segunda-feira 10 2014

Uso regular de maconha diminui o tamanho do cérebro, diz pesquisa

Drogas

Estudo constatou que fumar a droga por mais de seis anos diminui o cérebro e o QI, mas aumenta a conectividade cerebral

Os pesquisadores verificaram que, quanto mais cedo se começa o consumo regular de maconha, maior é a sua interferência na estrutura e no funcionamento do cérebro
Os pesquisadores verificaram que, quanto mais cedo se começa o consumo regular de maconha, maior é a sua interferência na estrutura e no funcionamento do cérebro (David Bebber/Reuters/VEJA)
Fumar maconha por mais de seis anos pode causar anormalidades no funcionamento e na estrutura do cérebro. O efeito, porém, depende da idade em que a pessoa começou a fumar a droga. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada nesta segunda-feira no periódicoProceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Long-term effects of marijuana use on the brain

Onde foi divulgada: periódico PNAS

Quem fez: Aabenhus R, Jensen J-US, Jørgensen KJ, Hróbjartsson A e Bjerrum L.

Instituição: Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

Resultado: Usuários crônicos de maconha têm QI e volume do cérebro menores do que não usuários, mas apresentam uma conectividade cerebral maior.
“Desde 2007 há um crescimento no número de usuários de maconha. Apesar das mudanças na legislação de alguns estados dos Estados Unidos sobre a droga, ainda são escassas as pesquisas sobre seus efeitos a longo prazo”, diz Francesca Filbey, coautora do estudo e professora da Faculdade de Comportamento e Ciências do Cérebro da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
Testes – Participaram da pesquisa 48 usuários adultos e 62 não usuários, separados conforme sexo, idade e etnia. Todos foram submetidos exames de ressonância magnética e a testes cognitivos. Tabagismo e consumo de álcool foram levados em consideração para a análise dos resultados.
Os pesquisadores concluíram que os usuários de maconha têm um menor volume cerebral numa parte do cérebro associada ao vício, o córtex orbitofrontal, mas maior conectividade cerebral do que as pessoas que não fumam a droga. Nos testes cognitivos, os usuários de maconha demonstraram menor QI. Os estudiosos, entretanto, não associaram esse resultado ao menor volume cerebral.
Idade — Foi verificado também que, quanto mais cedo começa o consumo regular de maconha, maior é a sua interferência na estrutura e no funcionamento do cérebro. “Esse efeito começa depois de seis a oito anos de uso contínuo. Porém, usuários de maconha continuam a exibir conectividade cerebral mais intensa do que os não usuários”, diz Francesca.
De acordo com os autores, o consumo crônico da erva faz com que os neurônios dos usuários se adaptem à diminuição do volume cerebral. Eles alertam, no entanto, que são precisos outros estudos para determinar se essa mudança é reversível e se ela acontece, também, em usuários ocasionais da droga.

MPF denuncia Pizzolato e pede prisão imediata

Mensalão

Mensaleiro condenado a doze anos e sete meses de prisão está em plena liberdade na Itália após a Justiça do país europeu negar a extradição

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing Banco do Brasil, condenado no processo do mensalão, deixa a prisão de Modena, na Itália, na terça-feira (28)
Condenado no processo do mensalão, Henrique Pizzolato deixa a prisão de Modena, na Itália ( Mastrangelo Reino/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público Federal de Lages (SC) apresentou denúncia à Justiça Federal contra o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a doze anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. Na nova denúncia, o mensaleiro é acusado de cometer sete vezes o crime de falsidade ideológica e de ter utilizado documentos falsos em pelo menos doze oportunidades nos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. O MPF ainda pede a prisão imediata de Pizzolato, que está em plena liberdade na Itália após a Justiça do país europeu negar a sua extradição para o Brasil — a Procuradoria Geral da República já informou que vai recorrer da decisão.
A ação foi encaminhada à 1ª Vara da Justiça Federal na última quinta-feira, mas só foi divulgada pelo órgão nesta segunda. No texto, o procurador da República Nazareno Jorgealém Wolff, que assina a denúncia, descreve como Pizzolato planejou a sua fuga do país desde 2007. O ex-diretor do Banco do Brasil usou o nome do irmão, Celso Pizzolato, morto em 1978, para produzir a documentação necessária para tirar o passaporte – e, assim, sair do país.
"Já prevendo o risco de ser condenado à perda da liberdade, ele praticou, premeditada e artificiosamente, uma série de atos ilícitos com o objetivo de, no caso de condenação e inclusão de seu nome em listas de procurados, evadir-se do país e furtar-se à aplicação da lei penal", informa o documento. Segundo o procurador, Pizzolato "ressuscitou" e manteve o irmão "documentalmente vivo" para passar pelas fronteiras sem ser identificado.
O procurador ainda defende que seja "mantido ativo" o empenho do governo brasileiro em obter a extradição de Pizzolato para o país, destacando que o condenado "manifesta desprezo para com o Brasil, suas leis e seu poder judiciário". A denúncia vai ser apreciada pela juíza federal em Lages, Giovana Cortez.

Com Congresso parado, deputados gastam R$ 1,5 mi em combustível

Câmara

Valor foi gasto apenas em setembro e outubro, quando a eleição era prioridade para os deputados. Dezenas deles gastaram o máximo permitido para o mês

Gabriel Castro, de Brasília
A fachada do Congresso Nacional: trabalhos parados, mas gastos a todo vapor
A fachada do Congresso Nacional: trabalhos parados, mas gastos a todo vapor (Rodolfo Stuckert/Agência Câmara/VEJA)
Quem passasse pelo Congresso Nacional nos meses de setembro de outubro teria muito mais chances de encontrar turistas do que deputados ou senadores. Enquanto a campanha eleitoral se acirrava, os plenários da Câmara e do Senado ficaram vazios. Os parlamentares só pensavam em votos. Mas parte da engrenagem não parou. Pelo menos a que garante benefícios aos deputados. Somente nos dois últimos meses da campanha, os integrantes da Câmara gastaram mais de 1,5 milhão de reais em combustível da cota parlamentar, a antiga verba indenizatória. Em setembro, foram 791.656 reais em gasolina, álcool e diesel. No mês seguinte, 768.411 reais. Em tese, o dinheiro deve ser usado apenas em exercício do mandato. Mas, para prestar contas, basta ao deputado entregar uma nota fiscal do posto de combustível. Não há como provar que os recursos foram empregados conforme a regra.

Dezenas de parlamentares usaram em outubro toda a cota a que tinham direito: 4.500 reais. Levando em conta o preço médio do combustível, um carro que percorra 10 quilômetros por lito rodaria 14.000 quilômetros com esse valor. Em um mês com 22 dias úteis, isso significa um trajeto de 640 quilômetros por dia. É como se o carro rodasse 8 horas diárias a uma média de 80 quilômetros por hora, sem interrupção. Nem uma trupe de circo passa tanto tempo na estrada.


A lista dos deputados que usaram a cota até o limite é suprapartidária. Dela fazem parte o próprio presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tucanos, petista e integrantes de outras legendas, como PT, PP, PB, PSD, SD, PTB, PROS e DEM.
O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que integra esse time, afirma que continuou trabalhando como deputado durante a campanha: "Nesse período de campanha o escritório continuou funcionando. E eu tinha agenda de campanha e agenda de deputado. Continuei visitando os municípios", diz ele. O deputado também afirma que acumulou notas fiscais de meses diferentes no posto com o qual tem convênio, o que explicaria o valor elevado de seus gastos com combustível em outubro.

A justificativa não vale para Pedro Novais (PMDB-MA), que já foi flagrado usando a verba de gabinete em um motel. Ele aplica todos os 4 500 reais da sua cota de combustível, mês após mês, com uma regularidade impressionante. Não importa se o Congresso está no auge das votações ou paralisado pela Copa do Mundo ou a eleição. A assessoria dele afirma que, em setembro e outubro, o deputado estava no Maranhão, trabalhando pela eleição de Lobão Filho (PMDB) para governador do Estado. O que explica, então, o consumo de combustível? Só o próprio deputado poderia responder. E ele está em missão internacional, sem possibilidade de comunicação, de acordo com a assessoria.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também usou a cota de combustível até o limite justamente no período em que disputava uma concorrida eleição para o governo do Rio Grande do Norte. A assessoria afirma que Henrique manteve suas atividades institucionais durante as eleições, e que o gabinete do presidente da Câmara utiliza mais de um veículo - o principal deles é uma picape com alto consumo de combustível. A assessoria do deputado diz também que todas as despesas de campanha foram registradas na contabilidade de seu comitê eleitoral. 
Além do uso do combustível, a cota parlamentar cobre uma lista quase infindável de gastos como aluguel de carro, passagem aérea, alimentação, hospedagem, telefonia, material de escritório e assinatura de TV a cabo. O valor total varia porque parlamentares de regiões mais distantes têm um valor maior para as passagens aéreas. Os deputados do Distrito Federal têm direito a 27.977,66 reais por mês, enquanto os de Rondônia podem usar 41.612,80 mensais.
O diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo, afirma que o uso da cota parlamentar para fins eleitorais é frequente. E defende uma decisão definitiva: "A verba indenizatória é usada para garantir a própria reeleição, e não apenas em época eleitoral. Como é que se resolve isso? Eliminando esse negócio de verba indenizatória", diz ele. 

GloboReporter-Depressao









Ao contrário dos manifestantes de 2011, os indignados que voltarão às ruas em 15 de novembro sabem quem são e o que querem







Em novembro de 2011, ilustrado por um mapa do Brasil com informações sobre o horário, o local e o acesso aos organizadores das passeatas programadas para 40 cidades, um post assinado pela jornalista Fernanda Costa chamou a atenção dos leitores para os atos de protesto que ocorreriam no feriado de 15 de novembro de 2011. Passados três anos, o texto e o mapa voltaram a circular na internet, mas associados às manifestações de rua convocadas para o próximo sábado, dia 15.
Nada a ver. Ao abismo escavado pelo tempo se somam as diferenças entre os dois movimentos. Os envolvidos nos protestos de 2011 nunca souberam direito quem eram e o que queriam. Como voltaria a acontecer em junho de 2013, os manifestantes sucumbiram à crise de identidade, à inexistência de objetivos claramente definidos, à falta de palavras-de-ordem que evitassem a dispersão. Dessas carências não padecem os indignados de 2014 que mostraram sua cara na Avenida Paulista no primeiro dia deste novembro. Esses sabem perfeitamente quem são e o que querem, como se verá em outro post.
Antecipo o esclarecimento para desfazer equívocos e, sobretudo, para colocar a coluna à disposição dos organizadores ou participantes das manifestações marcadas para 15 de novembro. Sejam bem-vindos às ruas os incontáveis inconformados, saúdam os integrantes da resistência democrática. O Brasil decente enfim se dispôs a travar a luta sem tréguas contra a seita lulopetista — no terreno e com as armas que os celebrantes de missas negras escolherem.
A desfaçatez dos incapazes capazes de tudo foi longe demais. Como constatou o jornalista Cláudio Tognolli, ‘não se pode escrever CORRUPTO sem PT”. Os gatunos a  serviço do governo estão por toda parte, financiando com roubos bilionários a conspiração do bando liberticida contra o Estado Democrático de Direito. Os farsantes no poder acham que os fins justificam os meios, e ainda se julgam condenados à perpétua impunidade. Logo entenderão que o sossego dos cínicos acabou.
Mais de 51 milhões de eleitores advertiram em 26 de outubro que o Código Penal vale para todos. Sem exceções, avisaram os participantes do ato de protesto na Avenida Paulista. A oposição está na ofensiva. O PT não mete medo em mais ninguém. Em todo o país, multidões continuarão a exigir o esclarecimento de todos os escândalos à espera de apuração, aí incluído o protagonizado pelo casal Lula e Rose. Pelas dimensões da ladroagem e pelos personagens envolvidos, o Petrolão é o primeiro da fila.
Milhões de indignados exigem que a devassa nas catacumbas da Petrobras prossiga sem hesitações e sem manobras protelatórias. As descobertas dos condutores das investigações vão confirmando que o padrinho e a afilhada sabiam de tudo. Comprovada a culpa no cartório, a Justiça que trate de cumprir seu dever. Todos são iguais perante a lei. Lula e Dilma não são mais iguais que os outros.

Estamos acabando com o país

Gustavo Ioschpe

Veja.Com

Reunião de pais e mestres: é nela que temos de exigir uma escola sem doutrinação marxista para nossos filhos
Reunião de pais e mestres: é nela que temos de exigir uma escola sem doutrinação marxista para nossos filhos (Gilberto Tadday/VEJA)
Há algumas semanas, dei uma palestra em um evento sobre educação, organizado por uma grande empresa e sediado em uma escola. Havia muitos educadores e alunos na plateia. Compartilhei alguns dos dados preocupantes sobre o fracasso do nosso sistema educacional. Expus minha oposição ao plano — agora consagrado em lei — de investirmos 10% do PIB em educação, notando que o único país que investe nesses patamares é Cuba. (Não porque aprecie sobremodo a educação, mas porque não tem PIB: qualquer meia dúzia de vinténs já dá 10% do PIB cubano...)
Depois da minha fala, vieram as perguntas do público. Sempre que há professores na plateia, estas perguntas se repetem: não é muito simplista/reducionista/alienado falar apenas em qualidade do ensino através do domínio dos conhecimentos de linguagem, matemática e ciências medidos por meio de exames como a Prova Brasil, o Enem e o Pisa? A função da educação não vai muito além disso? Não seria formar o cidadão crítico e consciente, engajado na construção de um país mais justo? Respondi o que sempre respondo nesses casos: a educação brasileira está tão mal — incapaz até mesmo de alfabetizar seus alunos ou ensinar-lhes as operações matemáticas básicas — que podemos gerar um consenso abarcando desde os stalinistas do PSTU até o neoliberal mais empedernido. Quer você deseje gerar o próximo Che Guevara, quer um operário preparado apenas para trabalhar numa linha de montagem, ambos precisam ser alfabetizados e dominar as operações matemáticas básicas. Então vamos primeiro focar a criação de um sistema educacional que garanta a 100% de seus alunos o direito de aprender pelo menos essas competências básicas, e deixemos as discussões ideológicas para outras áreas e outros momentos. Para mim, isso tudo é de uma obviedade mais do que ululante.
Qual não foi a minha surpresa quando, ao terminar, fui interpelado por uma meia dúzia de adolescentes, na faixa dos 15 anos, alunos daquela escola, dizendo-se indignados com meu desprezo por milênios de linguagem oral, meu menosprezo pelos analfabetos (“Então o senhor acha que é preciso ler para ter conhecimento?!”) e minhas críticas ao “grande” modelo cubano. Sim, sim, tem bastante gente ainda pensando assim em 2014, não estou brincando! Caiu o Muro de Berlim, e eles ainda estão sonhando em descer a Sierra Maestra. Você deve estar pensando que essa escola era da rede pública de alguma biboca do nosso interior profundo, administrada por uma prefeitura de partido socialista, certo? Pois é, eis a minha surpresa: essa escola, senhores e senhoras, está no Rio de Janeiro, na divisa entre a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, e — esta é a melhor parte — pertence ao Sesc. Sim, o Serviço Social do Comércio, mantido pelos empresários e funcionários das áreas de comércio e serviço através de impostos cobrados na folha salarial. Longe de ser exceção, essa dinâmica é a regra: escolas e universidades de entidades privadas, algumas inclusive com fins lucrativos, estão entupindo o cérebro de seus alunos com a mais rasteira e ignóbil doutrinação política marxista. Depois, quando esses alunos se tornam adultos e passam a comandar o país, os donos e diretores dessas escolas e universidades passam anos a fio reclamando (com razão) do intervencionismo estatal e do viés antiempresarial dos líderes... que eles mesmos formaram!
Não acredito que esse tiro no pé seja intencional. É só miopia ou visão de curto prazo. Nas universidades, as áreas de pedagogia e licenciaturas são muito desprestigiadas, e acabam se tornando incompetentes. Formam maus professores, mas ninguém se importa, porque, como muito poucos prefeitos ou governadores são cobrados pela qualidade do ensino que oferecem, mesmo o mau professor não terá muita dificuldade de se encaixar no mercado, desde que tenha o diploma. Como os cursos não precisam ter qualidade, o jeito de reter aquele aluno é dizendo-lhe o que ele gosta de ouvir. De preferência, algo fácil de entender. Como esse é um público muito idealista, que já vem doutrinado do ensino médio, e como os pedagogos responsáveis por esses cursos também estão, na maioria dos casos, imbuídos de um sentido de missão revolucionária, o que você acha que esses cursos fazem? Trilham o caminho difícil de transmitir o domínio da didática e da matéria a ser ensinada ou optam por falar do papel revolucionário do professor, da missão grandiloquente da formação do cidadão crítico etc.? Sim, eles optam pelo caminho do ensino raso recheado por profundo doutrinamento. E assim se formam os professores que formarão as futuras gerações.
Lendo estas linhas você deve estar com um misto de compaixão e desprezo pelos proprietários de nossas universidades, investindo hoje na criação do seu opositor de amanhã. Mas eles não são os maiores culpados pela situação que vivemos. Sabe quem é? Você. Sim, você, que tem recursos para ler esta revista e, provavelmente, para pôr seu filho em uma escola particular. Você que faz parte da elite financeira e intelectual do país, que representa a sua liderança. Pois eu pergunto a você: qual foi a última vez que leu um livro didático de história ou geografia adotado pela escola do seu filho? Se você for como a maioria dos pais, deve fazer muito tempo. Você sabe que seus filhos estão ouvindo nas escolas diatribes contra o capitalismo e a burguesia brasileira (leia-se: você) e elogios ao modelo cubano e outros lixos socialistas? Provavelmente não sabia. É provável que só esteja preocupado com que seu filho entre em uma boa universidade, preferencialmente pública, em que o doutrinamento rastaquera praticado na escola será substituído por uma panfletagem esquerdista travestida de intelectualidade. Ou talvez até saiba o que está se passando mas não tenha vontade suficiente para debater com os professores e diretores, mantidos pela sua mensalidade, o lixo mental que seu filho recebe diariamente. Você que se preocupa com a saúde física do seu filho a ponto de obrigá-lo a comer arroz integral e tomar suco verde não dispõe da mesma energia e entusiasmo para fazer com que seu cérebro seja preservado dos detritos descarregados diariamente pela escola que você financia.
Talvez acredite que não importa o que seu filho ouve na escola: você corrige os desvios de caminho em casa. E pode ser até que tenha razão. Mas os 83% de alunos que estudam em escolas públicas têm pais cujo nível de instrução é muitas vezes insuficiente até para ajudar na alfabetização do filho. Certamente não conseguirão fazer o mesmo nem saberão que seu filho está sendo vitimado pela historiografia marxista, ou mesmo que há outras historiografias possíveis.
O resultado das últimas eleições mostra que não é possível construir um país nos três meses que antecedem a votação. Mostra que, sim, é ótimo que a nossa elite ganhe muito dinheiro, progrida e tenha condições de passar um tempo em Miami, Paris ou onde bem lhe aprouver, mas que só isso não basta: precisamos de uma elite empenhada em alterar a realidade do país, não em fugir dela. O Brasil está criando pessoas que desconfiam da democracia, dos valores republicanos, de sua própria capacidade empreendedora. Se as lideranças do país continuarem se abstendo da discussão que mais importa — a de valores, de identidade, de aspirações nacionais —, continuaremos colhendo atraso e frustração. Não se constrói um país desenvolvido sem elites. Esse debate é indelegável.
Já passou da hora de termos uma escola apolítica, sem doutrinação, que consiga fazer com que nossos alunos pensem e tenham os instrumentos para pôr de pé seus sonhos de vida. Não podemos nos furtar desse debate nem adiá-lo. Ele começa hoje, na sua sala de jantar, na escola de seus filhos. Aproveite essa liberdade enquanto a temos.

Manifestações 15 de Novembro

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Censura: em busca do paraíso para Dilma e do inferno para os brasileiros


Precisamos cada vez mais “mandar a real” a respeito do que significa a encruzilhada na qual se encontra o governo Dilma. Hoje temos duas opções:
  1. Sem censura: passamos por uma grave crise, da qual Dilma sairá arranhada, prejudicando seriamente a reeleição do PT em 2018.
  2. Com censura: passamos por uma crise ainda maior, da qual Dilma não sairá muito arranhada, com boas chances de reeleição do PT em 2018.
Não há outras opções disponíveis. E a encruzilhada é tanto para Dilma, quanto para nós.
Cabe à oposição (qualquer que seja ela) pressionar para que Dilma fique restrita à opção 1. Pela resolução totalitária de seu partido, cabe a ela buscar a opção 2.
Obviamente, ela ganha com a opção 2, pois tendo o direito de censurar a mídia, conseguirá, evidentemente, esconder os indicadores ruins (assim como os escândalos de corrupção). Dessa forma ela conseguirá fazer todos nós sofrermos muito mais. Ao mesmo tempo, conseguirá maquiar a percepção da realidade do povo (temporariamente), por causa da censura. Assim ela conseguirá fazer com que o seu partido se dê bem politicamente, mesmo diante do caos.
Caso a forcemos a se resumir à opção 1, passaremos por maus bocados, mas não tanto quanto o que ocorreria na opção 2.
Pela opção 1, Dilma será obrigada a entregar os mínimos resultados para não causar um colapso da economia.
Será preciso aumentar a confiabilidade do governo, sem a qual os investidores continuarão fugindo. Mas para obter essa confiabilidade, ela será obrigada a fazer cortes de gastos estatais, ao mesmo tempo em que precisará de prudência para não atingir em cheio nossa economia.
Se Dilma não realizar os cortes de gastos, nos fará assistir ao estouro da inflação. Com o inevitável aumento de juros, teremos recessão e desemprego. E aí, é claro, a arrecadação cai mais ainda…
Mas preste atenção: esses problemas só precisarão ser enfrentados por Dilma se a forçarmos a permanecer na opção 1.
Caso ela consiga o presente da opção 2, não precisará se preocupar com nada disso, pois uma mídia adestrada irá maquiar a realidade, atribuindo as culpas de nossas mazelas ao “imperialismo fascista”.
Quem criticar o governo poderá ser acusado de “pessimista” e, portanto, responsável por fazer os investimentos fugirem. Milícias poderão ser criadas para dar um “jeito” nesses que “prejudicam” a economia e, por isso, “violariam os direitos humanos”.
A miséria se tornará endêmica. Você acha que isso é ruim para um governo bolivariano? Não! É o paraíso, pois pessoas na miséria poderão ser intimidadas por terrorismo eleitoral, de uma maneira ainda mais ampla do que ocorreu nas eleições de 2014.
Em suma, o povo, especialmente aquele mais humilde, perde. Mas o governo vence. Especialmente pelo seu poder de coação e intimidação, além do uso do terrorismo eleitoral.
Acho que fica bem claro qual é a grande luta do momento: optar por sofrermos menos, mas forçarmos Dilma a dar um jeito na economia (da forma e dimensão que ela conseguir), ou sofrermos muito mais, liberando Dilma de precisar arrumar a economia.
Se deixarmos Dilma censurar a mídia, pela opção 2, daremos a ela e seus aliados uma vida de sultões, como já ocorre com Nicolas Maduro e Cristina Kirchner.
Exatamente por isso mesmo lutar contra a censura de mídia torna-se a maior prioridade. Espera-se da mesma forma que eles invistam grande parte de seus esforços neste projeto. (Uso de sovietes e Assembléia Constituinte estão no pacote, mas a maior prioridade é realmente a censura de mídia)
Estamos diante da maior batalha da história recente de nossa República.

Renée Zellweger atribui mudança física a 'envelhecimento saudável'

Gente

À revista 'People', a intérprete de Bridget Jones, que chamou a atenção ao surgir com visual diferente na última segunda, não falou sobre cirurgia plástica diretamente, mas disse que pessoas buscam 'verdade que não existe'

A atriz Renée Zellweger em 2014 e antes, em 2003
A atriz Renée Zellweger em 2014 e antes, em 2003 - Frazer Harrison e Evan Agostini/Getty Images

A atriz Renée Zellweger, mais conhecida por viver a divertida solteirona Bridget Jones no cinema, falou à revista People sobre a mudança física que foi notícia nesta terça-feira em todo o mundo. Na última segunda, ao participar de um evento promovido pela Elle americana em Los Angeles, Renée chamou a atenção pelo visual diferente -- tão diferente que ela parecia mesmo outra pessoa. A partir daí, muitos especularam se a atriz havia exagerado no uso de botox ou se submetido a alguma cirurgia plástica. À People, até aqui a única a conseguir ouvi-la, Renée não falou diretamente sobre procedimentos cirúrgicos ou não-cirúrgicos. Disse apenas que envelheceu -- "As pessoas não me conheciam aos 40", disse a atriz, de 45 -- e que está "saudável".

"As pessoas tentam cavar atrás de uma verdade nefasta que não existe", disse Renée, no que pode ser entendido como um comentário a respeito das especulações. "Estou feliz que as pessoas me achem mudada. Eu estou mesmo levando uma vida diferente, feliz, plena, e fico contente que isso transpareça", afirmou também a atriz, que desde o fim de 2012 namora o músico Doyle Bramhall e já declarou ser uma forte adepta de exercícios físicos. Ela tachou de "besta" a discussão ocorrida ontem em torno da sua imagem. "Meus amigos dizem que eu pareço em paz. Estou saudável."
Por muito tempo, contou a atriz, ela não conseguia cuidar de si mesma. "Em vez de parar e recalibrar, eu continuava correndo até me sentir esgotada. Eu tomei consciência do caos em que vivia e decidi mudar meu estilo de vida. Investi em ter um lar, amar uma pessoa, aprender coisas novas, crescer como pessoa", falou. "As pessoas não me viam saudável fazia tempo. Talvez eu pareça diferente. Quem não parece diferente quando envelhece? Ha. Mas eu estou feliz."
Embora aparente de fato mais idade, o que é mais que natural, Renée Zellweger apresenta mudanças signficativas no rosto que dificilmente podem ser atribuídas à passagem do tempo. Um médico ouvido pelo tabloide Daily Mail disse que a atriz levantou a pálpebra, deixando abertos os olhos que sempre foram apertadinhos -- a sua marca registrada. O procedimento, além de apagar uma característica marcante da atriz, teria alterado a distância entre os olhos e a testa, alterando toda a proporção do rosto. Daí ser difícil reconhecê-la. 
Famosa pelas versões cinematográficas dos livros de  Bridget Jones, Renée Zellweger tem no currículo também filmes como Jerry Maguire (1996), Chicago (2002) e Cold Mountain (2003), de Anthony Minghella, pelo qual conquistou um Oscar de coadjuvante. Em 2015, ela deve voltar às telas no drama The Whole Truth.