sábado 06 2015

Lula se reuniu com delator do petrolão sobre Pasadena


Documento da Petrobras indica que ex-diretor Paulo Roberto Costa esteve com ex-presidente no Palácio do Planalto para tratar da compra de refinaria-sucata no Texas – prejuízo foi de US$ 792 milhões

O diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião sobre o projeto do complexo petroquímico do Rio de Janeiro, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 28/03/2006
O diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião sobre o projeto do complexo petroquímico do Rio de Janeiro, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 28/03/2006(Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Documento de uma auditoria interna da Petrobras indica que o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, condenado pelos desvios de dinheiro no escândalo do petrolão, viajou a Brasília (DF) para se reunir com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 com o objetivo de tratar da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), um mês antes de a controversa compra da planta de refino ser autorizada. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), a aquisição causou prejuízo de 792 milhões de dólares aos cofres públicos.
A agenda consta de relatório intitulado "Viagens Pasadena", no qual a companhia lista deslocamentos feitos por seus funcionários e executivos, no Brasil e no exterior, em missões relacionadas ao negócio, considerado um dos piores da história da petroleira.
Conforme o documento, o encontro entre Lula e Costa se deu em 31 de janeiro daquele ano, no Palácio do Planalto, exatos 31 dias antes de o Conselho de Administração da Petrobras, na época chefiado pela então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, dar aval à aquisição de 50% da refinaria. O ex-presidente nunca admitiu participação nas tratativas para a aquisição.
A conversa foi inscrita na agenda de Lula apenas como "Reunião Petrobras". Mas o Planalto não descreveu, na época, quais foram os participantes. O relatório mostra que Paulo Roberto Costa, tratado por Lula como "Paulinho", ficou em Brasília dois dias e retornou em 1º de fevereiro ao Rio de Janeiro. O motivo registrado foi "reunião com o presidente Lula".
O ex-presidente Lula afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "a reunião com a Petrobras" foi "há mais de nove anos" e "não tratou de Pasadena". Ele não informou, contudo, qual foi, então, a pauta debatida. A assessoria de Lula sustentou ainda que o ex-presidente nunca teve uma conversa "particular" Paulo Roberto Costa e que, na ocasião, o encontro "teve a presença" do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli.
A relação de viagens mostra que Gabrielli foi a Brasília no mesmo período para "reunião no Palácio do Planalto". Ele disse, porém, não se recordar do compromisso e que, não necessariamente, estava no prédio da Presidência para falar com Lula naquele dia. "Não me lembro dessa reunião", afirmou. "Duvido que tenha acontecido isso", disse Gabrielli, alegando que Costa "não tinha nada a ver com Pasadena".
O documento da Petrobras foi produzido para subsidiar as investigações da comissão interna que apurou irregularidades na compra de Pasadena. Além da viagem de Costa a Brasília, constam outros 209 deslocamentos de profissionais da estatal, ligados à aquisição e à gestão da refinaria americana, entre março de 2005 e fevereiro de 2009.
Não há menção à agenda do ex-diretor de Abastecimento com Lula no relatório final da comissão, que responsabiliza pela compra, além do próprio Costa, o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró, Gabrielli e outros dirigentes da época. O ex-diretor não foi questionado sobre o encontro quando, em agosto do ano passado, a comissão enviou a ele um questionário sobre sua participação na compra de Pasadena. Costa respondeu aos questionamentos quando cumpria prisão preventiva em Curitiba (PR).
Acusado e já condenado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, Costa ficou preso de março a maio e de junho a setembro do ano passado na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense. Em setembro, após firmar um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, ele foi encaminhado para prisão domiciliar, no Rio de Janeiro.
Aos investigadores, o ex-diretor confessou, entre outras irregularidades, ter recebido propina de 1,5 milhão de dólares para não atrapalhar a compra de Pasadena, feita em duas etapas, entre 2006 e 2012, ao custo de 1,2 bilhão de dólares. O prejuízo apontado pelo TCU é de quase 70% do valor pago.
A presidente Dilma alega que só aprovou a compra dos primeiros 50% da refinaria, em 2006, porque desconhecia aspectos prejudiciais do negócio. Em março do ano passado, ela justificou que, ao tomar a decisão, se embasou num relatório técnico e juridicamente falho, apresentado por Cerveró ao Conselho de Administração, que não citava duas cláusulas.
Uma delas, a Marlim, garantia rentabilidade mínima de 6,9% ao ano ao Grupo Astra Oil, sócio da Petrobras no empreendimento, mesmo que a refinaria fosse deficitária. A outra (Put Option) assegurava à parceira o direito de vender sua parte à estatal em caso de desacordo.
Em nota enviada na quarta-feira, o Palácio do Planalto reiterou que Dilma só foi informada da omissão sobre a cláusula Marlim no parecer em junho de 2008, em outra reunião do colegiado. E que não tratou de Pasadena, quando ministra, com Lula. "A ministra-chefe da Casa Civil não tratou da compra da refinaria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou. O advogado de Costa, João Mestieri, não se pronunciou.

Vicente Romero Redondo



Vicente Romero Redondo nasceu em 1956 em Madrid, como o mais velho de quatro filhos. Devido ao trabalho de seu pai, ele cresceu em muitas cidades diferentes em toda a Espanha. A família se mudou de volta para Madrid quando tinha 15 anos de idade. Durante sua infância, seus pais pensei que ele iria dedicar sua vida à pintura, como suas caricaturas de colegas de escola e professores eram famosos em cada escola onde estudou e raramente iria vê-lo sem um lápis e um bloco de notas em suas mãos.Romero realizou seu sonho: ele começou os estudos na Escola Superior de Arte de San Fernando, a escola de arte de maior prestígio na Espanha (Salvador Dali estudou lá 1.922-1.926). Durante seus primeiros anos, ele dedicou seu tempo a escultura, mas logo percebeu que apenas por pintura ele poderia expressar toda a sensibilidade que ele possuía e necessária para transmitir. Ele se formou com honras especiais em 1982. Em seguida, ele passou vários anos trabalhando na rua, não o mais confortável, mas certamente a forma mais eficiente para aperfeiçoar sua técnica. Ele pintou retratos pastel nas aldeias da costa do continente e as ilhas de Tenerife, Maiorca e Ibiza. No final da década de oitenta, Romero e sua esposa instalaram na Costa Brava. Foi nesta região (o local de nascimento de Dali) que uma nova fase de sua vida artística começou. A luz do Mediterrâneo, suas habilidades, sua paixão, a maravilhosa paisagem, a casa com pátio, onde ele viveu ea beleza de seus modelos - todos estes foram perfeitas condições para mudar suas pinturas, e, finalmente, ele conseguiu converter situações íntimas de vida para o leitmotiv de sua arte. Desde o início dos anos 90 pinturas de Romero foram mostrados em exposições individuais em Espanha, França e Portugal. Em 2001 ele se mudou para Madrid, mas ele passa o tempo bem na Costa Brava com sua luz incrível, um dos aspectos mais identificáveis ​​de seu trabalho. http: //www.alexanderandvictor.com/fea ... ) Música: Michael Galasso - Azul

Charles Aznavour She Legendada



Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues (1912-1980) foi um escritor, jornalista e dramaturgo brasileiro. É o autor de peças que revolucionaram o teatro, entre elas, "Vestido de Noiva", "Senhora dos Afogados", "O Beijo no Asfalto", "Bonitinha, mas Ordinária" e "Toda Nudez Será Castigada"
Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 23 de agosto de 1912. Mudou-se ainda criança para o Rio de Janeiro, onde o pai foi tentar a carreira de jornalista. Começou a trabalhar com 13 anos de idade, como repórter policial, no jornal “A Manhã”, de propriedade de seu pai. Em 1936 passou a escrever para o Jornal dos Sports, do qual seu irmão era sócio. Escreveu também para a Manchete Esportiva, o Jornal do Brasil, entre outros.
Sua primeira peça foi “Mulher Sem Pecado” (1942), em seguida veio “Vestido de Noiva”, com direção de Ziembisnski. Em 1946 escreveu “Álbum de Família”, que por se tratar de um incesto, foi censurada e liberada duas décadas depois.
Nelson Rodrigues escreveu uma série de crônicas na coluna diária do jornal Última Hora, intitulada “A Vida Como Ela É”. Em 1963 estreia a primeira telenovela escrita por um autor brasileiro, intitulada “A Morte Sem Espelho”. Sua peça, “Toda Nudez Será Castigada”, escrita em 1973, foi levada ao cinema e recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim e também foi premiada no primeiro Festival de Gramado.
Nelson Rodrigues, em 1970, foi diagnosticado com sérios problemas de saúde, foi operado, sofreu uma parada respiratória e um enfarte, vindo a falecer no dia 21 de dezembro de 1980, na cidade do Rio de Janeiro.