou tráfico de influência. Também foi revelado que o doleiro fretou um jatinho para Vargas passar as férias com a família em João Pessoa, na Paraíba, o que pode configurar corrupção passiva, destaca o magistrado. 
"Embora o relatório anexo demande avaliação mais acurada e abranja diversos fatos, haveria, em síntese, indícios da participação do Deputado Federal André Vargas na obtenção pela empresa Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia de Parceria para Desenvolvimento Produtivo - PDP junto ao Ministério da Saúde. Há indícios de que a Labogen não teria estrutura mínima para a obtenção da parceria. O fato, em relação ao Deputado, pode configurar crime do art. 321 ou do art. 332 do CP (Código Penal), ou outros, a depender do aprofundamento das investigações. Também há registro de que Alberto Youssef teria pago uma viagem de avião para André Vargas e talvez familiares, o que pode eventualmente configurar o crime de corrupção passiva do art. 317 do CP. Outros fatos relacionados à suposta relação entre André Vargas e Alberto Youssef e apontados no relatório anexo ainda demandam melhor delimitação e investigação, o que não pode ser feito, no momento, por ou perante este Juízo. Não cabe deste julgador juízo de valor quanto aos fatos, seu caráter criminoso ou não, pois a competência é do Supremo Tribunal Federal", afirmou Moro em despacho.
No começo de abril, Moro tinha determinado que fossem separados os documentos sobre Vargas para remeter ao STF. Ele também deu oportunidade para que o deputado apresentasse defesa, o que poderia ser feito até a última segunda-feira. Mas o parlamentar não enviou nenhuma manifestação. Todos os documentos foram remetidos ao STF em CD. 
Vargas teve de renunciar ao cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados em função das suspeitas que surgiram contra ele. Escanteado pela cúpula do PT, também teve de se desfiliar do partido para minimizar os estragos causados a candidaturas de correligionários. Ele era cotado para chefiar a campanha ao governo do Estado do Paraná da ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Nas conversas interceptadas pela PF, o doleiro e Vargas demonstram ter muito mais do que uma relação de amizade. Em quase cinquenta mensagens, Vargas recebe orientações do doleiro, combina reuniões com Youssef e chega a passar informações das conversas que ele, como parlamentar do PT, mantinha com integrantes do governo. Como é natural nesses diálogos nem sempre edificantes flagrados pela polícia, Vargas e Youssef adotam a precaução de conversar em códigos. Para Polícia Federal, no entanto, os registros colhidos na operação mostram que Vargas faz parte de projetos de Youssef e usa sua influência no governo em benefício do parceiro.