quinta-feira 03 2014

Viaduto desaba em Belo Horizonte e mata ao menos dois

Minas Gerais

Veja.Com

Local do acidente fica a cerca de 5 quilômetros do estádio Mineirão, que recebe em 8 de julho, próxima terça-feira, um dos jogos das semifinais da Copa

Viaduto desaba em Belo Horizonte

Um viaduto em construção caiu nesta quinta-feira na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, pelo menos duas pessoas morreram e outras dezenove ficaram feridas. Nove feridos são atendidos no local, oito foram encaminhados ao Hospital Risoleta Tolentino Neves, na  Vila Clóris, e dois ao Hospital Municipal Odilon Behrens, no Centro. Segundo informações da Globonews, a estrutura esmagou dois caminhões, um micro ônibus e um carro. O acidente ocorreu próximo à Lagoa do Nado, na região da Pampulha. Oito viaturas dos Bombeiros foram enviadas ao local. 
Em entrevista à Globo News, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Edgard Estevo afirmou que o resgate tem dificuldades para acessar o carro que está sob os escombros. “Precisamos estabilizar a área para ter acesso ao local com segurança e verificar qual a situação na parte de baixo [do viaduto]”, disse Estevo, referindo-se à possibilidade de outras partes da construção ruírem. Segundo ele, o responsável pelas obras garantiu que não havia ninguém nos dois caminhões atingidos pela estrutura e que nenhum funcionário ficou ferido. Além dos bombeiros, agentes da Defesa Civil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local para avaliar as condições da obra e atender as vítimas. 
O local do acidente fica a cerca de 5 quilômetros do estádio Mineirão, que recebe em 8 de julho, próxima terça-feira, um dos jogos das semifinais da Copa do Mundo. O viaduto faz parte da implantação do BRT (Bus Rapid Transit) Antonio Carlos/Pedro I, na capital mineira. A obra integra a lista de projetos do chamado 'PAC da Copa'. O trecho em obras - que não inclui apenas o viaduto - vai da Avenida Pedro I até o terminal Vilarinho. As obras foram iniciadas há um e deveriam ter sido entregues até o Mundial, mas atrasaram. 
Viaduto desaba em Belo Horizonte
Viaduto desaba em Belo Horizonte
Viaduto desaba em Belo Horizonte

Viaduto desaba em Belo Horizonte

Dias sem votação no Congresso em período eleitoral custam R$ 460 mi

Veja.Com


3 de julho de 2014 

Dyelle Menezes e Marina Dutra

Com a Copa do Mundo no Brasil e as eleições de outubro, o ritmo de votações no Congresso nunca foi tão lento. A previsão era que cada Casa tivesse 25 dias de votações em agosto e setembro, porém apenas 12 contarão com sessões. Os 38 dias sem sessões deliberativas somam o custo total de R$ 460 milhões.
A Câmara dos Deputados fará apenas quatro sessões nos dois meses que antecedem as eleições. As votações deverão ocorrer apenas nos dias 5 e 6 de agosto e 2 e 3 de setembro, apenas nas terças e quartas-feiras. O orçamento total da Câmara para 2014 é de R$ 4,9 bilhões, o que equivale a R$ 13,6 milhões por dia. Os 21 dias sem votações da Casa somam R$ 285 milhões.
Plenário do CongressoO Senado Federal fará oito votações em agosto e setembro, quatro no oitavo mês do ano (dias 5,6,7 e 19) e quatro no mês seguinte (dias 2,3,4 e 16). A dotação orçamentária do Senado para 2014 é de R$ 3,8 bilhões, ou R$ 10,4 milhões por dia do ano. Os 19 dias não trabalhados pela Casa custam R$ 176,1 milhões.
Ao todo, o orçamento previsto para as duas Casas em 2014 é de R$ 8,7 bilhões, isto é, R$ 24 milhões por dia. A maior parcela dos gastos é relativa ao pagamento de pessoal, seguido por despesas correntes e investimentos (obras e compra de equipamentos).
A conta pode ser ainda maior já que o Contas Abertas não contabilizou o mês de julho, que este ano além do recesso branco (de 18 a 31 de julho), contou com os jogos da Copa do Mundo, que tem sido utilizada para justificar a baixa frequência no Congresso Nacional.
De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, o Plenário deverá se reunir em esforço concentrado nos meses que antecedem as eleições. Ou seja, as sessões extraordinárias serão destinadas exclusivamente à discussão e votação de matérias. Durante esse período, não serão realizadas sessões ordinárias nem funcionarão as comissões permanentes.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, afirmou que o calendário esvaziado é uma estratégia combinada entre governo e parlamentares. Os deputados e senadores podem focar na campanha eleitoral, enquanto o governo consegue adiar a votação de projeto polêmicos.
O deputado Domingos Dutra (SDD/MA) criticou o excesso de dias sem votação. “É um prejuízo para a sociedade brasileira. Fomos eleitos para exercer o mandato durante quatro anos, e as regras dos intervalos, dos recessos, estão previstas na Constituição. Não se pode criar casuísmos, como o são-joão, a Copa do Mundo e agora as eleições para praticamente paralisar as atividades legislativas”.
Para ele, quando o Congresso faz isso, só reforça a percepção da sociedade de que o Legislativo faz pouca diferença na vida do cidadão. “Quem tem mandato já conta com vários bônus, e ficar aqui durante o período eleitoral, que pode parecer uma desvantagem, é um ônus que o parlamentar tem que ter”, diz Dutra.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reconheceu que a situação se repete a cada ano eleitoral e afirmou que tentará assegurar quórum nas votações de esforço concentrado.
*Com informações do jornal Correio Braziliense
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Com governos do PT o Brasil teve o pior desempenho entre todas as principais bolsas da América Latina.

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Em baixa
Em baixa
O conhecido estresse entre mercado de ações e governos petistas tem agora uma medida em números. De acordo com uma pesquisa inédita da Economatica, durante os governos do PT o Brasil teve o pior desempenho entre todas as principais bolsas da América Latina.
A valorização do Ibovespa entre janeiro de 2003, quando Lula assumiu, e ontem foi de 8,2%. Neste período, as bolsas de Peru, Argentina, México e Chile se valorizaram, respectivamente, 21%, 14,1%, 13,9% e 8,8%.
Entre 1995 e 2002, período em que FHC, comandou o Brasil, a valorização foi menor, 3,1’%, mas ainda assim o Brasil teve o melhor desempenho da região. Neste período, todas as outras bolsas da América Latina registraram fortes desvalorizações.
Por Lauro Jardim
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/sem-categoria/bolsas-durante-os-governos-do-pt-o-pior-desempenho-da-america-latina/

PT A profecia de Regina Duarte




“Eu estou com medo”, assim começa o depoimento de Regina Duarte exibido pelo programa eleitoral de José Serra na campanha presidencial de 2002. No vídeo de 1 minuto, a grande atriz explica que, por conhecer o candidato que apoia, sabe o que fará se for eleito. Lula não lhe inspira a mesma confiança. Julgava conhecê-lo até ficar intrigada com súbitas mudanças de rumo e discurso. Por já não saber exatamente quem é o candidato do PT, teme, por exemplo, a volta da inflação que galopou à solta anos a fio até ser domada em 1994 pelo Plano Real.
O medo de Regina Duarte foi imediatamente justificado pela reação dos devotos de Lula. Favorecidos pela omissão covarde dos artistas, patrulheiros coléricos e intelectuais intolerantes reduziram a opção feita democraticamente por uma eleitora brasileira a uma manifestação “preconceituosa”, “direitista” ou “elitista”. Nos anos seguintes, o medo inspirado por Lula foi justificado pelo troca do modelo antigo pela metamorfose ambulante.
Neste outono, confrontado com sinais de que a inflação pode escapar ao controle da equipe econômica, o governo que Lula elegeu coleciona demonstrações de perplexidade, inépcia e despreparo ─ em proporções amedrontadoras. Milhões de brasileiros temem o que Dilma Rousseff e seus ministros podem fazer, ou deixar de fazer. Revejam o depoimento de Regina Duarte. O que sempre pareceu apenas uma declaração de voto está ficando com cara de profecia.

Igor Stravinsky "The Rite of Spring"





Mensaleiros mudam de presídio para começar trabalho externo

Mensalão

Delúbio Soares, José Dirceu e Valdemar Costa Neto foram transferidos nesta quarta e poderão trabalhar durante o dia e voltar para dormir na cadeia

Laryssa Borges, de Brasília
O ex-ministro José Dirceu no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Brasília, nesta quarta-feira (02)
O ex-ministro José Dirceu no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Brasília, nesta quarta-feira (02) (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Os mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares e Valdemar Costa Neto, que cumprem pena em regime semiaberto, foram transferidos na tarde desta quarta-feira de suas celas no Complexo Penitenciário da Papuda para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), que abriga detentos autorizados pela Justiça a trabalhar durante o dia e retornar para dormir na cadeia.

Nesta quarta-feira, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, determinou à Secretaria do Sistema Penitenciário a transferência do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para o CPP. Condenado a seis anos e oito meses por corrupção, o petista retomará o trabalho de assessor sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Brasília.

Para abater os dias que passará atrás das grades, Delúbio fazia faxina no pátio do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), setor da Papuda onde cumpria pena até esta quarta. De acordo com balanço parcial enviado à Vara de Execuções Penais em maio, o ex-tesoureiro petista conseguiu remição de quatro dias por ter trabalhado onze dias na CUT e outros oito dias pela faxina diária do pátio. A progressão de Delúbio para o regime aberto está prevista para o dia 25 de dezembro, mas horas de trabalho e estudo devem antecipar essa data.

Nesta terça, a juíza havia tomado a mesma decisão nos casos do ex-ministro José Dirceu e dos ex-deputados Valdemar Costa Neto e Carlos "Bispo" Rodrigues. Dirceu deverá começar nesta quinta-feira a trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília, segundo o Radar on-line.
A decisão da VEP ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido na última semana que detentos do regime semiaberto não precisam cumprir um sexto da pena antes de serem liberados para trabalhar fora do presídio. O argumento de cumprimento prévio de parte da sentença havia sido utilizado pelo antigo relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, para revogar o direito de alguns mensaleiros de trabalho externo.
Na última semana, às vésperas do recesso do Judiciário, o plenário do Supremo considerou que a Lei de Execução Penal tem como pilar a ressocialização do preso e, por isso, o trabalho pode ser autorizado assim que a proposta de emprego for aprovada pelas autoridades responsáveis.