domingo 14 2015

Man of The Hour - Eddie Vedder - Water on The Road





Queda de helicóptero matou Ulysses Guimarães

Aeronave caiu no mar em 1992; veja outros casos de políticos que morreram em acidentes aéreos

13 de agosto de 2014 | 13h 03
Liz Batista
Em 12 de outubro de 1992, outro acidente aéreo, como o que resultou na morte do presidenciável Eduardo Campos, mudou a história política do Brasil. O voo que levava o deputado Ulysses Guimarães de Angra do Reis (RJ) para São Paulo caiu no mar.

O deputado Ulysses Guimarães (PMDB) foi figura de grande importância no processo de redemocratização do Brasil. Presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, da qual nasceu aConstituição Federal de 1988, e foi peça fundamental durante a crise política que terminou com o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. A bordo do helicóptero também estavam sua esposa, Mora Guimarães, além do ex-senador Severo Gomes, a esposa e o piloto. Ninguém sobreviveu. O corpo de Ulysses foi o único entre as vítimas que não foi encontrado.
O Estado de S.Paulo -14/10/1992

 


Veja outros casos de políticos que perderam a vida em acidentes aéreos:

Castelo Branco. Em 18 de julho de 1967, o bimotor em que viajava o marechal Humberto Castelo Branco chocou-se com um jato de treinamento da FAB, no Ceará. Ninguém a bordo da aeronave sobreviveu. Castelo Branco, o primeiro militar a assumir o governo do País após o golpe de 1964, havia deixado a Presidência apenas dois meses antes do acidente.

O Estado de S.Paulo - 19/7/1967
 


Nereu Ramos. O senador Nereu de Oliveira Ramos, ex-presidente da Câmara dos Deputados e Presidente da República interino entre 1955 e 1956, morreu em um desastre aéreo, em 16 de junho de 1958. O avião partiu de Porto Alegre fez escala em Florianópolis, onde embarcou Jorge Lacerda, governador de Santa Catarina, que também morreu no acidente.



O Estado de S.Paulo- 17/7/1958

Roberto Silveira. O então governador do Rio de Janeiro, Roberto Silveira morreu após a queda de um helicóptero em 1961, em Petrópolis, junto com o piloto, copiloto e o jornalista Luís Paulistano. Silveira foi levado com vida ao hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos. Morreu em 28 de fevereiro daquele ano
O Estado de S.Paulo - 26/02/1961



Clériston Andrade.  
Em 1982, o ex-prefeito de Salvador e candidato ao governo da Bahia, Clériston Andrade e o vice candidato Rogério Rego morreram na queda de um helicóptero. No total, o acidente matou 11 pessoas. Outro candidato ao governo baiano já havia perdido a vida num acidente aéreo. Em 1950, o ex-deputado Lauro Farani de Freitas morreu quando o bimotor em que viajava caiu às margens do rio São Francisco. 
 


  




O Estado de S.Paulo -  02/10/1982



Marcos Freire. Em 1987, o jato HS da Força Aérea Brasileira que transportava o ministro da Reforma Agrária, Marcos Freire e o presidente do Incra, José Eduardo Raduan de Carajás para Brasília caiu e explodiu no Pará, sem deixar sobreviventes.  



O Estado de S.Paulo - 09/9/1987



José Carlos Martinez. Em outubro de 2003, um monomotor em que estava o deputado federal e presidente nacional do PTB, José Carlos Martinez desapareceu por causa de nevoeiro. O corpo de Martinez, e das outras vítimas, foi resgatado quatro dias depois do acidente. O avião saiu de Curitiba e ia para Navegantes. Martinez estava entre os acusados de participar do Mensalão. Em 2005, o PTB, partido de Martinez, esteve no centro das denúncias sobre o esquema de corrupção e compra de votos de parlamentares revelado na CPI dos Correios. O envolvimento do deputado foi apontado pelo Ministério Público Federal no caso levado ao Supremo, em 2011. 



O Estado de S. Paulo - 05/10/2003 e 06/10/2003





Lino Oviedo. Em 2013, o general e candidato presidencial paraguaio Lino Oviedo morreu num acidente de helicóptero quando voltava para Assunção após um comício em Concepción. Oviedo participou do golpe de 1989 que colocou fim na ditadura Stroessner, da rebelião de 1996 contra o presidente eleito Juan Carlos Wasmosy, e da sublevação de 2000, contra o presidente González Macchi. 





O Estado de S.Paulo - 04/02/2013






Polônia. Em 2010, a Polônia teve sua vida política profundamente marcada por um acidente aéreo. O avião Tupolev -154 que levava o presidente, Lech Kaczynski, alguns dos principais dirigentes do país e o candidato à presidência Jerzy Szmadzinski caiu, matando todos a bordo. O ex-presidente da Polônia no exílio, Ryssyard Kacyorowski e o presidente do banco Central, Slawomir Skrzpek também estavam entre as vítimas. 

O acidente abriu um vácuo de poder no país. Os dois principais candidatos dos dois principais partidos políticos estavam no avião. Lech Kaczynski seria o candidato do partido conservador Lei e Justiça, enquanto Jerzy Szmajdzinski seria o candidato da esquerda, nas eleições presidenciais de junho daquele ano.
O Estado de S.Paulo - 11/4/2010

O novo clube do bilhão: quais empresas podem desbancar as enroladas no petrolão


Há quem encontre na desgraça das empreiteiras da Lava Jato uma janela de oportunidade: empreiteiras médias se armam para abocanhar contratos que antes seriam distribuídos às grandes

Ferrovia Norte/Sul, próximo a cidade de Pena Forte (PE)
Infraestrutura: construtoras médias se armam para disputar espaço com o clube do bilhão(Cristiano Mariz/VEJA)
O petrolão atingiu em cheio a operação das maiores empreiteiras do país, e algumas delas já entraram, inclusive, com pedido de recuperação judicial. Mas há quem encontre na desgraça do clube do bilhão uma oportunidade. Enquanto um bloqueio cautelar impede que 30 empresas envolvidas na Lava Jato prestem serviços para a Petrobras, e processos em curso na Controladoria-Geral da União (CGU) as ameaçam com a inidoneidade, que as proibiria de de trabalhar para a União, construtoras médias se preparam para crescer no vácuo das grandes. O conceito de "construtora média" é impreciso. A reportagem do site de VEJA, contudo, selecionou seis empresas com faturamento anual entre 300 milhões e 2 bilhões de reais que, seja pela saúde financeira, pelo estilo de gestão ou por contarem com alguma expertise no atendimento ao governo, estão aptas a conquistar território rapidamente: Método, Racional, Encalso, Cowan, Aterpa e Hochtief. Elas têm caminho livre para se tornar gigantes - em um novo ambiente, no qual impere a legalidade.
Dificilmente uma construtora de porte médio terá musculatura para fazer frente à Camargo Corrêa ou à Odebrecht no médio prazo. Empresas como as do clube do bilhão não se tornaram grandes do dia para a noite. Quase todas em operação há mais de meio século, elas cresceram também graças a uma janela de oportunidade: surfaram como poucas na onda da construção civil da ditadura militar. Antes de serem tragadas pelo petrolão, passaram décadas ajudando a desenvolver os grotões do país. Mas, diante da possibilidade de se tornarem inidôneas na esteira da Lava Jato, a fila se organiza para substituí-las.
Um dos caminhos para o crescimento é fazer parcerias com empresas estrangeiras, que sempre tiveram na presença das gigantes um obstáculo para entrar no Brasil. Na semana passada, o governo anunciou um novo pacote de investimentos em infraestrutura. Embora parte do plano seja pouco factível, nele também estão previstas obras que já contam com estudos de viabilidade. O mercado se move com cautela, mas empreiteiras estrangeiras fazem as contas e sondam as construtoras médias em busca de parcerias para, talvez, disputar as concessões. O advogado Fernando Villela, sócio da área de infraestrutura do escritório Siqueira Castro, conta que já foi procurado por empresários de fora interessados nos aeroportos que serão privatizados. "Diante da atual conjuntura, as estrangeiras podem, enfim, entrar no Brasil, inclusive adquirindo o capital de construtoras nacionais, sobretudo as médias", avalia.
A Racional Engenharia, fundada em 1971 em São Paulo, se movimenta para não perder o bonde. Newton Simões, um dos sócios da empresa, disse que o diálogo está aberto com empreiteiras nacionais e internacionais para a criação de consórcios. "Duas cabeças pensam melhor. Algumas associações são pontuais, e tudo dependerá das características de cada projeto", diz. A Racional mira empreendimentos nas áreas portuária e aeroportuária. Simões pondera, no entanto, que para o diálogo avançar, o governo precisa explicar as taxas de retorno sobre os investimentos e espantar temores de mudança de regras no meio do processo. A empresa não tem experiência no ramo de infraestrutura, mas se diz pronta para desbravá-lo depois de que executou mais de 500 obras em segmentos que vão da indústria à hotelaria, passando pela construção de shopping centers e edifícios corporativos.
Um dos principais estudiosos de infraestrutura no Brasil, o professor Paulo Fleury, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que dirige o instituto Ilos, diz que os novos ares que sopram no setor o deixam otimista. "Esse movimento é extremamente positivo, porque estamos há décadas prisioneiros de meia dúzia de empreiteiros, e vemos o que eles são capazes de fazer, considerando tudo o que ocorreu nos últimos meses," afirma. Ele explica que a chance das médias é grande porque, mesmo que não tenham arrematado contratos bilionários no passado, não são completamente alheias a esse tipo de empreitada. "Na construção civil, é comum que uma grande empresa subcontrate o trabalho para outras construtoras. A grande leva o contrato e coordena a execução das pequenas e médias, que acabam adquirindo know-how", explica.
Esse tipo de dinâmica aconteceu com a construtora alemã Hochtief, que entrou em um consórcio com a Camargo Correa e a Odebrecht para construir a nova sede da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo, em 2006. A obra idealizada pelo arquiteto capixaba Sidônio Porto custou 580 milhões de reais e foi entregue em 2011 - dois anos depois do prazo inicial. Segundo Fernando Marcondes, sócio da área de infraestrutura escritório de advocacia L.O. Baptista-SVMFA, sozinha, a Hochtief não teria conseguido o contrato. "É preciso uma injeção de musculatura vinda de parcerias no Brasil ou no exterior. Para ganhar grandes licitações, é necessário apresentar garantias que uma construtora média, muitas vezes, não têm", afirma. Apesar de ser uma multinacional presente nos cinco continentes com faturamento global de 20 bilhões de dólares, a empresa sempre ficou à sombra do clube do bilhão no Brasil. Seu último resultado público data de 2014, ano em que a crise já havia se instalado. O lucro líquido da empresa foi de 31,15 milhões de reais - menos de um décimo do lucro de 490,7 milhões de reais da Odebrecht naquele mesmo ano.
Enquanto a Racional e a Hochtief não têm histórico de parcerias com o setor público, há concorrentes experientes no metier de lidar com o governo. Uma delas é a Encalso, que firmou 170 contratos com a União entre 2012 e 2015. A empresa recebeu do governo federal 32 milhões de reais entre janeiro e abril deste ano, segundo dados do Portal da Transparência - oito vezes mais do que o total do ano passado. A transposição do Rio São Francisco é uma das principais obras públicas de seu portfólio. Além disso, a empresa já anunciou que começará a investir no segmento ferroviário, uma das principais frentes do novo pacote de concessões do governo. Entre suas obras mais recentes está a movimentação de máquinas para a duplicação da Rodovia dos Tamoios (SP-99), orçada pelo governo paulista em 557,4 milhões de reais.
As mineiras Aterpa e Cowan também possuem musculatura para abocanhar licitações, tendo em vista que já realizaram obras públicas de relevância dentro e fora de Minas Gerais. A primeira participou de consórcio para a construção do lote 1 da ferrovia Norte-Sul, enquanto a segunda implantou a linha 4 do metrô do Rio de Janeiro e executou obras de ampliação e restauração do aeroporto de Confins (MG). Um desastre, contudo, arranhou a imagem da Cowan de forma talvez irremediável. Estava sob sua responsabilidade a construção do Viaduto dos Guararapes, que caiu em julho do ano passado, em Belo Horizonte, matando duas pessoas e deixando mais de 20 feridos.
Nos bastidores, as empresas de médio porte têm se articulado para ganhar força frente às grandes para obter licitações, orientadas por entidades como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop). "Estamos tentando induzi-las a se juntar. Não só com outras empresas, mas com bancos e fundos de investimento. Além disso, temos indicado escritórios de advocacia e fornecido consultores para esclarecer como as concessões funcionam", conta Luciano Amadio, presidente da Apeop.
As entidades da categoria também têm pressionado o governo para ampliar o acesso das pequenas e médias. O principal pleito é a flexibilização dos critérios de escolha, como o tamanho mínimo do patrimônio exigido para participar de certames e a diminuição dos lotes de obras em concessões. "Não adianta ter uma concessão de uma estrada inteira de 800 quilômetros ou exigir que todas as empresas tenham um Shield [escavadeira conhecida como 'tatuzão'], que as médias não vão ter nada disso", diz Amadio.
No caso da Petrobras, as empresas aptas a substituir as grandes devem se inserir num mercado muito mais restrito, que requer experiência além da pavimentação ou terraplanagem. Muito antes da Lava Jato, a Método Engenharia resolveu se preparar para brigar com as grandes. Em 2009, fundiu-se com a Potencial Engenharia, especializada no setor de óleo e gás. Hoje, mantém 13 contratos com a estatal que somam quase 1 bilhão de reais."Nos últimos anos, muitas empresas se tornaram insolventes. E, com a questão da Lava Jato, a concorrência forte foi excluída do cadastro. Isso abriu uma oportunidade grande não só para nós, mas para todas as empresas que não quebraram e não estão na Lava Jato", diz o presidente da Método, Hugo Marques da Rosa, que relata animado o cenário de portas abertas que encontra na estatal. Cinco anos atrás, a empresa costumava competir com até 25 empresas por um contrato, feito por meio de carta-convite. "Hoje, a relação de convidadas caiu pela metade", diz.
O executivo acredita que algumas das envolvidas na Lava Jato não vão sobreviver. Até o momento, quatro empresas entraram com pedido de recuperação judicial e trinta permanecem impedidas de prestar serviços para a estatal. Quem conseguir sair do turbilhão, diz ele, ao voltar ao mercado encontrará uma nova configuração. "Dentro de dois ou três anos, as maiores serão outras", afirma. No caso da Método, Rosa quer galgar degraus sem ter de recorrer a licitações públicas. Para a empresa que deve faturar 1,45 bilhão de reais este ano, de estatal, por ora, já basta a Petrobras.

Ricardo Teixeira, Prefere ficar no Brasil Com medo dos Estados Unidos

Ricardo Teixeira
Teixeira: longe dos EUA
A propósito, Ricardo Teixeira decidiu não voltar mais aos EUA, onde tem uma casa. Teme pisar no país e ser imediatamente convocado a prestar contas à Justiça americana.
Por Lauro Jardimhttp://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/futebol/ricardo-teixeira-fica-no-brasil/

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