quarta-feira 21 2014

Opções à dieta para emagrecer

Refeições em casa


Um estudo feito na Faculdade de Medicina da USP concluiu que comer fora de casa aumenta o risco de engordar. Segundo a pesquisa, a prevalência de sobrepeso ou obesidade é de 59% entre quem se alimenta em restaurantes, enquanto a média na cidade de São Paulo, onde o trabalho foi feito, é de 47,9%. Para os autores da pesquisa, a conclusão se explica pelo fato de os restaurantes terem uma maior variedade de alimentos calóricos, como carnes e frituras, o que aumenta a chance de uma pessoa exagerar nas calorias consumidas.

Ioga

Um estudo publicado em 2009 no periódico "Journal of the American Dietetic Association" concluiu que a prática de ioga pode reduzir o risco de obesidade. Segundo os autores, a atividade está associada a uma alimentação mais consciente, isto é, ao hábito de comer porque sente fome e de parar quando está satisfeito. A pesquisa avaliou 300 pessoas e concluiu que os iogues eram mais conscientes de sua alimentação e tendiam a ter um índice de massa corporal (IMC) menor do que aqueles que não praticavam a atividade.

Sono reparador

Não são poucas as pesquisas científicas que comprovam que um sono ruim e o excesso de peso andam juntos. Um estudo americano publicado em 2013 concluiu que a privação do sono tem efeito duplo no cérebro: estimular a região que controla a motivação para comer diante de um alimento gorduroso e reduzir a atividade na área responsável por medir as consequências de uma ação e tomar decisões de forma racional. Em outras palavras, o cérebro de quem dorme mal tem mais vontade de consumir batata frita e não consegue rejeitar esse tipo de comida. Outra pesquisa mostrou que uma má noite de sono, além de aumentar o cansaço (o que diminui as chances de uma pessoa trocar o sofá pelo exercício), reduz o potencial de queima calórica do organismo.

Refeição na hora certa

Uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que adultos que fazem a principal refeição do dia mais tarde do que o comum (almoçam depois das três horas da tarde, por exemplo) tendem a enfrentar maiores dificuldades para emagrecer. O estudo, feito com mais de 400 pessoas que estavam de dieta, observou que aquelas que comiam mais tarde perderam significativamente menos peso ao longo de cinco meses do que as que se alimentavam mais cedo.

Televisão fora do quarto

Pesquisas recentes já constataram que ter televisão no quarto aumenta o tempo que uma pessoa passa em frente ao aparelho e eleva as chances de ela fazer algumas das refeições enquanto assiste TV. Consequentemente, ela come muito, se exercita pouco e acumula gordura no corpo. Um estudo do Centro de Pesquisas Biomédicas Pennington, nos Estados Unidos, observou que crianças que tinham televisão no quarto, em comparação com as que não tinham, passavam mais tempo sentadas em frente ao aparelho e tinham maiores níveis de gordura subcutânea (que geralmente se acumula na barriga, nas pernas e no culote), de gordura visceral (que fica em torno dos órgãos) e de circunferência abdominal.

Consumo de proteína

O consumo de proteína é essencial para o bom funcionamento do corpo — e um aliado do emagrecimento. Uma pesquisa publicada em 2011 no periódico "Obesity" comprovou que o nutriente aumenta a sensação de saciedade ao longo do dia em pessoas que estão tentando perder peso. O exagero, no entanto, não é recomendado. Um estudo divulgado em abril deste ano concluiu que uma dieta rica em proteína (quando o nutriente representa mais de 20% das calorias ingeridas no dia) pode encurtar a vida. Além disso, é preciso limitar o consumo de alimentos ricos em proteína e gordura saturada (portanto, calóricos), como carne vermelha, queijos e ovos.

Mais refeições e pratos menores

Aumentar a quantidade de refeições e diminuir as porções pode ajudar a perder peso. Os lanchinhos reduzem a fome no almoço ou jantar e, consequentemente, a ingestão calórica. Uma pesquisa grega feita com crianças — cujo resultado pode se aplicar aos adultos — mostrou que quem faz mais de três refeições por dia tem um risco 22% menor de ser obeso ou ter sobrepeso. Além disso, um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, provou que o tamanho do prato interfere na quantidade de comida consumida por uma pessoa — quanto maior o prato, maior a quantidade de calorias ingerida.

Prática de exercícios, mesmo que pouca

Fazer alguma atividade física é essencial para todas as pessoas, especialmente para quem deseja emagrecer, já que os exercícios queimam as calorias consumidas e impedem que elas se acumulem. Não é preciso exercitar-se muito para obter o benefício. Uma pesquisa dinamarquesa publicada em 2012 concluiu, após avaliar 60 homens obesos, que a perda de peso foi semelhante com a prática de 30 ou 60 minutos de exercícios três vezes por semana. Essas atividades devem ser de moderadas a intensas, suficientes para produzir suor, como uma caminhada rápida pelo bairro.

Perder peso em qualquer idade faz bem ao coração

Coração

De acordo com novo estudo, benefício ocorre mesmo se indivíduo continua com excesso de peso

Balança: Emagrecer beneficia saúde cardiovascular, não importa a idade do indivíduo ou se ele continua com excesso de peso
Balança: Emagrecer beneficia saúde cardiovascular, não importa a idade do indivíduo ou se ele continua com excesso de peso (Thinkstock)

Uma extensa pesquisa publicada nesta quarta-feira ressaltou que perder peso oferece benefícios a longo prazo à saúde cardiovascular independentemente da idade ou sexo do indivíduo. Além disso, pela primeira vez um estudo mostrou que emagrecer surte esse efeito positivo mesmo se uma pessoa continua com excesso de peso – como por exemplo, se ela deixa se ter obesidade e passa a apresentar sobrepeso.
Os resultados também mostraram que quanto mais tempo uma pessoa vive com excesso de gordura acumulada no corpo, maior o seu risco de sofrer problemas associados à função cardiovascular, como hipertensão e diabetes tipo 2. 
O estudo, publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology, se baseou nos dados de cerca de 1.200 britânicos que participaram de uma pesquisa nacional. Eles foram acompanhados desde o nascimento, em março de 1946, e durante mais de 60 anos.
Os especialistas classificaram os participantes como tendo um peso normal, sobrepeso ou obesidade em diversas fases de suas vidas: na infância e quando completaram 36, 43, 53 e 60 anos de idade. Quando os indivíduos tinham entre 60 e 64 anos, os pesquisadores estabeleceram o risco cardiovascular de cada um. Para isso, usaram medidas como a espessura da parede de suas artérias. Depois, a equipe comparou o risco cardiovascular entre pessoas que haviam perdido peso ao longo da vida com o restante.
“Nosso estudo é único porque acompanhou as pessoas durante muito tempo, o que nos permitiu observar o real efeito da perda de peso e redução da gordura corporal”, diz John Deanfield, pesquisador da Universidade College London, na Grã-Bretanha, e coordenador da pesquisa. “Nossos resultados apoiam estratégias de saúde pública e mudanças no estilo de vida que ajudam indivíduos que estão acima do peso a emagrecer em qualquer idade.”

O que está por trás da greve de motoristas de ônibus que prejudica São Paulo

São Paulo

Guerra política pelo controle do sindicato tem histórico de tiroteio e já deixou mortos nas últimas décadas. E quem paga a conta é o paulistano

Fila de ônibus na avenida Duque de Caxias, no centro de São Paulo

(Atualizada às 12h)
O caos que o paulistano enfrentou para voltar para casa nesta terça-feira e se repete na manhã desta quarta é fruto de uma histórica disputa pelo comando do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, que se arrasta há décadas e já foi marcada por mortes e tiroteios em eleições recentes. Desta vez, a guerra sindical estourou porque um grupo dissidente não aceitou o acordo aprovado pela categoria de reajuste salarial de 10%. Os dissidentes resolveram começar uma greve-surpresa, obrigaram motoristas a descer dos veículos, estacionaram ônibus nos corredores e bloquearam terminais. O resultado foi o engarrafamento recorde no ano nas principais artérias da cidade ontem – 261 km de vias travadas – e 230.000 pessoas sem transporte público na capital.
Nesta quarta, ônibus de cinco das nove empresas que circulam diariamente na cidade estão estacionados, doze garagens permanecem fechadas e três dos 28 terminais amanheceram bloqueados – Lapa, Cachoeirinha e Parque Dom Pedro II. O pico de congestionamento pela manhã foi de 98 km, às 9h30. As regiões mais afetadas são a zonas Norte e Oeste. Com medo da greve, muitos paulistanos não foram ao trabalho hoje. O rodízio municipal de veículos está suspenso.
Em São Paulo, a categoria é formada por 37.000 funcionários – 20.000 motoristas e 17.000 cobradores. Antes do acordo firmado na segunda-feira, o piso salarial dos motoristas era de 1.955 reais, e de 1.130 reais para cobradores. Os dissidentes que não aceitam o reajuste de 10% reivindicam aumento de até 33%.
Sem ter uma liderança clara, o grupo promete manter a paralisação. A prefeitura de São Paulo e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo afirmam que não conseguiram identificar os responsáveis pela greve-surpresa. O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), José Valdevan de Jesus Santos, conhecido como "Noventa", afirma que a paralisação é política e começou com funcionários da empresa Santa Brígida. "Acredito que há algo por trás, que há um jogo para causar o desgaste da direção do sindicato e do presidente."
A entidade que representa as empresas de ônibus afirmou que acionou a Polícia Civil para assegurar a circulação. A SPTrans disse que pediu ao Ministério Público apuração do caso.

Lonely Is The Night -Air Supply (Tradução)