domingo 31 2014

Os filhos de políticos nas eleições... Não Reeleja Políticos Cassados/Ficha Suja e nem seus Herdeiros

Helder Barbalho - PMDB-PA


Cargo que disputa: Candidato ao governo do Pará
Padrinho político: o pai, o senador, ex-governador e ex-ministro Jader Barbalho
Idade: 35 anos
Profissão: Administrador de empresas e radialista
Experiência política: Foi vereador de Ananindeua, município na região metropolitana de Belém, e aos 25 anos eleito prefeito da cidade – e reeleito em 2008. Em 2002 foi deputado estadual
Patrimônio declarado: 2.337.676,77 reais, incluindo 366,09 reais em uma conta bancária

Renan Filho - PMDB-AL

Cargo que disputa: Candidato ao governo de Alagoas
Padrinho político: o pai, o atual presidente do Senado Renan Calheiros
Idade: 34 anos
Profissão: Economista
Experiência política: É deputado federal de primeiro mandato. Foi por duas vezes prefeito da pequena cidade de Murici, município alagoano em que um terço dos moradores não sabe ler nem escrever e cuja população é fortemente dependente do Bolsa Família
Patrimônio declarado: 784.424,56 reais, sendo cerca de 125.000 reais em cotas de emissoras de rádio

Marco Antônio Cabral - PMDB-RJ

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral
Idade: 23 anos
Profissão: Estudante de Direito
Experiência política: Nunca disputou cargos eletivos. É vice-presidente estadual no PMDB no Rio e presidente nacional da Juventude do PMDB
Patrimônio declarado: 363.319,18 reais, incluindo quase 200.000 reais em contas bancárias 

Expedito Netto - SD-RO

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o ex-senador Expedito Junior, cassado por compra de votos e atual candidato ao governo de Rondônia
Idade: 25 anos
Profissão: Empresário
Experiência política: Vice-presidente estadual do Solidariedade
Patrimônio declarado: 1.775.000 reais, sendo quase 1.200.000 reais em lotes de terras

Irajá Abreu - PSD-TO

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: a mãe, a senadora ruralista Kátia Abreu
Idade: 31 anos
Profissão: Produtor rural
Experiência política: É deputado federal de primeiro mandato e tenta a reeleição
Patrimônio declarado: 5.750.552,90 reais, incluindo um terço de um apartamento no luxuoso bairro dos Jardins, em São Paulo, que ele declarou valer apenas 23.000 reais e um lote de 350 metros quadrados em Palmas (TO), que diz valer míseros 932 reais

João Ribeiro Jr. - PRTB-TO

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o ex-senador João Ribeiro, morto em 2013
Idade: 31 anos
Profissão: Empresário
Experiência política: Foi presidente estadual do PRTB, mas acabou destituído do cargo por intervenção do presidente nacional da sigla, Levy Fidelix, após ter desobedecido o estatuto do partido e apoiar a candidatura de Sandoval Cardoso (SD) ao governo de Tocantins
Patrimônio declarado: 1.137.314 reais, sendo quase 390.000 reais em quatro carros

Rodrigo Jucá - PMDB-RR

Cargo que disputa: Candidato a vice-governador de Roraima
Padrinho político: o pai, o senador, ex-governador e ex-ministro da Previdência Romero Jucá
Idade: 33 anos
Profissão: Bacharel em Direito e atualmente deputado estadual licenciado
Experiência política: Eleito deputado estadual em 2010, se licenciou para assumir a secretaria municipal de Educação de Boa Vista
Patrimônio declarado: 4.454.828,40 reais, sendo 400.000 reais em espécie e cerca de 2,6 milhões de reais em imóveis

Arthur Virgílio Bisneto - PSDB-AM

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o ex-senador a atual prefeito de Manaus Arthur Virgílio
Idade: 34 anos
Profissão: Deputado estadual – abandonou as faculdades de Publicidade e Direito
Experiência política: Foi vereador e três vezes deputado estadual
Patrimônio declarado: 605.363,05 reais, boa parte em saldos de financiamentos de imóveis e carros

Mário Negromonte Jr. - PP-BA

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte

Idade: 34 anos
Profissão: Advogado
Experiência política: Elegeu-se deputado estadual pelo PP em 2010. É presidente nacional da chamada Juventude Progressista, braço do PP
Patrimônio declarado: 1.077.668,74 reais, sendo 1,02 milhão em imóveis na cidade de Salvador

Newton Cardoso Jr - PMDB-MG

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o ex-prefeito, ex-deputado e ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso
Idade: 34 anos
Profissão: Empresário
Experiência política: Em 2012 foi pré-candidato à prefeitura de Contagem, mas nunca disputou um cargo eletivo
Patrimônio declarado: 1.797.026,57, sendo 1.500.000 reais referentes a um apartamento na cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte

Requião Filho - PMDB-PR

Cargo que disputa: Candidato a deputado estadual
Padrinho político: o pai, o senador e ex-governador Roberto Requião
Idade: 34 anos
Profissão: Advogado
Experiência política: Nunca disputou cargos eletivos. Foi chefe de gabinete do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) entre 2007 e 2010. Em 2011, trabalhava no gabinete do deputado federal João Arruda (PMDB), sobrinho de Roberto Requião
Patrimônio declarado: 1.222.498,87 reais, sendo a maior parte em imóveis em Brasília

Felipe Francischini - SD-PR

Cargo que disputa: Candidato a deputado estadual
Padrinho político: o pai, o deputado de primeiro mandato Fernando Francischini
Idade: 22 anos
Profissão: Advogado
Experiência política: Nunca disputou cargos eletivos. É vice-presidente do partido Solidariedade no Paraná e presidente estadual do Solidariedade Jovem
Patrimônio declarado: Não declarou bens à Justiça Eleitoral

Pedro Cunha Lima - PSDB-PB

Cargo que disputa: Candidato a deputado federal
Padrinho político: o pai, o senador e governador cassado da Paraíba Cássio Cunha Lima
Idade: 26 anos
Profissão: Advogado
Experiência política: Nunca disputou cargos eletivos
Patrimônio declarado: 125.673,96 reais, sendo 43.000 reais em um clube de investimentos em ações

Filhos de ex-governadores, senadores e deputados tentam usar capital político dos pais para entrar no cenário nacional nas eleições de outubro

Eleições 2014

De pai para filho

Laryssa Borges, de Brasília
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) conversa com o deputado Renan Filho (PMDB-AL) durante  votação da Lei Geral da Copa, no Senado Federal, em Brasília - 09/05/2012
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) conversa com o deputado Renan Filho (PMDB-AL) durante  votação da Lei Geral da Copa, no Senado Federal, em Brasília - 09/05/2012 (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Em qualquer carreira, é comum que (bons) profissionais leguem prestígio a seus herdeiros. Na política, contudo, essa lógica causa apreensão.  Políticos têm a missão de zelar pelo bem público. Quando seus laços familiares se sobrepõem ao compromisso com o eleitor, a democracia sai enfraquecida. Mesmo que seja permitido aos caciques transmitir aos filhos seu capital político, a perpetuação dessas "dinastias" pode debilitar a saúde do regime democrático.
“A eleição dos filhos acaba sendo um mecanismo de oligarquização da política com grupos que têm um compartilhamento de interesses políticos, econômicos e sociais e que pensam igual, agem igual e escondem muitas vezes o que se convencionou chamar de malfeitos. Isso colide com o interesse público”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP.
“Em países onde as instituições são muito mais sólidas, o poder dos políticos e dos filhos dos políticos estão sempre cerceados pelo poder constitucional. Mas no Brasil, onde 40% do PIB passa pelo Estado e há 27.000 cargos de livre indicação, o poder político é gigantesco e pode desvirtuar o processo democrático”, avalia o cientista político Luiz Felipe D’Ávila, diretor-presidente do Centro de Liderança Política (CLP). “A manutenção de dinastias pode usar a máquina pública como forma de distribuição de favores”, afirma.
A política de parentesco não é exclusividade do Brasil – as famílias Kennedy e Bush nos Estados Unidos são bons exemplos – mas a disputa de outubro deve deixar ainda mais evidente a oligarquização da política brasileira se confirmar a eleição dos filhos de ex-governadores, ex-senadores e até de deputados. Entre 2006 e 2010, 228 dos 513 deputados federais tinham parentes na política, segundo levantamento da ONG Transparência Brasil, sendo que 53% deles eram herdeiros diretos do pai.
“Essa tendência de formar políticos e quadros através da tradição familiar é uma reserva de mercado. As famílias caminham em função dos próprios interesses e se separam de interesses universais dos eleitores”, completa José Álvaro Moisés. “Não é muito republicano que em um país de 200 milhões de habitantes, com a complexidade que tem o Brasil e com um sistema democrático recente, famílias se perpetuem no poder e criem relações nem sempre defensáveis do ponto de vista público e dos interesses da sociedade. É muito provável que esses políticos tenham como objetivo primeiro os seus valores de comportamento a defesa de sua família, de seu grupo, de sua facção”, diz.
Neste ano, no momento em que José Sarney, o maior cacique da política nacional, deixa oficialmente a vida pública, a política de pai para filho não dá sinal de arrefecimento, atinge os mais diversos rincões do país e inclui de cargos mais modestos, como os de deputado estadual ou distrital, até o controle de governos estaduais. Depois de a política ter abrigado filhos de políticos dos mais diversos espectros ideológicos – Roseana e Zequinha Sarney, Luciana Genro, Efraim Filho, Rodrigo Maia, Jaqueline Roriz, Felipe Maia, Duarte Nogueira e Fernando Coelho Filho – concorrem nas eleições deste ano a cargos de deputado federal, por exemplo, Marco Antônio Cabral (PMDB), filho do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, Pedro Cunha Lima (PSDB), filho do ex-governador da Paraíba e atual senador Cássio Cunha Lima, e Newton Cardoso Jr (PMDB), filho do ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso. Em comum, além de uma discutível experiência política, a defesa de interesses oligárquicos e a expectativa de receber grande parte dos votos do eleitorado cativo do patriarca.
“Em oligarquias de outras profissões, como advogados ou médicos, o herdeiro é julgado por sua competência. Ninguém vai se operar com o filho de um cirurgião apenas porque o pai era competente. Se o filho de um grande advogado começa a perder causas não será contratado mais. Na iniciativa privada existem critérios mais sólidos do que no mundo público para julgar as dinastias”, afirma D’Ávila.
Na plataforma de campanha do novato Marco Antônio Cabral, por exemplo, há um misto de defesa do legado de Sergio Cabral – que deixou o governo com aprovação de apenas 20% dos eleitores – de elogios ao sucessor Luiz Fernando Pezão (PMDB) e de compromisso como transformar a base militar de Santa Cruz em um aeroporto comercial e criar unidades de educação tecnológica (Cefet). São de Marco Antônio Cabral, por exemplo, promessas de apoio a inclusão de jovens por meio do surfe e de lutas marciais. Com apenas 22 anos, o estudante Felipe Francischini, candidato a deputado estadual, não desgruda sua campanha do nome do pai, o deputado candidato à reeleição e delegado licenciado Fernando Francischini. “Vi meu pai lutar contra a corrupção em Brasília. Agora é a minha vez de defender o que é certo do jeito que meu pai me ensinou”, diz o aspirante a parlamentar no site de sua campanha.
Se na Grécia Antiga a assembleia pública conhecida como Ágora forjava os principais líderes de seu tempo, no Brasil, historicamente, as famílias políticas são responsáveis por boa parte dos criadouros de candidatos. Nas eleições deste ano, a exemplo do que já aconteceu no passado, o pedigree dos filhos de políticos conhecidos é a principal arma para a conquista de votos.
Filho do ex-ministro e ex-líder governista Romero Jucá, Rodrigo Jucá compõe a chapa do PSB como candidato a vice-governador de Roraima. O filho do ex-governador do Pará e atual senador Jader Barbalho, Helder Barbalho (PMDB), briga pela liderança nas pesquisas pelo governo paraense contra o atual governador Simão Jatene (PSDB). Depois do avô Laércio Barbalho e do pai, Jader, Helder é a terceira geração da família na política. Sua candidatura foi acertada sob as bênçãos do ex-presidente Lula em troca do lançamento do ex-deputado Paulo Rocha, inocentado no julgamento do mensalão, para a vaga do Senado. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Helder rejeita pertencer a uma "dinastia" política e minimiza a influência do pai na campanha de 2014. "O papel de Jader nesta campanha é de pai, que torce pelo filho, e que cobra, se eu for eleito, que eu não esqueça do meu compromisso com o povo do meu estado", afirma. "Não há dinastia. Estou em um novo momento da política, diferente da época do meu pai. A renovação na política não se dá apenas por tirar o sobrenome de alguém, e sim pela forma de se fazer política. O mundo mudou, as pessoas mudaram, as necessidades mudaram. Com isso, o ideal do novo político tem que acompanhar estas mudanças", diz.
Em Alagoas, o deputado Renan Filho (PMDB), filho do presidente do Senado Renan Calheiros, que também lidera a corrida pelo governo, não abre mão da influência do pai e diz ser “natural” seguir os passos do patriarca. “O senador Renan Calheiros é uma grande liderança política em Alagoas. O voto livre do povo alagoano tem respondido que é natural seguir a carreira política do meu pai. Assim como ocorre com médicos, advogados, jornalistas, atores e outros profissionais, alguns filhos de políticos seguem a carreira do pai”, afirma.
Na disputa pela preferência do eleitor, quando a associação do candidato com o pai famoso não é imediata, os filhos aspirantes aos cargos eletivos tratam logo de incorporar o sobrenome famoso e deixar claro quem é o padrinho político. Foi o caso, por exemplo, de Maurício Thadeu de Mello e Silva, que se apresenta nas urnas para deputado estadual como Requião Filho em associação ao pai senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião. Ou de Irajá Silvestre Filho, candidato à reeleição para deputado federal que estrategicamente recorre ao sobrenome da mãe, a senadora Katia Abreu, para se apresentar ao eleitor como Irajá Abreu.
Na formação de futura Câmara Federal, há ainda herdeiros políticos que vem galgando espaço a cada eleição. O deputado estadual baiano Cacá Leão (PP), filho do deputado e atual candidato a vice-governador João Leão, vai disputar o cargo de deputado federal, assim como o deputado estadual Arthur Bisneto (PSDB), filho do prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio. Mário Negromonte Filho, por sua vez, tenta um naco dos quase 170.000 votos do pai para se eleger deputado federal. Negromonte pai, ex-ministro das Cidades, esteve envolvido em um sem-número de escândalos – desde o pagamento de propina a integrantes de seu partido até a adulteração de projetos bilionários – mas agora ocupa confortavelmente o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.
Também vão se aventurar nas urnas o empresário Expedito Netto, de 25 anos, filho do senador Expedito Junior, cassado por compra de votos em Rondônia, o empresário tocantinense João Ribeiro Jr, filho do ex-senador João Ribeiro, parlamentar réu por trabalho escravo e morto no ano passado, e a administradora de empresas Lívia Fidelix, filha do eterno candidato do Aerotrem Levy Fidelix.

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sábado 30 2014

Leitura na infância favorece a inteligência

24 de agosto de 2014
Estudo que acompanhou diversos gêmeos idênticos por anos mostra que uma boa relação com a literatura no início da vida afeta positivamente diversas habilidades cognitivas na adolescência

Fonte: Correio Braziliense (DF)
Um estudo realizado com gêmeos idênticos no Reino Unido mostra que ler bem no início da infância pode afetar positivamente a inteligência da pessoa para o resto da vida. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Edimburgo e pela King’s College de Londres, comparou o nível de leitura de 1.890 pares de irmãos por nove anos e constatou que os indivíduos que se davam bem com os livros a partir da fase de Alfabetização desenvolveram habilidades cognitivas superiores na adolescência. A vantagem intelectual dos leitores, aponta o estudo, não foi restrita ao jeito com as palavras e se estendia também à capacidade de raciocínio em testes não relacionados com a literatura. Os resultados podem influenciar na forma como especialistas lidam com a Educação infantil.
As crianças acompanhadas foram submetidas a exames de leitura e de inteligência aos 7, 9, 10, 12 e 16 anos. Eles passavam por testes de vocabulário e compreensão de texto, além de terem o conhecimento sobre autores populares sabatinado. A desenvoltura não verbal também foi testada em atividades que mediam o pensamento abstrato e a lógica dos pequenos. Como resultado, aqueles que liam melhor que seus irmãos também tinham desempenho superior em testes de inteligência em cada fase da vida.
“Podemos apenas especular as causas”, ressalta Stuart Ritchie, pesquisador de psicologia na Universidade de Edimburgo e principal autor do trabalho, publicado recentemente em Child Development. Ele aponta que há duas causas principais que possam ligar a leitura ao desenvolvimento da inteligência: “Primeiro, ler permite que as crianças pratiquem habilidades de pensamento, como imaginar outras pessoas, momentos, lugares e objetos que não estão diretamente na frente delas. Essas habilidades abstratas podem ser úteis em testes de inteligência e na performance intelectual de forma geral. Segundo, ler pode levar crianças a praticarem a concentração e o tipo de habilidades necessárias em situações nas quais testes de QI são feitos.”
Influência genética
A participação de gêmeos idênticos no estudo permite que os pesquisadores minimizem a influência de diferenças genéticas ou de criação no desenvolvimento das crianças. “Nunca dá para se excluir fatores genéticos, e acho que os pesquisadores não pretendem fazer isso. Por isso usaram gêmeos. Mas a questão é que a leitura é um fator determinante, com certeza, pois as crianças que não tinham essa habilidade tão desenvolvida ficaram um pouco para trás, mesmo sendo gêmeos”, analisa Augusto Buchweitz, pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul. “Eles trabalharam com crianças que estavam num ponto inicial com o mesmo nível de inteligência, mas que, depois da aprendizagem da leitura, manifestaram diferenças”, ressalta o especialista.
As desigualdades de inteligência e de talento para a leitura testadas resultariam, portanto, das experiências que os gêmeos não partilharam, como um Professor ou um grupo de amigos. De acordo com o estudo, as influências positivas fazem a diferença desde os 7 anos de idade, quando o destaque na leitura já resulta em melhor desenvolvimento cognitivo.
Para Buchweitz, o segredo está na plasticidade do cérebro infantil. No início da vida, a mente é especialmente receptiva a novos estímulos e tem uma grande capacidade de adaptação. “Nosso cérebro não está programado para ler. Ele não aprende naturalmente como a gente aprende a falar”, explica o brasileiro. “A criança tem de se adaptar a algo que não é natural a ela, ou seja, a leitura, e isso faz com que o cérebro dela se adapte e desenvolva outras habilidades.”
Para os autores do trabalho, a descoberta pode ser uma importante ferramenta para pais e Educadores. Como a leitura é um talento que pode ser aprendido e desenvolvido, investir nessa atividade desde o início da infância poderia influenciar a inteligência de forma positiva até a vida adulta. Alunos que não recebem incentivo à leitura desde cedo poderiam sofrer não somente no processo de Alfabetização, como também teriam a inteligência prejudicada de forma geral.
Educadores ressaltam que o contato com a leitura, dentro e fora da Escola, é fundamental. E esse contato se dá de muitas formas além da de ter um livro nas mãos. A relação com as palavras começa muito antes da Alfabetização, como quando o pequeno vê os pais lendo algo ou ouve uma história contada por um adulto. “A atividade de leitura fica carregada de sentido. Se alguém lê um livro para mim, um dia eu poderei ler sozinha. Não é o objeto em si que faz a mágica. O que faz sentido é aquilo que muda a relação que o ser humano tem com esse objeto”, afirma Maria do Rosário Longo Mortatti, presidente da Associação Brasileira de Alfabetização (ABAlf) no biênio 2012-2014.
Crianças em Escola francesa: relação com a leitura começa muito antes do processo de Alfabetização, dizem especialistas
Nunca é tarde
Embora o estudo reforce a importância da leitura desde cedo, os resultados não apontam claramente para uma idade ideal de Alfabetização. “Podemos dizer que, ao menos nos termos das variáveis que analisamos, nós não encontramos nenhum efeito negativo na leitura em idade precoce”, ressalta o pesquisador Stuart Ritchie. A vantagem na inteligência foi constatada, inclusive, em crianças que se destacaram em fases posteriores da infância, mostrando que o investimento na literatura também gera frutos em crianças que receberam o estímulo um pouco mais tarde.
No Brasil, o Ministério da Educação estipula que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos, mas não especifica em que idade esse processo deva ser iniciado. A especialista Maria do Rosário Mortatti, que também é Professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, acredita que o estímulo da leitura deva ser reforçado desde a primeira infância, muito antes de o processo formal de Alfabetização ser iniciado. “A idade tem função para certos marcos Escolares, rituais Escolares. E muitas vezes não tem fundamentação científica nenhuma. Muitas vezes, é uma questão simples, são vagas que estão disponíveis”, alerta a Educadora. “A oportunidade de a criança ler ou ouvir textos é imprescindível, e isso é desde bebê.”
Comparaçãode gêmeos
O Estudo do Desenvolvimento Precoce dos Gêmeos (Teds, na sigla em inglês) é um grande levantamento feito com gêmeos idênticos nascidos no Reino Unido entre 1994 e 1996. Originalmente, a amostra incluía dados de 8.163 famílias, acompanhadas em momentos diferentes da vida dessas crianças. Os dados colhidos servem de base para uma série de pesquisas até hoje e são uma importante fonte para a comparação de desenvolvimento de crianças com similaridades genéticas e de criação.
“Ler permite que as crianças pratiquem habilidades de pensamento, como imaginar outras pessoas, momentos, lugares e objetos que não estão diretamente na frente delas. Essas habilidades abstratas podem ser úteis em testes de inteligência e na performance intelectual”
Stuart Ritchie, pesquisador da Universidade de Edimburgo e principal autor do trabalho 

Itzhak Perlman Tango



Anunciação - Alceu Valença




"Política Educacional e o direito de aprender: o que nós gestores temos com isso?" Mário Cortella



Arabella Steinbacher : Beethoven Violin Concerto



Giuseppe Sinopoli - Carmen, `Les voici! Voici la quardrille`(Act IV)



Oscar Peterson & Count Basie - Slow Blues


Josephine Baker - Paris...Paris, 1949



Termina hoje a pior semana do governo Dilma Rousseff — até agora

Cenário

Dados econômicos decepcionantes e revés político inesperado colocam a presidente em situação, no mínimo, constrangedora

A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), durante debate promovido pela Rede Bandeirantes, em 26/08/2014
A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), durante debate promovido pela Band (Ivan Pacheco/VEJA.com)
A divulgação, nesta sexta-feira, do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), do rombo nas contas públicas e da pesquisa Datafolha, que aponta não só a vitória de Marina Silva (PSB) no segundo turno das eleições presidenciais, como também o empate com Dilma no primeiro turno, encerrou aquela que foi, até agora, a pior semana do governo da presidente desde que assumiu, em janeiro de 2011. 
O rosário de notícias ruins começou logo na segunda-feira, com o debate eleitoral transmitido pela Band, em que Dilma foi atacada por Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) e se defendeu lançando mão de dados duvidosos. Ao longo da semana, todos os indicadores econômicos divulgados corroboraram um cenário de crise ocasionado, essencialmente, por erros cometidos pelo próprio governo brasileiro. O PIB, como esperado, veio negativo. Como houve a revisão (também negativa) do resultado do primeiro trimestre, o país entrou na chamada recessão técnica.
Rombo nas contas externas, juros recordes para pessoas físicas, piora na confiança do consumidor e aumento da inadimplência são apenas alguns dos indicadores ruins publicados ao longo dos últimos dias e que ajudaram a fazer com que a percepção do brasileiro em relação ao governo da presidente piorasse – o Datafolha mostra que o porcentual dos que acreditam que o governo da presidente é péssimo aumentou de 23% para 26%. Veja alguns dos principais acontecimentos econômicos que fizeram com que o mês de agosto da presidente terminasse péssimo — e não pessimista, como ela costuma se referir aos seus críticos.  

Rammstein - Rosenrot (Official Music Video) 720p (HD)


                                                                             

sexta-feira 29 2014

Vítimas de Roger Abdelmassih contam suas histórias

Helena Leardini, 45 anos, dona de casa



“Em 2003, fui ao consultório do Roger Abdelmassih por uma indicação médica. Tinha 34 anos e queria engravidar do meu segundo marido. Paguei 30.000 reais pelo pacote de três tentativas de inseminação artificial. Em uma das primeiras conversas, ele me agarrou e tentou me beijar à força. Abri a porta do consultório a saí correndo. Sempre fiz questão de dizer para todo mundo que fiz tratamento para engravidar com o tarado do Roger Abdelmassih”.

Teresa Cardioli, 63 anos, escritora

“Tinha 17 anos quando me tratei de uma cólica renal com Roger Abdelmassih, quando ele atuava como urologista. Durante o procedimento de introdução de uma sonda na minha bexiga, ele descobriu que eu era virgem e disse que estava disposto a pagar por minha virgindade. Ele me amarrou na maca e me agarrou”.

Silvia Franco, 43 anos, artista plástica

“Fui à clínica de Roger Abdelmassih em 1997 porque queria engravidar. Durante o procedimento para a retirada dos óvulos, ainda sob o efeito da sedação, senti dor e sangramento no ânus. Fui infectada por uma bactéria que se instalou na minha bexiga. Engravidei após a terceira tentativa e, aos quatro meses da gestação, ele disse que o coração do bebê havia parado de bater e me receitou um abortivo. Só fui entender que havia sido violentada em 2009, quando começaram a aparecer as primeiras denúncias”.  

Ivanilde Serebranic, 49 anos, empresária

“Tinha 34 anos quando o procurei para fazer tratamento de fertilização. Ele já havia dado umas indiretas antes, mas não dei muita importância. Quando passei pelo processo de retirada dos óvulos, ainda grogue, acordei com ele em cima de mim. Na hora sai correndo encontrar meu marido que estava na sala de espera”.

Vanuzia Lopes, 54 anos, estilista

“Acordei no meio da sedação, durante a extração de óvulos, com ele em cima de mim. Ainda com restos de sêmen em mim, fui à delegacia e fiz exame de corpo de delito. Levei o boletim de ocorrência ao Conselho Regional de Medicina, mas não tive atenção: ele era um médico muito poderoso”.

Vítimas de Abdelmassih afirmam ter recebido ameaças

Crime

Promotor Luiz Henrique Dal Poz vai abrir um inquérito para apurar o caso

O ex-médico Roger Abdelmassih é conduzido por policiais civis após chegar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo
O ex-médico Roger Abdelmassih é conduzido por policiais civis após chegar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo - William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress

Vítimas de Roger Abdelmassih afirmam que estão recebendo ameaças por telefone, mesmo após a prisão do ex-médico, que foi capturado na semana passada, no Paraguai, e cumpre pena na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele foi condenado, em 2010, a 278 anos de prisão por 48 estupros a 37 mulheres.
Integrantes da associação que foi criada para identificar novas vítimas do ex-médico dizem que receberam telefonemas com ameaças para que uma página no Facebook fosse excluída. Os relatos sobre as ameaças foram dados ontem por quatro mulheres ao Ministério Público Estadual, na região central de São Paulo. O promotor de Justiça Luiz Henrique Dal Poz vai abrir um inquérito para apurar as ameaças.
A empresária Ivanilde Serebrenic, uma das coordenadoras do grupo, não foi ameaçada, mas disse que a amiga, que pediu para não ser identificada, está deprimida. "Ela está de cama e não pôde vir. Eles ficam procurando a gente, vendo a localização onde a gente está e mora. Indo a empresas da gente." Ivanilde acredita que as pessoas que ajudaram o ex-médico Roger Abdelmassih durante a fuga no Paraguai são as responsáveis pelas ameaças. "(O ex-médico) foi preso, mas a quadrilha que ele sustentava aqui fora agora está se sentindo sozinha, né? Porque ele financiava todo esse pessoal que ficava ao lado dele."
As ameaças não são novidade. Em junho, quando Roger Abdelmassih estava foragido, três mulheres receberam telefonemas anônimos. Silvia Franco foi uma delas: "Fui ameaçada antes, não agora, mas estou com as meninas para fazer o que for preciso". A advogada Rafaela Azzi, que representa uma das mulheres ameaçadas, afirma que esse "tipo de intimidação faz com que o grupo todo fique assustado". "Tem muita coisa que elas vão acabar deixando de informar, até por causa do medo de envolver famílias. A gente não sabe o que vem", disse Rafaela.
O promotor Luiz Henrique Dal Poz afirma que é possível saber de onde partiram as ligações. "Foram ameaças de telefones que não possibilitam, em um primeiro momento, a identificação, mas dá para a gente fazer um rastreamento."
Processo - O Ministério Público tem quatro processos distintos sobre o caso Roger Abdelmassih: o criminal, que culminou com a condenação de 278 anos de prisão, um com novas vítimas de estupro, um sobre a ajuda que o ex-médico teria recebido no exterior e outro sobre manipulação genética.

TRE apreende remédio com material de Garotinho

Rio de Janeiro

Veja.Com

Panfletos de campanha do candidato ao governo do Rio de Janeiro estava em caixas com amostras grátis de remédios e formulários do Cheque Cidadão

Material de campanha de Anthony Garotinho (PR) foi encontrado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro
Material de campanha de Anthony Garotinho (PR) foi encontrado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)
Fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE) apreenderam nesta quarta-feira no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, cem caixas de amostras grátis de remédios e cerca de 200 formulários do programa Cheque Cidadão em caixas com material de campanha de Anthony Garotinho (PR), candidato ao governo estadual. Para conseguir entrar pela primeira vez na Maré nestas eleições, oitenta fiscais do TRE precisaram da ajuda do Exército.
O Complexo da Maré está ocupado desde abril pelas Forças Armadas e deve receber Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da Polícia Militar. Segundo o tribunal, foram apreendidas uma lista de entrega de cestas básicas e um cronograma das equipes de campanha de Garotinho e de sua filha, Clarissa Garotinho (PR), que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados. Também foi encontrado material de campanha de Guiga (PR), candidato a deputado estadual, programas de rádio do PR e oito faixas com ataques ao governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
O Cheque Cidadão é distribuído pela prefeitura de Campos dos Goytacazes, administrada por Rosinha Garotinho. O programa repassa 200 reais a "famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica".
Também foram apreendidos três computadores e 800 reais. Ao todo, segundo o TRE, uma tonelada de placas irregulares foram recolhidas nas favelas do Complexo da Maré. "Na localidade Vila dos Pinheiros, a maioria das placas encontradas era dos candidatos Gérson Bergher (PSDB) e Del (PSDC), além de Garotinho e Clarissa. O trabalho da fiscalização desta quarta-feira foi desencadeado após uma denúncia de que o conselho de moradores, localizado na Vila Ipiranga, funcionava como centro social", informou o tribunal.
Na noite desta quarta, o TRE decidiu que solicitará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o envio de tropas federais ao Rio para garantir o "bom andamento" das eleições. A Maré está entre as 41 áreas do estado dominadas por traficantes ou milicianos, onde candidatos enfrentam problemas para fazer campanha – como ameaças e cobrança de "pedágio" pelos criminosos.
(Com Estadão Conteúdo)

quinta-feira 28 2014

Homenagem para a presidANTA Dilma em desvairada queda!

Eletrodomésticos, fraldas e remédios: a campanha de Garotinho na mira da Justiça

Eleições Rio 2014

Candidato ao governo do Rio de Janeiro chegou a doar quase 60.000 reais em fogões, máquinas de lavar e smartphones em apenas uma semana

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Deputado Anthony Garotinho PR/RJ
Deputado Anthony Garotinho PR/RJ (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)
Na primeira incursão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, fiscais encontraram nesta quarta-feira material de campanha do candidato ao governo do estado pelo PR, Anthony Garotinho, junto de cem caixas de remédios e 200 formulários do programa Cheque Cidadão. A ação encontrou indícios de que o projeto – mantido pela prefeita de Campos dos Goytacazes e mulher de Garotinho, Rosinha Matheus – é usado com finalidade eleitoral pela campanha dele. Mas esse não é o único problema de Garotinho com a Justiça Eleitoral nestas eleições. O ex-governador é investigado pela Polícia Federal por distribuir, em uma semana, quase 60.000 reais em eletrodoméstico no programa "Fala Garotinho", da Rádio Manchete. Técnicos coordenados pela juíza Daniela Barbosa, chefe de fiscalização do TRE, monitoraram o programa de rádio de Garotinho e se espantaram com os vultuosos valores gastos para distribuir máquinas de lavar, fogões, geladeiras e smarphones. 

Eletrodomésticos distribuídos por Garotinho (em R$)

BRINDESQUANTIDADE DISTRIBUÍDAPREÇO UNITÁRIO NA LOJA APREÇO UNITÁRIO NA LOJA BVALOR TOTAL (MÍNIMO)VALOR TOTAL (MÁXIMO)
Fogão54299,90294,4015.897,6016.194,60
Microondas30209,90284,906.697,008.547,00
Geladeira 01 porta22949,00901,5519.834,1020.878,00
Rádio portátil3079,1189,002.373,302.670,00
Lavadora 06 kg09739,90819,906.659,107.379,00
TV 14"08389,00381,233.049,843.112,00
Ventilador05107,91140,71539,50703,50
    55.050,4059.484,10
O valor foi estimado pelo tribunal a partir dos preços desses produtos em duas grandes redes varejistas. A tabela (reproduzida acima) foi anexada à decisão judicial.  A magistrada ordenou que a distribuição de brindes fosse interrompida e questionou como o candidato conseguiu distribuir tantos produtos sem patrocínio. Garotinho declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de 303.538,65 reais e gastou o equivalente a 16% desse patrimônio em apenas uma semana. Hoje, Rosinha é a apresentadora do programa. 
"Neste embalo, a cada semana o candidato distribui, no mínimo, 1/6 do valor de seu patrimônio declarado. É preciso analisar se a distribuição desmesurada de brindes e vantagens ao eleitor em potencial não é mero disfarce para aliciar o eleitor mais humilde e, assim, angariar votos. O programa não tem contrapartida financeira nem por meio de patrocinadores, tampouco por meio de intervalos comerciais", afirma a juíza na decisão. 
Outra conduta ilegal do candidato foi detectada em Campos dos Goytacazes, onde fiscais fizeram uma vistoria no Centro Cultural Anthony Garotinho. No local, foram apreendidas cerca de cem fraldas, 350 calendários com a foto do candidato, pastas, cartões de visita e um caderno com um cadastro de grávidas e data provável do parto. 
Em entrevista ao site de VEJA, a juíza Daniela Barbosa destacou a importância de ser investigada pelo Ministério Público Eleitoral a origem dos recursos em casos como o de Garotinho. "O assistencialismo vai cooptando as pessoas. Centros sociais começaram a ser muito reprimidos, então candidatos criaram outras práticas assistencialistas. Tem que ser investigado se há origem ilícita nessas verbas", afirmou. 
Garotinho é líder na disputa pelo Palácio Guanabara, com 28% das intenções de voto na última pesquisa Ibope. Com uma ampla rede de distribuição de benesses a eleitores, o Ministério Público Eleitoral investiga quanto desse apoio é legítimo. A juíza Daniela Barbosa menciona indícios de "propaganda eleitoral irregular, abuso do poder econômico e/ou político, captação ilícita de sufrágio (compra de votos), captação e emprego indevidos de recursos de campanha (uso de caixa dois), condutas vedadas a agentes públicos e improbidade administrativa".