quinta-feira 08 2015

Torre Eiffel luzes apagadas para vítimas de ataque Charlie Hebdo - BBC News


Terrorismo

Buscas por irmãos suspeitos do ataque à revista 'Charlie Hebdo' estão em andamento. Publicação deve receber incentivo para continuar em circulação

Torre Eiffel é apagada em homenagem às vítimas do atentado à 'Charlie Hebdo' - 08/01/2015
Torre Eiffel é apagada em homenagem às vítimas do atentado à 'Charlie Hebdo' - 08/01/2015 (Jaques Demarthon/AFP)
A cidade luz escureceu seu maior símbolo na noite desta quinta-feira, para marcar o luto pelas doze vítimas do atentado terrorista contra a revista satírica Charlie Hebdo. As luzes da Torre Eiffel foram apagadas às 20 horas locais (17 horas de Brasília) para lembrar os mortos.
Horas depois do ataque, multidões tomaram as ruas em várias partes da França e em cidades europeias como Berlim e Londres. Também houve vigílias em São Paulo e no Rio de Janeiro. As concentrações continuaram nesta quinta-feira, dia de luto oficial na França. A Prefeitura de Paris havia convocado um ato silencioso na Praça da República, mas logo foi possível ouvir as pessoas repetindo a frase “Nós somos Charlie”, e “Charlie não morreu”. As manifestações têm como ponto em comum a defesa da liberdade de expressão.
O apoio à revista alvo dos terroristas veio até mesmo da ministra da Cultura, Fleur Pellerin. Ela revelou que pretende desbloquear recursos da ordem de 1 milhão de euros para a publicação, para garantir sua continuidade. Para isso, ponderou, será preciso alterar a legislação para permitir o acesso a “auxílios estruturais” que atualmente não são destinados a publicações satíricas.
A direção da Charlie Hebdo já informou que uma nova edição será publicada na próxima semana. Em entrevista à emissora BFM TV, a ex-secretária de Estado Jeannette Bougrab, mulher do cartunista Charb, editor da publicação e uma das vítimas no ataque, declarou que, se a revista desaparecesse, “nós mataríamos mais uma vez os que estão mortos”.
Caçada – A polícia ainda busca dois suspeitos do atentado. O trabalho ficou concentrado na tarde desta quinta em Longpont, uma pequena comunidade a 12 quilômetros de distância de Villers-Cotterêts, onde os irmãos Cherif e Said Kouachi foram vistos pelo gerente de um posto de combustível. Também foram divulgadas informações pela imprensa francesa sobre buscas em uma casa de Crépy-en-Valois e em Corcy. As localidades ficam na região da Picardia, nordeste de Paris, onde o alerta de segurança foi elevado para o nível máximo.
VEJA

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse em entrevista coletiva que Said foi “formalmente reconhecido por foto como um dos agressores”. Desempregado, ele mora em Reims e nunca foi monitorado ou condenado, mas aparece envolvido nas atividades do irmão mais novo, Cherif, jihadista conhecido dos serviços de inteligência da França.
Cazeneuve informou ainda que o número de pessoas detidas por suspeita de envolvimento com o atentado chegou a nove. “Vários interrogatórios” foram realizados e “nove pessoas foram colocadas sob custódia”, disse. Segundo ele, cerca de noventa testemunhas já foram ouvidas.
O ministro afirmou que a segurança foi reforçada em toda a região de Paris, mencionando a mobilização de policiais perto dos escritórios de alguns veículos de imprensa, locais de oração e escolas religiosas, além de representações diplomáticas e lugares turísticos. A segurança nos transportes também foi intensificada.

Funcionários do Senado usam rede social para oferecer pastel de pizza aos brasileiros

Veja.Com

PEDRO COSTA
PASTEL CONGRESSO
Foto: Reprodução Instagram Senado Federal
Rir dos próprios defeitos tanto pode ser uma forma de autocrítica quanto uma manifestação de cinismo. É provável que os responsáveis pelas mídias sociais do Senado tenham sido vítimas da difusa fronteira que separa as duas opções. Aparentemente dispostos a ironizar a certeza de que a impunidade impera na Casa do Espanto, acabaram debochando de milhões de brasileiros que pagam a conta.
Nesta segunda-feira, servidores concursados (que recebem por cabeça salários mensais de R$ 18.440,64) resolveram publicar na conta doInstagram (rede social de compartilhamento de imagens) da instituição a foto de um cardápio em que uma mão destacava o item “Pastel Congresso”. O recheio da iguaria é especialmente intragável para brasileiros honestos: “delicioso pastel de pizza: mussarela, tomate e orégano”.
O mau gosto contaminou o texto da introdução da peça supostamente humorística. Segue-se a íntegra, sem correções: “Brasília, sede de poderes da república, é uma cidade única. Aqui a cultura e o folclore políticos estão entranhados em cada aspecto do cotidiano, como podemos ver neste cardápio de uma tradicional pastelaria. Rsrsrs. Foto: Fernando Ribeiro – Agência Senado. #pastelaria”.
A justificativa improvisada diante da tempestade de críticas dos seguidores do Instagram foi tão bisonha quando a piada que não funcionou. Os humoristas acidentais alegam que não pretendiam tratar como anedota a mania parlamentar de inocentar culpados. Queriam apenas aproximar-se da população a bordo do que consideram humor típico da internet. Ficaram mais distantes de quem paga também as despesas do Congresso. Aconselhados pela sensatez, retiraram nesta quarta-feira a postagem que só os autores acharam engraçada.

Nunca antes na história do Brasil o gasto público cresceu tanto e tão rápido, comenta especialista


O economista Alexandre Schwartsman destaca no De volta 'pra' casa a situação da economia nacional e os desafios da Fazenda para estabelecer um controle
Juliana Meneses
O gasto público brasileiro subiu muito nos últimos anos, fato histórico para o país. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Poucos dias depois da posse do novo Ministro da Fazenda e dos integrantes da sua equipe, a cobrança para reestabelecer a economia é grande e vem de diversos setores. Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor do Banco Central do Brasil, concedeu entrevista ao De volta 'pra' casa e analisou as primeiras medidas do governo referentes à situação financeira.

“O espaço para cortar gasto público no Brasil é muito baixo. Eu vejo que vai acontecer algum ajuste, mas desconfio que mais uma vez, ele vai ser em cima de impostos e não em cima do corte de gastos”, diz Schwartsman. Ouça a entrevista na íntegra!

Enquanto o mundo se mobiliza contra o terror islâmico, jornalistas estatizados pelo governo lulopetista envergonham o Brasil com a reedição do espetáculo do cinismo

Veja.Com

Georges Wolinski
O tom burocrático da nota divulgada pela presidente Dilma Rousseff reafirma que o governo brasileiro não enxerga ─ ou não quer enxergar, o que dá no mesmo ─ as dimensões perturbadoras do ataque sofrido pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo. Foi a mais chocante operação terrorista registrada no planeta desde 11 de setembro de 20o1, quando aviões pilotados por discípulos de Osama bin Laden derrubaram as Torres Gêmeas em Nova York. Foi a mais insolente ação do gênero ocorrida na França depois da Segunda Guerra Mundial. Foi o mais selvagem desafio à liberdade de expressão e outros valores democráticos que alicerçam a civilização ocidental protagonizado por fanáticos adoradores de Maomé.
Enquanto a onda de indignação nascida na Paris ensanguentada pela milícia islâmica se espalhava pelo mundo, entidades que deveriam defender o jornalismo e a preservação de direitos sem os quais tal profissão é só mais uma fraude voltaram a envergonhar o Brasil com a reedição do espetáculo do cinismo. Alguns sindicatos optaram pelo silêncio, como se o som das rajadas de balas numa redação em Paris fosse uma retomada extemporânea do foguetório que saudou a virada do ano. Outros prolongaram os lamentos pela presença entre os mortos de cartunistas famosos, como Wolinski (foto acima), para fingir que não se assombraram com o atrevimento dos matadores por falta de espaço. Dois ou três comunicados até ousaram  enxergar um atentado ao direito de expressâo, mas trataram os liberticidas patológicos com a brandura recomendada a companheiros de luta contra o imperialismo ianque.
Na visão caolha do governo e dos seus sabujos fantasiados de dirigentes sindicais ou blogueiros progressistas, qualquer país, partido ou bando que se oponha aos Estados Unidos merece o tratamento de amigo de infância. Foi assim com os aiatolás atômicos, com o doido de pedra Muammar Khadaff, louvado por Lula como “irmão e líder” enquanto arrrastava a Líbia de volta ao tempo das cavernas. É assim com genocidas africanos, com tiranetes cucarachas e até com o Estado Islâmico, um viveiro de degoladores que Dilma Rousseff acha possível regenerar com meia dúzia de diálogos amáveis e muito carinho. É natural que seja assim com os psicopatas a serviço do Islã.
No universo dos países democráticos, os jornalistas brasileiros a serviço do lulopetismo são os únicos que lutam pelo fim da liberdade de imprensa e pela implantação da censura, sempre encoberta por codinomes bisonhos como “controle social da mídia”, “regulação dos meios de comunicação” ou  “democratização da mídia”. Seja qual for o disfarce, o que esses incapazes capazes de tudo pretendem conseguir é algum instrumento que ajude a materializar o sonho do poder perpétuo e absoluto, que exige a eliminação de jornalistas para quem a verdade e a independência estão infinitamente acima de velharias ideológicas ou religiosas.
Para obter o mesmo resultado que o PT persegue cavalgando a censura com codinome, os soldados de Maomé usaram armas de fogo. Tudo somado, a diferença entre a companheirada e os matadores de cartunistas é que os celebrantes de missa negra não aceitam ser recompensados depois da chegada ao paraíso com a posse de uma das 11 mil virgens. Os devotos de Lula preferem receber o pagamento neste mundo e o quanto antes. De preferência, em dinheiro vivo.

Whitesnake 1987 Full Album 1987





Marvin Gaye - Lets get it on





Vaccari pagou por apartamento no prédio do tríplex de Lula

Política

O Solaris, no Guarujá, é um dos poucos edifícios da Bancoop que foram finalizados. O hoje tesoureiro do PT presidia a cooperativa quando ela quebrou

Alexandre Hisayasu
Edifício onde ficam os apartamentos de Lula e Vaccari no Guarujá (SP)
Edifício onde ficam os apartamentos de Lula e Vaccari no Guarujá (SP) (Reprodução)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é o único sortudo a ter comprado um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das poucas obras iniciadas pela Bancoop que foram concluídas. O atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pagou por um apartamento no mesmo prédio. Seu nome consta de um documento oficial, feito em 2006 pela Bancoop, que lista os “cooperados ativos” do edifício – ou seja, que estavam com os pagamentos das parcelas em dia. Procurada, a assessoria do petista disse que ele não iria comentar o assunto.
Sérgio Lima/Folha Imagem/FolhapressO tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), João Vaccari Neto, durante depoimento à CPI das ONGs, sobre desvio de recursos da cooperativa e a existência de recursos públicos na Bancoop, no Senado em 2010
O tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), João Vaccari Neto, em 2010, durante depoimento à CPI das ONGs no Senado
A Bancoop quebrou em 2006, quando era presidida por Vaccari. Deixou 32 obras inacabadas e mais de 3 500 famílias na rua da amargura. O  edifício Solaris foi uma das oito obras assumidas pela OAS depois disso. À beira da praia e com vista para o mar, o prédio tem três tipos de apartamentos – as coberturas triplex, alguns duplex de 162 metros quadrados e outros de um pavimento, com cerca de 100 metros quadrados. O de Lula, que ficou pronto neste ano, pertence à primeira categoria. Fica no 16º andar, tem elevador privativo e 297 metros quadrados. Além de Vaccari, também constam da lista de cooperados do Solaris a mulher de Freud Godoy, o ex-assessor de Lula que ficou famoso no caso dos aloprados, em que militantes petistas foram presos tentando comprar um dossiê com informações falsas contra o tucano José Serra.
O fato de o edifício onde o ex-presidente tem apartamento ter sido um dos poucos que ficaram prontos irritou cooperados que continuam até hoje sem ver a cor dos imóveis pelos quais passaram anos pagando. "Queremos saber por que há tantas obras inacabadas, enquanto algumas poucas são construídas tão rapidamente", disse um dos conselheiros da entidade de lesados pela Bancoop, Marcos Sérgio Migliaccio.
A Bancoop quebrou, segundo o Ministério Público, com um rombo de pelo menos 100 milhões de reais, porque seus dirigentes desviaram dinheiro pago pelos mutuários para “fins escusos”. Segundo o promotor José Carlos Blat, parte do dinheiro foi para financiar campanhas eleitorais do PT. Vaccari é um dos cinco réus que respondem na Justiça por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
VEJA/ReproduçãoLista de moradores triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex - Divulgação
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex - VEJA
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex
Imagens de um apartamento no prédio em que Lula adquiriu um triplex

FT ironiza: Mantega se despede com uma tarefa cumprida — a desvalorização do real

Cenário

A depreciação da moeda brasileira ante o dólar foi, possivelmente, o único legado positivo deixado pelo ex-ministro da Fazenda, diz jornal britânico

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega
O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)
Mesmo com a deterioração dos fundamentos econômicos brasileiros, Guido Mantega despede-se do Ministério da Fazenda com pelo menos uma tarefa cumprida: a desvalorização do real. “O homem reconhecido por ter tornado próprio o termo guerra cambial parecer ter vencido sua batalha para enfraquecer a moeda brasileira em meio a uma onda de capital especulativo estrangeiro”, ironizou o jornal britânico Financial Times (FT).
O real teve desvalorização de 12,69% ante o dólar em 2014, consolidando o quarto ano consecutivo de queda. Atualmente a moeda americana é negociada perto dos 2,70 reais, em comparação com o intervalo entre 1,50 e 1,60 reais vistos em 2011. Em 2015, a previsão é de que a moeda brasileira mantenha o mesmo comportamento, com o possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e a redução gradual da atuação do Banco Central (BC) brasileiro no mercado de câmbio.
Apesar disso, analistas consultados pelo FT continuam céticos em relação à política econômica de Mantega. O diretor-gerente da agência de classificação de risco Fitch, Joe Bormann, explica que mesmo com o aumento de 70% da inflação, o real se desvalorizou pouco nos últimos dez anos. Com isso as exportações brasileiras perderam competitividade e a demanda por importação aumentou, o que comprometeu especialmente as indústrias siderúrgicas e automotivas.
“Se ele não venceu de fato a guerra cambial, pelo menos terá um tempo livre para tirar vantagem do real forte e fazer umas compras em Nova York. Mas é melhor ir logo antes que seu sucessor, Joaquim Levy, e sua nova equipe, terminem o trabalho por ele”, concluiu a publicação britânica.