quinta-feira 28 2013

Alckmin e Haddad construirão moradias no centro de SP



Por GUILHERME WALTENBERG, estadao.com.br
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), anunciaram nesta...

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), anunciaram nesta quinta-feira parceria para a construção de mais de 20 mil unidades habitacionais no centro da cidade de São Paulo, em parceria com a iniciativa privada. As obras serão contratadas até outubro deste ano e a entrega das unidades deve ser feita no prazo de dois a seis anos.
Os total a ser investido nos empreendimentos é de R$ 4,6 bilhões. A Prefeitura irá investir R$ 404 milhões, uma média de R$ 20 mil por unidade habitacional. A iniciativa privada ficará com o encargo de R$ 2,6 bilhões e a contrapartida do Governo do Estado de São Paulo, a fundo perdido, será de R$ 1,6 bilhão, em parceria com o programa "Minha Casa Minha Vida", da União.
Os beneficiários deverão ser trabalhadores do centro da capital paulista, que não possuem imóveis em seu nome. Do total de 20.221, 12.508 unidades habitacionais serão destinadas à população com renda de até R$ 3.775 (cinco pisos salariais estaduais). As outras 7.713 unidades serão para trabalhadores com renda entre R$ 3.775 e R$ 10.848. Duas mil unidades devem ser destinadas a entidades pró-moradia, habilitadas pela Secretaria de Estado da Habitação.
"Trazer de volta as pessoas para morarem na região central, onde está praticamente 1/5 dos empregos de São Paulo, também é uma forma de diminuir o deslocamento e recuperar a região do centro", afirmou Alckmin. "Eu diria que é o maior programa de requalificação urbana e inclusão social. É moradia para o trabalhador. Além da habitação de interesse social, com forte subsídio do governo, o projeto promoverá a requalificação urbana e econômica por meio do comércio, dos serviços e dos equipamentos", completou.
"Estamos começando a corrigir esse grave desequilíbrio da cidade de São Paulo, que afastou o morador do seu posto de trabalho, causando tantos transtornos, sobretudo na questão da mobilidade urbana, que não se resolve só com transportes", destacou o prefeito Fernando Haddad. Segundo ele, "de 20 a 40 mil trabalhadores deixarão de se deslocar dos bairros distantes para seus locais de trabalho, no centro da capital".
Projeto
O projeto prevê a construção de empreendimentos nos distritos da Sé e República, e nos bairros do entorno do Brás, Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Cambuci, Liberdade, Mooca, Pari e Santa Cecília. O maior número de unidades habitacionais - 7.076 - será concentrado nos bairros da Barra Funda, Santa Cecília, Pari e Bom Retiro. A área formada por República e Bela Vista deve receber 2.857 novas unidades. Nos bairros do Cambuci e da Mooca, os projetos preveem a construção de 2.409 unidades. Bresser e Belenzinho devem receber 2.594 novas moradias e a região da Celso Garcia e adjacências, no Belém, 2.377.
O processo licitatório para a construção foi iniciado nesta quinta, na sede da Secretaria de Cultura Estadual, e convocou a iniciativa privada para a primeira PPP (Parceria Público-Privada) na área de habitação de interesse social do país.
A estratégia de ação da nova PPP será a utilização de imóveis subutilizados nos bairros e nas áreas contíguas às linhas férreas, corredores de transporte e grandes avenidas centrais. A maioria dos empreendimentos deve ser viabilizada em áreas de ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social definidas no Plano Diretor da cidade, elaborado em 2002, ainda inexploradas tanto pela iniciativa privada quanto pelo poder público.

America Tin Man


Gosto...

Projeto quer levar 20 mil moradores ao centro de SP


Por Artur Rodrigues, estadao.com.br
Governador e prefeito assinam hoje protocolo de intenções para revitalizar região que vai da Barra Funda à Mooca

SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) assinam nesta quinta-feira, 29, um protocolo de intenções para criar 20 mil moradias no centro de São Paulo por meio de Parceria Público-Privada (PPP). A medida deve engavetar o Projeto Nova Luz, uma das principais bandeiras da gestão Gilberto Kassab (PSD).
Haddad afirmou que o programa de habitação do governo do Estado para a região central pode ser expandido para a Luz. O petista também já disse que o Nova Luz, como foi concebido, é "inviável". Na nova parceria, o Estado deve entrar com R$ 1,3 bilhão e a Prefeitura, com R$ 400 milhões, como antecipou ontem o blog Direto da Fonte. Também haverá recursos da União por meio do Minha Casa Minha Vida e dinheiro privado - investidores poderão ganhar, por exemplo, potencial de construção na região.
A ideia é aproveitar imóveis sem uso, como galpões e prédios abandonados, para criar edifícios de moradia popular. Os compradores dos imóveis pagarão uma prestação menor do que a média dos aluguéis do centro. A estimativa inicial era de que a parcela mínima seria de R$ 125 e a máxima, de R$ 680.
Do total de unidades, 12 mil devem ser destinadas a pessoas que ganham até cinco salários mínimos estaduais. O governo estadual afirma que movimentos sociais de moradia também terão uma cota das residências.
O objetivo é beneficiar pessoas que trabalham no centro, mas atualmente moram longe da região. A medida ajudaria até a desafogar o transporte público e o trânsito da área.
A PPP prevê a criação de imóveis mistos. Ou seja, o uso será dividido entre comércio, no térreo, e residências, nos demais andares. O modelo não é novo e já está presente em muitos prédios da região central, tendo o edifício Copan como o mais famoso exemplo.
A iniciativa privada terá liberdade para criar novos modelos de empreendimentos. Também poderá sugerir áreas para desapropriação.
Os bairros selecionados para fazer parte da PPP são Santa Cecília, Barra Funda, Bom Retiro, Pari, Brás, Mooca, Belém, Cambuci, Liberdade e Bela Vista. Para mapear os potenciais locais de construção ou adaptação de edifícios, foi contratada uma empresa que percorreu seis setores da cidade e localizou aproximadamente 40 mil unidades.
Encontros. Hoje, durante o evento na sede da Secretaria Municipal da Cultura, ocorrerá o quinto encontro entre Haddad e Alckmin em menos de dois meses, desde que o petista assumiu.
Cientistas políticos consultados pelo Estado afirmam que, por enquanto, os dois demonstram bastante civilidade. Além de uma imposição dos cargos, que necessitam que as parcerias aconteçam, a atitude é vista como uma precaução para que eles não sejam alvo de cobranças no ano que vem, quando serão realizadas as eleições estaduais.

Clima esquenta em sessão da Câmara para decidir se Aurélio Miguel será investigado


Por Diego Zanchetta, estadao.com.br
Aliados do vereador defendem que a Justiça se pronuncie antes do Legislativo; ex-presidente da Casa, José Police Neto, discorda

SÃO PAULO - Em uma sessão tumultuada na Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta quinta-feira, 28, o relator da investigação contra Aurélio Miguel (PR), vereador Milton Leite (DEM), defendeu que nada seja apurado pelo Legislativo a respeito das denúncias e que a Justiça decida sobre o caso. O mesmo foi defendido pelo corregedor-geral da Casa, Rubens Calvo (PMDB), que adotou desta vez uma posição contrária à que vinha mantendo. O campeão olímpico de 1988, Aurélio Miguel, é acusado de receber propina para omitir irregularidades em cinco shoppings.
Ambos vereadores foram confrontados pelo ex-presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), que pediu que o processo seja levado a plenário. Ele acusou os outros integrantes de estarem afrontando o regimento interno ao decidir sobre a questão em apenas dois. Houve bate-boca tenso entre Leite e Police Neto, o que levou Calvo a pedir a suspensão da sessão por 30 minutos.
Os procuradores da Câmara vão analisar o pedido de Police Neto para que a investigação seja levada adiante. A sessão tem diversos aliados de Aurélio Miguel tentando defender o contrário. "O senhor está tentando tumultuar o processo", disse Milton Leite para Police Neto, que respondeu. "O plenário, soberanamente, tem que decidir se haverá investigação ou não".
Após a sessão ser suspensa, o relator entregou seu voto à reportagem do Estado. No documento, Leite pede que nada seja investigado até que a Justiça se pronuncie.

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Sempre a mesma sensação!!

PSDB amplia espaço no secretariado de Márcio Lacerda


Por MARCELO PORTELA, estadao.com.br
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), anunciou nesta quinta-feira uma reforma no secretariado e outros...

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), anunciou nesta quinta-feira uma reforma no secretariado e outros cargos de primeiro escalão. A reforma foi resultado de mais de dois meses de negociações com partidos aliados, com destaque para o PSDB, que conseguiu mais espaço na administração depois de pressões do principal fiador político do socialista, o senador tucano Aécio Neves (MG). O anúncio mescla nomes técnicos "da cota pessoal" do prefeito com indicações dos 19 partidos que apoiaram sua reeleição.
Uma nuvem cinzenta pairava sobre a relação de Lacerda com o tucanato depois de o prefeito recusar nomes indicados pelo PSDB. Mas o maior aliado do prefeito cobrou o peso que teve na reeleição do socialista - que rompeu com o PT com o aval de Aécio. Além de manter cargos que já ocupava como a Secretaria de Saúde, onde permanece Marcelo Teixeira, e a BHTrans, empresa responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte público que continua sob o comando de Ramon Victor César, os tucanos emplacaram novos nomes.
Entre eles está o ex-prefeito de Juiz de Fora Custódio Matos, que assume a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, a ex-deputada estadual Gláucia Brandão, que comandará a pasta de Políticas Sociais, e o coronel da PM Hélio dos Santos Júnior, que será encarregado da Secretaria de Segurança Urbana e Patrimonial. Dos 32 cargos anunciados nesta quinta, 13 tiveram nomes da primeira gestão mantidos, incluindo ex-funcionários de Lacerda em suas empresas. O PSDB ocupará sete dos 32 cargos, enquanto o partido do prefeito ficou com cinco. Belo Horizonte é a terceira capital mais importante do País em arrecadação e geração de riquezas, por isso nomeamos uma equipe de alto nível. O PSDB está bem atendido e não há nenhum conflito", avaliou o socialista.
As negociações com o PSDB em torno dos cargos deixaram parte do tucanato mineiro ressabiada, ainda mais diante da possibilidade de o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), participar da disputa presidencial contra uma provável candidatura de Aécio. Mas a legenda ainda confia no apoio do prefeito. "A questão dos cargos não é motivo para (Lacerda) mudar a posição de gratidão. Mesmo porque sua eleição em 2008 e sua reeleição em 2012 ocorreram em grande parte graças ao apoio incisivo do Aécio", avaliou o deputado federal Paulo Abi-Ackel, antes do anúncio oficial.

Casa alega que remuneração tem amparo legal


Por estadao.com.br
A Assembleia Legislativa informou que o subsídio de seus deputados para 2013 foi fixado pela Lei 14.926, que dispõe...

A Assembleia Legislativa informou que o subsídio de seus deputados para 2013 foi fixado pela Lei 14.926, que dispõe que a remuneração tem valor correspondente a 75% do que recebem os federais: "Nos termos do parágrafo 2.º do artigo 27 da Constituição Federal, incluindo-se os valores resultantes da aplicação do Ato 104/88 da Câmara, recebidos a título remuneratório reconhecido por decisão judicial."
A Casa ainda não foi notificada da decisão judicial que manda barrar o auxílio-moradia. Quando isso ocorrer vai estudar eventual recurso.
Além do subsídio mensal de R$ 20.042,34, os deputados paulistas recebem verba indenizatória de R$ 21.812,50 - para custeio de despesas como passagens aéreas, contas de telefone, impressos e correspondências -, verba de gabinete que soma cerca de R$ 60 mil, para manter até 15 assessores de cada deputado, e mais o moradia. À Justiça eleitoral, 36% dos deputados declararam possuir imóveis residenciais na capital; 16% na Grande São Paulo; 10% a menos de 100 quilômetros da Capital; 25% a mais de 100 quilômetros; 13% afirmaram não possuir imóveis. / F.M.

Tudo isso muito VERGONHOSO!!!

Assembleia do Ceará acaba com o 14º e 15º salários


Por LAURIBERTO BRAGA, estadao.com.br
A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) resolveu nesta quinta-feira acabar com os 14º e 15º salários que eram...

A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) resolveu nesta quinta-feira acabar com os 14º e 15º salários que eram pagos aos 46 deputados cearenses. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque (PSB), anunciou o fim da ajuda de custo que os parlamentares recebiam no início e no final de cada sessão legislativa (começo e fim de cada ano). A Casa segue, dessa forma, decisão tomada pela Câmara dos Deputados, em Brasília.
José Albuquerque informou que vai se reunir com a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes na próxima quarta-feira (6), para apresentar o projeto de resolução que altera o artigo 130 do Regimento Interno da Assembleia, que estabelece a ajuda de custo, para que os parlamentares não recebam mais os subsídios extras. A proposta vai ser submetida, em seguida, ao plenário.
"Esses subsídios são pagos, na verdade, a título de ajuda de custo aos deputados para cobrir despesas como as daqueles parlamentares oriundos do interior do Estado, que vêm residir na Capital. O que foi decidido ontem no Congresso Nacional irá, sem dúvidas, ser seguido também pela Assembleia Legislativa do Ceará", disse José Albuquerque. O deputado explicou que a mudança será oficializada e já passa a valer a partir deste ano.
A decisão é baseada em uma lei que estabelece que os parlamentares estaduais devem receber até 75% de tudo o que os deputados federais ganham. "Como eles não vão mais receber, automaticamente não receberemos também aqui", acrescentou o presidente da AL-CE. Com isso os 46 deputados cearenses só receberão dois subsídios extras, no início e no fim do mandato parlamentar.

Elvis Presley Suspicious Minds Live in Las Vegas (Official Video)



NÃO VÁ EMBORA SEM COMENTAR... AFINAL, COMO VOU SABER QUE VOCÊ PASSOU POR AQUI? MUITO OBRIGADA... E VOLTE SEMPRE!!

Vanessa da Mata - As Palavras (video clipe oficial)




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Mercadante volta a defender uso de royalties na educação


Por DENISE MADUEÑO, estadao.com.br
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aproveitou o encontro com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo...

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aproveitou o encontro com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para reafirmar a disposição do governo de destinar as receitas com a exploração do petróleo - royalties e participação especial - para a área da educação. O ministro defende a aplicação de todos os recursos do Fundo Social, a ser formado com as receitas do petróleo, para melhorar a qualidade do ensino no País.
"A educação é o maior legado para o País. Uma educação de qualidade é precondição para os países desenvolvidos", afirmou o ministro. Embora não haja uma estimativa dos recursos que poderiam entrar para a área com os royalties, Mercadante afirmou que serão expressivos. "Será um volume muito grande. Haverá uma mudança de patamar tanto na União, nos Estados e nos municípios", disse.
Pela manhã, Henrique Alves e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram colocar em votação na próxima semana o veto à parte da lei dos royalties que prevê a distribuição mais equilibrada dos recursos para todos os Estados, diminuindo os repasses para os chamados Estados produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Ao vetar parte do projeto, a presidente Dilma Rousseff enviou uma medida provisória na qual destina todos os recursos do Fundo Social para a área de educação. A MP ainda está sob análise da comissão mista especial do Congresso. O ministro da Educação esteve com Henrique Alves para tratar dos projetos de interesse da pasta em tramitação na Câmara.

PSB se reúne, mas nega ter discutido eleições 2014


Por ANGELA LACERDA, estadao.com.br
Foi a portas fechadas e sem divulgação para a imprensa a reunião que entrou pela madrugada desta quinta-feira,...

Foi a portas fechadas e sem divulgação para a imprensa a reunião que entrou pela madrugada desta quinta-feira, em Recife, entre o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, com dirigentes nacionais da legenda. Estavam presentes o primeiro secretário do PSB, Carlos Siqueira, o vice-presidente Roberto Amaral, o líder do partido na Câmara Beto Albuquerque (RS) e o deputado Márcio França (SP).
Siqueira negou que a discussão tenha girado em torno de um eventual cerco do PT contra a candidatura de Campos à Presidência da República e à possibilidade de rompimento do partido com o governo Dilma. A estratégia governista teria lançado mão dos irmãos Gomes, que demonstraram insatisfação com a eventual candidatura de Eduardo Campos à Presidência em 2014.
Em 2010, o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes foi impedido de disputar a Presidência pelo PSB, que optou por apoiar Dilma. Nesta semana, Gomes disse que considerava o governador pernambucano "sem visão de País e sem proposta". Ele defende que o PSB apoie a reeleição de Dilma Rousseff. Eduardo Campos não assume a candidatura, diz que não é tempo para isso - "2014 só em 2014". Ele não discute, pelo menos por enquanto, a possibilidade de entregar os dois ministérios ocupados pela legenda - Integração Nacional e Portos.
Sem crise
"Não há crise no partido com as afirmações de Ciro", afirmou Siqueira. "Não podemos perder tempo com isso, temos pela frente uma tarefa grande, de promover debates dentro e fora do partido sobre vários temas que interessam ao País, de amadurecer as ideias do partido". O objetivo é a definição do programa institucional do PSB que vai ao ar em abril.
Siqueira observou que o PSB discorda da opinião do ex-ministro, até porque há várias áreas da legenda que defendem o lançamento de candidatura própria. "Mas o respeitamos e temos com ele uma boa relação".
Siqueira e Roberto Amaral informaram que o encontro desta quinta com o governador se dividiu em duas reuniões: uma de Campos com os deputados federais sobre a Medida Provisória dos Portos, que poderá tirar a autonomia dos portos, a exemplo do Porto de Suape, na região metropolitana do Recife. E outra com ele e Amaral para discutir o programa do partido a ser apresentado institucionalmente em abril.
"Nada mais do que isso foi abordado", garantiu o primeiro secretário, ao informar que o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rolemberg (DF), também foi convidado para a discussão sobre a Medida Provisória, mas não pôde viajar devido a um problema de saúde.

Amado - Vanessa da Mata ( Letra )



:)

Eliana Calmon recebeu R$ 84 mil para 'alimentação'


Por AE, estadao.com.br
Cortejada pelo presidente do PSB Eduardo Campos para se candidatar a uma cadeira no Senado ou ao governo da Bahia,...

Cortejada pelo presidente do PSB Eduardo Campos para se candidatar a uma cadeira no Senado ou ao governo da Bahia, a ministra Eliana Calmon, vice-presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recebeu em setembro do ano passado, de uma só vez, R$ 84,8 mil a título de auxílio alimentação. Naquele mês, o contracheque de Eliana bateu em R$ 113.009,50.
Ela ganhou notoriedade em sua gestão na Corregedoria Nacional de Justiça, entre 2010 e 2012, período em que conduziu com rigor inspeções disciplinares nos tribunais, em busca de irregularidades em supercontra-cheques de magistrados.
A ministra denunciou "bandidos de toga" e colecionou desafetos em cortes estaduais com seu estilo combativo. Atribuíam a ela projeto de cunho político eleitoral, o que sempre refutou.
A verba de alimentação, da qual ela se beneficiou, tem respaldo em norma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que incorpora a vantagem ao subsídio dos magistrados de todo o País. A concessão é prevista na Resolução 133 do CNJ.
Em junho de 2011, o colegiado, sob presidência do ministro Cezar Peluso, aprovou a medida que dispõe sobre a simetria constitucional entre magistratura e Ministério Público e equiparação de vantagens, como o plus de R$ 710 a título de alimentação. O valor cai todo mês na conta da toga. Os juízes não têm de exibir recibos de despesas.
Em setembro, o Tesouro depositou na conta da ex-corregedora o valor acumulado do período retroativo a cinco anos da data da concessão do benefício, ou seja, de 2006 a 2011.
A remuneração regular da ministra, R$ 25.386,97, foi acrescida dos R$ 84,8 mil sob a rubrica "indenizações". Com descontos da previdência e do imposto de renda, ela recebeu R$ 104.760,01.
"Efetivamente, recebi em setembro de 2012 acumulado do benefício intitulado auxílio alimentação", disse a ministra do STJ. "O auxílio é automático, sem exigência de recibo de comprovação." Eliana recebe o auxílio-alimentação - assim como seus colegas da corte -, além de R$ 2.792,56 (sem imposto sobre esse valor) como abono de permanência porque já conta tempo para se aposentar, mas permanece na ativa.
Seu holerite, como o dos outros ministros, é público. Pode ser acessado na página do STJ na internet. Há alguns dias, cópia do contracheque da ministra começou a circular em e-mails de magistrados que ainda não receberam o pagamento acumulado. Alguns intitulam as mensagens com um "Eliana é 100", em alusão aos mais de R$ 100 mil que ela recebeu em um único mês.
Muitos magistrados revelam desconforto com a situação. A resolução do CNJ autorizou o benefício alimentação. Posteriormente, a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), que os representa, foi ao Conselho da Justiça Federal (CJF) e pleiteou retroatividade dos cinco anos.
Os magistrados estão recebendo o valor mensal de R$ 710, mas até agora não há previsão para que a verba correspondente àquele período acumulado seja liberada para a toga - nem os juízes federais nem os do Trabalho receberam. Os ministros dos tribunais superiores, exceto os do STF, garantiram sua parte. Os juízes assinalam que estão na expectativa de terem assegurado direito decorrente da simetria reconhecida pelo CNJ.
Justificativa
Eliana Calmon disse que a partir de dezembro de 2011 passou a constar de seu contracheque a rubrica auxílio-alimentação. A primeira parcela paga, informou a ex-corregedora nacional da Justiça, foi no valor de R$ 5.131,37. "A partir de janeiro de 2012 passei a receber R$ 710 mensalmente, o que se estende até a presente data, com exceção do mês de setembro do ano passado, quando recebi o montante de R$ 84.743,19", esclareceu a ministra.
Ela explicou que o valor relativo ao acumulado foi de R$ 65.745,41, mais R$ 18.686,17 de juros de mora e R$ 311,61 "de parcela que não está identificada a que se refere, com o registro simples de auxílio alimentação". Eliana Calmon condena a "péssima forma de remuneração da magistratura, com parcelas e parcelas, algumas permanentes e outras transitórias". Calmon destacou que "o auxílio alimentação é recebido por todos os ministros, ou, melhor, por todos os magistrados federais de primeiro, segundo e terceiro graus".
O Conselho da Justiça Federal (CJF) informou que "já concedeu esse direito (pagamento do acumulado em 5 anos) aos juízes federais, mas ainda não pagou por falta de verba orçamentária". Segundo o CJF, a Secretaria-Geral do Conselho não dispõe de levantamento sobre o montante que terá que desembolsar. A verba para essa demanda não entrou no orçamento de 2013." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PMDB aceita Transportes, mas só turbinado


 Por AE, estadao.com.br
Dirigentes do PMDB já admitem que o partido deverá receber mesmo o comando do Ministério dos Transportes dentro...

Dirigentes do PMDB já admitem que o partido deverá receber mesmo o comando do Ministério dos Transportes dentro da reforma do primeiro escalão que a presidente Dilma Rousseff deverá fazer possivelmente nas próximas duas semanas.
A cúpula do partido, porém, só está disposta a aceitar o posto se o ministério voltar a ser fortalecido dentro da estrutura de poder do governo, participando diretamente de ações importantes. Nesse caso, o PMDB deverá indicar o deputado federal mineiro Leonardo Quintão para o cargo.
Os peemedebistas nunca esconderam seu interesse pela área dos Transportes, considerada de grande capilaridade regional, com orçamento expressivo e relevante para atuação política. O problema é que desde a queda do antigo ministro, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), em 2011, desgastado pelos escândalos envolvendo o ministério, a pasta foi perdendo força dentro do governo. Por orientação de Dilma, atribuições que caberiam normalmente aos Transportes acabaram sendo transferidas a outras instâncias do governo.
O comando do Dnit, responsável por tocar cobiçadas obras rodoviárias, por exemplo, foi blindado depois da faxina promovida por Dilma dentro do ministério. Para comandar o órgão, repleto de denúncias de irregularidades, foi nomeado um militar, o general Jorge Fraxe, numa tentativa de despolitizar as atividades do departamento e ampliar os mecanismos de controle do uso dos seus recursos.
O próprio perfil do comando do ministério foi alterado. Em vez de um político, a pasta foi entregue ao então secretário executivo, Paulo Sérgio Passos. Embora filiado ao PR, Passos sempre teve perfil técnico. Tanto que sua nomeação foi considerada pela cúpula do PR como sendo da cota pessoal da presidente, não representando o partido.
Peemedebistas admitem que receber o ministério esvaziado não é interessante. Lembram que o atual ministro sequer é convidado para participar do road show do governo no exterior para atrair possíveis investidores estrangeiros interessados nas concessões disponíveis.
Até o momento, a sinalização do Planalto é que a pasta poderá ser turbinada como deseja o PMDB. O problema é que Dilma pretende manter algum tipo de controle para evitar que os Transportes voltem a ser foco de irregularidades, como ocorreu no primeiro ano de mandato.
Se essa equação for resolvida, o PMDB desistirá de cobrar a fatura pelo apoio dado ao PT na campanha municipal pela Prefeitura de São Paulo, quando ajudou o petista Fernando Haddad a se eleger. O acordo original previa a nomeação para o Ministério de Ciência e Tecnologia do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), cujo apoio no segundo turno contribuiu para a vitória de Haddad.
As denúncias envolvendo Chalita com suposto recebimento de propina quando era secretário estadual de Educação sepultaram suas chances de assumir algum cargo no primeiro escalão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

8 dicas para encantar (e impactar) as pessoas no trabalho


Em livro, o consultor organizacional Andrew Leigh ensina como libertar o carisma e se tornar um profissional mais influente no ambiente de trabalho


A apresentadora Oprah Winfrey

A apresentadora Oprah Winfrey: basta assistir qualquer uma de suas entrevistas para ver o quanto ela é carismática segundo os termos propostos pelo livro
São Paulo – As habilidades técnicas contam (e muito). Os resultados entregues também. Mas, mais do que nunca, as empresas estão valorizando profissionais que, além dos dois itens anteriores, também sejam excelentes na hora de se relacionar com pessoas. E não estamos falando de quem é um exímio organizador de happy hours.

Pessoas que saibam vender ideias, mediar conflitos e influenciar a equipe (mesmo sem ser o chefe) quase sempre são as mais indicadas para assumir um cargo de chefe na organização. 
Neste cenário, a ideia de carisma torna-se essencial para a ascensão na carreira. E ao contrário do que muitos pensam, carisma não é apenas um traço de personalidade ou um dom destinado apenas a algumas figuras ilustres. Mas uma habilidade inata que pode ser libertada por qualquer um.
É o que afirma o consultor Andrew Leigh no livro recém-lançado no Brasil “O poder do carisma” (Editora Gente). De acordo com ele, carisma é o uso de sua personalidade para causar uma “poderosa e marcante impressão nas pessoas”, como escreve no livro.
Quanto aliado com caráter e competência, explica o autor, esta habilidade torna-se uma arma incrível não só para favorecer você na hora do networking ou da entrevista de emprego, mas uma estratégia essencial para o bom andamento das empresas.
1 Tenha objetivos claros
Ninguém segue um guia que anda em círculos ou que se perde com facilidade. Da mesma forma, se você realmente quer influenciar pessoas, tenha visão e alvos claros. “Ser pouco claro a respeito do seu objetivo em uma reunião, por exemplo, pode enviar mensagens contraditórias e gerar confusão”, afirma o autor no livro. 
Além de facilitar a tomada de decisões rotineiras, um propósito bem definido facilita a comunicação, ajuda a embasar argumentos e principalmente abre caminho para o engajamento de outros. 
2 Comunique-se bem
“O sucesso pessoal dentro e fora das empresas exige certo jeito com as palavras”, escreve o autor no livro. E, para isso, é essencial ser simples na hora de explicar conceitos, falar com convicção, sustentar suas opiniões com fatos e evidências tangíveis, além de usar metáforas e cuidar do ritmo e tom da sua fala.


3 Confie em si mesmo
Como alguém irá confiar em você se nem você mesmo confia? Por isso, segundo o autor, a autoconfiança é outro fator vital para profissionais carismáticos. O conceito de “estar a vontade da própria pele” é uma consequência direta do nível de maturidade emocional da pessoa. E, por isso, tal habilidade exige tempo.
Entre as dicas do autor para driblar a falta de segurança em si próprio está mudar a maneira como você encara as pessoas e as situações. “Aja como se as pessoas quisessem ouvir o que você tem a dizer”, sugere. 
4 Esteja no lugar onde está
A ideia parece redundante, mas não é. Quem já se irritou com o colega que não tirava os olhos do celular enquanto conversava com você sabe bem o que isso significa. Uma das dicas simples para encantar pessoas elencadas no livro é “estar no aqui e agora inteira e integralmente”. 
Isso significa ficar atento aos que os outros dizem, fazer contato visual, prestar atenção nos detalhes. “Quando a sua presença é integral, você, além de estar alerta para o que acontece à sua volta, dispõe de uma melhor consciência da atmosfera, das tensões escondidas, das expectativas e, talvez, do que as pessoas estão pensando”, escreve. 
5 Seja autêntico 
Muitos livros podem trazer fórmulas prontas, mas o caminho certeiro para ser uma pessoa que influencia os outros é ser quem você é e ponto. Além de transmitir credibilidade, este comportamento faz com que as pessoas se identifiquem com você, explica o autor. Fato que facilita na hora de conquistar o engajamento delas, por exemplo.
6 Corra riscos
O carisma depende também do quanto aberto você está para correr riscos. E eles variam desde levantar a mão em uma reunião para compartilhar um ideia, passando por questionar as pessoas, até estar aberto para a opinião dos outros também. 
7 Tenha olhos que brilham
Ter paixão pelo que se faz é outro item sugerido por Leigh. Segundo ele, “se as pessoas sentem que você fala com o coração (...), isso é contagiante”. 
8 Fique atento aos detalhes
Sem que você perceba, a sua linguagem corporal diz muito sobre o que está para além das palavras que profere. E seus pequenos gestos também. Olhar nos olhos das pessoas, prestar atenção ao que elas dizem, lembrar-se do nome delas e sorrir conta muito na somatória final de uma pessoa carismática, ensina o livro.

6 regras para o e-mail não ser vilão da produtividade


Por: Camila Pati

Especialistas dão dicas essenciais para você não ser escravo da sua caixa de entrada e explicam os prejuízos da falta de critério ao utilizar o e-mail

São Paulo - Caixa de e-mails lotada de mensagens para responder e o smartphone acusando novas mensagens que não param de chegar. Por dia, são centenas, por mês, milhares.
Com tantos e-mails a enviar e a responder, fica impossível terminar aquele relatório urgente prometido para ontem e que o seu chefe não para de cobrar, por e-mail, é claro.Quem se identifica com este cenário, certamente, sabe o que é perder produtividade por conta da sua caixa de entrada de mensagens eletrônicas. Mas não é só isso. 
“As pessoas que usam a internet e e-mail de maneira exacerbada têm prejuízos funcionais no trabalho como aumento da insatisfação, maior incidência de erros e enganos, além do declínio do desempenho profissional”, explica o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Programa de Dependência deInternet do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (AMITI) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Assim, o e-mail que era para ser um aliado da agilidade na comunicação, acaba se tornando o grande vilão do expediente e também do seu desempenho e motivação profissionais.
Recente pesquisa realizada pelo Office Time indicou que 47% dos entrevistados citaram o e-mail como o principal agente da perda de tempo, e 40% admitiram perder até 3 horas com o correio eletrônico por dia.
É possível reverter esse quadro? Para os três especialistas consultados por EXAME.com, algumas regras são essenciais para não se tornar escravo do e-mail. Confira quais são:


1 Estabeleça horários para enviar e responder e-mails
“Tive uma fase em que enviar e responder e-mails tomava muito tempo e eu perdia energia, o que, naturalmente, fazia com que eu perdesse produtividade”, diz Eduardo Amarante, representante da Dale Carnegie no Brasil. 
“Deixar o e-mail aberto todo o tempo vai drenando a energia. Cada vez que você é interrompido, e deixa de fazer o que você estava fazendo para ver a mensagem, o cérebro precisa mudar o tipo de operação mental”, diz Abreu. 
Ele explica que, ao ler um e-mail ou navegar na internet, a área do cérebro utilizada é a responsável pela resolução de problemas, enquanto que debruçar-se sobre um relatório ou um texto estimula outra, que envolve raciocínio complexo. “Ao ser bombardeado por e-mails você perde a habilidade de raciocínio mais profundo”, explica Abreu.
A solução para Amarante foi estabelecer horários específicos para abrir a caixa de mensagens. “Abro no início da manhã, fico, no máximo, uma hora, volto a abrir no começo da tarde para responder mensagens curtas, o que me toma 15 minutos no máximo, e no fim do dia volto a checar”, conta ele.
Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia Training & Consulting, também recomenda esta estratégia, quando for possível. “Não é regra porque, às vezes, o trabalho da pessoa exige que ela cheque as mensagens o tempo todo, mas, quando não for este o caso, o ideal é ter horários para enviar e responder”, diz.

Analista entrega ao MP documentos com denúncias contra Chalita


Atualizado: 27/02/2013 18:42 | Por Bruno Boghossian, de O Estado de S. Paulo - Texto atualizado às 23h30, estadao.com.br
Promotor de Justiça diz haver 'fortes indícios' de enriquecimento ilícito do deputado federal

SÃO PAULO - O analista de sistemas Roberto Grobman, delator do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP), entregou nesta quarta feira, 27, ao promotor de Justiça Nadir Campos Junior um CD com documentos digitalizados que comprovariam improbidade do ex-secretário de Educação.
São cópias de e-mails e números de contas bancárias por onde teriam transitado valores em favor das empresas Valverde Audio e Vídeo e Foneplan Comércio. A primeira, afirma Grobman, instalou automação no apartamento de Chalita e recebeu US$ 79.723 no exterior, na conta 005498139630 do Bank Of América. O valor, disse Grobman, saiu de duas contas de uma offshore do empresário Chaim Zaher, do Grupo COC, no Safra National Bank de Nova York e de Miami. A Foneplan recebeu R$ 93.237 no Brasil para fornecer telões. "Foi propina para Chalita, que prometeu contratar empresas do COC para prestar serviços à Fundação para o Desenvolvimento da Educação ou para a própria Secretaria de Educação", declarou Grobman.
Grobman também entregou cópias de e-mails que ele próprio encaminhou em novembro de 2003, dias 7 e 12, a Paulo Barbosa, então secretário-adjunto de Educação do governo Geraldo Alckmin. As correspondências se referem à "compra de produtos de segurança" para Chalita, incluindo "gravata com câmera embutida, sem fio e com receptor", peça cotada em US$ 575, além de um telefone celular com câmera transmissora embutida ao preço de US$ 595. No e-mail, Grobman pede autorização de Paulo Barbosa para efetuar a aquisição.
Nadir disse haver "fortes indícios" contra Chalita de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito e que pretende investigar acusações de que o parlamentar teria recebido pagamentos de empresas quando era secretário de Educação de São Paulo, entre 2002 e 2006. O promotor pedirá aos Estados Unidos o rastreamento do pagamento que teria sido realizado para fornecedor de Chalita. "Isso reforça a perspectiva de enriquecimento ilícito, a partir da compra e reforma do apartamento", disse o promotor.
Nadir também afirma que há indícios de que o grupo educacional COC pagou R$ 600 mil por uma reforma no apartamento de Chalita e que comprou 34 mil cópias de um livro do deputado. Na mesma época, a Secretaria de Educação teria firmado contrato de R$ 2,5 milhões com a empresa.
O delator do caso afirmou ao promotor que a compra dos livros seria um "pedágio" cobrado por Chalita em troca dos contratos. "Se houve violação de regras, esse contrato será considerado nulo", afirmou o promotor. "Se houve irregularidade em R$ 1 sequer, há dano ao erário", declarou o promotor. "Existe um fundo de verdade (nas acusações de Grobman) e eu vou levar essa investigação até as últimas consequências, doa a quem doer."
Chalita também será investigado por suspeita de desviar de suas funções duas servidoras da Secretaria de Educação para que elas escrevessem dois livros publicados em seu nome, "Pedagogia do amor" e "Mulheres que mudaram o mundo".
O promotor suspeita que Chalita teria enriquecido ilicitamente no cargo, o que seria comprovado pela compra de dois apartamentos: um em Higienópolis, em São Paulo, por R$ 4,5 milhões, e outro no Rio de Janeiro, por R$ 2,5 milhões, em 2005. "Se ele não tinha recursos suficientes para adquirir esses dois apartamentos, há hipótese de enriquecimento ilícito e caminha-se para a abertura de uma ação civil", disse o promotor.
Nadir pediu à Secretaria de Educação cópias do contrato assinado com o grupo COC e esclarecimentos sobre o suposto desvio das funcionárias para prestação de serviços particulares a Chalita. Também solicitou informações sobre os apartamentos comprados pelo deputado às Associações de Registros de Imóveis.
"Eu respeito a figura do deputado e lamento se a presidente (Dilma Rousseff) o afastou de um ministério, mas isso não é problema do Ministério Público", declarou o promotor em alusão ao fato de o Palácio do Planalto ter descartado colocação do deputado no comando de um ministério.
O promotor também vai analisar doações eleitorais feitas nos últimos anos às candidaturas de Chalita e de Paulo Alexandre Barbosa, então secretário-adjunto da Educação e atual prefeito de Santos pelo PMDB. O objetivo é identificar pagamentos que teriam sido feitos por fornecedores da Secretaria de Educação.
Nadir disse estar sofrendo pressão de deputados estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo e de deputados federais. "Independentemente de qualquer tipo de pressão, nós somos disciplinados." Ele falou sobre suposta prescrição das infrações atribuídas a Chalita. "Não nos cabe indagar por que esses fatos surgiram seis anos e meio depois. São imprescritíveis, segundo a Constituição Federal, e serão investigados salvo se meus superiores disserem que não posso investigá-los."
Campanha de Serra. Grobman, que diz ter trabalhado como assessor informal na secretaria, afirma que Chalita recebeu R$ 50 milhões em propina de empresários que assinaram contratos com a pasta. O analista confirmou que foi levado em outubro ao Ministério Público pelo jornalista Ivo Patarra, que à época trabalhava na campanha de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo.
"Na campanha, eu fiquei revoltado com tudo o que ele (Chalita) falava e eu sabia o que ele era na verdade", disse Grobman. "Havia lido um livro do Ivo Patarra sobre o mensalão e o procurei para escrever um livro com os dossiês que eu tinha. Ele ficou assustado e me orientou a procurar o Ministério Público."
Ameaças. Grobman contou que foi ameaçado, no último dia 4, em Perdizes, onde mora. Um homem "calvo, que calçava tênis nike, calça jeans e camisa marrom, apontou para o delator um revólver envolvoto em jornal e lhe teria dito. "Para de falar." Desde esta quarta feira, 27, Grobman já está sob proteção da assessoria militar do gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo.
Credibilidade. O ex-secretário-adjunto da Educação, Luiz Carlos Quadrelli, declarou que Roberto Grobman, delator do deputado Gabriel Chalita, é "um depoente sem a menor credibilidade, que esperou 10 anos para divulgar mentiras". Quadrelli, atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, foi citado nas denúncias de Grobman. "Serão adotadas medidas jurídicas cabíveis", disse o secretário.

Câmara aprova fim de salários extras a parlamentares


Atualizado: 27/02/2013 18:38 | Por EDUARDO BRESCIANI E DENISE MADUEÑO, estadao.com.br

Com um consenso forçado, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o fim do benefício anual do 14º e 15º...

Com um consenso forçado, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o fim do benefício anual do 14º e 15º salário para os parlamentares. A partir de agora, os deputados e senadores só receberão salários extras ao assumir e deixar seus mandatos no Congresso, o que acontece, em regra, a cada quatro anos. A votação acontece numa tentativa do presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de tentar melhorar a imagem da Casa.
O benefício de salários extras para os parlamentares, chamados internamente de ajuda de custo, começou em 1938. Em alguns períodos ocorria o pagamento também quando haviam convocações extraordinárias para trabalho em julho e janeiro, o que levou ao pagamento de até 19 salários em um mesmo ano. Atualmente, o benefício era pago no início e no fim de cada ano.
A proposta aprovada é de autoria da atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi aprovada pelo Senado em maio do ano passado. Na Câmara, a proposta ficou parada por meses na Comissão de Finanças e Tributação, o que permitiu o pagamento do benefício no final do ano passado e na folha de pagamento deste mês. O fim do 14º e do 15º salários representará uma economia anual de R$ 27,41 milhões para a Câmara e de R$ 4,32 milhões para o Senado nos anos do mandato em que não houver o pagamento. O decreto legislativo precisa ainda ser promulgado e publicado no Diário do Congresso para entrar em vigor.
Deputado com o maior número de mandatos na Casa, e quem mais recebeu o benefício, o presidente Henrique Alves empenhou-se para acelerar a aprovação pressionando os líderes a assinar um requerimento de urgência para o projeto. Na visão dele, a aprovação pode ajudar a aproximar o Congresso da sociedade. "Essa Casa pode ter pecados, pode ter seus equívocos no voto sim ou não, mas a omissão é indesculpável", argumentou Alves ao defender a votação imediata.
Com o consenso imposto, dezenas de parlamentares fizeram questão de discursar em plenário apoiando a medida. "O fim do 14º e 15º salários é uma reverência à sociedade que trabalha no País", disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). "Não é com uma boa agência de publicidade que vamos mudar a imagem dessa Casa, é com posturas como essa", afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "Todo mundo passou a vida toda recebendo o 14º e 15º, inclusive eu, mas chegou a hora de acabar", disse o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).
O único deputado a se manifestar no microfone contrário ao fim do benefício foi Newton Cardoso (PMDB-MG). "Estão votando com medo da imprensa. É uma deslealdade com os deputados que precisam. Não falo por mim, abri mão. Pago caro para trabalhar aqui".