domingo 01 2012

Rio é a 1ª cidade eleita Patrimônio Cultural da Humanidade(VEJA)


Cidades

Unesco classificou a cidade na categoria 'paisagem cultural urbana'

Vista geral da cidade do Rio de Janeiro
Vista geral da cidade do Rio de Janeiro (Oscar Cabral)
O Rio de Janeiro - conhecido como cidade maravilhosa por suas praias, clima e beleza natural, entre as montanhas e o mar - foi declarado neste domingo Patrimônio Mundial, na categoria paisagem cultural urbana, durante uma reunião em São Petersburgo (Rússia). Esta é a primeira cidade do planeta a ser incluída na lista. O conceito de paisagem cultural foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1992.
Os famosos símbolos de cartão postal da cidade, como o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, o calçadão de Copacabana ou deslumbrante vista da Baía de Guanabara, foram apresentados como argumentos pelo Brasil. Durante a apresentação, o comitê técnico da candidatura do Rio na Unesco defendeu as "paisagens cariocas entre a montanha e o mar". Na apresentação, o Rio de Janeiro foi mostrado como uma cidade onde a paisagem urbana se funde com uma natureza exuberante que dá origem a "uma cultura de rua", com grandes espaços abertos, parques públicos, jardins e orla que são parte da vida cotidiana dos cariocas.
O governo do Brasil celebrou a decisão da Unesco, mas admitiu que ainda existem desafios importantes na cidade, afirmou a ministra da Cultura, Anna de Hollanda. "Não foi um processo fácil, foram nove anos levantando informações", afirmou a ministra de São Petersburgo. "Nosso projeto estava muito completo e bem argumentado. O Rio tem todas as características para ser patrimônio da humanidade: a mescla do urbano com a natureza, uma topografia que condiciona a vida do carioca que tem esta relação intensa com o mar e o morro", completou. A ministra destacou o compromisso de resgatar a Baía de Guanabara, acabando com a poluição.
Destaques - Definida pelo Pão de Açúcar em um extremo e o Morro do Pico no outro, em Niterói, a Baía de Guanabara é considerada o berço do Rio de Janeiro e atravessa bairros tradicionais, como Botafogo e Flamengo. A baía foi o primeiro ponto da cidade identificado pelos exploradores portugueses em 1502, quando acreditavam ter descoberto um rio. Outro ícone da cidade, que recebe milhares de turistas a cada ano, é a estátua do Cristo Redentor, também muito mencionado pela delegação brasileira em São Petersburgo, a antiga capital imperial russa que recebe a reunião da Unesco. 
Outros locais apresentados foram a Floresta da Tijuca, que abriga uma rica biodiversidade com espécies em perigo de extinção e que foi nomeada Reserva Mundial da Biosfera, a Pedra da Gávea e o Jardim Botânico, criado em 1808. A praia de Copacabana, com seu famoso calçadão de pedras portuguesas, e Ipanema, que inspirou o surgimento da bossa nova, também foram lembrados. Destino turístico por excelência, a cidade maravilhosa também é famosa por seu carnaval, que todos os anos atrai milhares de pessoas para suas ruas em fevereiro.
Além do Rio de Janeiro, o Brasil tem outros 18 bens culturais e naturais, incluindo o o desenvolvimento urbanístico de Brasília, o centro histórico de Salvador, o Pantanal de Mato Grosso e as reservas de Mata Atlântica e do Cerrado.
(Com agência France-Presse)

Bobby McFerrin - Don't Worry Be Happy

Gal Costa e Elis Regina - "Estrada do sol" - 1981

Biografia de Arnaldo Jabo


Arnaldo Jabor (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1940) é um cineasta, crítico e escritor brasileiro
Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neo-realismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuram caminhos metáforicos, alegóricos, para driblar a ação do governo e poder expor suas propostas. Jabor faz o mesmo com Pindorama (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometem a qualidade da obra, como o próprio Jabor admitiria mais tarde.

Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda Nudez Será Castigada (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).

O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: O Casamento (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com Tudo Bem (1978), inicia a chamada "Trilogia do Apartamento", talvez seu filme mais célebre que investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros, grandes desempenhos.

A película seguinte se dedica mais a uma análise intimista e sexual: Eu Te Amo (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.

O próximo filme, Eu Sei que Vou Te Amar, com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com Eu Te Amo. Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria.

Na década de 1990, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a Rede Globo, no Jornal Nacional, Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também para a Rádio CBN, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Seus dois últimos livros Amor É prosa, Sexo É poesia (Editora Objetiva, 2004) e Pornopolítica (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.

Abordando os mais variados temas (cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito), suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.

Diversos textos que circulam pela internet são falsamente assinados por Arnaldo Jabor. No dia 3 de novembro de 2009, o próprio autor escreveu uma coluna negando essas autorias e fazendo uma crítica sobre o assunto.[1]

[editar] Filmografia
1965 - O Circo (curta-metragem)
1967 - A Opinião Pública
1970 - Pindorama
1973 - Toda Nudez Será Castigada
1975 - O Casamento
1978 - Tudo Bem
1980 - Eu Te Amo
1984 - Eu Sei que Vou Te Amar
1990 - Carnaval (curta-metragem)
[editar] Prêmios e nomeações
Ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, por Toda Nudez Será Castigada (1973).
Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por Toda Nudez Será Castigada (1973).
Ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por O Casamento (1975).
Ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por Tudo Bem (1978).
[editar] Livros publicados
Os canibais estão na sala de jantar (Editora Siciliano, 1993)
Sanduíches de Realidade (Editora Objetiva, 1997)
A invasão das Salsichas Gigantes (Editora Objetiva, 2001)
Amor É Prosa, Sexo É Poesia (Editora Objetiva, 2004)
Pornopolítica, (Editora Objetiva, 2006)
Eu Sei Que Vou Te Amar, (Editora Objetiva, 2007)
Referências
1.? Título não preenchido, favor adicionar.
[editar] Ligações externas
Coluna de Arnaldo Jabor na página da Rádio CBN


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arnaldo_Jabor