sexta-feira 21 2012

Fernanda Montenegro volta a teatro de SP como Simone de Beauvoir


A peça "Viver sem Tempos Mortos", que estreou em São Paulo em maio de 2009, com ingressos esgotados, retorna à capital paulista em outubro. 

Fernanda Montenegro, que interpreta a polêmica escritora e companheira de Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, ficará em cartaz com o monólogo no teatro Raul Cortez (centro da cidade). 
Durante o espetáculo, dirigido por Felipe Hirsch, a atriz permanece sentada em uma cadeira enquanto relembra o passado, percorrendo momentos e encontros com Sartre, a mocidade tempestuosa, o engajamento pelas causas do feminismo e os embates pela liberdade.
As sessões serão realizadas sempre de sexta-feira a domingo, e também haverá apresentações gratuitas às quintas, nos CEUs da cidade.

Aos 43, Julia Roberts mostra celulite e boa forma


A atriz norte-americana Julia Roberts, 43, está em férias com a família no Havaí, EUA.
Ela foi flagrada na praia de camiseta, chapéu e perna de mulher normal, ou seja, com celulite. 
The Grosby Group
Julia Roberts vai à praia com a família
Julia Roberts vai à praia com a família
The Grosby Group
Julia Roberts beija o marido, Danny Moder
Julia Roberts beija o marido, Danny Moder
Marcadores: julia roberts
http://blogtvpeloespectador.blogspot.com.br/2011_08_18_archive.html

Conheça os benefícios da melancia para a vida sexual



 Melancia deixa fluidos corporais adocicados
Foto: Getty Images
Melancia deixa os fluidos corporais adocicados. Foto: Getty Images
A melancia é uma fruta saborosa, barata e refrescante, sendo usada até como uma sobremesa de baixa caloria. Embora ela seja conhecida há décadas como uma ótima fonte de vitaminas C, A e B6, estudos recentes descobriram que a melancia, que tem origem na África, também é um excelente antioxidante e pode fazer bem para a saúde sexual, segundo divulgou o site Yourtango nesta quinta-feira (18).
O Departamento de Agricultura norte-americano divulgou um estudo que indicava que o consumo regular de melancia é benéfico para homens e mulheres e previne a disfunção erétil, a hipertensão, melhora a sensibilidade à insulina e a degeneração macular. Isso porque a fruta é rica em licopeno, que é um poderoso antioxidante carotenoide que neutraliza radicais livres, que por sua vez, são substâncias nocivas ao corpo.
A inclusão da melancia na dieta tem como benefício ainda diminuição do colesterol e das chances de desenvolver artrite reumatoide e ortoartrite, além de proteger o corpo de alguns cânceres, como o de próstata, endométrio, pulmão e mama.Pessoas que trabalham com a indústria sexual já conheciam os benefícios da melancia. Assim como os aspargos fazem o espermatozoide adquirir um cheiro forte e ficar com o gosto amargo, a melancia age justamente de maneira oposta. Por ser uma fruta rica em água e açúcares naturais, ela colabora para tornar os fluidos do corpo mais adocicados e perfumados. Essa lista inclui a saliva, o sêmen e a secreção vaginal. E o efeito pode ser notado algumas horas após a ingestão da melancia.
Estudos indicam ainda que os benefícios do licopeno e do betacaroteno presentes na fruta melhoram quando ela é consumida em temperatura ambiente. Por isso, vale o sacrifício de deixá-la um tempinho fora da geladeira.

Michael Bolton - A Time For Letting Go

Super atuação desta magnífica Atriz! Amo muito!!!

Century - Lover Why - Tradução

Maravilha!!!

The only love - Bee Gees - Tradução legendado

Gosto muito...Aliás, Gosto Muito!!!

Milionário e José Rico - O último julgamento.

Também gosto...As vezes...

JOÃO MINEIRO E MARCIANO O SEU AMOR AINDA É TUDO


Também gosto...As vezes....

Enfrentando uma crise financeira? Veja o que não fazer nessa situação!


Por mais incrível que isso pareça, muitas vezes quando se enfrenta uma crise financeira é melhor não fazer nada do que tomar uma atitude impensada, que possa prejudicar ainda mais sua situação financeira.

É bem verdade que a perspectiva de assistir passivamente à evolução do seu saldo devedor lhe pareça impossível, mas é preciso cautela na hora de agir. Para ajudá-lo a não cometer erros nesta fase delicada de sua vida, listamos abaixo algumas das decisões que você deve evitar quando estiver enfrentando uma crise financeira.

Não empreste mais dinheiro!

Por mais óbvio que esta recomendação pareça, na prática ela acaba sendo esquecida pela grande maioria dos devedores. Pressionado e angustiado com a situação, tudo o que devedor quer é um pouco mais de tempo para conseguir contornar a situação, e daí a emprestar mais dinheiro é um pulo!

A perspectiva de usar o dinheiro do novo empréstimo para pagar o antigo é tentadora. Mas, na prática ela é desastrosa, pois o que acontece é que você até paga a outra dívida, mas daí não tem recursos para arcar com o pagamento da nova dívida. Frente a isso, atrasa outros pagamentos, o que faz com que o seu perfil de risco piore.

Em outras palavras, a instituição financeira da qual emprestou o dinheiro passa a te ver como outros olhos, pois o risco de que você venha a ficar inadimplente aumenta. Para fazer frente a esse aumento de risco, a instituição cobra mais caro pelo dinheiro emprestado, ou seja, eleva os juros, o que agrava ainda mais a sua situação.

Nesta hora, por maior que seja a tentação de emprestar mais dinheiro, não faça isso. Ao contrário, elabore um plano de pagamento das dívidas que possui. O planejamento é importante, porque se depois de pagar as prestações não lhe sobra um centavo, certamente você vai emprestar mais dinheiro.

Não se apegue aos bens e estilo de vida

A maior dificuldade de quem enfrenta uma crise financeira é se conscientizar de que a sua vida precisa mudar drasticamente se quiser sair dessa situação. Dependendo do grau de endividamento em que você se encontra, não existe outra forma senão cortar drasticamente os gastos.

Comece pelos gastos pessoais, o que inclui desde as despesas com alimentação até vestuário. Não se atenha a um estilo de vida que não consegue manter. As pessoas que te conhecem gostam de você pelo que é, e não pelo que possui. E se isso não for verdade, bem, então a perda não é tão grande.

Se o simples corte de despesas não for suficiente, está na hora de considerar a venda de parte do seu patrimônio. E aqui vale tudo, até mesmo a venda do imóvel que possui por um menor. Pense que assim que você sair dessa pode começar tudo de novo, e, é só isso que precisa de uma segunda chance.

Não fuja dos credores

A maioria das pessoas tem a imagem de que todos os credores são carrascos, que buscam a sua destruição financeira. Pode até ser que alguns sejam mesmo, porém muitos credores preferem receber alguma coisa, mesmo que menos do que o inicialmente previsto, do que nada.

Na próxima vez que algum credor ligar, ao invés de dizer que não está, atenda ao telefone, e explique a sua situação. Diga que não tem como arcar com o pagamento, mas que quer fazê-lo, e se existe alguma possibilidade do mesmo ser facilitado. Você pode não acreditar, mas cada vez mais os credores entendem que é melhor aceitar o pagamento em parcelas, do que perder um cliente para sempre, e não receber nada, ou ter que esperar anos até receber algo.

Porém, se o seu credor efetivamente for um carrasco e cometer algum tipo de abuso, então você pode sempre procurar a ajuda de um advogado, e pedir que seus direitos sejam respeitados com base no previsto no artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor. O artigo prevê que na cobrança o consumidor "não será exposto ao ridículo, nem submetido a qualquer constrangimento ou ameaça".

Não pague tudo de uma vez

Procure entrar em contato com todos os seus credores, e exponha a situação em que se encontra. A todos eles peça uma revisão dos termos previstos no pagamento da dívida, e aguarde para ver o que eles lhe oferecem.

Mesmo que você tenha o suficiente para pagar integralmente um dos seus credores esse não é necessariamente o melhor procedimento. Antes de tomar essa decisão você deve fazer as contas do quanto à quitação integral dessa divida lhe traz em termos de redução de gastos mensais.

Como em geral as dívidas têm prazos de quitação distintos, e os juros cobrados variam, é preciso analisar com cuidado a melhor forma de usar essa reserva que você possui para reduzir o seu saldo devedor total. Em uma planilha de Excel calcule quanto o seu gasto mensal baixaria se quitasse parcialmente cada um de suas dívidas, e com base nisso decida a melhor forma de usar essa reserva financeira.

É bem verdade que pagar integralmente um dos credores parece tentador, pois ao menos você resolve um problema, mas nesse tipo de situação você deve pensar no objetivo final, que é sair do vermelho o mais rápido possível. Pode ser que o melhor no seu caso seja reduzir o tamanho dos obstáculos, ao invés do número. Ou seja, você mantém o número de credores, mas deve menos para cada um deles.

Não deixe de pagar financiamento de casa

Na dúvida dê preferência ao pagamento dos financiamentos associados a bens, como casa e carro. Por mais que isso pareça estranho, visto que os juros cobrados nesses financiamentos são mais baixos, existe uma razão para isso.

O credor pode, dependendo de como foi feito o financiamento, retomar o bem. E é essa facilidade de execução que dá mais garantia ao credor, e permite que os juros sejam menores. Quando isso acontece todo o dinheiro já pago pode acabar sendo perdido, além do bem em si. Portanto, na hora de priorizar os pagamentos, leve isso em consideração!

É importante ressaltar que nossa intenção não é incentivar a inadimplência, mas simplesmente evidenciar que ao decidir que dívida pagar antes, o devedor não deve levar em consideração apenas os juros cobrados, mas também a natureza da dívida. Perder o carro, por exemplo, pode comprometer a situação da pessoa ainda mais, sobretudo, se ela depende do veículo para seu sustento.

Não se desespere!

Por mais que a situação pareça difícil, e que você não consiga ver uma saída, pode estar seguro que ela existe. O grande problema é que em geral as opções disponíveis exigem um esforço pessoal que você talvez não esteja preparado para fazer.

Realmente é difícil acreditar que existe alguma saída quando você está sendo pressionado pelos credores, e não consegue em nenhum momento parara de pensar no dinheiro que gostaria de ter, mas não possui. A maioria das pessoas tende a pensar que estão sozinhos, e que ninguém entende pelo que estão passando.

Isso não é verdade, muitas pessoas, mesmo as que planejam com cuidado, podem, em determinados momentos de sua vida, enfrentar uma crise financeira. Se você realmente está se esforçando e fazendo todo o possível para sair do atoleiro das dívidas, então não há motivo para pânico, pode demorar um pouco, mas eventualmente você irá superar essa crise.

InfoMoney - www.infomoney.com.br

Um Dia Perfeito - Completo - dublado

Maravilhoso filme!

Pesquisa brasileira encontra proteína capaz de inibir crescimento de tumor


Câncer

Fragmento da miosina Va, responsável pelo transporte de organelas, conseguiu reduzir em 30% a mortalidade pela doença

Miosina
Imagem ilustrativa de parte da proteína miosina (Reprodução)
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) descobriu que um pedaço da proteína miosina Va pode ser eficiente no tratamento contra o câncer. De acordo com o estudo, essa proteína, que é responsável pelo transporte de algumas organelas do corpo, pode inibir o crescimento de tumores e reduzir em 30% a mortalidade pela doença.
A tese de doutorado do biomédico Antônio Carlos Borges, orientada por Enilza Maria Espreaficoa, revelou que um fragmento da miosina Va, isolado, consegue barrar o crescimento do melanoma em modelo animal.
Para o estudo, foram criadas células tumorais com um pedaço de DNA responsável pela produção apenas deste pedaço da miosina. Essas células foram, então, usadas para induzir tumores em camundongos.
Após 28 dias, os pesquisadores perceberam que enquanto cerca de 90% dos animais com o fragmento de miosina continuavam vivos, apenas 60% do grupo controle haviam sobrevivido. Os tumores que foram controlados com a proteína também tiveram um crescimento em volume significativamente menor. "A introdução desse fragmento foi suficiente para matar células do melanoma, um câncer muito resistente aos tratamentos quimioterápicos", diz Borges em entrevista ao site de VEJA.
Este pedaço da proteína miosina Va consegue ajudar no combate do tumor porque, ao contrário da proteína completa, impede que substâncias consideradas tóxicas sejam carregadas para fora da célula. Em situações normais, estas substâncias levam células “com defeito” a cometer suicídio. Algumas células cancerosas, no entanto, perdem a capacidade de fazer esse controle, começam a se multiplicar e acabam dando origem ao tumor.

A boca no centro das atenções(VEJA)


Pesquisa

A medicina não reparava muito nela e a odontologia cuidava apenas dos problemas localizados. Agora, as duas disciplinas se uniram para estudar a relação entre a saúde da boca e o que acontece no restante do organismo. E vice-versa

Aretha Yarak
Escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista a cada seis meses ajuda a evitar inflamações nas gengivas - problema que pode estar relacionado com outras doenças sistêmicas
Escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista a cada seis meses ajuda a evitar inflamações nas gengivas - problema que pode estar relacionado com outras doenças sistêmicas (iStockphoto)
Placas dentárias podem aumentar em até 80% os riscos de uma morte prematura causada por câncer. O alerta, publicado recentemente no periódico British Medical Journal, é apenas o mais recente de uma série de estudos que vêm movimentando a odontologia e a medicina. Recentemente, o avanço na tecnologia de detecção de doenças e um movimento realizado pela classe odontológica "para trazer a boca de volta ao corpo” — ou seja, estudar sua relação com o resto do organismo — alavancaram o número de estudos que relacionam as duas áreas. Como resultado, foi desvendada uma série de relações entre infecções que ocorrem na boca e problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer, osteoporose, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso. 

Saiba mais

DOENÇA PERIODONTAL
A infecção crônica de origem bacteriana que atinge a gengiva e os tecidos dos dentes. A doença é causada pelo acúmulo de bactérias entre os dentes e a gengiva, e pode levar à perda dentária. Problema dentário mais comum em adultos, a periodontite é ainda uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns no mundo. Sua forma inicial, e mais comum, é a gengivite, caracterizada por uma inflamação leve das gengivas — que ficam avermelhadas, inchadas e chegam a sangrar. A evolução da doença pode levar anos, causando a perda de tecido de suporte do dente — como o ósseo —, o que acaba por ocasionar a perda de um ou mais dentes.
A ideia de relacionar a saúde bucal com problemas em outras áreas do corpo surgiu no início do século XX. Nessa época, acreditava-se que infecções com origem na boca poderiam ser a causa direta de outras doenças – nascia aí a tese da infecção focal. "Foi uma catástrofe, várias pessoas tiveram os dentes arrancados desnecessariamente. A odontologia acabou sendo desconsiderada pela medicina", diz Giuseppe Romito, professor titular de periodontia da Universidade de São Paulo. Acreditava-se, sem qualquer base científica, que arrancar os dentes com problemas evitaria que a infecção fosse disseminada.
Segundo o especialista, a meta agora é fazer com que a boca volte a ser entendida como uma parte integrante do corpo. Em outras palavras, os dentistas vêm tentando provar cientificamente que o que acontece dentro da boca tem uma relação direta com o funcionamento de todo o organismo.
Prova científica — Foi apenas na década de 1970, quando o dentista americano Steven Offenbacher realizou pela primeira vez um teste clínico que ligava processos inflamatórios na boca com a ocorrência de parto prematuro, que a relação boca e corpo começou a ser levada a sério novamente. Teria início, então, uma caçada científica por quaisquer relações com as demais inflamações do corpo. Dezenas de estudos conseguiram confirmar os achados de Offenbacher e encontraram ainda conexões dos males bucais com diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares, de próstata, osteoporose e câncer.
Quando começou suas investigações, Offenbacher pôde estabelecer apenas uma relação epidemiológica entre as inflamações na gengiva causadas por bactérias e parto prematuro. Hoje, no entanto, uma série de estudos conseguiu provar com mais precisão a relação entre essas duas condições. Em uma pesquisa publicada em 2007 no Journal of Periodontology, o especialista mostrou que quanto mais cedo se der a exposição às bactérias, maiores serão os riscos do parto prematuro. Nos dados coletados por Offenbacher, descobriu-se que a exposição com 32 semanas de gestação aumentava os riscos de parto prematuro 3,7 vezes. Com 35 semanas, o risco aumentava duas vezes.
info
Efeito cascata — As infecções bucais podem causar prejuízos aos demais órgãos por dois processos inflamatórios diferentes. No primeiro e mais simples, as bactérias alojadas na gengiva se deslocam pelo organismo e se instalam em determinados órgãos, prejudicando seu funcionamento. Nesse caso está o mais conhecido dos problemas, e o único que é, de fato, causado diretamente pela inflamação na boca: a endocardite bacteriana. "A bactéria da gengiva viaja pela corrente sanguínea até as veias coronárias (que levam sangue ao coração) e se alojam ali, infeccionando a membrana da válvula", diz Rodrigo Bueno de Moraes, periodontista e consultor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Em abril deste ano, a Academia Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) publicou um artigo no periódico médico Circulationconfirmando que existe, de fato, uma associação entre a doença periodontal e a arteriosclerose (endurecimento das artérias). Apesar da relação, não é necessário que pessoas com boa saúde procurem um cardiologista a cada inflamação na gengiva. 
Há uma segunda maneira pela qual as doenças bacterianas que ocorrem na boca repercutem em outras partes do corpo. Enquanto luta para exterminar as bactérias invasoras que tiveram origem na boca, o sistema imunológico libera diversas substâncias no organismo. Isso causa um desequilíbrio químico, elevando os níveis de substâncias que interferem no funcionamento de órgãos, do metabolismo e de sistemas inteiros do corpo. É o caso, por exemplo, do diabetes. O processo inflamatório na gengiva não causa a doença, mas ajuda a desequilibrar o balanço químico do organismo, dificultando, assim, o controle dos níveis de glicose. Mas a relação entre as condições é uma via de mão dupla. O diabetes, por si só, pode piorar quadros de inflamação gengival.
Em pesquisa publicada no periódico The Journal of the American Dental Association (JADA), o pesquisador IB Lamster descobriu que conforme o índice glicêmico de pacientes com diabetes perdia o controle, os efeitos colaterais da doença nas inflamações da gengiva ficavam mais sérias. Esse mesmo desequilíbrio químico pode estar relacionado ainda com problemas como câncer, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso, artrite reumatoide e obesidade. Prestar atenção ao que acontece na boca, está provado, pode ser não só uma boa maneira de evitar doenças, mas também detectá-las.

Fuja das bactérias

Dados epidemiológicos estimam que 90% da população mundial têm gengivite e que 30% têm doença periodontal. Para manter a boca livre das bactérias é preciso escovar os dentes e usar o fio dental, no mínimo, duas vezes por dia. “Não adianta repetir o procedimento dez vezes, se você não escovar ou limpar corretamente”, diz Romito. É recomendado ainda que se faça visitas semestrais ao dentista, com realização de exames de sonda (análise da gengiva) e de raio-X (análise dos ossos do maxilar). O procedimento é protocolar e deve ser pedido em toda consulta de rotina. Alguns materiais, porém, oferecem maior proteção, como, por exemplo, a escova interdental. Ela é mais eficaz que o fio dental para limpeza entre os dentes. Existe também a escova de tufo único, que costuma ser indicada para pacientes que têm doenças periodontais, como um complemento à escova comum.

Sinal de alerta

Mesmo quem mantém uma disciplina exemplar de limpeza dentária corre o risco de deixar algum canto mal limpo, dando brecha para a infestação de bactérias. Segundo dentistas, é difícil conseguir deixar a boca completamente limpa - por isso, a importância da visita regular ao dentista. “É importante lembrar ainda que o fio dental não remove apenas a sujeira entre os dentes. Ele também retira as placas bacterianas”, diz Rodrigo Bueno de Moraes, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Sangramentos durante a escovação ou o uso do fio dental são indícios de uma possível inflamação – e não de uma limpeza feita de maneira errada.

Chocolate amargo pode ajudar diabéticos a controlar o colesterol, diz pesquisa(VEJA)


Nutrição

Substâncias presentes no alimento reduzem os níveis de colesterol ”ruim” e aumentam o colesterol “bom”

Chocolate amargo
(Jack Hollingsworth/Thinkstock)
O chocolate amargo (com alta concentração de cacau) faz bem ou mal à saúde? Entre as dezenas de pesquisas contraditórias sobre seus efeitos, uma última mostra que o alimento, rico em polifenóis (substâncias que estão se mostrando, em várias pesquisas, extremamente benéficas), pode ajudar diabéticos a controlar os níveis de colesterol. O estudo, liderado pela Hull University, foi publicado na última edição do jornal Diabetic Medicine.
Durante a pesquisa, um grupo de 12 voluntários com diabetes tipo 2 recebeu barras de chocolate diariamente – algumas enriquecidas com polifenóis, outras não. Aqueles que ingeriram as barras enriquecidas apresentaram uma pequena queda nas taxas de colesterol (LDL) e um aumento no nível do colesterol considerado bom (HDL). “Essa qualidade de chocolate deveria ser incluída na dieta, para uma melhora na qualidade de vida do paciente”, diz Steve Atkin, um dos coordenadores da pesquisa.
 
"Luz verde" — As críticas ao estudo, no entanto, afirmam que os benefícios são muito pequenos quando comparados aos riscos que a quantidade de gordura e de açúcar presentes no chocolate podem representar ao diabético. “O formato do estudo é, de certa forma, irrealista, já que os participantes consumiram apenas metade de uma barra por apenas oito dias”, diz Iain Frame, médico diretor de uma instituição britânica para diabéticos. Os especialistas do órgão alertam ainda que o estudo de Atkin pode ser um risco, se for visto como uma “luz verde” para os diabéticos comerem mais chocolate.
 
Os polifenóis também estão presentes em uvas, por exemplo. Por isso, várias pesquisas já indicaram que o vinho pode ser benéfico à saúde se consumido moderadamente.

Comer chocolate regularmente pode ajudar a emagrecer(VEJA)


Alimentação

Pessoas que consomem mais vezes na semana pequenas quantidades do doce têm maior tendência a reduzir o IMC

Chocolate: alto consumo pode reduzir índice de problemas cardiovasculares e de derrame
Chocolate: além de contribuir com a melhora da saúde cardiovascular, o doce pode reduzir o índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa (Thinkstock)
Uma boa notícia para quem deseja aproveitar as delícias da Páscoa sem culpa: consumir regularmente quantidades moderadas de chocolate não só não engorda, como pode ajudar a emagrecer. Essa é a conclusão de um estudo feito na Universidade da Califórnia, San Diego, nos Estados Unidos, e publicado nesta segunda-feira no periódico Archives of Internal Medicine. Os pesquisadores ainda confirmaram outros trabalhos que haviam sugerido que os antioxidantes presentes no alimento contribuem com outros benefícios à saúde, como a melhora da pressão arterial e do colesterol.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Association Between More Frequent Chocolate Consumption and Lower Body Mass Index

Onde foi divulgada: periódico Archives of Internal Medicine

Quem fez: Beatrice A. Golomb, Sabrina Koperski e Halbert L. White

Instituição: Universidade da Califórnia, San Diego, Estados Unidos

Dados de amostragem: 1.081 homens e mulheres entre 20 e 85 anos

Resultado: Consumir regularmente pequenas quantidades de chocolate, principalmente o amargo, está relacionado com menor IMC, independentemente dos exercícios físicos feitos e de calorias consumidas por uma pessoa
“As pessoas enxergam o chocolate, talvez por ser calórico, como algo prejudicial à saúde, mas o nosso estudo mostrou o contrário”, afirma Beatrice Golomb, coordenadora do estudo. De acordo com a pesquisadora, as calorias presentes no chocolate podem ser ‘calorias neutras’, ou seja, pequenas quantidades do alimento podem beneficiar o metabolismo, reduzir o acúmulo de gordura no corpo e, assim, compensar as calorias que vêm junto com o doce.
A pesquisa — A equipe analisou cerca de 1.000 homens e mulheres com idades entre 20 e 85 anos. Nenhum participante apresentava doenças cardiovasculares ou diabetes. Eles responderam a questionários sobre o consumo semanal de chocolate e outros hábitos alimentares, e o IMC de cada um foi calculado. Em média, essas pessoas comiam chocolate duas vezes por semana e tinham sobrepeso, mas não eram obesos.
Os resultados revelaram que os participantes que comiam chocolate com mais frequência eram aqueles que consumiam mais calorias de maneira geral, incluindo mais gordura saturada, por exemplo, do que aqueles que quem ingeria menos o doce. No entanto, mesmo assim, essas pessoas tinham tendência a apresentar um índice de massa corporal (IMC) menor.
Segundo os autores do estudo, esse menor peso corporal foi associado somente ao chocolate, e principalmente ao amargo, e não aos outros hábitos alimentares desses indivíduos. Além disso, o benefício do doce foi identificado mesmo levando em consideração se uma pessoa praticava ou não atividades físicas. Os pesquisadores não souberam, no entanto, definir de que maneira o chocolate age no organismo, mas acreditam que os antioxidantes presentes no alimento, além de ajudarem a manter pressão sanguínea e níveis de colesterol saudáveis, estejam ligados à redução do IMC.
“Ainda há preocupação em relação ao consumo excessivo de chocolate. Nosso estudo não sugere uma quantidade ideal para a ingestão diária do doce, mas indica que comer regularmente pequenas quantidades do alimento, especialmente o chocolate amargo, pode trazer benefícios à saúde”, diz Golomb. 

Pesquisa comprova: chocolate faz bem ao coração


Nutrição

Alimento reduz aparecimento de doenças cardiovasculares e também os riscos de derrame, mas vale o alerta: em exagero, contribuiu para a obesidade

Agora é oficial: comer chocolate protege o coração
Agora é oficial: comer chocolate protege o coração (Medioimages/Photodisc)
Comer chocolate faz bem ao coração. Ao menos é o que indica uma pesquisa apresentada nesta segunda-feira no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris. De acordo com o estudo, o consumo do alimento está associado à redução, em um terço, dos riscos de doenças cardíacas. Além de reduzir em 37% as chances de males do coração, a ingestão de chocolate faz cair em 29% os riscos de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Os especialistas alertam, porém, que o consumo deve ser feito com cautela - já que o chocolate pode levar à obesidade.
Pesquisas recentes já vinham mostrando que o consumo de chocolate tem uma influência positiva na saúde, em função de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Isso incluiria a redução da pressão sanguínea e uma melhora na sensibilidade à insulina (um dos estágios de desenvolvimento do diabetes). As evidências de como o chocolate afetaria o coração, no entanto, ainda permaneciam obscuras.
Pesquisa - Para responder a essa pergunta, uma equipe da Universidade de Cambridge, coordenada por Oscar Franco, realizou um revisão em larga escala de evidências existentes até aqui. Eles pretendiam descobrir como o chocolate influenciaria problemas cardiovasculares, como o infarte e o derrame. Foram analisados os resultados de sete estudos anteriores, que envolviam mais de 100.000 participantes - que podiam ou não ter problemas cardíacos. Os dados foram divididos entre os grupos de pacientes que apresentavam o maior e o menor consumo de choocolate.
Dos sete estudos analisados, cinco apontaram uma relação benéfica entre o alto consumo de chocolate e os riscos cardiovasculares. Não foi encontrada nenhuma redução significativa em relação à insuficiência cardíaca e nem houve diferenciação do tipo de chocolate – como o ao leite ou amargo. A pesquisa incluiu o consumo de barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas.
Precaução – De acordo com os pesquisadores, os resultados devem ser interpretados com cuidado. Isso se deve ao fato de que o chocolate vendido comercialmente hoje é muito calórico – cerca de 500 calorias para cada 100 gramas. O consumo exagerado pode levar ao ganho de peso, o que pode acabar facilitando o aparecimento de problemas como diabetes e doenças cardíacas.

Homens que comem chocolate sofrem menos AVC, afirma estudo


Saúde cardiovascular

Consumir menos do que 10 gramas do doce por dia pode reduzir em até 17% o risco do problema

Chocolate: alto consumo pode reduzir índice de problemas cardiovasculares e de derrame
Chocolate: consumo pode proteger coração dos homens (Thinkstock)
Mais um estudo revelou os benefícios do chocolate sobre a saúde do coração. Dessa vez, pesquisadores suecos descobriram que o doce pode ser um aliado dos homens para evitar um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo os resultados do trabalho, que foi publicado nesta quarta-feira no periódico Neurology, comer pequenas quantidades do alimento já é suficiente para reduzir o risco de derrame em 17%.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Chocolate consumption and risk of stroke: A prospective cohort of men and meta-analysis

Onde foi divulgada: periódico Neurology

Quem fez: Susanna Larsson, Jarmo Virtamo e Alicja Wolk

Instituição: Instituto Karolinska, Suécia

Dados de amostragem: 37.103 homens de 49 a 75 anos

Resultado: Homens que consomem cerca de 10 gramas de chocolate por dia, em comparação com aqueles que comem menos ou nunca o doce, apresentam um risco até 17% menor de sofrerem um AVC em um período de dez anos.
A pesquisa, feita pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, acompanhou por dez anos mais de 37.000 homens de 49 a 75 anos. Ao longo desse período, eles responderam a questionários sobre estado de saúde e hábitos alimentares. Ao final do estudo, foram registrados quase 2.000 derrames cerebrais.
Entre os homens que nunca comiam chocolate ou que consumiam as menores quantidades, a incidência de AVC foi de 85 por 100.000 participantes ao ano. Essa taxa, entre aqueles que mais comiam o doce (cerca de 10 gramas por dia), foi de 73 por 100.000 homens ao ano. O risco de derrame foi menor entre esse grupo mesmo após os pesquisadores levarem em consideração fatores como peso, tabagismo, sedentarismo e pressão alta.
Para a coordenadora do estudo, Susanna Larsson, pode ser que os efeitos positivos do chocolate se devam à presença dos flavonoides no alimento. Essa substância, que também é encontrada em frutas e vegetais, é conhecida por ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Enquanto o mecanismo pelo qual esse doce age no organismo ainda não e completamente compreendido, a autora afirma que o consumo de chocolate deve ser moderado, já que ele é calórico e contém gordura.

Substância presente no cérebro faz desejo por chocolates aumentar


Pesquisa

Neurotransmissor que se liga a receptores que provocam prazer é responsável por aumentar o impulso e o desejo de comer o doce em ratos, mostrou estudo

Chocolate: alto consumo pode reduzir índice de problemas cardiovasculares e de derrame
Impulso e desejo súbito pelo chocolate pode estar relacionado com a liberação de um neurotransmissor que se liga aos receptores opióides no cérebro (Thinkstock)
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, encontraram novas evidências em ratos para explicar como os doces de chocolate podem se tornar irresistíveis, mesmo quando não estamos com fome. Segundo eles, o desejo de comer em exagero esses doces tem reflexo em uma área do cérebro com reações similares às do consumo de drogas. O estudo foi publicado no periódico Current Biology.
"Isso significa que o cérebro tem sistemas mais abrangentes para levar ao consumo em excesso de substâncias que ativam o centro de recompensas, mais do que se imaginava antes”, diz Alexandra DiFeliceantonio, da Universidade de Michigan. "Essa pode ser uma razão pela qual o consumo excessivo é um problema hoje."
Alexandra e sua equipe fizeram ao estudar o corpo estriado (região cerebral localizada perto do tálamo, e normalmente relacionada ao movimento). Os animais que tiveram essa região estimulada acabaram comendo mais do que o dobro de chocolates que normalmente consumiam. O neurotransmissor encefalina (que tem um efeito similar à morfina) também aumentou quando os animais começavam a comer o chocolate. Essa substância se liga aos receptores opióides no cérebro e causa sensação de euforia. Os químicos do cérebro aumentaram o desejo e o impulso de comer o doce.
"Essa mesma região do cérebro que nós testamos é ativada quando obesos veem alimentos e quando viciados em drogas veem cenas de drogas", diz Alexandra. "Parece provável que nossa descoberta com a encefalina signifique que esse neurotransmissor pode levar a algumas formas de consumo em excesso e ao vício em algumas pessoas."

Brasil, um país de solteiros(VEJA)


Pesquisa

Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad) mostra que 48,1% da população se declara solteira. Entre 2009 e 2011, 800 mil pessoas passaram a morar sozinhas

Pollyane Lima e Silva e Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
Rodolfo Fiorderize mudou de cidade a trabalho e foi morar sozinho
Rodolfo Fiorderize mudou de cidade a trabalho e foi morar sozinho (Marcos Michael )
A tendência de redução de relações formais é detectada simultaneamente ao crescimento dos lares com apenas um morador – detectada nos últimos anos nos Estados Unidos e na Europa. Do levantamento anterior, realizado em 2009, para o atual, 800.000 pessoas passaram a viver sozinhas em uma residência, totalizando 7,8 milhões de moradores individuais
No Brasil, o time dos que se declaram solteiros supera o dos casados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011 do IBGE. A nova versão do estudo, realizado a cada dois anos, foi apresentada na manhã desta sexta-feira, e indica que há 48,1% de brasileiras e brasileiros solteiros na população com 15 anos de idade ou mais. Informaram ser casados 39,9% dos entrevistados. Se considerados os que se declararam divorciados/separados ou viúvos, o índice de pessoas fora de um relacionamento formal chega a 60,1%.
O dado indica principalmente um enfraquecimento da formalização de relacionamentos conjugais. Entre os solteiros podem estar, por exemplo, casais que têm relação estável, morando ou não no mesmo domicílio. Pela primeira vez, a Pnad buscou identificar, de forma independente, o estado civil declarado e a existência ou não de união estável. Dos 57,1% (85,5 milhões de pessoas) que vivem em união, 37,2% estão em um casamento civil e/ou religioso, e 19,8% apenas em união consensual. Deste último grupo, 76,6% se declaram solteiros, apesar de viverem com um parceiro.
Disseram não ter vida conjugal em 2011 42,9% da população, ou 64,3 milhões de pessoas a partir dos 15 anos.
IBGE - solteiros/casados
A tendência de redução de relações formais é detectada simultaneamente ao crescimento dos lares com apenas um morador – detectada nos últimos anos nos Estados Unidos e na Europa. Do levantamento anterior, realizado em 2009, para o atual, 800.000 pessoas passaram a viver sozinhas em uma residência, totalizando 7,8 milhões de moradores individuais. Entre os domicílios, esse grupo foi o que apresentou o acréscimo mais acentuado. O movimento ajudou a rebaixar a densidade domiciliar total de país, que passou de 3,3 para 3,2 moradores por domicílio, em média. Regionalmente, o Centro-Oeste apresentou o maior porcentual de casas com apenas um morador, 13,8%, liderança que em 2009 pertencia ao Sudeste, com 13,1%.
O aumento de domicílios de apenas um morador aproxima o país de uma tendência global em nações desenvolvidas. A estatísticas oficiais do Reino Unido de 2011 indicam que, entre os britânicos, 7,7 milhões de pessoas que moram sozinhas - o que representa 29% do total de domicílios. Já nos Estados Unidos, um em cada quatro americanos moram sozinhos atualmente - e em Nova York esse é o tamanho de metade dos domicílios.
IBGE - moradores en domicílio
Alguns fatores convergem para o crescimento do número de brasileiros que optam ou são levados a morar sozinhos. O administrador paulista Rodolfo Fiorderize, de 23 anos, foi motivado pelo desafio do trabalho e a vontade de ter o próprio espaço. Em julho de 2011, ele pisou no Rio de Janeiro pela primeira vez, para permanecer por tempo indeterminado. Foi transferido de cidade para participar da fundação da equipe de governança corporativa de uma grande construtora. A mudança antecipou a vontade de morar sozinho que alimentava desde os 15 anos.
Os altos preços da zona sul carioca o empurraram para um apartamento de cerca de 30 metros quadrados, quarto e sala, no bairro do Flamengo, perto de onde trabalha. No espaço exíguo, a geladeira fica ao lado da máquina de lavar na sala, que é separada do quarto só por um biombo. “Precisei de muita criatividade”, conta ele, sobre a divisão do espaço. “A gente passa a controlar a higiene da casa, a exposição das coisas, a decidir se terá produto de limpeza e comida. É um benefício maior do que a liberdade. As pessoas tendem a falar de liberdade. Mas acho que a vantagem é mudar a visão de vida”, destaca Rodolfo.
O arquiteto carioca Antônio Gomes, de 27 anos, foi atrás de mais privacidade ao deixar a casa onde morava com os pais, o irmão, a avó e o cachorro para viver em um quarto e sala no bairro de Botafogo. “Tenho um horário diferente das pessoas ‘normais’. Gosto de ficar acordado trabalhando nos meus projetos de madrugada e de dormir na parte da manhã. É difícil conciliar isso quando se tem cinco pessoas morando em um mesmo apartamento”, diz. “E eu gosto que as coisas estejam arrumadas do meu jeito, que a geladeira tenha as coisas que eu escolhi, e de poder convidar quem eu quiser, a qualquer hora, sem medo de incomodar ninguém”.
Imóveis - Antônio e Rodolfo seguem um padrão que vem sendo observado e captado por empresas de todo o mundo, pois integram um grupo de consumidores em expansão. O primeiro a sentir a necessidade de se adaptar foi o mercado imobiliário – termômetro mais imediato. Na cidade de São Paulo, esse perfil da população fez aumentar a proporção de apartamentos com menos dormitórios. Segundo o presidente do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes, a venda de apartamentos de um quarto, com cerca de 40 metros quadrados, deu um salto de 2007 para 2011, passando de 1,4% para 17% do total de unidades lançadas. “As pessoas estão saindo antes de casa e se casando depois”, analisa Bernardes.
O produto acaba mudando quando a pessoa decide morar sozinha. Ela privilegia prédios que ofereçam facilidades, como uma academia de ginástica, um espaço gourmet no térreo para receber pessoas, uma lavanderia para suprir a falta de espaço no apartamento. Também procuram empreendimentos com centrais de serviços como o das camareiras e das faxineiras. São pessoas que trabalham o dia todo e precisam dessa infraestrutura”, explica Bernardes. Esse tipo de comprador - ou de quem aluga o apartamento - está principalmente na faixa dos 25 a 30 anos.
No Rio, o panorama é diferente por causa de uma lei municipal, de 1981, que proíbe a construção de apartamentos menores do que 50 metros quadrados. “Não há lançamento de quarto e sala, loft, kitnet há muitos anos. A área mínima estipulada na cidade já é grande para apenas um quarto”, afirma o vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio (Ademi-RJ), Paulo Fabbriani. Portanto, enquanto em São Paulo o crescimento do número de solteiros morando sozinhos é bem atendido por novos empreendimentos, no Rio, para se manter na zona sul, o luxo tem de se deixado de lado. “São poucas unidades de um quarto em uma região altamente valorizada. Se lançar um quarto e sala hoje, no Rio ou em qualquer lugar, vai vender tudo em dois minutos.”
Marcos Michael
Antônio Gomes maturou a ideia de morar sozinho por dois anos antes de sair de casa
Antônio Gomes: "Gosto que as coisas estejam arrumadas do meu jeito"
Eletrodomésticos – As configurações de conforto e decoração também se adaptam para um país com mais residências individuais. Entre as Pnads de 2009 e 2011, os bens duráveis que apresentaram percentual mais elevado de crescimento foram o microcomputador com acesso à internet (39,6%), seguido de microcomputador (29,5%) e celular (26,7%). Outro item com elevação expressiva – 20,3% no período – foi a máquina de lavar roupa, eletrodoméstico indispensável para um solteiro que vive sozinho e não quer perder tempo (nem tem jeito) lavando suas peças à mão.
A Whirlpool Latin America, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, procura se antecipar a esses movimentos demográficos. Pessoas que moram sozinhas, em apartamentos cada vez menores, muitas vezes com a cozinha integrada à sala, adicionam uma nova exigência aos produtos: design. “Os espaços pequenos antes eram mais fragmentados. A tendência agora é ficar cada vez mais aberto, no estilo loft. O design desse aparelho pode compor a decoração”, explica Mario Fioretti, gerente-geral de Design e Inovação da empresa.
“O padrão do ‘single’ é aquele que saiu de casa, extremamente urbano. Muitos deixaram o interior e foram para a capital paulista, têm boa renda, considerando o estágio da vida em que estão, e exigem conforto e praticidade”, descreve Fioretti. A linha Brastemp retrô, por exemplo, foi pensada para os apartamentos nos quais os eletrodomésticos fazem parte da decoração. Outro ponto importante para atender essa demanda é pensar que, apesar de morarem em locais pequenos, essas pessoas têm o costume de receber amigos. “São sozinhos só na nomenclatura. É um pessoal que se reúne constantemente, para fazer festa, assistir a jogos. O refrigerador, por exemplo, tem de atender o hábito de vida, não só a pessoa”, esclarece, ressaltando que o solteiro não é, necessariamente, solitário.

Cera de abelha em dente de 6.500 anos revela mais antigo tratamento dentário da Europa


Arqueologia

Substância teria sido colocada em canino quebrado para aliviar dor

Ricardo Carvalho
A área marcada em amarelo indica a região onde a cera de abelha foi aplicada no dente, que tem mais de 6.000 anos
A área marcada em amarelo indica a região onde a cera de abelha foi aplicada no dente, que tem mais de 6.000 anos(Divulgação)
Um homem na cidade eslovena de Lonche foi ao dentista. Pode não parecer grande coisa, mas levando em conta que ele viveu há 6.500 anos (quando Lonche sequer existia), no períodoneolítico, o fato está sendo celebrado pelos cientistas do Internacional Centre for Theorical Physics, instituto de física em Trieste (Itália) responsável pela pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica PLOS ONE, que levou a essa conclusão. Afinal de contas, trata-se de uma das raríssimas pistas de tratamento dental rudimentar na pré-história, conforme afirma Claudio Tuniz, coordenador dos laboratórios de raio-x do centro.

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NEOLÍTICO
O período neolítico, também chamado de Nova Idade da Pedra, marcou o desenvolvimento da tecnologia humana, em especial a agricultura, a partir do ano 9.500 a.C, no Oriente Médio. É considerado tradicionalmente como o período final da Idade da Pedra.
A equipe do coordenador encontrou traços de cera de abelha colocada num dos dentes de uma mandíbula pré-histórica. A peça fora encontrada numa caverna em Lonche, em 1911, quando a cidade ainda fazia parte do império Austro-Húngaro. "É o primeiro sinal de uso de substâncias para enchimento de dente no mundo e o mais antigo vestígio de tratamento dentário na Europa", afirmou Tuniz ao site de VEJA.
Em 2005, antes da mandíbula de Lonche, paleontólogos encontraram no Paquistão onze molares marcados com pequenas perfurações. Pertencentes a nove pessoas que viveram entre 7.500 e 9.000 anos atrás, esses dentes são o mais remoto exemplo de 'odontologia' conhecido. A função que as perfurações teriam, no entanto, ainda é incerta. 
Em Trieste, por outro lado, os cientistas estão confiantes de que a cera de abelha tinha como objetivo aliviar dores na mastigação. O estado avariado do canino, o que justificaria a intervenção, se deve provavelmente ao hábito de as pessoas usarem, naquela época, os dentes para a confecção de ferramentas e para atividades de tecelagem. Além do mais, na opinião de Tuniz, o uso de uma substância para amenizar incômodos revela uma sociedade já com domínio de técnicas mais sofisticadas. O possível paciente, provavelmente do sexo masculino, tinha entre 24 e 30 anos quando morreu.
Incertezas - Ainda pairam algumas incertezas em relação ao dentista de Lonche. Embora os testes realizados em Trieste indiquem que a cera de abelha e a mandíbula tenham a mesma idade, não se pode afirmar se o enchimento foi realizado pouco antes ou pouco depois da morte do indivíduo. Se tivesse sido colocada lá depois do falecimento, a teoria cairia por terra e a presença da cera de abelha poderia ser explicada como parte de algum ritual funerário. Claudio Tuniz, entretanto, duvida que seja este o caso. "Acredito que há 99% de chance (da cera de abelha) ter sido colocada ali antes da morte. Não haveria sentido encher o dente de uma pessoa que já morreu."
Registros detalhados de intervenções odontológicas só surgiriam alguns milhares de anos mais adiante no antigo Egito. Como os dois únicos casos conhecidos são, segundo Tuniz, os molares do Paquistão e, agora, o canino de Lonche, o pesquisador espera que as técnicas de raio-x empregadas agora ajudem a encontrar outros vestígios de dentistas rudimentares no neolítico. "A mandíbula estava em Triste e só encontramos a cera de abelha 100 anos depois." 

Dilma responde a Barbosa sobre mensalão



Resposta presidencial
Dilma Rousseff entrou na roda do mensalão – não como ré, evidentemente, mas colocada ali por Joaquim Barbosa, que ontem utilizou-se do depoimento, prestado em 2009, em que a presidente se disse surpresa pela rápida aprovação do marco regulatório do setor elétrico. Beleza.
Só que Dilma não ficou calada. Respondeu a Barbosa. Eis o que diz Dilma, numa nota que será divulgada ainda hoje:
“Na leitura de relatório, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário
Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como “apagão”.
Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.
No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.
Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a ‘surpresa’ que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, “ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras”.
Por Lauro Jardim
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