segunda-feira 24 2014

Banco usado por Maluf faz acordo e pagará US$ 20 milhões à prefeitura e ao governo de SP

Brasil

Ministério Público e prefeitura fecham acordo extrajudicial com Deutsche Bank

MP e prefeitura fecham acordo com banco alemão para evitar processos judiciais sobre a legalidade das movimentações feitas na instituição onde estaria o dinheiro  desviado pelo ex-prefeito e deputado Paulo Maluf (PP)
MP e prefeitura fecham acordo com banco alemão para evitar processos judiciais sobre a legalidade das movimentações feitas na instituição onde estaria o dinheiro desviado pelo ex-prefeito e deputado Paulo Maluf (PP) (JB Neto/AE)
O Deutsche Bank fechou um acordo com a prefeitura de São Paulo e com o Ministério Público Estadual (MPE) para o pagamento de 20 milhões de dólares (cerca de 47 milhões de reais) por ter movimentado valores depositados pelo ex-prefeito Paulo Maluf. As informações são do MPE. A promotoria, a Polícia Federal e a prefeitura tentam resgatar no exterior e no Brasil cerca de 340 milhões de dólares desviados da construção da Avenida Água Espraiada (atual Avenida Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna.
O objetivo da instituição financeira é, de acordo com os promotores de São Paulo, “evitar qualquer discussão” sobre transações bancárias feitas pela família de Maluf entre 1996 e 2000. Familiares de Maluf teriam movimentado cerca de 200 milhões de dólares em contas de empresas de fachada (offshores) na Ilha de Jersey. Os investigadores constataram que, deste montante, 93 milhões de dólares foram posteriormente investidos na Eucatex, empresa da família Maluf, entre 1997 e 1998.
Dos 20 milhões de dólares, 18 milhões serão depositados no Tesouro Municipal; 1,5 milhão de dólares ficarão com o governo do Estado, e mais 300 mil dólares com o Fundo Estadual de Interesses Difusos. Os 200 mil dólares restantes pagarão custos de processos na Justiça relativos aos desvios nas obras, como perícias e inspeções judiciais.
O acordo prevê que a prefeitura invista os recursos na construção de creches, hospitais, escolas ou parques. A destinação final será definida, porém, pela prefeitura. O acordo deverá ser homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela 4ª Vara da Fazenda Pública, órgãos responsáveis pelo trâmite das ações. 
Histórico – A Justiça paulista autorizou em 2004, 2009 e 2013 bloqueios que atingem cerca de 2 bilhões de dólares, em contas vinculadas à família Maluf. Em novembro de 2012, duas offshores controladas por filhos de Maluf foram condenados em Jersey a devolver cerca de 28 milhões de dólares à prefeitura – dos quais cerca de 5 milhões de dólares já foram repatriados para os cofres municipais.

Ciência enfim confirma: mulher no volante, perigo constante

Comportamento

Um estudo americano avaliou 6,5 milhões de ocorrências de trânsito entre 1988 e 2007 nos Estados Unidos e comprovou: apesar de os homens passarem mais tempo à frente na direção, as mulheres se envolvem em mais acidentes do tipo

Apesar de passarem menos tempo ao volante, o estudo americano descobriu que as mulheres se envolvem em mais acidentes entre si
Apesar de passarem menos tempo ao volante, o estudo americano descobriu que as mulheres se envolvem em mais acidentes entre si (iStockphoto/ThinkStock)
Os homens dirigem melhor do que as mulheres? Impossível dizer. Mas um estudo americano mostra que, proporcionalmente, as mulheres têm mais chances de se envolver em um acidente com outra motorista do que os homens entre si. Cientistas da Universidade de Michigan analisaram 6,5 milhões de ocorrências de acidentes de trânsito nos Estados Unidos entre os anos de 1988 e 2007 e descobriram uma quantidade maior do que a esperada de acidentes entre duas mulheres no volante. O estudo foi publicado no periódico Traffic Injury Prevention.

Geralmente, os homens passam mais tempo no volante (60%) do que as mulheres (40%). Por isso, Michael Sivak e Brandon Schoette, autores da pesquisa, esperavam que os acidentes envolvendo dois homens no controle do carro chegassem a 36,2% do total da amostra analisada, enquanto os acidentes provocados por duas mulheres chegariam a 15,8%. Homens e mulheres seriam responsáveis por 48% do total.
Contudo, os especialistas descobriram que os acidentes envolvendo duas motoristas chegaram a 20,5% do total, enquanto os homens foram responsáveis por 31,9%. Acidentes envolvendo os dois sexos ficaram em 47,6%, como esperado. Os autores do estudo não sabem dizer porque as mulheres se envolveram em mais acidentes do que os homens no período analisado.
Outra descoberta dos cientistas também mostra que as mulheres têm mais chances de bater em cruzamentos e junções de pistas.

Você sabe o que são xenobióticos?

http://veja.abril.com.br/blog/viver-bem/files/2012/08/tarja-nutricionista1.jpg


garrafa pet
A palavra vem do idioma grego: xeno quer dizer estranho e biótico está relacionado à vida. Assim, xenobióticos são compostos estranhos a um organismo ou a um sistema biológico.  É a denominação dada ao conjunto de produtos estranhos à composição normal da água ou de algum alimento, como antibióticos, aditivos sintéticos utilizados em embalagens, praguicidas, hormônios promotores de crescimento de animais, metais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio entre outros. Segundo o comitê de especialistas da FAO/OMS, a ingestão de alimentos contaminados por anabolizantes pode levar ao aparecimento de puberdade precoce, câncer de fígado e pâncreas. O corpo têm mecanismos de eliminar parte deles, atenuando os danos que a retenção de xenobióticos pode causar, como lesões celulares decorrentes da produção de radicais livres. As crianças e os idosos têm essa capacidade de eliminação menos eficiente, sendo mais vulneráveis à ação dos xenobióticos.
Conheça alguns dos xenobióticos:
1) Praguicidas (pesticidas, herbicidas, fungicidas, agrotóxicos) – O Brasil ocupa o quarto lugar entre os maiores consumidores de praguicidas na América Latina, com 50 % do consumo. O ambiente é contaminado pela dispersão desses produtos para o solo, água e atmosfera. A população é afetada pelo consumo de água, verduras, legumes, frutas, ovos, carnes, leite e derivados contaminados. Segundo a OMS, os praguicidas são responsáveis por 700.000 casos de dermatose, 37.000 de câncer e 25.000 de sequelas neurológicas a cada ano.
2) Metais pesados
- Cádmio: É encontrado em praguicidas, fumaça do cigarro e em alguns aditivos alimentares.
- Mercúrio: Pode contaminar peixes e mariscos por meio da contaminação ambiental.
- Alumínio: Os resíduos de alumínio podem resultar da utilização de panelas de alumínio, latas, medicamentos como antiácidos, edulcorantes e no sulfato de alumínio utilizado para o tratamento da água. A intoxicação está associada com distúrbios de aprendizado, hiperatividade e ao desenvolvimento da doença de Alzheimer.
- Chumbo:  Fontes de contaminação pode vir de alimentos enlatados (soldas de latas são chumbadas, latas amassadas), panelas e utensílios de cerâmica.
A intoxicação crônica por metais pesados tem efeito principalmente no Sistema Nervoso Central e no fígado.
3) Plásticos (polímeros derivados do petróleo) – Os aditivos de plásticos são encontrados nas embalagens e em rolos de PVC utilizados para cobrir alimentos. As moléculas desses produtos migram das embalagens e têm maior afinidade por alimentos gordurosos. Aquecido ou congelado, o plástico libera substâncias tóxicas, especialmente o bisfenol A, um produto químico usado na fabricação de plásticos e o revestimento interno de latas.  É usado na fabricação de mamadeiras e garrafas porque permite que o plástico fique resistente e translúcido. Esses aditivos estão associados a doenças cardíacas, diabetes, infertilidade, obesidade, puberdade precoce e câncer. O prejuízo é grande para gestantes e crianças pequenas, tendo em vista que atravessam a placenta, podendo provocar alterações permanentes no cérebro do feto.
4) Aditivos alimentares
- Nitritos: São utilizados como conservantes nas carnes e têm a finalidade de intensificar a cor vermelha ou a ação bacteriostática, sendo danosos à saúde.
- Tartrazina: Corante relacionado às reações alérgicas,  é utilizada no Brasil em vários alimentos e medicamentos, proibida nos EUA há mais de 20 anos.
- Benzidina e o laranja B: Corantes relacionados ao desenvolvimento de câncer de bexiga.
- Edulcorantes artificiais (aspartame, ciclamato, sacarina): Presentes na grande maioria de produtos light e diet, como sucos, refrigerantes, balas, iogurtes e bolachas.
Os corantes e conservantes artificiais estão presentes na maioria dos produtos industrializados.
5) Álcool (bebidas alcoólicas)
A ingestão excessiva promove sobrecarga hepática podendo causar cirrose e até mesmo alguns tipos de câncer.
6) Presença de microorganismos nos alimentos e água A contaminação microbiana de alimentos pode ocorrer ao longo da cadeia de produção, processamento e estocagem.
Para reduzir a ingestão de xenobióticos, seguem algumas orientações:
- Evitar consumir produtos de procedência duvidosa quanto ao uso de praguicidas.
- Evitar consumir em excesso produtos industrializados contendo aditivos, corantes, conservantes e edulcorantes artificiais. Priorizar o consumo de alimentos naturais, livres de conservantes, considerar a utilização de  produtos orgânicos quando possível.
-  Evitar consumir água de origem duvidosa.
- Desconfiar de legumes muito grandes, pois podem ser resultado de adubação e estimulantes artificiais.
- Preferir a compra de frutas e hortaliças da época.
- Procurar sempre descascar as frutas, alguns resíduos de agrotóxicos repousam nas cascas.
- Evitar o consumo de fígado e vísceras ao máximo! Ao ingerir carne, retire toda a gordura e a pele. Nessas partes dos animais geralmente há maior concentração de resíduos químicos.
- Evitar comprar alimentos embalados em plásticos.
- Caso necessário, retirar imediatamente os alimentos de suas embalagens plásticas, acondicionando-os em outro local (vidro, papel), especialmente alimentos gordurosos.
- Evitar o contato do filme plástico com o alimento.
- Evitar ingerir bebidas quentes ou sopas em copos ou recipientes plásticos.
- Não aqueça alimentos em conteúdos plásticos ou metálicos.
- Não coloque alimentos aquecidos em embalagens  de plástico ou de metal.
- Reduzir a compra e o armazenamento de alimentos salgados, ácidos ou com alto conteúdo de frutas em embalagens de alumínio. Procure transferí-los rapidamente para outras embalagens de vidro ou porcelana.
- Não deixar as garrafas PET com água em ambientes com temperatura elevadas, por ex: dentro do carro embaixo do sol.
A idéia não é radicalizar, e sim orientar para a identificação, diminuindo a exposição tóxica dos nossos corpos, objetivando prevenir algumas doenças, maximizar a saúde e a qualidade de vida.
Fonte consultada:
Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria. 3ª Edição. 2012.
Clinical Nutrition: a funcional approach, IFM, 2004.
BAILLIE-HAMILTON., P.F. Chemical toxins: a hypothesis to explain the global obesity epidemic J Altern Complement Med; 8 185-192, 2002

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