segunda-feira 28 2013

MP investiga estupro dentro da UTI de um hospital no Rio

Cidades

Jovem de 21 anos teria sido violentada por técnico de enfermagem enquanto se recuperava de uma cesariana no Pedro II. Caso foi encaminhado à Polícia Civil

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio
Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio (Divulgação)
O Ministério Público Estadual (MP-RJ) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigam uma suspeita de estupro no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Uma jovem de 21 anos teria sido violentada por um técnico de enfermagem dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela se recuperava de uma série de cirurgias a que foi submetida após complicações em uma cesariana, que obrigaram a retirada de seu útero, das trompas e dos ovários.
O caso só chegou ao conhecimento do MP durante vistoria realizada em maio passado, que deu origem a um relatório obtido com exclusividade pelo site de VEJA. O Grupo de Atuação Integrada da Saúde, composto por médicos e promotores, estranhou ao encontrar a vítima internada na chamada Sala Vermelha - local da emergência, onde devem ser feitos apenas os primeiros atendimentos de pacientes graves. A jovem apresentava quadro de miocardite (inflamação no músculo cardíaco) e deveria estar na UTI.
A primeira providência a ser tomada, portanto, seria a transferência da paciente de volta ao centro intensivo. Ao saber da mudança, porém, uma acompanhante contou à equipe que ela teria sofrido abusos sexuais dias antes na UTI e, portanto, não queria retornar para lá. "A paciente estava visivelmente angustiada", relatam os promotores na denúncia. O grupo de peritos providenciou, então, a transferência da vítima ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte da cidade.
Assim que a história veio à tona, outros parentes da jovem prestaram depoimentos na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Saúde e confirmaram a história do estupro contada por ela - que não depôs, em um primeiro momento, por estar ainda debilitada. O MP encaminhou, então, o relatório à Promotoria Criminal de Santa Cruz, que pediu abertura de inquérito à 36ª Delegacia de Polícia, no mesmo bairro.
O hospital - Apesar de ser municipal, o Pedro II teve a gestão terceirizada em janeiro de 2012 para a Biotech Humana Organização Social de Saúde, que receberá 275 milhões de reais por dois anos de atuação. Procurada pelo site de VEJA, a empresa admitiu ter tomado conhecimento da suspeita de um crime hediondo dentro da sua UTI, mas preferiu dar apenas encaminhamento interno.
Em vez de comunicar à polícia sobre o caso, o hospital limitou-se a afastar o técnico de enfermagem e instaurar sindicância interna. Em nota, a responsável pelo Pedro II diz que ainda não encontrou "indícios de culpabilidade" e que "enquanto não houver real responsabilidade pela ação, não acionará a polícia". Cinco meses após a denúncia por parte do MP, a administração da unidade de saúde diz aguardar ainda o depoimento final do acusado.
A Secretaria Municipal de Saúde, principal responsável por fiscalizar os atendimentos prestados pela Biotech no Pedro II, afirma que não foi informada sobre o caso e ficou sabendo da suspeita somente ao ser procurada pela reportagem.
Recentemente, outro caso de estupro semelhante chocou a população do Rio. Em maio, um técnico de enfermagem do Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, na Zona Norte, foi acusado de abusar sexualmente de duas pacientes também na UTI. Imagens do circuito interno mostravam Brivaldo Francisco Xavier Júnior entrando 20 vezes em 12 horas em um dos leitos sem que nenhum procedimento fosse feito. Demitido por justa causa, ele se entregou à Polícia Civil e foi indiciado por estupro de vulnerável.
Mais irregularidades - A vistoria no Pedro II pelo MP ocorreu em dois dias este ano: 9 de maio e 28 de junho. E apesar de o estupro ser de longe o caso mais grave, não é o único que impressionou os promotores. O relatório aponta ainda falta de médicos, superlotação das salas Amarela e Vermelha e pacientes com doenças contagiosas - como tuberculose - internados ao lado de pessoas com outras enfermidades sem qualquer isolamento para evitar o contágio.
A equipe ainda viu um paciente com sinais de traumatismo craniano que esperava atendimento havia duas horas, deitado em uma maca, em frente ao posto de enfermagem. Os médicos disseram estar à espera da avaliação de um neurologista que fazia uma cirurgia naquele momento. A equipe descobriu, contudo, que o especialista sequer havia sido chamado. Exames indicaram que o homem tinha fraturas cervical e no úmero (osso do braço).
O Pedro II é referência para moradores dos bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba, que juntos somam 368.000 habitantes, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Destruído durante um incêndio em novembro de 2010, o hospital foi reconstruído e equipado com aparelhos de última geração – o orçamento inicial era de 80,6 milhões de reais.

Operação encontra medicamentos vencidos em depósito da prefeitura do Rio

Saúde

Em 07/10/2013

Centenas de caixas de medicamentos, vacinas, soros e leite especial perderam a validade estocados na Zona Norte. Material deveria ser usado em hospitais e postos de saúde da rede municipal

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Centenas de caixas de remédios e vacinas vencidas perderam a validade no depósito do município
Centenas de caixas de remédios e vacinas vencidas perderam a validade no depósito do município  (Vivian Fernandez/ Ministério Público)
Uma operação do Ministério Público do Estado do Rio, em curso na Zona Norte da cidade, encontrou em um depósito da prefeitura centenas de caixas de medicamentos, vacinas, soros e leites especiais com data de validade vencida. Entre os itens estão substâncias caras, como remédios para soropositivos, material cirúrgico, suplementos para crianças com intolerância alimentar e até fraldas descartáveis. Promotores que estão no local informaram ao site de VEJA que a quantidade exata ainda está sendo aferida.
Os medicamentos, encontrados em um depósito no bairro do Rocha, deveriam ser usados em hospitais e postos de saúde da rede municipal de saúde.
“Encontramos toneladas de remédios vencidos. É um absurdo a falta de controle do município. Além dos produtos comprados pela prefeitura, há vários itens fornecidos pelo Ministério da Saúde que poderiam ter sido devolvidos ao governo federal”, afirma a promotora Denise Vidal.
Os produtos com validade vencida ocupam três salas do depósito e estavam armazenados em uma área com acesso restrito a funcionários. No local, foram encontradas notas fiscais e documentos guardados dentro de caixas, sem qualquer organização.
O material está sendo apreendido e periciado. Os promotores da tutela de Saúde estão prestando depoimento, neste momento, na Delegacia do Consumidor, na Cidade da Polícia. Entre os medicamentos, há produtos fornecidos pelo Ministério da Saúde.
De acordo com Vidal, o galpão da Secretaria Municipal de Saúde foi interditado após a vistoria. O MP vai instaurar inquérito criminal para investigar a existência de crime contra a administração pública. Na esfera civil, outro inquérito verificará os responsáveis pelo desperdício. Os promotores não descartam a instauração de uma ação civil pública de improbidade administrativa contra o gestor responsável pela perda de medicamentos.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde argumentou que o percentual de descarte de medicamentos comprado pelo município é inferior a 1%. Segundo o órgão, a perda ocorre devido à impossibilidade de se prever quantas pessoas necessitarão de cada medicamento. A secretaria afirma que reduzirá o desperdício.

Governo deixa vencer remédios para tratamento de HIV

Rio de Janeiro

Medicamentos que deveriam abastecer a rede pública de saúde estavam sendo levados para serem incinerados. Caminhão foi flagrado pelo Ministério Público

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) encontrou remédios para o tratamento de HIV e hanseníase fora do prazo de validade na Central de Abastecimento Geral da Secretaria Estadual de Saúde, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Promotores foram ao local nesta segunda-feira após receberem informação de que os medicamentos seriam incinerados. Ao chegar, viram um caminhão já carregado que se preparava para deixar o galpão.
Um dos promotores que acompanhou a operação relatou ao site de VEJA que havia toneladas de remédios vencidos, além de outros materiais como sondas, luvas e gazes. Também havia antibióticos e leite específico para crianças com intolerância ou alergia à proteína - cada unidade custa cerca de 100 reais.
A central foi interditada e policiais reforçaram a segurança para que nenhum medicamento fosse retirado. O Ministério Público vai periciar os medicamentos e instaurar uma ação criminal para verificar de quem é a responsabilidade por seu armazenamento. O caso foi registrado na 77ª DP (São Gonçalo).
Prefeitura - No dia 7 deste mês de outubro, outra operação do Ministério Público, na Zona Norte da cidade, encontrou em um depósito da prefeitura centenas de caixas de medicamentos, vacinas, soros e leites especiais também com a data de validade vencida.
Entre os itens, estavam substâncias caras, como remédios para soropositivos, material cirúrgico, suplementos para crianças com intolerância alimentar e até fraldas descartáveis. Os medicamentos, encontrados em um depósito no bairro do Rocha, deveriam ser usados em hospitais e postos de saúde da rede municipal de saúde.

OS CACHORROS DAS ESTRELAS: Eles fizeram a alegria de Marilyn Monroe, Clark Gable, Elizabeth Taylor ou Rita Hayworth, ou estiveram em cena com astros como Franka Sinatra — e estão todos em livro recém-lançado


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Shirley MacLane e seu boxer (nome não identificado): duplas imbatíveis (Fotos: John Kobal Foundtaion/ACC Editions)
Chega a ser covardia: reunir nos mesmos enquadramentos as mais belas e glamorosas estrelas de Hollywood dos tempos áureos e simpaticíssimos cachorros de estimação. Em suma, dois dos temas que as pessoas em geral mais gostam de ver em fotografias.
A ideia, simples e ótima, acaba de se materializar no livro Hollywood Dogs, da editora inglesa ACC – ainda sem lançamento anunciado no Brasil -, organizado por Gareth Abbot e Catherine Britton e ilustrado com 147 amostras do pelo acervo fotográfico da John Kobal Foundation.
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Clarke Gable e um de seus cães na capa do livro ”Hollywood Dogs”
Os retratos foram feitos entre 1920 e 1960, período considerado a “Era de Ouro” de Hollywood, e captam os normalmente inatingíveis movie stars em momento de pura espontaneidade, estimulados, é claro, por seus fiéis companheiros. Dentro ou fora dos sets de filmagens.
Evidentemente, cães que foram “atores profissionais”, como o inimitável Totó, de O Mágico de Oz (1939), também comparecem. Abaixo, algumas das imagens presentes em Hollywood Dogs.

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Marilyn Monroe e o maltês que ganhou de Frank Sinatra em 1961, e que batizou como… Máfia!
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Mr. Famous – assim se chamava o Yorkshire terrier de Audrey Hepburn. Eram tão inseparáveis que o cãozinho chegou a participar de um dos filmes dela, “Cinderela em Paris” (1957)
Elvis-Presley-Hollywood-Dogs
Elvis Presley cai nas graças de amigo canino anônimo

Elizabeth Taylor com a mão na massa, dando banho na sua cocker spaniel Amy
Elizabeth Taylor com a mão na massa, dando banho na sua cocker spaniel Amy

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Bette Davis com dois cachorrinhos em 1934
Natalie-Wood-Hollywood-dogs
Natalie Wood ganhou da mãe o poodle Morning Star, com quem posa nesta foto
Frank-Sinatra-Hollywood-dogs
Frank Sinatra e Snuffy, cairn terrier com quem contracenou em “Meus Dois Carinhos” (1957)
Brigitte-Bardot-Hollywood-dogs
Brigitte Bardot já demonstrava o amor por animais que tanto a identifica hoje caminhando com um black spaniel na Riviera Francesa quando começava a trajetória que a tornaria um mito do cinema

Estudo liga barulho de aviões a doenças cardíacas

Saúde do coração

Conviver com esse tipo de ruído pode provocar stress e elevar a pressão sanguínea, ambos fatores de risco para doenças cardiovasculares

Aviões: Barulho de aeroportos pode provocar doenças cardiovasculares
Aviões: Barulho de aeroportos pode provocar doenças cardiovasculares (Thinkstock)
Dois novos estudos, um americano e um britânico, mostram que pessoas que são expostas com frequência a níveis elevados de barulho de aviões apresentam um risco maior de sofrer alguma doença cardíaca. As pesquisas foram publicadas nesta terça-feira no periódico British Medical Journal. Para os especialistas, conviver com esse tipo de ruído pode provocar stress e elevar a pressão sanguínea — ambos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Segundo o estudo americano, para idosos que vivem em regiões onde o barulho de aeronaves é considerado alto o risco de hospitalização por esse tipo de doença é 3,5% maior do que para o restante das pessoas da mesma faixa etária. Na pesquisa, o ruído de aviões foi considerado elevado quando passava de 55 decibéis (dez acima do teto para zonas residenciais após as 22h, de acordo com a Lei do Psiu da cidade de São Paulo).
“Foi surpreendente descobrir que morar perto de um aeroporto, e assim estar mais exposto ao barulho de aeronaves, pode afetar sua saúde cardíaca, até mais do que a exposição à poluição do ar e ao barulho de tráfego”, afirma Francesca Dominici, professora da Escola de Saúde Pública de Harvard e uma das autoras do estudo.
Análise — A equipe de Dominici analisou a relação entre a poluição sonora de 89 aeroportos nos Estados Unidos e hospitalizações relacionadas a doenças cardiovasculares entre cerca de seis milhões de participantes, com 65 anos ou mais, no ano de 2009. Na análise, os pesquisadores ajustaram os dados para levar em consideração fatores como condição socioeconômica, questões demográficas e poluição do ar. Os resultados também mostraram que níveis mais elevados de barulho de aeronaves foram responsáveis por 2,3% das hospitalizações por doenças cardiovasculares entre as pessoas mais velhas que viviam perto dos aeroportos.
“Nosso estudo enfatiza que intervenções que reduzem a exposição ao barulho podem reduzir os riscos de doenças cardiovasculares entre pessoas que moram perto de aeroportos. Isso pode ser feito por meio da melhoria de tecnologia das aeronaves e otimização dos trajetos de voo, ou até isolando acusticamente casas e prédios”, afirma Jonathan Levy, professor de saúde ambiental da Universidade de Boston e um dos autores do trabalho.
Inglaterra – No segundo estudo, realizado em Londres, os pesquisadores investigaram o risco de derrames e doenças cardíacas entre 3,6 milhões de pessoas que viviam perto do Aeroporto de Londres Heathrow, um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Foram usados dados de internação hospitalar e taxas de mortalidade por derrame, doenças coronárias e cardiovasculares de 2001 a 2005.
O estudo também chegou à conclusão de que há um risco maior para pessoas expostas a níveis mais altos de barulho de aeronaves, tanto de dia quanto à noite. Entre os participantes do estudo, cerca de 2% estavam expostos aos níveis mais altos de ruído. Nessas regiões, o risco aumente de 10 a 20% para as doenças mencionadas. Os pesquisadores sugerem que mais estudos sejam realizados para avaliar se o barulho noturno pode ser a principal causa desse resultado, por atrapalhar o sono.

Brasileiras ignoram os cuidados com a saúde do coração

Mulher

Reportagem de VEJA desta semana mostra que mulheres ignoram os fatores de risco das doenças cardíacas, segundo pesquisa, e têm extrema dificuldade para identificar os sintomas de um infarto

Adriana Dias Lopes
Brasileiras ignoram os cuidados com a saúde do coração
Brasileiras ignoram os cuidados com a saúde do coração (iStock)
A percepção da mulher brasileira sobre os cuidados com o coração é equivocada. Esse é o resultado do maior levantamento já realizado no país sobre o tema. A pesquisa Sinta Seu Coração, coordenada pelas revistas SAÚDE e CLAUDIA, publicadas pela Editora Abril, que também edita VEJA, em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, ouviu 5 318 voluntárias. O trabalho foi conduzido pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril. “As brasileiras encararam os distúrbios cardíacos como um mal tipicamente masculino”, diz o cardiologista Roberto Kalil, diretor clínico do Instituto do Coração, em São Paulo. “Enquanto elas subestimarem o problema, continuarão sob ameaça.” Atualmente 21 milhões de mulheres brasileiras correm o risco de sofrer um infarto e 39 000 morrem todos os anos em decorrência do mal — o triplo das vítimas fatais de câncer de mama. A seguir, VEJA lista os principais resultados do estudo e, com a colaboração de cinco cardiologistas, descreve as boas práticas para proteger o coração feminino.

Seis provas de que ter bichos de estimação faz bem à saúde

Bichos

Estudos científicos vêm descobrindo que conviver com animais causa diferentes efeitos positivos - seja em bebês, grávidas ou até pessoas com autismo

Criança com o gato
Animais de estimação: pesquisas científicas recentes reforçam que os bichos são benéficos a diversos aspectos da saúde das pessoas (Thinkstock)
A busca por uma melhor saúde pode ser um bom motivo para levar um animal de estimação para casa. Isso porque, nos últimos anos, foram publicados muitos estudos sobre os possíveis efeitos da companhia desses bichos na saúde de seus donos. E muitos desses trabalhos revelaram que ter um cão ou um gato em casa pode prevenir doenças respiratórias, melhorar a saúde de grávidas e até ajudar pessoas com autismo. Conheça seis provas de que ter um animal de estimação faz bem para a saúde das pessoas:

Bebês

O efeito: Bebês que convivem com cães e gatos, mas especialmente com cachorros que passam mais tempo dentro do que fora de suas casas, são mais saudáveis e precisam tomar menos antibióticos do que crianças que não têm contato com esses animais. 
 
A prova: Entre 2002 e 2005, pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental decidiram acompanhar 397 crianças desde seu nascimento até elas completarem um ano de vida. O objetivo era saber se cães ou gatos em casa interferem de alguma maneira na saúde dos bebês. Um ano depois, a equipe descobriu que o contato com os animais, mas principalmente com cães, está relacionado a menos casos de infecções respiratórias em crianças e também a uma menor necessidade de o bebê tomar antibióticos. O maior efeito protetor foi observado entre crianças que conviviam com cães que passavam parte ou todo o tempo no interior das casas.

O efeito: Gestantes que têm um cachorro de estimação são mais propensas a atingir os níveis de atividade física recomendados para elas. Consequentemente, elas chegam mais perto do que as outras gestantes de ter uma gravidez saudável, evitando problemas relacionados ao excesso de peso.
 
A prova: Certa vez, cientistas da Universidade de Liverpool, Inglaterra, resolveram estudar os fatores que levam as gestantes a praticarem atividade física. Para isso, a equipe se baseou nos dados de mais de 11.000 mulheres que estavam na 18ª ou na 32ª semana de gravidez e levou em consideração uma série de informações sobre elas, como peso, altura, quanto tempo de lazer usufruíam por dia e se tinham algum animal de estimação. A conclusão da análise revelou que as mulheres que tinham um cachorro apresentavam uma chance 50% maior de atingir a recomendação de 30 minutos de caminhada rápida ao dia. O estudo também descobriu que um simples passeio com o cão apenas uma vez por semana gera efeitos positivos na saúde da mulher grávida.

Pessoas com autismo

O efeito: A chegada de um animal de estimação na casa de uma pessoa autista faz com que ela passe a ter um melhor relacionamento com outras pessoas. 
 
A prova: Especialistas do Hospital de Brest, na França, acostumados a atender crianças e adultos com autismo, resolveram fazer um estudo para descobrir de que forma um animal de estimação pode impactar o comportamento desses pacientes. Depois de avaliarem 260 autistas – tanto adultos quanto crianças —, os pesquisadores concluíram que as pessoas com a síndrome que passam a a ter algum animal de estimação a partir dos 5 anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos específicos do comportamento social: elas se sentiam mais confortáveis e se mostravam mais solidárias quando se relacionavam com outras pessoas do que pacientes que nunca tiveram um animal. O efeito, embora tenha ocorrido, não foi tão forte nos casos em que o indivíduo conviveu com animais desde que nasceu.

Trabalhadores estressados

O efeito: Em empresas que permitem que os funcionários levem seus animais para o trabalho, há menos stress entre os trabalhadores.
 
A prova: Pesquisadores avaliaram, durante uma semana, o comportamento de funcionários de uma empresa americana chamada Replacements, Ltd., localizada na cidade de Greensboro, na Carolina do Norte. Durante essa semana, os funcionários, se assim desejassem, poderiam levar seus cães ao trabalho. De acordo com os resultados da avaliação, os funcionários que levaram seus cães para o trabalho pareceram sofrer menos stress durante o dia do que os que não levaram os animais para a empresa ou que não possuíam animais de estimação. Além disso, os mesmos funcionários se mostraram muito mais estressados nos dias em que deixaram seus cães em casa do que nos dias em que os levaram. 

Tímidos

O efeito: Ter um cão de estimação por perto torna as pessoas a serem mais sociáveis e pode ajudar a diminuir a timidez de certos indivíduos.
 
A prova: Um estudo feito na Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, analisou em dois momentos o comportamento de pessoas durante o dia. Em um dia, os participantes saíram e realizaram suas tarefas diárias sem a companhia de um cão e, no outro dia, saíram acompanhados do animal. Os pesquisadores observaram que estar com um cachorro aumenta a frequência com que as pessoas interagem com outras, especialmente com indivíduos desconhecidos. 

Bem estar

O efeito: Ter um animal de estimação, em comparação com não ter nenhum, melhora diversos aspectos do bem estar físico e mental do dono, como a sua condição física e a auto estima.
 
A prova: Pesquisadores das universidades de Miami e de Saint Louis, nos Estados Unidos, aplicaram um questionário em 217 adultos de 31 anos, em média, sobre personalidade, estilo de vida e bem estar. Segundo os autores, pessoas que tinham animais de estimação relataram ser mais felizes e saudáveis do que os que não tinham. Elas também mostraram ter uma auto estima maior, tendiam a ser menos solitárias e mais extrovertidas, além de apresentar melhores condições físicas.

Ocupa Leblon

Por Redação

Manifestantes voltam a acampar perto do prédio de Cabral, no Leblon


Manifestantes voltam a acampar perto do prédio de Cabral, no Leblon - 1 (© Wilton Junior Estadão)

A intenção, segundo um dos manifestantes, é permanecer no local até o fim do ano. Ao chegar, o grupo foi abordado por policiais militares - eles avisaram que não será permitido acampar no local.

Manifestantes voltam a acampar perto do prédio de Cabral, no Leblon - 1 (© Wilton Junior Estadão)

Manifestantes disseram que não vão montar barracas. 'Essa ocupação não é contra o governador Sérgio Cabral, é contra ele, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e todo o sistema político do Rio', disse um dos integrantes, que não quis se identificar.

Manifestantes voltam a acampar perto do prédio de Cabral, no Leblon - 1 (© Wilton Junior Estadão)

Os manifestantes são em sua maioria estudantes, de várias regiões da cidade e da Baixada Fluminense. Alguns haviam participado do 'Ocupa Câmara', na Cinelândia, e do 'Ocupa Cabral' anterior, no mesmo local.

Manifestantes voltam a acampar perto do prédio de Cabral, no Leblon - 1 (© Wilton Junior Estadão)

O acampamento na Delfim Moreira, agora chamado de 'Ocupa Leblon' já foi desmontado duas vezes - a primeira pela polícia, e a última por decisão dos manifestantes, após 40 dias, no início de setembro. Pela manhã, o grupo começou a receber as primeiras doações de água e alimentos.

'Cachoeira de caramelo' assusta moradores após incêndio em armazém de açúcar

Por Chico Siqueira, especial para o Estadão, estadao.com.br
Mais de 30 mil toneladas de açúcar foram derretidas após o segundo grande incêndio no sistema de logística do setor em uma semana, o que já inflaciona os preços no mercado internacional




'Cachoeira de caramelo' assusta moradores após incêndio em armazém de açúcar
"Incêndio em galpão com 30 mil toneladas de açúcar em Santa Adélia, no interior de SP, provocou uma cachoeira de caramelo derretido que invade casas e polui um rio"






ARAÇATUBA – O incêndio na estação de transbordo rodoferroviário da Agrovia Brasil, em Santa Adélia (SP), provocou uma “cachoeira de caramelo” que invadiu casas e poluiu o rio São Domingos, causando a mortandade de peixes, informou a Cetesb.
O incêndio começou na sexta-feira e ainda não foi totalmente debelado após mais de 70 horas de trabalho dos bombeiros. O fogo derreteu cerca de 30 mil toneladas de açúcar que estavam estocadas num dos armazéns.
Foram feitas barreiras de contenção para evitar que o açúcar derretido entre nas casas. Moradores foram levados para um hotel. A força do açúcar derretido e alta temperatura podem derrubar o armazém.
Santos. O incêndio em Santa Adélia começou na sexta-feira, 25, exatamente depois de uma semana que outro grande incêndio no Porto de Santos destruiu seis armazéns arrendados pela Copersucar, a maior exportadora de açúcar e etanol do Brasil.
Os seis galpões da Copersucar tinham capacidade de armazenamento de 300 mil toneladas.
Pela cotação atual, a perda desse volume de açúcar representaria um prejuízo de aproximadamente R$ 130 milhões, segundo especialistas consultados pela Agência Estado.
Por causa do incêndio em Santos, o preço do açúcar subiu no mesmo dia 2,63% nos contratos para entrega futura na Bolsa de Nova York.
O motivo da alta é que os terminais atingidos representam 25% da capacidade de embarque de açúcar do Brasil em um ano (6 milhões de toneladas).
O País é o maior produtor mundial. Neste ano, até setembro, o Brasil exportou 13 milhões de toneladas de açúcar, faturando US$ 5,9 bilhões. Não se sabe quanto tempo será necessário até que os embarques sejam normalizados.

Música Xamânica