sábado 28 2012

Roberto Feith, que além de comandar a Objetiva, é o presidente do conselho da DLD |


Por Maria Fernandes Rodrigues & André de Lima | Publicado originalmente emPublishNews | 22/03/2011
Roberto Feith, que além de comandar a Objetiva, é o presidente do conselho da DLD | Fotógrafo: Divulgação/Bruno Veiga
Anunciada em março e criada em agosto de 2010, a Distribuidora de Livros Digitais [DLD] está prestes a iniciar sua operação de distribuição de e-books. Os seis sócios são os mesmos desde sua criação – Objetiva, Record, Sextante, Rocco, Planeta e L&PM – e o início das operações se dará inicialmente com as lojas de e-books da Saraiva e Cultura. A empresa, dirigida por Roberto Vaz Moreira, vinha trabalhando discretamente e em silêncio, sendo comum ouvir no mercado comentários que duvidavam do desenvolvimento e mesmo do início das operações da DLD. Nesta entrevista exclusiva, Roberto Feith, que além de comandar a Objetiva é presidente do conselho da DLD, desmistifica esta visão e mostra que a DLD está a todo vapor ao falar abertamente dos planos, expectativas e cronograma de lançamento da distribuidora digital.
PublishNews: Quando a DLD começa a operar?
Roberto Feith: A DLD concluiu a customização do seu software e está na fase final dos testes operacionais com Saraiva e Cultura. Ela começa a operar com estes dois parceiros até o dia 4 de abril. Além disto, concluiu acordos com mais duas empresas de comércio virtual. Estes dois projetos, desenvolvidos por grupos empresariais nacionais, vão estrear até o final do primeiro semestre. Além disto, a distribuidora está em conversações com outros potenciais parceiros, brasileiros e internacionais.
PN: Quantos e-books ela vai oferecer quando começar sua operação?
RF: Estreamos com 350 títulos, sendo que a maioria deles, livros de grande giro. As editoras participantes da DLD estão comprometidas com o aumento contínuo deste acervo. Ele vai crescer semana a semana. A meta é chegar ao final de 2011 com 1500 títulos.
PN: Os livros distribuídos pela DLD terão DRM [Digital Rights Management]?
RF: Com DRM, para proteção dos autores, leitores e editores.
PN: Como a DLD hoje está estruturada? Qual o tamanho da equipe
RF:A DLD foi criada em agosto de 2010 e estruturada para utilizar de forma integrada a tecnologia mais avançada possível. As próprias editoras clientes realizam o upload dos livros digitas e dos respectivos metadados. Elas também podem acessar em tempo real, e com diversos recortes, as informações relativas às vendas. As livrarias podem fazer o mesmo. Deste modo, parte da operação fica a cargo dos próprios clientes, editoras e livrarias. O software da plataforma está integrado ao sistema de gestão, de modo que funções como o faturamento e prestações de conta também são automatizadas.
Para tocar esta estrutura, temos uma equipe enxuta, de quatro pessoas. Serviços como contabilidade e apoio jurídico são terceirizados. Outras pessoas trabalharam no projeto, prestando consultoria em diferentes etapas, como, por exemplo, na elaboração do Plano de Negócios, e este tipo de consultoria continuará a ser utilizada sempre que oportuno.
Foram também realizadas algumas sessões de treinamento para as equipes técnicas das editoras clientes, especialmente no que concerne a conversão de arquivos para o formato EPub, utilizado pela plataforma.
PN: Quais são as habilidades necessárias para se trabalhar com o livro digital?
RF: As habilidades necessárias para trabalhar com o livro digital são as mesmas do que nos outros formatos; conhecimento, visão e criatividade, tal como no livro impresso, falado, gravado, micro filmado ou em qualquer outro suporte.
PN: Como a DLD imagina o mercado dos livros digitais em 5 anos?
RF: Difícil prever com exatidão. Existem muitas variáveis e algumas delas provavelmente ainda não deram o ar da graça. Ainda assim, elaboramosum Plano de Negócios para a DLD com as informações disponíveis. Este plano prevê que até 2015 a venda de dispositivos de leitura no Brasil vai ultrapassar um milhão de aparelhos por ano; a venda de livros digitais vai superar oito milhões de exemplares por ano e isto vai representar cerca de 7% do mercado. Se estas previsões estiverem erradas, será porque foram conservadoras.
PN: Quais são os desafios?
RF: O maior desafio tem sido compreender todas as transformações em curso – em termos tecnológicos, nos hábitos do consumidor e na cadeia de valor do livro – e as suas respectivas implicações e, desta reflexão, elaborar uma estratégia eficaz de atuação. A DLD é um dos resultados desta reflexão.
Por Maria Fernandes Rodrigues & André de Lima | Publicado originalmente em PublishNews 

Roberto feith



Foto de: Marco Rodrigues

Não é qualquer motivo que tira Roberto Irineu de casa, de jeito nenhum! Muito bem instalado na Gávea, Zona Sul do Rio, o presidente das Organizações Globo (e sua mulher, Karen), raramente é visto em eventos sociais, seja do tipo que for. Tem que haver uma razão muito forte para fazê-lo dar as caras em algum lugar. Foi o que aconteceu nessa quinta-feira (25/08), quando Irineu compareceu ao lançamento de “Meu capítulo na TV Globo” (editora Topbooks), de Joe Wallach. No caso, o que levou o empresário àquela fila na Livraria da Travessa, em Ipanema, foram laços muito fortes – de amizade e, de certa forma, até de gratidão. Ele sabe que era o que faria seu pai, o jornalista Roberto Marinho. O autor, de 86 anos, é personagem importantíssimo na história das suas empresas, tanto quanto na vida do Dr. Roberto.
No livro, Wallach conta bastidores da Rede Globo, sua trajetória cheia de afetos (qualquer um percebe nas entrelinhas) na emissora que ajudou a fazer virar a grande potência que é hoje, junto aoBoni de Oliveira e ao Walter Clark. Ali, viam-se grandes amigos de Joe, além do Boni, comoLucinha e João AraújoJorge AdibAlice MariaMário Lúcio VazWalter SampaioOctávio Florisbal, para falar apenas da turma da emissora. Em se tratando de Rio de Janeiro, Wallach é queridíssimo entre seus contemporâneos. Muitos não o viam há anos. Foi clima de saudade – encontros emocionados.

ROBERTO FEITH, por Luiz Schwarcz


Marcelo Nogare

Roberto Feith
Desde que Roberto Feith, há 20 anos, deixou de aparecer na tela da TV – em que desempenhava com brilho o papel de jornalista e correspondente no exterior –, curiosamente seu trabalho de editor, nos bastidores, lhe conferiu, com justiça, mais destaque e colocou sua editora Objetiva no topo do cenário editorial brasileiro e internacional. Neste ano, ao consolidar sua associação com o forte grupo espanhol Santillana, acrescentou selos importantes para sua editora, entre eles o Alfaguara, no qual edita livros de alta qualidade literária. O mais importante é que fez isso tornando a Alfaguara brasileira, e não o contrário. Contratou João Ubaldo Ribeiro e João Cabral de Melo Neto e se prepara para lançar jovens escritores, que se unirão honrosamente aos clássicos. Com dinamismo em várias áreas editoriais, inúmeras incursões na lista de mais vendidos, a Objetiva de Roberto Feith dá trabalho a seus concorrentes e proporciona cada vez mais alternativas de prazer ao leitor brasileiro.
Luiz Schwarczpresidente da editora Companhia das Letras
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI18817-15273,00.html

Ray Lema- Programa African Pop- creditos da equipe 1989

FANTÁSTICO (1979) - explode a Revolução Islâmica no Irã

Sarah Menezes fatura ouro inédito para o Brasil no judô feminino, categoria 48kg


JUDÔ


Judô passa a ser o esporte brasileiro com mais medalhas na história olímpica brasileira

AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS
Sarah coloca o seu nome na história do judô e do esporte brasileiro em Jogos Olímpicos


GUSTAVO MARCONDES
ENVIADO ESPECIAL

Londres – O judô brasileiro começou a participação nestes Jogos Olímpicos de forma espetacular. Após Felipe Kitadai ter conquistado o bronze na categoria ligeiro (até 60kg) no masculino, Sarah Menezes assegurou a primeira medalha de ouro para o país em Londres. Na final da categoria até 48 kg, contra a romena Alina Dumitru, que havia eliminado na semifinal a favorita japonesa Tomoko Fokumi, a piauiense de 22 anos aplicou um wasari e um yuko, fechando uma participação espetacular nos tatames do Excel Center.


Com o resultado de Sarah Menezes e Felipe Katadai, o judô passa a ser o esporte brasileiro com mais medalhas na história olímpica brasileira, passando à frente da vela e do vôlei (quadra e praia juntos), que somam 16, agora com 17. É a única modalidade que traz conquistas há oito Jogos seguidos: Los Angeles-1984, Seul-1988, Barcelona-1992, Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008 e, agora, Londres-2012.

Esse foi a primeira medalha de ouro de uma mulher no judô olímpico do país. Em Pequim, há quatro anos, a brasiliense Ketleyn Quadros havia sido a primeira a conquistar uma medalha no esporte – o bronze na categoria até 57kg.
AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Sarah flutuante com ouro inédito


A medalha em Londres confirma a trajetória de sucesso da piauiense, que é a terceira no ranking mundial da categoria. Ela é a única brasileira a ter se tornado bicampeã mundial sub-20, além de ter conseguido também dois bronzes em mundiais (2010 e 2011). Nos Jogos de Pequim, há quatro anos, quando competiu com apenas 18 anos, Sarah tinha sido eliminada na primeira luta.

Na primeira luta do dia, Sarah venceu a vietnamita Ngoc Tu Van por dois yukos. Apesar de o placar não ter sido com a folga esperada, a brasileira dominou o combate e passou poucos perigos. A primeira pontuação veio logo no começo da luta, enquanto uma punição após duas advertências (shido) à rival rendeu a vantagem final. Contra a francesa Letícia Payet, a luta foi mais apertada. Apesar de agressiva, a brasileira só conseguiu um yuko a 20 segundos do fim para assegurar a classificação.

Susto

Nas quartas de final, o cenário foi parecido, mas muito mais dramático. Sarah começou atacando a chinesa e conseguiu provocar duas punições à rival por falta de combatividade, o que lhe deu a vantagem de um yuko. A brasileira se defendia bem dos ataques, mas nos últimos segundo, Wu quase encaixou um golpe que viraria luta – seria um wazari.

A técnica brasileira Rosicleia Campos chegou a levar as mãos à cabeça, enquanto os juízes faziam uma conferência para tomar a decisão sobre a validade do golpe. Os segundos de tensão, porém, se transformaram em alívio quando a brasileira foi declarada a vencedora.

A primeira medalha brasileira em Londres foi garantida em mais uma luta tensa, na semifinal foi contra a belga Charline Van Snick. E a história se repetiu. Mesmo com mais iniciativa em todo o combate, Sarah só venceu graças a um yuko, aplicado quando faltavam dois minutos e quarenta segundos. No minuto final, a belga, que terminou com o bronze, chegou a tentar um golpe de todas as formas, mas Sarah segurou a passagem inédita à final.

PERFIL

Sarah Gabrielle Cabral de Menezes

Nascimento: 26/3/90, Teresina, PI

Altura: 1,54m

Peso: 48kg

Principais títulos: 3ª colocada no Mundial Sênior de Paris (2011); 3ª colocada no Mundial Sênior de Tóquio (2010); Bicampeã Mundial Sub 20 (2008/2009); Vice-campeã do Grand Slam do Rio de Janeiro (2011); 3ª colocada World Masters (2011/2012); 3ª colocada nos Jogos Pan-Americano de Guadalajara (2011)

Categoria: Ligeiro (48kg)

Clube: Academia de Judô Expedito Falcão/PI

Kumikata: Destra

Principal Golpe: Ippon-seoi-nage e Kouchigari

Ranking Mundial: 3o (2o com descartes)

Participação Olímpica anterior: 2008 (48kg, sem colocação)

Pontuações do Judô

Shido: Advertência que não gera pontos ao adversário, mas que, se repetido, equivale a um yuko.

Yuko: Golpe mais simples do judô, que garante a pontuação mínima. É anotado quando oponente cai de lado.

Wazari: Segunda pontuação do judô, caracteriza-se quando o rival é derrubado parcialmente de costas ou imobilizado entre 20 e 24 segundos. Dois wazaris significam o fim do combate.

Ippon: Golpe perfeito, o ippon é conferido quando um judoca derruba o adversário de costas no chão por completo ou o imobiliza por 25 segundos, finalizando a luta.

Roberto Feith ''Nada substitui o poder dos livros''


Sonia Racy - O Estado de S.Paulo
Encontros com o Estadão
 - Divulgação
Divulgação
Ele sempre quis escrever. Entretanto, os caminhos da vida levaram esse carioca a estudar em Nova York e a fazer carreira na TV Globo como correspondente internacional até chegar à direção da televisão na Europa. De volta ao Rio, Roberto Feith cometeu a "loucura" de comprar o controle de uma pequena editora, a Objetiva. Para desespero da concorrência, deu certo. E seis anos atrás, o Grupo Prisa-Santillana comprou o controle acionário da empresa mantendo o ex-jornalista a frente do negócio no Brasil.
Semana passada, em conversa por telefone, de seu escritório no machadiano bairro do Cosme Velho, no Rio, Feith comemorou mais um feito. A Objetiva assinou contrato para editar, a partir do ano que vem, nada menos que 27 títulos do poeta e escritor Mário Quintana.
Aqui vão trechos da entrevista:
Editar livros é bom negócio?
Pode ser um bom negócio, mas o mar está turbulento. Tem de ficar atento porque qualquer equívoco custa caro. Uma metáfora que me ocorre é a da dança das cadeiras. A quantidade de editoras é crescente, mas, quando a música parar, as empresas que não estiverem estruturadas vão sobrar.
Por que os livros são tão caros no Brasil?
Olha, recebemos um agente internacional recentemente e ele ficou revoltado com a tarifa do taxi, com os preços dos hotéis e dos restaurantes. Maiores do que em qualquer cidade americana. E o livro não é diferente de outros produtos. Por outro lado, quero deixar claro: levantamentos da Fipe mostram que os preços médios dos livros no Brasil estão caindo. Principalmente por causa da publicação de edições de bolso e da entrada de novas editoras no mercado, que aumentou a concorrência
O mercado editorial brasileiro tem aumentado proporcionalmente à população?
Não, não segue o mesmo ritmo. A curva de evolução do mercado editorial se mantém colada à curva do poder aquisitivo das classes médias e baixas. É o que mostram pesquisas tanto do Sindicato dos Editores quanto da Câmara Brasileira do Livro. O ritmo de subida ou descida é praticamente o mesmo.
Se tivesse condição financeira, o brasileiro leria mais?
A gente fala muito da necessidade de alfabetizar, do contingente de pessoas recém-alfabetizadas como perspectiva de crescimento do mercado. Só que, antes de atingir esse segmento, existe o nicho dos alfabetizados que têm o hábito da leitura, mas que não consomem tantos livros porque os salários não permitem. É um contingente significativo, que tem influenciado o crescimento do mercado nos últimos anos.
As novas tecnologias têm influenciado no hábito da leitura?
Elas são uma maravilha. Eu tenho usado bastante, porque viajo constantemente e preciso ler muitos originais. O Brasil ainda não sentiu o impacto da chegada do livro digital, porque ainda não tivemos a disseminação dos dispositivos digitais. Há muitos iPads, mas eles têm um monte de funções, e a leitura é apenas uma delas. Já os aparelhos que foram desenvolvidos só para leitura, como o Kindle, não estão presentes no País de forma significativa. Quando isso acontecer, o livro digital decolará.
Quanto custa para o consumidor baixar um livro no Kindle? E quanto fica com o editor?
De modo geral, as editoras vão cobrar pela versão digital de 30% a 40% menos do que pela versão em papel. A evolução do mercado digital no Brasil ainda é muito limitada. A editora que lança um título em formato digital tem de investir também em uma versão impressa. Nos EUA, o mercado digital está ameaçando a sobrevivência das livrarias. Aqui, o impacto será mais muito lento.
O livro de papel vai acabar?
Por enquanto não. Temos um universo muito grande de pessoas que só agora está entrando no mercado da cultura. Isso deve garantir mais um período de crescimento das livrarias nacionais.
Como as editoras buscam novos talentos?
Temos "batedores" em Londres, nos EUA e em Paris. Eles buscam títulos que possam atrair leitores, identificam novos autores. No Brasil, o contato com as agências literárias continua sendo importante. Isso faz parte da rotina, mas não é suficiente. A intuição não pode ser desprezada. O faro e a subjetividade podem definir o sucesso ou o fracasso de uma editora.
Você teve uma carreira como jornalista. O que fez com que se voltasse para os livros?
Depois que me formei em História e Economia, queria ser jornalista, pensava em escrever. Aí surgiu um emprego na TV Globo, em Nova York. Viajei o mundo inteiro, conheci a sociedade de diversos cantos do planeta. Nesse tempo todo, o apelo pela palavra escrita permaneceu. Quando surgiu a oportunidade de comprar uma pequena editora, chamada Objetiva, o impulso falou mais alto. Todo mundo dizia, na época, que eu era maluco por trocar a TV por uma mídia ligada ao passado. Mas liberdade é poder fazer o que a gente gosta. Acho que fiz muito bem.
Como você compara o conteúdo dos livros com o conhecimento gerado pela televisão?
No caso da ficção, o livro te permite uma viagem mais profunda e mais completa. Dificilmente o audiovisual ou a internet poderá oferecer o mesmo. Mergulhar plenamente no livro agrega conhecimento. É uma experiência sedutora, insubstituível.
Como você vê a produção intelectual brasileira?
Enquanto no resto do mundo a sociedade se move para proteger e estimular a criação intelectual, aqui tem gente querendo fazer o movimento contrário. As pessoas não trabalham de graça. Ninguém passa anos escrevendo um livro sem remuneração. Se autores brasileiros não forem estimulados, nossos alunos terão de usar cada vez mais publicações criadas no exterior, onde a produção intelectual é resguardada.
Por que iniciativas como a Flip são importante para o País?
A Flip e as Bienais do Livro têm um efeito multiplicador enorme. A valorização dos autores e de seus trabalhos é indiscutível. No caso da Flip, em que se procura trazer para o Brasil autores estrangeiros de qualidade, isso se torna uma forma importante de disseminação da cultura, do talento, do conhecimento.
Como a literatura brasileira é vista lá fora?
Está muito aquém da visibilidade do País como um todo. Eu vivi fora do Brasil nas décadas de 70, 80 e 90. Desde então, venho viajando a trabalho e acho que é indiscutível o crescimento do interesse global pelo Brasil. Mas isso não tem eco na literatura.
O que o Brasil tem de fazer para aproveitar essa oportunidade?
Os editores têm de apresentar as obras de autores brasileiros para seus parceiros internacionais. O governo triplicou a verba para a tradução. Acho muito bom. É uma possibilidade real que se tem para acelerar o processo. Nossa editora produz uma revista literária, a Granta, que nasceu na Inglaterra e agora está fazendo uma versão brasileira. Na edição nacional, que será apresentada no ano que vem, vamos abrir espaço para os jovens talentos brasileiros.

Colaboração
Débora Bergamasco debora.bergamasco@grupoestado.com.br
Marilia Neustein marilia.neustein@grupoestado.com.br
Paula Bonelli paula.bonelli@grupoestado.com.br