quarta-feira 27 2013

No Brasil, queda do tabagismo é menor entre pessoas com baixa escolaridade

Cigarro

De 1989 a 2008, redução do fumo entre quem estudou em universidade foi de 57%, e de 36,7% entre indivíduos com menos de sete anos de escolaridade

Cigarro
Tabagismo: Estudo sugere que medidas antifumo sejam revistas (Thinkstock)
Um novo estudo mostrou que, embora o porcentual de fumantes tenha diminuído no Brasil nas últimas décadas, essa queda foi muito mais lenta entre pessoas com menores níveis de escolaridade. A pesquisa sugere que as políticas de combate ao fumo no país sejam revistas e passem a considerar a desigualdade social para serem elaboradas. O trabalho, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) junto à Universidade Federal Fluminense (UFF), foi divulgado nesta terça-feira. 
Os autores do estudo se basearam em duas pesquisas, uma de 1989 e outra de 2008, sobre a prevalência de tabagismo entre brasileiros acima de 15 anos de idade. De acordo com o levantamento, a taxa de fumantes diminuiu de 32% para 17,2% nesse período.
Entre pessoas que completaram ao menos um ano em um curso superior (12 anos ou mais de escolaridade), a queda do tabagismo foi de 57,2% – em 2008, 10,9% desses indivíduos fumavam. A diminuição foi de 49% entre brasileiros com oito a onze anos de escolaridade, alcançando uma prevalência de fumantes de 13,6% em 2008. 
O pior quadro foi observado entre os indivíduos com sete anos ou menos de escolaridade, ou seja, que não chegaram ao ensino médio. A queda da prevalência do tabagismo entre o grupo foi de 36,7% entre 1989 e 2008, chegando a um índice de 22,1% fumantes, o dobro do observado em pessoas que se tornaram universitárias.
A coordenadora do estudo, Vera Luiza da Costa e Silva, acredita que um dos fatores a se repensar em relação às campanhas antifumo são as mensagens de alerta das embalagens dos cigarros. "Elas têm de ser concebidas e testadas entre integrantes de classes econômicas mais pobres." O mesmo, em sua opinião, deve ser feito com populações de áreas rurais, mais refratárias às mensagens.
(Com Estadão Conteúdo)

Chico Buarque - Gota d'água HD (Original)



Onze raças exóticas de gatos domésticos

Devon rex


A aparência do devon rex, dizem, serviu de inspiração para o diretor Steven Spielberg criar o personagem E.T. no filme homônimo, de 1982. A raça tem origem inglesa e é comum na Europa. Na América do Sul, só é encontrada na Argentina.

Maine coon

Os maiores gatos domésticos existentes fazem jus ao apelido de gigantes – podem medir até 1,20 metro do focinho à ponta do rabo. Sociável e com o costume de seguir o dono pela casa, o maine coon costuma ser adotado por amantes de cachorros, que encontram nesses felinos certas semelhanças com os cães. 

Norueguês-da-floresta

A raça surgiu no ambiente úmido das florestas da Noruega. Por isso, desenvolveu a pelagem impermeável e o costume de subir em árvores. No Brasil, começa a ser difundida, mas ainda é rara.

Ragdoll

Em inglês, ragdoll significa boneca de pano. Não por acaso, esse é o nome da raça de gatos delicados que, no colo, relaxam e ficam molengas. No Brasil, o gato é relativamente comum, mas é preciso estar atento: o verdadeiro ragdoll sempre tem olhos azuis.

Sagrado-da-birmânia

É o famoso "gato das luvinhas brancas". Reza a lenda que os bichanos da raça, originária da antiga Birmânia e atual Mianmar, na Ásia, receberam as "luvas" nas patas por serem gatos sagrados que viviam em templos budistas da região. Trata-se de uma raça muito difundida na Europa, mas pouco presente no Brasil. 
 

Angorá-turco

Ao contrário do que se pensa, no Brasil existem pouquíssimos gatos da raça angorá-turco. Eles têm corpo atlético e peles resistentes, o que chega a dificultar a aplicação de injeções. O angorá-turco é extremamente ativo e agitado.

American curl

De temperamento alegre e brincalhão, o american curl pode ser identificado por suas orelhas: elas são curvadas para trás em um ângulo que varia entre 90 e 180º. Originário dos Estados Unidos, é raro encontrá-lo no Brasil.

British shorthair

A fisionomia do british shorthair, raça que teve origem nos bichanos de rua da Inglaterra, inspirou o gato sorridente do livro "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll. Mas o sorriso não passa de aparência: na verdade, o british shorthair não é muito sociável e gosta mesmo é de passar mais tempo sozinho. 

Burmês

A despeito da cara de mau, o burmês costuma ser sociável e ter um bom temperamento. Por um fator genético, a cor da pele desses bichanos possui um tom sépia, criando um efeito especial na coloração. A raça é rara no Brasil: existem apenas sete exemplares no país.

Bengal

A raça nasceu do cruzamento de gatos selvagens com domésticos. Esses animais não são muito sociáveis e preferem viver sozinhos. 
 

Sphynx

A raça sphynx — o nome é uma referência ao formato de esfinge da cabeça dos bichanos — surgiu no Canadá na década de 1980, após uma mutação genética espontânea que deu origem a gatos sem pelos. Para suprir a falta de proteção térmica causada pela ausência de pelagem, os sphynx têm temperatura mais alta do que outros gatos:  41 graus Celsius, dois acima da média das demais raças. Por isso, ao tocar em um deles a sensação é a de que o bichano está com febre. 


Pistas genéticas – Nesse grupo de felinos selvagens de pequeno porte no Brasil, outro caso de hibridação foi encontrado pelos pesquisadores. Este, porém, ocorreu há milhares de anos e desapareceu, deixando apenas pistas genéticas. É o caso do L. tigrinus e do gato-palheiro (Leopardus colocolo), que habita o Centro-Oeste e tem pelagem com menos manchas.
Atualmente, as duas espécies são geneticamente distintas e não se reproduzem entre si. A descoberta foi feita a partir da análise do DNA mitocondrial (localizado no interior das mitocôndrias, organelas responsáveis por produzir energia nas células) desses animais. Enquanto o DNA "comum" de um indivíduo, conhecido como nuclear, é herdado da mãe e do pai, o mitocondrial vem exclusivamente do lado materno, e se preserva com o passar das gerações.
Os estudos mostraram que o DNA mitocondrial do L. tigrinus vem do gato-palheiro. De acordo com Eizirik, no passado, fêmeas de gato-palheiro cruzaram com machos de L. tigrinus, gerando filhotes com o DNA dos dois animais. Quando a hibridação acabou, os traços do gato-palheiro foram desaparecendo do DNA "comum" do L. tigrinus, gerando novamente indivíduos puros. O DNA das mitocôndrias, porém, continua sendo o do gato-palheiro.
Para Eizirk, as novas descobertas levam a uma importante conclusão: faltam pesquisas sobre biodiversidade, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Atualmente existem cerca de 2 milhões de espécies reconhecidas, mas as estimativas são de que esse número represente de 1 a 5% das espécies existentes. "As pessoas têm a ideia de que os felinos, que agora somam 38 espécies no mundo, são bem conhecidos, mas ainda existem informações básicas sobre eles que não foram descobertas”, afirma o pesquisador.
 

"Estamos passando por uma mudança de paradigma"

Eduardo Eizirik
Pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Quando e por que o L. tigrinus e o L. guttulus se diferenciaram?
A estimativa mínima é que isso tenha ocorrido há cerca de 100 mil anos. A diferenciação pode ter várias origens. Pode ser que o animal de Mata Atlântica tenha colonizado a caatinga e o cerrado, e, por adaptação, tenha ocorrido uma mudança. Pode ser também que elas sequer sejam espécies irmãs. Alguns dados sugerem que o L. tigrinus, a espécie descoberta no Nordeste, seja mais parente do L. geoffroyi. Precisamos de muitos estudos para entender como foi esse processo.
É possível que uma das espécies esteja ameaçada de extinção?
Sabemos pouquíssimo sobre o L. tigrinus. Não sabemos se ele está em toda a região ou se vive em áreas afetadas por mudanças ambientais e ações humanas, o que come, suas principais ameaças. Essa espécie precisa ser avaliada em termos de conservação e pode sim estar ameaçada.
A hibridação é um fenômeno comum na natureza?
Estamos passando por uma mudança de paradigma nesse sentido. Ao longo do século XX, os zoólogos criaram um conceito de espécie que envolve o não cruzamento. Para eles, a hibridação era rara. Isso mudou nas últimas décadas com o advento das técnicas moleculares, porque muitos híbridos não eram detectados por serem morfologicamente parecidos com uma das espécies que os originou. A partir dos anos 1980 e 1990, começaram a aparecer mais casos. Ainda não é comum, mas mais frequente do que se pensava.

Cientistas brasileiros descobrem nova espécie de gato selvagem

Biodiversidade

O "Leopardus guttulus" vive no Sul e Sudeste do Brasil e tem o tamanho de um gato doméstico pequeno

Juliana Santos
Leopardus guttulus, nova espécie descoberta pelos pesquisadores
Leopardus guttulus, nova espécie descoberta pelos pesquisadores - Projeto Gatos do Mato – Brasil
Leopardus tigrinus, espécie de gato-do-mato que ficou com o nome antigo, apesar de ser a menos conhecida
Leopardus tigrinus, espécie de gato-do-mato que ficou com o nome antigo, apesar de ser a menos conhecida - Projeto Gatos do Mato – Brasil
Gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi)
Gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi) - Reprodução Wikipedia
Gato-palheiro (Leopardus colocolo)
Gato-palheiro (Leopardus colocolo) - Projeto Gatos do Mato – Brasil
Uma equipe de pesquisadores brasileiros descobriu uma nova espécie de felino, que vive no Sul e Sudeste do país. O Leopardus guttulus, um tipo de gato-do-mato, tem o tamanho de um gato doméstico pequeno, pelagem com manchas semelhantes às de uma onça-pintada e 2 a 3 quilos de peso. Em um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico Current Biology, os cientistas relatam também dois casos de cruzamento entre espécies diferentes (conhecido como hibridação) de felinos brasileiros.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Molecular data reveal complex hybridization and a cryptic species of Neotropical wild cat

Onde foi divulgada: periódico Current Biology

Quem fez: Tatiane C. Trigo, Alexsandra Schneider, Tadeu G. de Oliveira, Livia M. Lehugeur, Leandro Silveira, Thales R.O. Freitas e Eduardo Eizirik

Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual do Maranhão e outras

Resultado: Os pesquisadores descobriram uma nova espécie de felino, o Leopardus guttulus, e dois casos de cruzamento entre espécies diferentes (conhecido como hibridação) entre os felinos de pequeno porte do Brasil
Eduardo Eizirik, pesquisador do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e sua equipe da área de genética evolutiva de felinos estudam animais de pequeno porte da América do Sul, desde os anos 1990. Um dos objetos de pesquisa era o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), relativamente comum do Sul ao Nordeste do Brasil.
Estudos anteriores concentravam-se nos animais que viviam na região de Mata Atlântica. A equipe de Eizirik foi a primeira a colher e analisar a amostra genética doLeopardus tigrinus do Nordeste. Ao comparar o material genético de gatos-do-mato das duas regiões, os pesquisadores descobriram que, na verdade, eram duas espécies distintas.

Saiba mais

DNA MITOCONDRIAL
O DNA mitocondrial não se encontra no núcleo da célula, mas dentro das mitocôndrias (estruturas responsáveis por fornecer energia, a partir da quebra de nutrientes, para as células). Ele é ideal para o estudo de arqueologia molecular, especialmente por ser naturalmente amplificado, ou seja, apresentar centenas ou milhares de cópias em uma única célula.
Em virtude de regras taxonômicas, o nome já utilizado, L. tigrinus, ficou com os animais do Nordeste, enquanto os do Sul receberam o nome científico L. guttulus. A nova espécie é, portanto, aquela mais conhecida pelos pesquisadores, enquanto pouco se sabe sobre os gatos-do-mato do Nordeste.
A descoberta de um novo felino é um fenômeno raro. A última vez descrição ocorreu em 2006, quando o leopardo-nebuloso encontrado nas ilhas de Bornéu (Indonésia, Malásia e Brunei) e Sumatra (Indonésia) foi identificado como uma espécie. "Ao longo do século XX, praticamente nenhuma das espécies atualmente reconhecidas de felinos foi descrita", explicou Eizirik, em entrevista ao site de VEJA.
Aparências enganam – Pela aparência, é quase impossível distinguir o L. guttulus e o L. tigrinus. "Por observação, notamos que o L. tigrinus tem pelagem um pouco mais clara e manchas menores. A cauda parece ser mais peluda no Sul e mais comprida no Nordeste. Mas essa análise não é estatística", disse Eizirik. Apesar da semelhança física com os gatos domésticos, os gatos-do-mato não são animais dóceis. "Eles não são agressivos a ponto de atacar uma pessoa, até porque nós somos muito grandes para eles, mas são selvagens", explica.
Cruzamento entre espécies – O estudo traz também uma importante descoberta comportamental sobre a nova espécie: casos de cruzamento com o Leopardus geoffroyi,conhecido como gato-do-mato grande. As duas espécies se encontram na região central do Rio Grande do Sul e praticam o fenômeno chamado hibridação.
Os pesquisadores ainda não sabem a causa do cruzamento. Segundo Eizirik, é possível que as duas espécies não saibam se reconhecer e evitar a reprodução. "Pode ser que ocorra uma seleção dos indivíduos que conseguem se distinguir, e a zona híbrida suma com o tempo." A interferência humana, em forma de modificação de habitats e desmatamento, também pode ser uma explicação para o fenômeno.

Brasil terá 576 000 novos casos de câncer em 2014

Epidemiologia

Segundo estimativa do Inca, câncer de pele, de próstata e de mama serão os mais prevalentes

Médico examina paciente com melanoma
Inca: Câncer de pele não melanoma é o mais prevalente entre brasileiros (Peter Dazeley/Getty Images)
O Brasil vai registrar 576 580 novos casos de câncer no próximo ano, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) nesta quarta-feira. Esse levantamento é feito em conjunto com o Ministério da Saúde a cada dois anos. A previsão para 2014 é 11% maior do que o esperado para 2012 (520 000 novos casos). Segundo o Inca, o tipo de câncer mais prevalente tanto entre homens quanto mulheres será o de pele não melanoma, com 180 000 novos casos, seguido pelo de próstata (68 800 novos casos) e o de mama (57 100 novos casos).
De acordo com o estudo Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, outros principais tipos de câncer que vão atingir os brasileiros no ano que vem serão o de intestino (33 000 novos casos), de pulmão (27 000 novos casos) e de estômago (20 000 novos casos). Com exceção do tumor de pele não melanoma, 52% dos novos casos acontecerão entre o sexo masculino e 48% entre o feminino.
"O número cresce no Brasil seguindo uma tendência internacional e fortemente influenciada pelo envelhecimento da população", diz o coordenador de prevenção e vigilância do Inca, Cláudio Noronha. Outros fatores de risco destacados foram tabagismo, responsável por aproximadamente um terço dos tumores, consumo de álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e falta de controle do peso.
Entre os homens, os tumores mais prevalentes serão pele não melanoma, próstata, pulmão, intestino, estômago, tumores na cavidade oral e leucemia. Já entre as mulheres, os mais comuns serão pele não melanoma, mama, intestino, colo do útero, pulmão, estômago, tireoide e ovário. O estudo destacou uma queda nos últimos anos nos episódios de câncer de pulmão entre o sexo masculino, e o de colo do útero entre o feminino. O Ministério da Saúde acredita que a redução do tabagismo no país e o maior acesso das mulheres ao exame preventivo Papanicolau tenham contribuído com a redução.
Mortalidade — De acordo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares. Em 2011, 184 384 pessoas morreram em decorrência da moléstia – o tumor que provocou o maior número de óbitos nesse ano foi o de pulmão (22 426). Hoje, o câncer causa três vezes mais mortes do que doenças parasitárias e quatro vezes mais mortes do que acidentes de trânsito. 
Segundo o Inca, o Sudeste será a região que concentrará o maior número de novos casos no próximo ano (299 730), seguido pelo Sul (116 330), Nordeste (99 060), Centro-Oeste (41 440) e Norte (20 020).

Notícia Super Boa... Laudo da UnB indica que Genoino não precisa de prisão domiciliar

Laudo da UnB indica que Genoino não precisa de prisão domiciliar
"Após ex-presidente do PT passar mal, laudo médico diz que ele não sofre de cardiopatia grave"
Por Felipe Recondo, estadao.com.br

Documento pedido por Barbosa e assinado por cinco médicos afirma que o ex-deputado é portador de 'cardiopatia que não se caracteriza como grave' e que não é 'imprescindível' a permanência em casa

BRASÍLIA - Laudo feito por médicos da Universidade de Brasília (UnB) indica que o deputado licenciado José Genoino (PT-SP) não precisa permanecer em casa para cuidar de sua doença cardíaca. O documento de nove páginas indica que Genoino é "portador de cardiopatia que não se caracteriza como grave".

O laudo é assinado por cinco médicos que integraram a junta médica indicada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.
De acordo com o laudo, "o conceito de doença cardiovascular grave não se aplica ao presente caso em seu contexto clínico-cirúrgico de momento atual, que se apresenta sob impressão de expectativa favorável".
A doença, conforme o laudo, pode ser controlada com medicação anti-hipertensiva de forma regular, acompanhamento ambulatorial periódico e dieta.
"Tanto quanto possível, este tratamento medicamentoso deve ser coadjuvado por dieta hipossódica, restrição de atividade física vigorosa, prática regular de leve a moderada atividade física aeróbica e restrição da influência de fatores psicológicos estressantes, não sendo imprescindível, para tanto, a permanência domiciliar fixa do paciente, salvaguardadas a oferta e administração de medicação", afirmaram os médicos.
Com base nessas informações, Barbosa decidirá se Genoino retorna ao presídio da Papuda para cumprir a pena imposta pelo tribunal no julgamento do mensalão ou se permanece em prisão domiciliar.

BOAS NOTÍCIAS: Junta Médica da Câmara Rejeita Aposentadoria Imediata para Genoino

 Por Erich Decat, estadao.com.br
VEJA.COM
Para o departamento médico da Casa, ex-presidente do PT não é portador de cardiopatia grave mas deve ser mantido em licença para tratamento



Junta médica da Câmara rejeita aposentadoria imediata para Genoino
"Ex-presidente do PT foi submetido a cirurgia cardíaca em julho"
BRASÍLIA - Integrantes da junta médica da Câmara anunciaram nesta quarta-feira, 27, que ainda não há elementos suficientes para que seja apresentado um laudo conclusivo sobre o pedido de aposentadoria por invalidez feito pelo deputado licenciado José Genoino (PT-SP). Para o grupo, composto por quatro servidores do Departamento Médico da Casa, uma decisão só poderá ser tomada em meados de fevereiro de 2014. A decisão foi anunciada em coletiva à imprensa realizada em um das salas das comissões da Câmara.

"A junta concluiu que o periciado não é portador de cardiopatia grave do ponto de vista médico pericial. Levando em consideração que a licença para tratamento de saúde é considerada uma incapacidade laborativa temporária, essa junta médica oficial conclui que o periciado deverá ser mantido em licença para tratamento de saúde por mais 90 dias, a contar desta data", disse o Diretor do Departamento Médico da Câmara, Jezreel Avelino da Silva, ao lado de dois integrantes da junta médica.
A decisão tomada pela junta médica da Câmara também teve como base um laudo, encaminhado nesta terça ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que cinco médicos especialistas em cardiologia da Universidade de Brasília (UnB) concluíram que o petista está em boas condições de saúde, não tem cardiopatia grave e, portanto, não é imprescindível a sua permanência em regime de prisão domiciliar para tratamento.
De acordo com os médicos, após feita a operação cardíaca em julho deste ano, o estado de saúde do petista teve "boa evolução até a presente data". Cerca de duas semanas depois da operação, o deputado apresentou quadro clínico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) que motivou a introdução de um anticoagulante, o qual permanece em uso até a presente data. "Esse quadro cerebral isquêmico reverteu-se completamente após dias, sem deixar qualquer sequelas neurológicas."

Sete dicas para atingir o sucesso, segundo Jorge Paulo Lemann

veja.com
Em bate-papo com estudantes, empresário conta o que chama sua atenção num jovem profissional e sobre como agir para desempenhar uma boa gestão como empreendedor

Jorge Paulo Lemann

Ser ético

"Damos importância grande à ética. As pessoas podem ser diferentes, vir de origens diferentes,  ter qualquer religião. Mas tem que ser ético. Se não é ético, não dá pra trabalhar”.

Ter ambição

"Gostamos de pessoas com brilho no olho, de pessoas que querem fazer alguma coisa, que querem ser bem sucedidas".

Ter conquistas

"Mesmo sendo uma pessoa muito jovem, de até 20 anos, tentamos ver o que a pessoa já fez. Eu gosto de olhar o que o sujeito já fez ou o que já fez diferente"

Ser proativo

"Gostamos de pessoas que andam sozinhas, como aquele profissional que nós sabemos que vai criar algum problema, porque vai querer andar um pouco sozinho e vai fazer alguma besteira. Eu não gosto tanto daquele soldado disciplinado que só vai fazer a coisa quando receber ordem de alguém".

Fazer mais do que falar

"Gosto de pessoas que atinjam resultado. Tem gente que fala muito, fala bonito, mas não acontece. E tem outros que nem falam tanto, mas conseguem chegar lá".

Saber trabalhar em grupo

"Gosto de pessoas que gostam de trabalhar com outras pessoas. O gênio sozinho não funciona dentro do nosso sistema".

Gostar do que faz

"É preciso dar oportunidade para aquilo que a pessoa sabe e gosta de fazer. Quando você olha por aí, as empresas de sucesso são as que basicamente servem bem os clientes e têm funcionários que gostam do que fazem".

O segredo do sucesso em sete dicas de Jorge Paulo Lemann

Negócios

Em bate-papo com estudantes, empresário conta o que chama sua atenção num jovem profissional e sobre como agir para desempenhar uma boa gestão como empreendedor

Talita Fernandes
Jorge Paulo Lemann
Lemann: homem mais rico do Brasil conta o que é preciso fazer para dar certo nos negócios Jorge Paulo Lemann (Alan Marques/Folhapress)
Considerado o homem mais rico do Brasil pela revista Forbes e sócio de um conglomerado que inclui as empresas AB InBev, Heinz e Burger King, o empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann tem lições valiosas a passar aos jovens interessados em empreender. Ao participar de um bate-papo promovido pelo site da Fundação Estudar, entidade que ele mesmo fundou, Lemann, que é avesso a entrevistas, abriu o jogo sobre o que é essencial para se ter sucesso nos negócios. Segundo o empresário, ter ética, ser proativo e fazer (em vez de falar) são algumas das características essenciais — pelo menos em suas empresas.
Ter Lemann como avaliador numa entrevista de emprego (ou ainda como chefe) pode ser algo para pouquíssimos jovens talentos. Mas, segundo ele conta, a cultura desenvolvida em suas empresas tem sido difundida no Brasil de forma ampla. Assim, um bom conselho do empresário que é hoje o mais bem-sucedido do país pode fazer toda a diferença na hora de nortear sua carreira. 

Pearl Jam-Black



'O maior risco é não se arriscar', diz Jorge Paulo Lemann

Negócios

Em bate-papo promovido pelo site da Fundação Estudar, empresário conta como escolheu caminhos nem sempre mais confortáveis para atingir seus objetivos nos negócios; em um de seus primeiros empregos, a empresa quebrou e ele ficou sem dinheiro

Talita Fernandes
Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann: risco é essencial para o sucesso Jorge Paulo Lemann (Alan Marques/Folhapress)
Considerado o homem mais rico do Brasil pela revista Forbes e sócio de um conglomerado que inclui as empresas AB InBev, Heinz e Burger King, o empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann tem lições valiosas a passar aos jovens interessados em empreender. Ao participar de um bate-papo promovido pelo site da Fundação Estudar, entidade que ele mesmo fundou, Lemann, que é avesso a entrevistas, abriu o jogo sobre o que é essencial para o sucesso nos negócios. Segundo ele, tomar risco é fator preponderante. "O maior risco é não se arriscar. Sem tomar algum risco, você não consegue fazer nada”, disse. Durante a conversa, o empresário de 74 anos contou sua trajetória no mundo dos negócios — que incluiu o sucesso e o fracasso de empresas. Segundo ele, em quase todos os casos, optou por situações arriscadas, em vez de confortáveis. 
Numa de suas primeiras empreitadas, no entanto, o risco o levou a ficar sem dinheiro. Ele havia acabado de voltar de uma temporada na Suíça: onde primeiro tornou-se funcionário do banco Credit Suisse e, depois, virou jogador de tênis profissional. Ao chegar ao Brasil, sua família queria que ele fosse trabalhar numa grande instituição financeira. Mas, em busca de mais oportunidade, Lemann escolheu trabalhar na corretora de valores Invesco, da qual era sócio com 2% de participação, mas que rapidamente quebrou. “Apesar de não ocupar nenhum cargo de direção, eu estava ali no meio e foi assustador. O fracasso foi um choque e me traumatizou. Eu achava que era o bom, formado em Harvard. Mas, com 25 ou 26 anos eu estava sem dinheiro. Foi traumático à época. Mas, pensando bem, foi bom.” Segundo o empresário, o Brasil não tinha (e ainda não tem) a cultura de aceitar o fracasso como parte do processo normal de um empresário. "Aqui não é como a Califórnia, onde quem não fracassa acha que seu currículo é ruim. Nossa cultura é portuguesa, europeia", afirma.
Lemann, durante bate-papo com estudantes
Logo depois do fracasso da Invesco, Lemann recusou novamente convites para trabalhar em grandes bancos e optou pelo mercado de ações. “Eu me sentia mais livre em trabalhar numa empresa menor e que estava começando do que em uma com processo mais burocratizado”, conta. Ele seguiu carreira na corretora Libra, que se tornou Garantia — e que, em 1971, foi comprada por Lemann para se tornar o banco (de mesmo nome) que 'batizou' uma geração inteira de administradores e economistas. O Garantia foi criado pelo empresário para ser o 'Goldman Sachs' brasileiro. Ele implementou processos de gestão que até então eram desconhecidos no país, como a meritocracia, os altos bônus e a participação societária dos melhores funcionários no capital da instituição.
Apesar de assumir uma postura de risco, Lemann disse que não se tornou o empresário que é arriscando sem nenhum critério. Segundo ele, assumir riscos em um novo negócio era um processo que resultava de muito treino e reflexão. Como exemplo, citou a compra das Lojas Americanas. “As Americanas tinham uns 100 milhões de dólares em imóveis. Para comprar o controle, precisaríamos de 23 milhões. Então, se nada desse certo, nós tínhamos os imóveis”, conta. Lemann e seus sócios compraram 70% das ações das Lojas Americanas na Bolsa de Valores em 1983 e recuperaram os investimentos dois anos depois, com a venda de 20% desse capital, depois de as ações terem se valorizado.
Para se inspirar no trabalho, Lemann usou como base a dedicação exigida de atletas no tênis, esporte que praticou profissionalmente no Brasil e na Suíça. “Eu vim do tênis, um esporte em que não se ganha sempre. Quando você perde, você tem que dar volta por cima”, comenta.
Segundo o empresário, sua motivação para tentar melhorar veio principalmente da mãe, que, diz Lemann, se incomodava com o fato de o marido não ser muito bem sucedido nos negócios e decidiu projetar um futuro ambicioso para o filho. Seu pai, nascido na Suíça, imigrou para o Brasil na década de 1920, onde criou a fábrica de laticínios Lemann & Company (a Leco). Segundo o empresário, o pai era "boa praça, simpático, mas não era bem sucedido". Faleceu antes de ficar rico e, sobretudo, assistir ao sucesso do filho: Lemann tinha apenas 14 anos quando perdeu o pai, de acordo com o livro Sonho Grande, da editora Sextante, que conta a trajetória do empresário. 
Durante o bate-papo, o fundador da Ambev contou que, mesmo vindo de uma família que dispunha de recursos, nunca teve dinheiro. "Minhas ambições eram vagas: ser um sucesso, seja lá o que fosse, ser bem-sucedido e ganhar dinheiro. Minha família tinha recursos patrimoniais de herança, mas não tinha fluxo de caixa. Eu tinha necessidade de ganhar dinheiro para viver bem. Não tinha recursos disponíveis para ter uma vida", disse.
Aos jovens brasileiros, ele assegurou que as condições para o sucesso são muito melhores hoje do que há cinquenta anos. Principalmente devido a uma série de informações disponíveis pela internet.  Ele repreendeu a postura daqueles que apenas criticam a situação do país e recomenda que a juventude aproveite os desafios em benefício do desenvolvimento pessoal e profissional. “Eu vejo muitos jovens reclamando das dificuldades do Brasil. Mas, se tem problema, tem oportunidade. E nós dependemos do jovem para melhorar o Brasil dentro de 20 ou 30 anos”, comenta.
O empresário não comentou sobre o crescimento surpreendente de sua fortuna durante o bate-papo. Mas isso não significa que, mesmo levando um estilo de vida austero para os padrões de um bilionário, Lemann seja desprovido de vaidade. Ele reconheceu que, por meio de seus negócios, deixa um legado que, “em termos de eficiência de qualidade, está servindo de exemplo para melhorar a comunidade econômica brasileira”.

Senado aprova voto aberto para cassação e vetos

Congresso

Proposta aprovada pelo Senado agora segue para promulgação do Congresso; apreciação da indicação de autoridades, no entanto, continuará sigilosa

Gabriel Castro, de Brasília
Plenário do Senado durante sessão deliberativa
Plenário do Senado durante sessão deliberativa (Arthur Monteiro/Agência Senado)
O Senado Federal aprovou na noite desta terça-feira, em segundo turno, a Proposta da Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o sigilo nas votações de cassação de mandato e apreciação de vetos presidenciais. Foram 58 votos favoráveis e 4 contrários. Para entrar em vigor, a PEC depende apenas da promulgação em sessão do Congresso.
Os senadores modificaram a proposta da Câmara, que pretendia acabar com todos os tipos de votações secretas no Legislativo. Ao contrário dos deputados, os senadores têm a atribuição de apreciar indicações da Presidência da República para autoridades, como embaixadores, diretores de agências reguladoras e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Essas deliberações continuarão sendo sigilosas.


Os senadores também retiraram do texto o dispositivo que estende as novas regras às Assembleias Legislativas dos estados e às Câmaras Municipais. A mudança, portanto, vale apenas para o Congresso.

A tramitação da proposta do voto aberto acelerou depois dos protestos de junho. Quando a Câmara manteve o mandato do deputado-presidiário Natan Donadon (RO), em agosto, o clamor pela aprovação da medida se intensificou. Apesar disso, havia discordâncias sobre a solução a ser adotada: muitos parlamentares, especialmente no Senado, eram contra a extinção de todas as modalidades de voto secreto.

Com a aprovação da proposta, é provável que os processos de cassação dos deputados mensaleiros – Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) – ocorram em votação aberta.

Embate – As votações das emendas mostraram uma divisão no plenário sobre quais tipos de votação deveriam permanecer secretas. O grupo que pretendia aplicar o voto aberto a todos os casos saiu derrotado. “Chegará o dia em que as pessoas vão se surpreender ao saber que o parlamento brasileiro votava de forma secreta”, afirmou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), defensor do voto aberto em todas as ocasiões.

O líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), pediu cautela: o tucano defendia que os vetos também fossem submetidos à deliberação secreta. “Nós estamos aqui para deliberar a respeito de uma questão muito grave, uma questão que envolve equilíbrio entre os Poderes. Talvez nós nem possamos imaginar agora a que ponto ela operará no funcionamento das instituições democráticas brasileiras”.