quarta-feira 31 2013

Com câncer terminal, co-criador de 'Os Simpsons' quer doar fortuna para caridade

Televisão

Com expectativa de vida de três a seis meses, Sam Simon irá doar "dezenas de milhões" de dólares a instituições filantrópicas

Co-criador dos 'Simpsons' diagnosticado com câncer terminal de cólon
Co-criador dos 'Simpsons' diagnosticado com câncer terminal de cólon (Reprodução/ Twitter)
Diagnosticado com um câncer terminal no cólon, Sam Simon, co-criador da série de animação americana Os Simpsons junto com Matt Groening, doará praticamente toda a sua fortuna para instituições de caridade que combatem a fome e lutam pelos direitos dos animais. Ele tem 58 anos.
Em entrevista concedida à revista americana The Hollywood Reporter, Simon alegou que os royalties do seriado exibido pela Fox lhe garantem “dezenas de milhões de dólares” anualmente, mesmo ele tendo deixado de participar da produção em 1993. Além de sua carreira na televisão dos Estados Unidos, Simon também é conhecido por apoiar instituições de caridade. Ele até criou uma, a Sam Simon Foundation, que tem o objetivo de acolher e ajudar pessoas carentes da cidade de Malibu (Califórnia), alimentando-as com um cardápio vegetariano, além de tratar de animais de rua.
Sam Simon teve seu câncer terminal diagnosticado em maio deste ano, já em estágio avançado. Ele tem expectativa de vida de três e seis meses. Simon passou por dois casamentos sem filhos com a atriz Jennifer Tilly e a ex-modelo da Playboy americana Jami Ferrell.

Para Roma com Amor - trailer legendado



Woody Allen, 76, diz que vai filmar enquanto 'a saúde deixar'

Cinema

Diretor já se encontra imerso no próximo projeto, rodado em San Francisco

Woody Allen no Festival de Cannes
Woody Allen no Festival de Cannes (Valery Hache/AFP)
O cineasta americano Woody Allen, 76, declarou, durante coletiva de imprensa do filme Para Roma com Amor na Espanha, que pretende seguir trabalhando até que sua saúde agüente e enquanto ganhar dinheiro. "Gosto de fazer filmes, de escrevê-los, de ir trabalhar de manhã e estar a cada dia com Penélope Cruz, Naomi Watts e todas as mulheres bonitas com as quais já trabalhei", ironizou o diretor, que diz ser consciente de que não dispõe do mesmo nível de "concentração e paciência" que levava Stanley Kubrick à perfeição.

Após Para Roma com Amor, o diretor segue seu ritmo frenético, de quase um filme por ano, e já se encontra imerso no próximo, que será rodado em San Francisco. Como ainda não sente vontade de parar, Allen acredita que deverá voltar à Europa no futuro, ou ir à América Latina, Rússia e China, ou seja, onde sua próxima ideia nascer. 
Após o turno de Londres, Barcelona e Paris, o cineasta, que não descarta a possibilidade de rodar um filme na América Latina, voltou à Europa para modelar uma história escrita especialmente para Roma. Em sua opinião, esta é uma cidade enérgica, complicada, cheia de barulho, com trânsito "por todas as partes" e pessoas "que não levam a vida muito a sério".

Allen também admite que o financiamento é um dos principais motivos para rodar filmes que possuem cidades como protagonistas, como ocorreu com seus últimos longas. No entanto, o cineasta diz não se vender para quem financia seus filmes. "Aceitam trabalhar sob minhas condições. Nos EUA, isso não agrada e não me dão dinheiro. No final, eles não leem nem o roteiro e compram só a minha figura", declarou.
Esse acordo de financiamento acaba beneficiando ambas as partes, já que o diretor consegue filmar em lugares que lhe "encantam", e os investidores obtêm uma grande publicidade em troca. Pelas duas razões, a crítica bate nos filmes dizendo que eles não são mais que guias turísticos das cidades retratadas. E guias repletos de estereótipos.
O nova-iorquino, que entrou para a história do cinema com filmes como Manhattan e Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, reconhece que os novos longas não tenham em seus genes o necessário para realizar uma obra-prima. "Eu tentei e seguirei tentado. Acho que fiz bons filmes na minha carreira, alguns normais e outros ruins. Em relação à obra-prima, sempre tento e nunca consigo e, após todo este tempo, começo a pensar que talvez nunca consiga alcançá-lo." Mas esse destino parece decepcionar mais à crítica que ao próprio Allen, que, por sua vez, diz estar satisfeito com o ritmo que leva. Allen também disse que o principal objetivo de seus filmes é "entreter as pessoas", o que, para ele, deveria ser prioridade para qualquer diretor. 
Allen, que volta às telas neste último longa-metragem pela primeira vez em seis anos, admite que, quando tem confiança nos atores, não necessita nem mesmo entender o que estão dizendo. "Atores como Javier Bardem e Penélope Cruz já eram incríveis antes dos meus filmes e continuarão sendo depois. Em Vicky, Cristina, Barcelona, eu disse a eles para que improvisassem. Nunca soube o que diziam e nem agora, mas eles são e foram convincentes e isso é o suficiente." A espanhola Penélope Cruz, que em seu segundo filme com Allen encarna uma prostituta, é para o cineasta "um presente" e "uma estrela de cinema, muito bonita, muito sexy" e, o mais importante de tudo, "uma atriz extraordinária".
(Com agência EFE)

Cinema

Emma Stone e Colin Firth estarão no próximo Woody Allen

O roteiro ainda é segredo, mas sabe-se que o diretor rodará no sul da França

Emma Stone e Colin Firth vão atuar no próximo filme de Woody Allen
Emma Stone e Colin Firth vão atuar no próximo filme de Woody Allen (Getty Images)
Emma Stone e Colin Firth foram escalados para atuar no próximo filme de Woody Allen. Ainda sem título, e com sinopse mantida a sete chaves, a produção vai ter o sul da França como cenário. De acordo com o site da revista The Hollywood Reporter, o início das filmagens está marcado para junho. 
Em 26 de julho estreia nos Estados Unidos Blue Jasmine, o mais recente trabalho do diretor, que traz Cate Blanchett e Alec Baldwin nos papéis principais. Segundo a Sony, o filme conta "a história dos estágios finais de uma crise aguda de uma dona de casa de Nova York". As cenas foram filmadas no ano passado em Nova York e San Francisco. Ainda não há data para a estreia no Brasil. 
Entre os últimos trabalhos do diretor, estão Para Roma com Amor (2012), Meia-Noite em Paris(2011) e Vicky Cristina Barcelona (2008).

Blue Jasmine - Trailer Legendado



Woody Allen volta ao drama com 'Blue Jasmine'

Cinema

Cate Blanchett em 'Blue Jasmine', de Woody Allen
Cate Blanchett em 'Blue Jasmine', de Woody Allen (Divulgação)
Woody Allen volta ao drama em Blue Jasmine, em que traça o retrato absurdo e trágico de uma mulher mergulhada na loucura. Jasmine, vivida pela australiana Cate Blanchett, é a esposa de um rico investidor financeiro, Bernard Madoff (Alec Baldwin), que perde a sua fortuna e o seu lugar na alta sociedade de Nova York quando o marido é preso por fraude e, completamente desestabilizada, tenta reconstruir a vida em São Francisco ao lado da irmã (Sally Hawkins), com quem não tem nada em comum. O longa, que estreou na sexta-feira em seis cinemas de Nova York e Los Angeles, chega ao Brasil em 11 outubro.
"É um privilégio fazer o papel principal em um filme de Woody Allen. Ele influenciou a cultura pop de uma forma que nós não temos ideia", declarou a atriz, que ganhou um Oscar em 2005 por O Aviador, em que contracena com Leonardo DiCaprio. Cate Blanchett contou que havia abandonado abandonado "qualquer ideia de trabalhar com Allen", porque pensava que o diretor não estivesse interessado nela, segundo declarou em recente coletiva de imprensa em Beverly Hills. "No momento em que li o roteiro, achei fantástico. Foi perfeitamente construído, é absurdo e trágico ao mesmo tempo", acrescenta ela. "Eu acho que Woody Allen despreza Jasmine tanto quanto a adora. Ela o fascina. Quando pensamos em todos os retratos extraordinários de mulheres que ele criou, com tantas atrizes maravilhosas, vemos que ele ama e é fascinado por mulheres, por sua exuberância, sua inteligência, seus medos e fobias."

Cate Blanchett encarna bem a instabilidade crônica de Jasmine, sua fuga desesperada e a obsessão de encontrar o seu lugar e um conforto ilusório, entre vodca e anti-depressivos. A atriz não precisou amar Jasmine para encarná-la, mas sentiu pela personagem uma espécie de empatia. "Não acho que você precisa amar a personagem. Isso abre a porta para o sentimentalismo. Especialmente com alguém como Jasmine, que faz um monte de coisas desagradáveis ", afirmou. "Mas, se você entender por que uma personagem faz o que faz, por que ela age de uma certa maneira, então você deve mostrá-lo."
Para a atriz, o destino de Jasmine é uma triste realidade para muitas pessoas. "Isso acontece em todos os lugares. Quando a autoconsciência está relacionada a um relacionamento romântico, a uma situação financeira ou a um grupo social, e quando estes se tornam indisponíveis, podemos nos encontrar em frente ao espelho, muitas vezes na metade de sua existência, e perguntar: 'Deus, quem sou eu?'", disse ela. "E, se você não tem segurança financeira, uma estrutura para apoiá-lo, então a loucura pode se instalar muito rapidamente."
A atriz, que pode ser vista na trilogia O Senhor dos Anéis, em O Curioso Caso de Benjamin Button (2008) e em Robin Hood (2010), também recebeu algumas indicações de Woody Allen, que costuma ser alérgico a discussões. "Ele respondia quando achava as questões interessantes. Caso contrário, me ignorava e voltava para o seu Blackberry", brincou.
O novo filme também marca o retorno de Allen aos Estados Unidos, depois de uma longa passagem pela Europa, onde filmou sete de seus últimos oito filmes, incluindo Meia Noite em Paris (2011), o seu maior sucesso comercial.
(Com agência France-Presse)

Titãs - Acústico MTV



Após protestos, Dilma injeta R$ 8 bi do PAC em São Paulo

Infraestrutura

Recursos foram prometidos durante protestos e serão usados em corredores de ônibus, moradia e recuperação ambiental de área de mananciais

Felipe Frazão
Haddad e Dilma
Presidente veio a São Paulo anunciar investimentos do PAC 2 (Roberto Stuckert Filho/PR)
Em um momento de queda na avaliação tanto do seu governo quanto do prefeito Fernando Haddad, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira a liberação de 8 bilhões de reais em investimentos na cidade de São Paulo. Desse montante, 3 bilhões de reais serão destinados à construção de corredores de ônibus e obras viárias na capital paulista.
Os recursos correspondem à segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento e integram os 50 bilhões de reais que o governo federal prometeu em investimentos após a onda de protestos que tomou o país em junho. O governo federal fez questão de começar a distribui-los justamente em São Paulo, prefeitura recém-conquistada pelo PT.
"É a primeira vez que anunciamos de forma concentrada 8 bilhões de reais e com a viabilidade de essas obras começarem a ocorrer no curto prazo", disse Dilma. "É justo que a primeira cidade dos 50 bilhões de reais, que os primeiros 8 bilhões, seja São Paulo. Aqui está concentrado o maior desafio."
Haddad, que ontem havia afirmado que São Paulo "faria as pazes" com o governo federal para voltar a receber investimentos, tentou desvincular a relação partidária entre as duas gestões: "O que está sendo anunciado aqui não é algo que diga respeito a duas pessoas que trabalharam  juntas como ministros no governo Lula, uma da quais virou presidente da República, e que pertencem ao mesmo partido".

O prefeito também repetiu seu discurso de que o erro de gestões passadas - que não eram do PT, partido do presidente da República à época - foi o isolamento. "Nossa obsessão ao longo desses quatro anos será conseguir esse alinhamento estratégico com governo federal", disse.
Apesar de a presidente ter destacado que "São Paulo é a maior cidade do mundo, porém com o menor sistema de metrô", os recursos não serão aplicados em transporte sobre trilhos. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não foi à cerimônia.


Obras - Cerca de 2,2 bilhões de reais serão repassados para a recuperação de áreas nas represas Billings e Guarapiranga, que requer a remoção de famílias e a construção de moradias do programa Minha casa Minha Vida. Com outros 1,5 bilhão de reais, a prefeitura espera construir 20.000 apartamentos para famílias que vivem na região de mananciais da Zona Sul da cidade. Intervenções de drenagem urbana, para redução de alagamentos, receberão 1,4 bilhão de reais.

Prefeitura isola sede para evento com Dilma


Para evitar a aproximação de manifestantes que atrapalhassem a visita da presidente Dilma Rousseff, a Prefeitura de São Paulo isolou totalmente sua sede, no Viaduto do Chá, no centro da cidade, na manhã desta quarta-feira. O acesso ao público foi restrito e controlado devido à cerimônia de lançamento do PAC São Paulo – pacote de investimentos do governo federal que a presidente veio pessoalmente entregar ao prefeito Fernando Haddad (PT).
A Rua Dr. Falcão foi cercada e bloqueada ao trânsito com tapumes de ferro altos, além das já usuais grades baixas que contornam a entrada do Edifício Matarazzo pelo Viaduto do Chá no dia a dia.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) está de prontidão com efetivo reforçado atrás dos tapumes. Há motos e um ônibus, fora do campo de visão de quem caminha pela calçada. Um pequeno grupo de manifestantes – pelo menos cinco pela manhã – se posicionou na entrada da cerimônia, de onde é impedido de passar pela segurança. Eles empunham uma bandeira da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel).
O Edifício Matarazzo foi invadido e depredado em junho durante um dos protestos. Nesta quarta, Haddad reclamou pela primeira vez da demora da Polícia Militar em defender a sede. Um novo protesto foi convocado por anarquistas do Black Bloc para esta quinta-feira em frente à prefeitura. Nesta terça, eles depredaram lojas e bancos na Avenida Rebouças.
Apesar de ter reclamado da PM, Haddad afirmou que pretende pedir a presença da Tropa de Choque da PM para conter o protesto.
(Felipe Frazão, de São Paulo)

Governo desiste de dois anos a mais no curso de Medicina

Por Ricardo Della Coletta, estadao.com.br
Ministro da Educação agora defende proposta de comissão de especialistas para que os dois anos adicionais se transformem em residência médica no SUS



BRASÍLIA - O governo desistiu de ampliar os cursos de Medicina de seis para oito anos, conforme previsto na Medida Provisória dos Mais Médicos, que tinha sido alvo de críticas, e vai apoiar agora a proposta trazida à mesa por uma comissão de especialistas para que os dois anos adicionais se transformem em residência médica. "(A diretriz é que) após a formação do médico na graduação, em seis anos, a residência médica assegure essa vivência na urgência e emergência e na atenção primária", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após participar de uma reunião com o titular da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes de faculdades de Medicina federais do País, em Brasília.

Mercadante defende que a Medida Provisória 621, que trata do Mais Médicos e tramita no Congresso, já previa a possibilidade de que os dois anos adicionais se convertessem em residência médica. O Conselho Nacional de Educação (CNE) também deverá propor novas diretrizes para os cursos de Medicina a partir das modificações estabelecidas pela MP.
O ministro disse ainda que, pela posição do governo, toda a residência médica deverá ocorrer no Sistema Único de Saúde. Além disso, o primeiro ano da residência terá foco na atenção básica e na urgência e na emergência, já com orientação na especialidade que o formado queira adotar. "Toda a residência será no SUS. No primeiro ano da pediatria, (ele) vai fazer (a residência em) atenção básica, já orientada para a especialização como pediatra".

Para conter rebelião da base aliada, Dilma vai abrir o cofre

Planalto

Pressionada, presidente promete, em reunião com ministros, liberar 6 bilhões de reais em emendas parlamentares. Pagamento será feito em parcelas

Presidente Dilma Rousseff
Presidente Dilma Rousseff (Fernando Bizerra Jr./EFE)
Pressionada por aliados e antevendo nova rebelião no Congresso a partir da próxima semana, quando deputados e senadores voltam das férias, a presidente Dilma Rousseff decidiu abrir o cofre. Em reunião com dez ministros, nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, Dilma determinou a liberação de três lotes de emendas parlamentares até o fim do ano, em parcelas, totalizando 6 bilhões de reais.
Na tentativa de driblar dificuldades previstas em votações importantes para o governo, a presidente pediu aos ministros uma lista dos principais projetos contidos nas emendas paradas em cada pasta. Embora o governo tenha anunciado corte adicional de 10 bilhões de reais no Orçamento, para cumprir a meta fiscal e recuperar a confiança do mercado na política econômica, Dilma decidiu manter a reserva para pagar emendas.
Num momento de perda de popularidade após os protestos de junho, desgaste na relação com a base aliada e com o PMDB liderando uma rebelião para tornar obrigatória a execução das emendas parlamentares, a presidente foi aconselhada a agir para neutralizar a proposta do orçamento impositivo. Nas três horas da reunião desta terça-feira no Alvorada, Dilma cobrou dos ministros políticos novo esforço concentrado para controlar deputados e senadores de seus partidos e prometeu empenhar 2 bilhões de reais de emendas individuais em agosto.
As outras "prestações", no mesmo valor, devem ser liberadas em setembro e novembro. No mês passado o governo também reservou 2 bilhões de reais para o pagamento de emendas, mas até agora elas não foram efetivamente pagas. Chamado pelos congressistas de "peça de ficção", o Orçamento da União prevê 8,9 bilhões de reais para essa finalidade, ao longo deste ano.
"É um primeiro passo para melhorar a relação com a base aliada", afirmou o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR). "Trata-se de um gesto fundamental porque, afinal de contas, as emendas são legítimas e importantes como investimento para os municípios. Mas, de qualquer forma, a presidente terá de ouvir mais a opinião dos parlamentares e debater projetos com mais antecedência."
O governo está preocupado com a ameaça do Congresso de derrubar vetos presidenciais a projetos que, no diagnóstico do Planalto, podem causar despesas para as quais não estão previstos recursos. Estão nessa lista a desoneração de alguns itens da cesta básica, o projeto conhecido como Ato Médico - que regulamenta atividades na área da saúde e teve dez dispositivos vetados - e o fim da multa adicional de 10% do FGTS, paga pelas empresas em casos de demissões sem justa causa. Estimativas do Planalto indicam que a rebelião dos aliados pode custar um rombo de R$ 6,2 bilhões por ano. Outros desafios do governo no Congresso são a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a aprovação da MP do projeto Mais Médicos e o Código da Mineração.
Comunicação - Para explicar as metas do governo, o marqueteiro João Santana e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tentam convencer Dilma - que é candidata à reeleição - a dar mais entrevistas a jornais, rádios e TV. A estratégia, porém, ainda está sob análise. Para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), a liberação das emendas parlamentares pode azeitar apenas em "alguns aspectos" o relacionamento entre Planalto e Congresso. Na avaliação de Eunício, porém, esse não é o tema de maior preocupação dos deputados e senadores. "A grande questão do momento é a sobrevivência política de cada um", disse ele, numa referência à proximidade do ano eleitoral e às alianças.
Na prática, num momento de percalços para Dilma, deputados e senadores da base estão preocupados com a montagem de palanques para 2014. "Claro que a presidente está fazendo um gesto importante, pois serve para prestigiar o Parlamento de um modo geral e dará ajuda aos municípios, que hoje vivem com pires na mão", admitiu Eunício. "Só que, no Senado, a influência disso é muito pequena. A relação conosco se esgarçou."
(Com Estadão Conteúdo)

Pai de Snowden aconselha o filho a ficar na Rússia

Diplomacia

Lon Snowden agradeceu a 'coragem' de Vladimir Putin e disse acreditar que as autoridades russas vão conceder o asilo temporário ao ex-técnico da CIA

 Edward Snowden, um analista de defesa dos EUA, revelou um dos principais programas de vigilância secretos norte-americanos, visto nesta imagem tirada de um vídeo durante uma entrevista, em seu quarto de hotel em Hong Kong
Edward Snowden, um analista de defesa dos EUA, revelou um dos principais programas de vigilância secretos norte-americanos, visto nesta imagem tirada de um vídeo durante uma entrevista, em seu quarto de hotel em Hong Kong(REUTERS/Ewen MacAskill/The Guardian)
Em entrevista para a canal de televisão russo, o pai de Edward Snowden disse acreditar que Moscou vai conceder asilo temporário ao seu filho e aconselhou o ex-técnico da CIA a não deixar o seu refúgio no aeroporto da capital russa.

"Se estivesse em seu lugar, eu ficaria na Rússia", declarou Lon Snowden para a emissora localRossia-24. "A Rússia tem a capacidade de defender meu filho e protegê-lo daqueles que querem lhe fazer mal." O pai do delator ainda agradeceu Vladimir Putin por sua "coragem" e disse que não confia nas declarações das autoridades americanas de que Snowden teria um julgamento justo e não correria o risco de receber a pena de morte nos Estados Unidos.

Responsável pelo vazamento de informações que trouxe à tona os programas secretos de vigilância do governo Obama, Snowden teve a extradição pedida pelos Estados Unidos, que desejam julgar o delator por espionagem. O ex-técnico da CIA vive há mais de um mês em uma área de trânsito do aeroporto de Moscou, impedido de sair. Snowden pediu asilo temporário para governo russo e agora aguarda a decisão das autoridades do país.

Greve de funcionários da Infraero não afeta aeroportos

Aeroportos

Paralisação começou à meia-noite em 63 aeroportos do país. Sindicato prevê adesão grande e apenas 30% do efetivo trabalhando em atividades essenciais

Aeoroporto de Congonhas, São Paulo
Aeoroporto de Congonhas, São Paulo (Reinaldo Canato )
Funcionários da Infraero que trabalham em 63 aeroportos do país iniciaram à meia-noite desta quarta-feira a greve programada pelo sindicato nacional dos aeroportuários (Sina). A entidade afirma que a paralisação, decidida há duas semanas e comunicada ao governo federal cinco dias depois, terá grande adesão e apenas 30% do efetivo vai trabalhar em atividades consideradas essenciais, como exige a lei. 
Nas primeiras horas da manhã, porém, os principais aeroportos administrados pela Infraero, Congonhas, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, operavam normalmente. Não há registro de tumultos, filas ou atrasos de voos fora do usual. Durante a madrugada, a direção do sindicato em São Paulo e funcionários da Infraero que aderiram à paralisação colaram cartazes da greve em Congonhas. No Galeão, passageiros relatam grande movimento, mas o fluxo de pessoas é atribuído à presença de peregrinos da Jornada Mundial da Juventude, que retornam para casa após o evento.
Apesar da paralisação dos aeroportuários, também operam sem problemas os aeroportos de Salvador e Curitiba. Em Porto Alegre, o Aeroporto Salgado Filho foi fechado para pousos e decolagens. O motivo, no entanto, não é a greve dos funcionários da Infraero, mas a neblina que atinge a região metropolitana da capital gaúcha. Até as 6h15, três de oito partidas programadas foram canceladas.         
Reivindicações – O sindicato dos aeroportuários quer aumento salarial real de 9,5% e melhorias em benefícios, como o auxílio-creche. Assembleias em todo o país foram convocadas para esta quarta-feira para analisar as propostas apresentadas pela Infraero e decidir se a greve deve ou não se estender por mais de 24 horas. Em nota, a estatal negou que haja salários atrasados e redução de benefícios aos trabalhadores e afirmou que “qualquer afirmação nesse sentido tem o objetivo de confundir a sociedade”.
A Infraero anunciou um plano de contingência e informou que remanejou empregados para reforçar as equipes de atendimento nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves nesta quarta para enfrentar a greve dos funcionários do setor. Guarulhos e Brasília não terão paralisação, pois são administrados pela iniciativa privada.

Compras por impulso acontecem mais no supermercado do que em shopping

Por InfoMoney, InfoMoney
34% dos consumidores admitem gastar mais do que o planejado quando estão em supermercados contra 25% em shopping centers



Compras por impulso acontecem mais no supermercado do que em shopping
SÃO PAULO - Engana-se quem acredita que o shopping center é o local onde mais ocorrem as compras por impulso, que não estão previstas pelo consumidor. Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas revelou que o supermercado é o lugar onde mais acontecem esse tipo de compra.
Segundo o levantamento, 34% dos consumidores admitem gastar mais do que o planejado quando estão em supermercados contra 25% em shopping centers. As lojas on-line, como e-commerces e sites de compras coletivas, apareceram em terceiro lugar, com 19%.
O gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, explica que a transformação dos supermercados em estabelecimentos amplos e com maior variedade de produtos é uma das razões que explicam o motivo de tantos consumidores perderem o controle do orçamento quando visitam esses lugares.
“Hoje os supermercados oferecem em suas gôndolas produtos que vão além de itens básicos para alimentação da família, higiene e limpeza da casa. As grandes redes de supermercados investem cada vez mais para despertar o desejo de consumo e as estratégias vão desde ofertar produtos diferenciados até a maneira mais atrativa de organizar os produtos nas prateleiras”, explica.
Entre os motivos que contribuem para a impulsividade nas compras estão não fazer uma lista de planejamento antes de sair de casa ou até mesmo levar filhos pequenos para os supermercados. Pelo menos 26% dos entrevistados afirmam que não resistem às pressões dos filhos e acabam enchendo o carrinho com mais produtos do que deviam. Entre os pais que tem crianças de até seis anos de idade o percentual aumenta para 37% e para os que tem filhos entre sete e 15 anos é de 35%.
Classe C
O estudo indicou ainda que as compras sem planejamento nos supermercados são uma prática comum entre as classes sociais, mas são mais frequentes entre os consumidores da classe C. De acordo com os dados, em cada dez pessoas da classe C, pelos menos quatro responderam que são mais impulsivos nos supermercados contra 29% dos consumidores das classes A e B.
Os shopping centers são responsáveis pelas compras por impulso para 27% dos entrevistados das classes A e B enquanto que na classe C o percentual é de 22%
Entre os produtos que os consumidores não conseguem resistir estão roupas (56%), calçados/ acessórios (43%) e perfumes/ cosméticos (29%).
“Os supermercados são verdadeiros paraísos para as pequenas compras e é comum o consumidor supor que uma compra supérflua de baixo valor não vai pesar no orçamento ou que ele não está agindo impulsivamente no ato da compra”, alerta Borges.