domingo 24 2013

Janis Joplin - Mercedes Benz Letra & Tradução by Jottaelle

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Alckmin demite chefe de autarquia que apoiou Russomanno



O governo de São Paulo trocou o comando do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), sete meses...


O governo de São Paulo trocou o comando do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), sete meses depois que o superintendente do órgão provocou um mal-estar com aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao participar de um ato a favor de Celso Russomanno (PRB) - então candidato à Prefeitura de São Paulo e adversário do tucano José Serra. José Tadeu Rodrigues Penteado deixou o comando do instituto na semana passada e, três dias depois, outros 39 funcionários que lhe eram subordinados foram dispensados de suas funções.
Penteado é ligado ao deputado estadual Campos Machado (PTB) - que apoiava Russomanno - e ao ex-secretário adjunto de Justiça, Fabiano Marques de Paula, que já havia sido exonerado em novembro de 2012. Segundo o governo, tanto a demissão de Fabiano Marques quanto a troca de comando do Ipem se devem a critérios técnicos. Campos Machado, no entanto, afirma que o movimento é uma retaliação contra seus aliados.
Em julho de 2012, o então secretário adjunto de Justiça convocou funcionários do Ipem - órgão que ele já comandou - para participar de um encontro com Russomanno. O convite foi feito durante o expediente, mas o evento aconteceu apenas às 19h. A participação de Marques na reunião foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo, e teria provocado um desconforto entre o secretário adjunto e sua superior, a secretária Eloisa de Sousa Arruda. Ele foi exonerado do cargo um mês após a eleição municipal.
No último sábado, o governo publicou a dispensa de José Tadeu Penteado da chefia do Ipem. Os 39 funcionários foram dispensados na terça-feira pelo novo superintendente, Alexandre Modonezi de Andrade. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

MP investiga denúncias contra Chalita



O Ministério Público Estadual investiga denúncia de suposto enriquecimento ilícito e fraudes com recursos públicos...


O Ministério Público Estadual investiga denúncia de suposto enriquecimento ilícito e fraudes com recursos públicos envolvendo o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) na época em que ele ocupava o cargo de secretário estadual da Educação no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
As denúncias foram feitas pelo analista de sistemas Roberto Leandro Grobman, que alega ter prestado assessoria a Chalita em eventos, viagens e serviços de tecnologia na área educacional. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o MP Estadual decidiu abrir 11 inquéritos para apurar eventuais irregularidades cometidas por Chalita a partir de quatro depoimentos prestados por Grobman - que disse que o então secretário cobrava 25% de propina sobre o valor dos contratos que assinava com fornecedores da pasta.
Ainda segundo o jornal, o advogado de Chalita, Alexandre de Moraes, pediu arquivamento dos inquéritos argumentando que o ex-colaborador não apresentou nenhuma prova que sustentasse as acusações feitas contra o parlamentar.
Em um depoimento prestado em 6 de fevereiro, Grobman afirma que o deputado, enquanto chefe da pasta da Educação, comprou por aproximadamente R$ 4,5 milhões um apartamento na rua Rio de Janeiro, no bairro de Higienópolis. O dinheiro teria sido desviado de um repasse de R$ 196 milhões no âmbito de acordo internacional firmado entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o governo do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dossiê levou papa à renúncia, diz jornal



Bento XVI teria se decidido após ler resultado de investigação que pediu a 3 cardeais, que relataram corrupção e rede de prostituição gay no Vaticano

Corrupção, disputa política e uma rede de prostituição homossexual envolvendo seminaristas e imigrantes irregulares. As informações fazem parte de um dossiê de 300 páginas produzido por três cardeais a pedido do papa Bento XVI sobre a realidade da Igreja e que o teria convencido a tomar a decisão que há meses ele vinha estudando: sua renúncia.
As informações foram publicadas ontem pelo jornal italiano La Repubblica. Há uma semana, a revista Panorama também havia citado o mesmo informe, indicando que ele foi entregue ao papa no dia 17 de dezembro.
Perguntado sobre a veracidade do dossiê, Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse: "Não confirmamos nem negamos as informações". Segundo ele, "cada um precisa assumir suas responsabilidades".
"Foi naquele dia, com os papéis sobre sua mesa, que Bento XVI tomou a decisão que ele estava pensando há tanto tempo", apontou o jornal, afirmando que o documento estaria guardado num cofre, nos aposentos do papa, e será entregue a seu sucessor, para que uma ampla limpeza comece a ser realizada.
Os três cardeais que conduziram as investigações teriam chegado à constatação da existência de facções diferentes dentro da Cúria, uma das quais definidas por sua "orientação sexual".
Esse grupo de bispos e religiosos homossexuais teria criado uma espécie de rede de prostituição de seminaristas e até de imigrantes para servir ao alto escalão. Os encontros entre esses bispos ocorreriam em diversos locais de Roma, em saunas e até mesmo na casa de um arcebispo italiano. Eles também teriam siso vítimas de chantagem.
O jornal italiano faz referência ao escândalo envolvendo Angelo Balducci, que em 2010 era assessor do papa. Em escutas telefônicas, a polícia - que o investigava por corrupção - identificou como ele usava serviços do nigeriano Chinedu Thomas Ehiem, cantor da Capela Julia, na Basílica de São Pedro, para contratar jovens para serviços sexuais.
Os encontros ocorreriam em locais relacionados também com Marco Simeon, protegido do secretário de Estado, Tarcisio Bertone. O nome de Simeon já havia aparecido em investigações sobre corrupção dentro da Igreja. Simeon também foi citado no caso da demissão de Ettore Gotti Tedeschi - o executivo-chefe do Banco do Vaticano que tentou limpar a instituição, sem sucesso.
Segundo o jornal, o documento vai "condicionar o conclave" a escolher um papa capaz de lidar com esse escândalo.

A bagunça aos pés do Redentor


Rio de Janeiro

Secretário de Transportes afirma que, na alta temporada, monumento tem movimento de turistas acima de sua capacidade. Reportagem do New York Times criticou movimento caótico no acesso ao Corcovado


Cecília Ritto, do Rio de Janeiro

Setecentos e dez metros acima do nível do mar, o Rio de Janeiro aparece em uma de suas poses mais panorâmicas. A estátua do Cristo Redentor, que no ano passado atraiu 1,8 milhão de turistas, proporciona uma das mais belas vistas da cidade, de um ponto privilegiado onde se vê tanto as praias da Zona Sul como a mata e os bairros da Zona Norte, onde está o Maracanã. No entanto, o caminho até o Redentor é longo e cheio de percalços - não necessariamente por causa da altitude. Quem visita o Cristo se espanta com a desordem, com vans e táxis disputando passageiro no meio de vendedores ambulantes, que tentam empurrar as mais diversas bugigangas aos turistas. Em uma reportagem recente sobre o turismo no Rio, o New York Times se espantou com a bagunça.

O jornal, em uma crítica de forma geral positiva ao Rio de Janeiro, usou um parágrafo para relatar a confusão para se chegar ao Cristo. A correspondente Jodi Kantor subiu a montanha em um dos jipes que conduzem turistas e descreveu o caos em que se misturam pedestres e carros - que eram observados por policiais inertes. “Se as autoridades não podem conceber uma forma ordenada e confortável de visitar uma das estátuas mais famosas do mundo - se até Londres enfrentou sérios desafios logísticos com a Olimpíada - o que vai acontecer durante a invasão internacional no Rio de Janeiro em 2016?”, diz a reportagem.
Em tempos de feriado, como no carnaval, e de fim de semana, a confusão aumenta. O estacionamento irregular se expande, assim como a presença de flanelinhas. Segundo o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, “na alta estação, o Corcovado tem demanda muito maior do que a capacidade”. O secretário apontou como problema a limitação do trenzinho que leva os passageiros ao alto do morro, assim como as vans, outra alternativa que também não dá vazão. “E, em relação aos carros particulares, a estrada é sinuosa, de mão dupla, e não há estacionamento. Logisticamente, o Corcovado é um desafio. Mas a nossa operação melhorou muito”, disse Osório ao site de VEJA.
O Corcovado comporta, segundo a administração do monumento, 1.200 pessoas simultaneamente. Mas, para dar conta do volume de visitantes, esse limite é constantemente ultrapassado. Na alta temporada, sobem, por dia, 4.000 pessoas pela ferrovia e 12.000 pela estrada, em vans, carros de passeio e táxis.

Uma das expectativas para melhorar o atendimento ao turista é aumentar a capacidade do trenzinho, que transporta atualmente 345 passageiros por hora. O sistema será licitado pelo governo federal. “Pode ser que agora aumente a quantidade de pessoas por trem”, afirmou o secretário. Outra alternativa que está sendo estudada é fazer com que as vans parem de sair do Cosme Velho, bairro de acesso ao monumento, e passem a fazer ponto em outros locais menos estreitos, que não provoquem engarrafamento.

“Ainda não está bom, mas melhorou”, afirmou. Há três semanas, a secretaria de Transportes fez três ações no local. A parada dos ônibus de turismo foi deslocada para o terminal dos ônibus comuns, a 100 metros da entrada do trenzinho, um ponto sempre tumultuado nos dias de maior movimento. O ponto de táxi foi eliminado para desafogar o congestionamento formado na Rua das Laranjeiras. E os carros que faziam fila para estacionar no alto da trilha para o Cristo estão sendo desviados para o mirante do Dona Marta quando o espaço chega ao seu limite.

Para Omar Raposo, o pároco do Santuário do Cristo Redentor, a baderna detectada pelo New York Times foi menor do que nos outros anos. “Sempre chegam muitas reclamações. Mas acho que, pela primeira vez, nos oito anos que estou no Cristo, tivemos um mês de fevereiro melhor”, disse. No entanto, outros pontos ainda precisam de melhorias urgentes – ainda mais quando se prevê números recordes de turistas no Cristo em tempos de Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016.

O pároco aponta a necessidade urgente de tornar o monumento mais acessível. Hoje, os elevadores não levam até o ponto mais alto, apenas escadas rolantes. “Seria interessante pensar em uma van específica para a entrada de cadeiras de rodas”, sugeriu Omar. Outro ponto levantado pelo padre é a segurança. Em um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro é possível que uma pessoa entre armada sem maiores problemas. “Hoje não há um detector de metais. Podemos pensar melhor sobre isso”, alerta. O NYT flagrou – e falou mal - dos aspectos que começam a dar sinais de melhora. Imagina se tivessem observado os outros defeitos, ainda mais problemáticos e perigosos, do Corcovado.

Papéis do WikiLeaks expõem ação política do Vaticano na América Latina


Cerca de 130 telegramas mostram que pontificado de Bento XVI agiu nos bastidores para influenciar região, incluindo articulação com EUA para que avião que traria papa ao País em 2007 fizesse escala forçada em Caracas para pressionar Chávez


GENEBRA - O regime cubano, a "ameaça" de Hugo Chávez, a crise em Honduras ou mesmo os acordos comerciais do Brasil. O Vaticano sob o pontificado de Bento XVI, longe de ter uma postura de mero espectador, adotou iniciativas políticas nos bastidores para influenciar a situação na América Latina nos últimos anos e defender seus interesses.
É o que revelam mais de 130 telegramas vazados pelo site WikiLeaks, e obtidos com exclusividade pelo Estado, apontando para as entranhas das relações políticas do Vaticano desde 2005 na região latino-americana, que representa mais de 40% de seus fiéis no mundo.
Tentando ter um papel político central no continente, a Santa Sé tratou de algumas das crises no hemisfério com o presidente dos EUA, Barack Obama. Documentos revelam que o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, fez propostas concretas para o governo americano sobre a situação em Honduras quando se reuniu, em 10 de julho de 2009, com o presidente Obama.
Num telegrama de 15 de julho de 2009, a embaixada americana na Santa Sé relata um encontro de diplomatas americanos com monsenhor Francisco Forjan em que o Vaticano rejeita chamar a retirada de Manuel Zelaya da presidência como um "golpe de Estado". A Igreja pedia ao governo americano que insistisse com seus parceiros para que explicassem ao público as "ações anticonstitucionais de Zelaya que precipitaram a crise". O líder da Igreja nesse assunto era o cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa e hoje considerado como um dos potenciais candidatos a papa.
Um dos temas mais constantes nas reuniões entre diplomatas americanos e cardeais do Vaticano é a situação de Cuba. Um telegrama de 19 de agosto de 2009 revela que uma viagem de cardeais e bispos americanos a Cuba naquele ano não era apenas uma visita episcopal. A meta era também a de pressionar o governo de Havana em relação aos prisioneiros políticos, um pedido de Washington.
O telegrama escrito pela representação americana em Cuba conta que o cardeal de Boston, Sean O'Malley, um dos que estarão no conclave, reuniu-se com o presidente da Assembleia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcón. O documento revela que os cardeais e bispos relataram ponto a ponto ao governo americano como havia sido a conversa com Alarcón. "Apreciamos o fato de a delegação (de religiosos) ter levantado os problemas de prisioneiros políticos", indicou o telegrama.
No dia 15 de janeiro de 2010, o Vaticano fez uma sugestão concreta ao governo americano para enfraquecer o regime cubano: baratear os custos de ligações entre Cuba e os EUA. A proposta foi apresentada por monsenhor Nicolas Thevenin, conselheiro político de Bertone. "Isso poderia ter um impacto positivo na promoção de uma mudança política", indicou.
A Venezuela de Hugo Chávez é apresentada pela Santa Sé como a grande preocupação na região. Para Accattino, um endurecimento da posição dos EUA diante de Cuba poderia acabar ajudando Chávez, "o novo sucesso de Fidel Castro na América Latina". "A diferença é que ele tem os recursos do petróleo", alertou. O Vaticano, em diversas conversas com diplomatas americanos, deixou claro que Caracas vinha pressionando a Igreja e transformado a Santa Sé em um de seus alvos de crítica.
Pressão contra Chávez. Três anos antes, no dia 1.º de fevereiro de 2007, o embaixador americano em Caracas, William Brownfield, e o cardeal Jorge Urosa Savino se reuniram na casa do núncio apostólico na capital venezuelana para discutir a possibilidade de que o papa Bento XVI usasse sua viagem que faria naquele ano ao Brasil para pressionar Chávez. Uma viagem oficial a Caracas estaria descartada pelo Vaticano. "Chávez não o convidaria", disse o cardeal.
Os dois passaram a debater a possibilidade de que o avião que traria o papa de Roma a São Paulo, em maio, fizesse uma parada de 45 minutos em Caracas, com a justificativa de reabastecer. Nesse período, o papa receberia bispos e faria uma declaração. "O cardeal concordou que qualquer parada teria uma importância simbólica", indicou o telegrama, apontando para a reação positiva de Savino. A escala acabou não ocorrendo.