domingo 27 2017

A Síndrome da Boazinha — Como Curar sua Compulsão por Agradar

Quando alguém sofre da compulsão por agradar, sua autoestima está relacionada ao quanto faz pelos outros e ao quanto é bem-sucedida nisso,  é o que diz a doutora em psicologia Harriet B. Braiker, em seu livro  A Síndrome da Boazinha, no qual  apresenta uma análise criteriosa da compulsão por agradar e ainda oferece um plano de ação de 21 dias para que a “agradadora compulsiva” possa aprender a dizer "não" e recuperar a autoestima devastadapelas tentativas de agradar a gregos e troianos.

"Como agradadora compulsiva", explica a doutora Braiker, "seus botões de sintonia emocional estão embaralhados na frequência do que você acredita que os outros querem ou desejam de você". A consequência lógica de estar sempre com foco no desejo do outro é que você acaba não ouvindo sua própria voz interior "que pode estar tentando protegê-la de se desgastar demais ou de agir contra seus próprios interesses", diz a psicóloga Harriet.

Segundo a autora, a compulsão por agradar pode ser causada por pensamentos distorcidos, opressivos e derrotistas, que nascem da ideia de que todos precisam gostar de você; comportamentos compulsivos que fazem com que você sempre busque satisfazer as necessidades dos outros antes das suas, na ânsia de obter a aprovação de todos; e, finalmente, a tentativa de fugir de sentimentos negativos ou assustadores e evitar a ansiedade, muitas vezes no limite do suportável, que a menor ameaça de conflito gera em você. 

A intenção da autora não é dizer que ser boazinha é um problema, tanto que na obra a bondade não deixa de ser uma virtude, mas o problema é quando esse sentimento de bondade vai longe demais e intensifica as dificuldades de dizer não, fazendo com que a mulher concorde com as atitudes alheias, somente para agradar, perdendo assim sua própria opinião e sua autoestima. 

Este livro é um guia rápido e prático para superar a Compulsão por agradar, voltado para o sexo femininoonde a psicóloga Harriet B. Braiker, promete ajudar as mulheres a aprender a dizer “não” e expor suas insatisfações, pois segundo a autora, elas são as que sofrem da compulsão por agradar. “Elas passam por um sofrimento cotidiano ao esgotar seu tempo e sua energia realizando tarefas desnecessariamente apenas porque não sabem dizer não”, diz.

A partir de histórias reais vividas em seu consultório e de uma análise sobre as pessoas que sentem necessidade de agradar,Harriet, em A Síndrome da Boazinha procura estabelecer novos parâmetros na vida das que sofrem deste mal, ajudando-as a perceber que realizando somente a vontade dos outros, acabam por colocar suas necessidades em segundo lugar e, consequentemente,  a viver em função dos outros. 
  
O livro A Síndrome da Boazinha, considerado um best-seller pelo New York Times, é também considerado como um guia rápido e prático para identificar as situações em que a síndrome se instala e, é claro, ajudar a  superar a compulsão por agradar, que segundo a autora, é um dos maiores motivos de estresse das mulheres modernas, que pode se tornar um problema psicológico debilitante com amplas e graves consequências.

"Quando alguém sofre da compulsão por agradar, sua autoestima está relacionada ao quanto faz pelos outros e ao quanto é bem-sucedida nisso."

Procurar agradar a todos sempre é um comportamento prejudicial que deve ser combatido. Ao agradar a todos, o indivíduo tende a colocar suas necessidades em segundo lugar e passa a viver em função dos outros.  Esse comportamento tende aumentar até chegar à exaustão que busca evitar a reprovação e assim obter aprovaçāo e apreciaçāo.

Quando o indivíduo consegue se libertar  da culpa de nāo poder agradar a gregos e troianos, descobre o quanto é prejudicial por gerar uma preocupação excessiva em corresponder às expectativas dos outros, negligenciando a própria vontade e necessidades.

Dessa forma, aprender a dizer "não", expor suas insatisfações, obter a aprovação de si mesma e não fugir de conflitos são os primeiros passos para que as vítimas mais frequentes dessa forma de autosabotagem, as mulheres, possam desfrutar de uma vida plena de realização e autoestima.

Abaixo transcrevemos o questionário Você sofre da compulsão por agradar?para que o leitor possa descobrir se sofre desse “mal” ou não. 

Responda V quando o caso se aplica e F quando não se aplica.


♦ É muito importante para mim ser amada por todas as pessoas da minha vida. 

♦ Acredito que nada de bom possa vir de um conflito.

♦ Minhas necessidades devem ficar em segundo lugar em relação às necessidades das pessoas que amo.

♦ Espero estar acima de qualquer conflito ou confronto.

♦ Costumo fazer coisas demais para outras pessoas e até permito que me usem para que eu não seja rejeitada por outras razões.

♦ Sempre necessitei da aprovação dos outros.

♦ Considero muito mais fácil reconhecer sentimentos negativos em relação a mim mesma do que expressar sentimentos negativos em relação aos outros.

♦ Acredito que, se fizer outras pessoas precisarem de mim por tudo que faço por elas, não serei abandonada.

♦ Sou viciada em fazer coisas por outras pessoas e gradá-las.

♦ Faço grades esforços para evitar conflitos e confrontos com familiares, amigos e colegas de trabalho.

♦ Sou propensa a fazer tudo que puder para deixar os outros felizes antes de fazer algo por mim.

♦ Quase nunca enfrento outras pessoas para me proteger, porque tenho bastante medo de obter uma reação negativa ao provocar um confronto.

♦ Caso eu deixasse de colocar as necessidades dos outros à frente das minhas, me tornaria egoísta e os outros não iriam gostar mais de mim.

♦ Ter de encarar um confronto ou conflito com qualquer um faz com que me sinta tão ansiosa que quase chego a me sentir mal fisicamente.

♦ Acho muito díficil fazer críticas, mesmo construtivas, porque não quero deixar ninguém com raiva de mim.

♦ Devo sempre agradar aos outros, ainda que às custas dos meus próprios sentimentos.

♦ Preciso me doar o tempo todo para ser merecedora de amor.

♦ Acredito que pessoas legais recebem a aprovação, o afeto e a amizade dos outros.

♦ Jamais devo decepcionar outras pessoas por não fazer tudo que esperam de mim, mesmo quando sei que as exigências são excessivas ou pouco razoáveis.

♦ Às vezes sinto como se estivesse tentando “comprar” o amor e a amizade dos outros fazendo muitas coisas boas para agradá-los.

♦ Fico muito ansiosa ou desconfortável em dizer ou fazer qualquer coisa que possa deixar outra pessoa com raiva de mim.

♦ Raramente delego tarefas.

♦ Sinto-me mal quando digo “não” a pedidos ou necessidades de outras pessoas.

♦ Eu pensaria que sou uma má pessoa se não me dedicasse o tempo todo àqueles a meu redor.


► Pontuação — Para cada V, some um ponto

♦ Entre 16 e 24:
Sua síndrome é profundamente enraizada e grave. Você provavelmente já sabe que a Compulsão por agradar está cobrando um preço pesado na sua vida emocional e física.

♦ Entre 10 e 15:
Seus sintomas são relativamente graves. Tal padrão destrutivo exige atenção e esforço imediatos para mudar, antes que piore ainda mais.

♦ Entre 5 e 9:
Você sofre moderadamente da Complsão por agradar e já desenvolveu alguma força de resistência às próprias tendências derrotidas.

♦ Entre 4 ou menos:
No momento você tem apenas tendências leves – ou até mesmo nenhuma – a agradar às pessoas.


A Síndrome da Boazinha — Como Curar sua Compulsão por Agradar
Autora: Harriet B. Braiker
Editora: Best Seller Ltda
Preço:  De R$ 24,78 a R$: 35,84

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