sexta-feira 18 2013

Captura dos animais prejudica investigação, diz promotor

São Paulo

Wilson Velasco Júnior, do Ministério Público de São Roque, estava conduzindo a investigação há quase um ano e até então não havia encontrado nenhuma irregularidade nos testes realizados com cães no laboratório

Eduardo Gonçalves
O promotor do Meio Ambiente de São Roque (SP), Wilson Velasco Júnior, afirmou nesta sexta-feira que a retirada dos animais do Instituto Royal prejudicou as investigações que estão sendo conduzidas há quase um ano pelo Ministério Público. Ativistas contrários à realização de testes em animais invadiram a empresa e levaram 178 cães da raça beagle, coelhos e alguns gatos no interior paulista.
“Uma das linhas de investigação era a análise da condição física dos animais, mas como eles não estão mais lá [no Instituto Royal], a eventual perícia foi prejudicada”, disse Velasco. Ele também afirmou que a apuração continuará, mesmo com a ausência das provas materiais.
No final do ano passado, o promotor instaurou inquérito para averiguar denúncias de maus tratos praticadas contra animais no instituto. Visitou o local duas vezes e em nenhuma delas constatou irregularidades no trato. As idas ao laboratório ocorreram na companhia de veterinários indicados pelo MP.
Questionado se a apresentação de fotos e vídeos pode atestar a ocorrência dos maus tratos, o promotor respondeu que as provas podem “tanto ajudar na investigação como ser inconclusivas”. O mesmo se aplica a laudos elaborados por veterinários.
Velasco contou que se reuniu com os ativistas na última quarta-feira e explicou os “motivos legais” para não realizarem a ação de invadir e furtar as propriedades privadas. A direção do Instituto Royal acusou os ativistas de furto qualificado e classificou a ação como “atentado terrorista”.
Segundo o diretor do instituto, João Antônio Pegas Henriques, os invasores arrombaram portas, depredaram instalações e saquearam computadores e documentos, além de terem levado os animais. "Estamos acionando nosso departamento jurídico para responsabilizar os responsáveis nas esferas civil e criminal, pois houve saques e danos", disse.
A empresa também informou que suas atividades são regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência, no entanto, informou por meio de nota que "as regras para o uso de animais em pesquisa não são definidas e não são objeto de fiscalização da Anvisa”.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que rondas policiais foram feitas em clínicas veterinárias de São Roque em busca dos animais capturados. Segundo a SSP, a medida é necessária, pois os animais representam riscos à saúde pública devido aos testes aos quais foram submetidos no instituto.  
(Com Estadão Conteúdo)

Mostra SP: 'Inside Llewis Davis' e o inverno criativo do folk

Cinema

Novo filme dos premiados irmãos Joel e Ethan Coen reúne elenco afinado e homenageia o florescimento do estilo musical na década de 1960

Diego Braga Norte
Inside Llewyn Davis
Inside Llewyn Davis (Divulgação)
Ainda com a tela escura, suaves acordes de violão anunciam que o filme começou e, com o perdão do trocadilho óbvio, dão o tom de Inside Llewyn Davis, dos irmãos Joel e Ethan Coen, exibido na abertura da 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, nesta quinta. Em linhas gerais, poderíamos afirmar que a obra é uma homenagem dos diretores americanos à música folk. O longa é também um drama pessoal poderoso sobre as desventuras do protagonista e um retrato de um período importante da história da música. Com uma tocante atuação do ainda desconhecido Oscar Isaac (fazendo Llewyn Davis), o elenco tem também Carey Mulligan (O Grande Gatsby e Shame), Justin Timberlake (sim, ele mesmo, o cantor, ator, ídolo pop e sex symbol, não necessariamente nesta ordem), John Goodman (Argo) e o bonitão Garrett Hedlund (Tron, O Legado).
Llewyn Davis é um jovem músico que tenta se estabelecer no alternativo Greenwich Village de Nova York no início dos anos 1960. O tempo e o local da história não são escolhas aleatórias. Na mesma época, a cidade testemunharia o aparecimento e rápida ascensão do maior cantor de folk music de todos os tempos, Bob Dylan. Com referências diluídas ou diretas, o espectro de Dylan permeia toda a produção. Davis é levemente inspirado em Dave Van Ronk, um cantor folk que caiu no limbo da história após o aparecimento fulminante de Dylan. Inclusive o título do filme remete a um álbum de Van Ronk, gravado em 1963, que se chama Inside Dave Van Ronk.

Todas as músicas ao longo do filme foram interpretadas pelos próprios atores, porque os diretores quiseram dar mais veracidade e emoção às canções. Com isso, Oscar Isaac tem a oportunidade de mostrar uma voz cheia de personalidade e intimista. Os fãs e mesmo aqueles que não gostam de Justin Timberlake podem se surpreender com seu desempenho desenvolto no violão e sua voz em baladas folk. Até mesmo o caótico Adam (Adam Driver), da série de TVGirls, solta a voz em uma participação divertida.
Carregando seu violão e sua mala para cima e para baixo, Davis não possui casa e depende da boa vontade de amigos e conhecidos para dormir algumas noites em sofás e tapetes. O músico tampouco tem dinheiro para comprar um casaco apropriado para o inverno rigoroso, pois o que ganha tocando aqui e acolá não é suficiente para a sua subsistência. O frio que atravessa todo o filme é peça importante na composição do personagem que, como diria Ricardo III, vive seu inverno do descontentamento, com sua alma gelada e futuro sombrio. No entanto, a possibilidade de uma carona para Chicago faz Davis vislumbrar mudanças na carreira. Dividindo o carro com uma figura desagradável (John Goodman, em grande participação) e com seu ajudante de ordens caladão e misterioso (Garrett Hedlund), o cantor tem uma viagem conturbada e penosa. Em Chicago, ele procura um influente produtor e empresário musical a quem pretende mostrar suas músicas e assim fazer decolar a carreira.
Num contexto de Guerra Fria e após duas grandes guerras (a Segunda Guerra e a Guerra da Coreia), a música folk ganhou força nos EUA por ter em suas letras aspirações mais humanistas e pacifistas. Até seus instrumentos, tocados quase sempre sem amplificação nenhuma, soavam singelos e inofensivos. Por intermédio de Llewyn Davis, os premiados irmãos Coen — Palma de Ouro em Cannes em 1991 e donos de alguns Oscars, incluindo os de melhor direção e melhor filme por Onde os Fracos Não Têm Vez, em 2008 — narram uma história simples e sincera, mas com um fio condutor emotivo e cativante, a música folk. Não há como não simpatizar com o personagem principal durante o filme. E, se para muitos as manifestações culturais têm ciclos, parece ser o momento do retorno do folk. Após Searching for Sugar Man ganhar o Oscar de melhor documentário no ano passado, reativando a carreira de um músico folk desconhecido, Sixto Rodriguez, é a vez de Llewyn Davis tocar seu violão e comover plateias.

Nomes das Empresas que Também Realizam Testam Animais





O acontecimento tomou tamanha proporção que, um link hospedado no site da organização, tem circulado nas redes sociais para divulgar os nomes das empresas que também realizam esse tipo de teste. No arquivo, estão presentes nomes como:

• Johnson & Johnson

• Unilever

• Revlon

• L'Oreal

• Close-up

• Dolce & Gabbana

• L'Occitane

• M.A.C. Cosmetics

• Mary Kay

• Michael Kors

• Olay

• Shiseido Cosmetics

• P&G

O LADO DAS EMPRESAS

Em comunicado à imprensa, a Unilever anunciou que não realiza testes em animais em território nacional. E que a companhia realiza pesquisas a fim de criar métodos alternativos.

— Em âmbito global, a aplicação de testes em animais é a exceção e não a regra na Unilever e utilizada muito raramente e apenas quando não há método alternativo disponível (testes em laboratórios ou modelos computadorizados) ou quando a legislação de um país realmente exigir e não existir alternativa segura. A Unilever deseja eliminar a realização de testes em animais da legislação, mas isso leva tempo, pois cada país tem diferentes diretrizes sobre o tema.

A L'Occitane também deu o seu pocisionamento:

— O que estamos fazendo é trabalhar junto com todos os órgãos necessários a fim de abolir este tipo de teste como é feito na Europa, onde nossa fábrica está localizada. Neste sentido, nenhum produto passa por testes em animais, conduta da marca desde a sua fundação.

Mary Kay procurou frisar que, no Brasil, a marca utiliza métodos alternativos:

— A Mary Kay está comprometida com o fim de teste em animais e defende fortemente a utilização de métodos alternativos para garantir a segurança de seus ingredientes e produtos. Nós não conduzimos teste em animais em nossos produtos ou ingredientes, tão pouco pedimos a terceiros que façam isso em nosso nome, exceto quando absolutamente requerido por lei. Por mais de duas décadas, somos líderes globais no desenvolvimento de métodos alternativos para garantir a segurança do produto. Este compromisso se mantém até hoje, em parceria com agências regulatórias globais, que gerenciam segurança em cosméticos, grupos de proteção aos animais e líderes de pesquisa em métodos alternativos.

Tanto L'Occitane quanto Mary Kay ressaltaram que os testes em animais se mantém apenas na China, onde são requeridos por lei.

Questionada pela reportagem do R7, a P&G declarou sua versão sobre o caso do produto Clairol.

— A P&G afirma que os produtos da marca Clairol não são testados em animais e nem é solicitado de nossa companhia que qualquer fornecedor ou laboratório realize testes em animais em nosso nome.



COMUNICADO IMPORTANTE SOBRE O INSTITUTO ROYAL
(DIVULGUEM A TODOS OS PROTETORES E ATIVISTAS)

1. Apesar das notícias de que um juiz teria determinado a busca e apreensão dos animais resgatados, por enquanto essa informação não está confirmada....
2. Gostaríamos de dar os parabéns pelo zelo e dedicação de todos os que participaram de modo pacífico da manifestação, e ajudaram no resgate de animais feridos, mutilados e vítimas de maus-tratos.
3. Além de salvar os animais, porém, é muito importante que todos auxiliem na produção de provas dos crimes de maus-tratos ocorridos no instituto, o que justificou o resgate dos animais.
4. Por favor, encaminhem fotos, vídeos e documentos que comprovem os maus-tratos para a COMISSÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA ANIMAL DA OAB - SP, para a instrução do Processo: Rua Anchieta, 35, 1.º andar, CEP 01016-900.
5. É muito importante que os animais sejam levados ao veterinário, e que seja solicitada a elaboração de laudos que comprovem os maus-tratos, o que inclui a realização de "experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos" (Lei 9.605/98, art. 32, § 1.º).
6. Os laudos devem conter a descrição de ferimentos, amputações, mutilações, intoxicação, inoculação de substâncias agressivas, sequelas decorrentes das experiências e confinamento, indução de tumores para pesquisas etc.
Atenciosamente,
Ricardo Ligiera
Presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB-SP

Marcas Nacionais que eram Atendidas Pelo Instituto Royal

Algumas Marcas de Produtos Que São Testados em Animais



Você também pode fazer a sua parte, boicotando produtos das empresas que insistem em fazer testes com animais .

Pense bem na próxima vez que você for ao supermercado comprar produtos para sua família.

Ativistas resgatam 200 cães usados como cobaias e usam as redes sociais para viabilizar adoções

 O grupo de ativistas já se mobilizou para achar um lar para os cães resgatados do Instituto Royal, em São Paulo
Segundo ativistas, alguns cães usados em testes do Instituto Royal tinham tumores e estavam mutilados
Segundo ativistas, alguns cães usados em testes do Instituto Royal tinham tumores e estavam mutilados (Reprodução)
Ao menos 200 cães da raça beagle foram resgatados na madrugada desta sexta-feira (18) por dezenas de ativistas de um centro de pesquisa farmacêutica chamado Instituto Royal, na cidade de São Roque, interior de São Paulo. As informações são da Guarda Municipal e da Polícia Militar do município.
O mesmo grupo de ativistas já se mobilizou para achar um lar para os cães resgatados. Eles criaram uma página na rede social Facebook para conhecer candidatos a adotar os beagles. Os interessados podem acessar a página aqui.
O local já era sitiado pelos ativistas há cerca de uma semana em protesto contra a condição de supostos maus-tratos sofridos pelos cães usados como cobaias. O registro da ocorrência está sendo realizado na Delegacia de São Roque.
Por volta de 2h da madrugada desta sexta-feira (18), os portões do instituto foram arrombados e o local invadido. Uma fila indiana foi formada de dentro do prédio até a saída para o resgate dos cães.
Animais em péssimas condições
Dentre os cães resgatados na madrugada, se encontravam animais sem um dos olhos, com o pêlo raspado, e até um morto dentro de um saco plástico.
Os ativistas afirmaram se tratar de um ato de protesto contra o uso de animais em testes para a industria farmacêutica.
A reportagem tentou procurar mais informações sobre o Instituto Royal para saber que tipo de pesquisa é realizada com cobaias, mas o website da organização está fora do ar.

Cães cobaia vêem o sol pela primeira vez (Legendado PT-BR)



Pisando no chão pela primeira vez
Em outra ação de resgate, a ONG ARME recuperou nos Estados Unidos, nove Beagles criados para testes em laboratórios que nunca haviam saído de suas caixas de metal. A operação aconteceu em 2011 e segundo a organização um planejamento para adoção dos cães foi concretizado. Veja a abaixo o vídeo com os cães interagindo e vendo, pela primeira vez, o sol.
Nota da Redação: Os ativistas que participaram do resgate provaram que a luta por direitos animais está viva no Brasil e merecem destaque na história recente sobre a causa animal. Salvaram a vida de animais indefesos que seriam torturados e mortos em testes laboratoriais feitos pela empresa. A ANDA está acompanhando este caso e atualizamos imediatamente nosso leitores sobre cada novo acontecimento.

'O cidadão tem direito a não querer ser biografado', diz Chico Buarque


LUCAS NEVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

O cantor e compositor Chico Buarque ensaiou nesta quinta-feira (17), em entrevista à Folha em Paris, um mea-culpa em relação a seu apoio à necessidade de autorização prévia de figuras célebres ou dos herdeiros destas para a comercialização de biografias. Mas voltou a defender "que o cidadão tem o direito de não querer ser biografado".

"Posso até não estar muito bem informado sobre as leis e posso ter me precipitado [...] repito: posso ter me enganado [...]se a lei está errada, se eu estou errado, tudo bem, perdi", disse ele, ao ser abordado pela reportagem na entrada do prédio da Île Saint-Louis, um dos endereços mais nobres da capital francesa, onde escreve seu novo livro.
"Entendo que alguns artistas, algum cidadão, algum ator queira preservar a sua intimidade. Não acho que isso seja uma aberração. Acho que é um direito [...] São problemas que não são levados pelo artista ao público, [questões] com que ele toma o maior cuidado. Não transforma isso em música, não escreve a respeito, quer preservar para si. Acho respeitável", completou o músico.
Daryan Dorneles/Divulgação
O cantor e compositor Chico Buarque
O cantor e compositor Chico Buarque
A manutenção desse imperativo de anuência (ancorado em brecha do Código Civil brasileiro) é a principal bandeira do Procure Saber, grupo que reúne, além de Chico, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Milton Nascimento, Erasmo Carlos e Djavan, com a empresária e ex-mulher de Caetano, Paula Lavigne, como porta-voz.
Os músicos têm por antagonista a Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel), que move desde 2012 no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando a obrigatoriedade do consentimento dos biografados. A corte deve realizar em novembro audiência pública para discutir o tema.
Depois de Chico quebrar o silêncio e publicar artigo no jornal "O Globo" na quarta-feira (16) defendendo o direito à privacidade de Roberto Carlos, que conseguiu banir livro a seu respeito em 2007, a reportagem foi procurá-lo para pedir detalhes sobre o alinhamento do compositor à agenda do Procure Saber. Esperou nos arredores do prédio dele por quase oito horas no primeiro dia, em vão. Mais tarde, o assessor do músico diria, por e-mail, que ele havia decidido não dar entrevistas, "pois o assunto já o distraiu bastante do processo de criação do novo livro".
A reportagem, no entanto, decidiu perseverar na vigília, talvez se aferrando ao sofisma costurado por Chico e Ruy Guerra à letra de "Bárbara": "Nunca é tarde, nunca é demais". Voltou, pois, ao posto de sentinela no dia seguinte. Passaram por ali turistas severamente não francófonos pedindo informações sobre a localização da vizinha Notre-Dame e um ou outro interessado nas pechinchas da também vizinha imobiliária (com destaque para o apartamento de 70 m² na Île ela mesma, em edifício do século 18, a R$ 2,95 milhões).
Até que Chico apareceu a metros do portão de entrada de seu edifício, passo apressado, edição do "Le Monde" sob a axila, óculos de lente fosca. Só respondeu à reportagem ao terceiro "Chico!". Resistiu de início, dizendo já ter se pronunciado por intermédio do artigo. Mas acabou falando por quase oito minutos.
Leia abaixo a entrevista.
*
Folha - Por que aderiu ao grupo Procure Saber?
Chico Buarque - Posso até não estar muito bem informado sobre as leis e posso ter me precipitado, mas eu acho e continuo achando, que o cidadão tem o direito de não querer ser biografado, como tem o direito de não querer ser fotografado ou filmado. Me pareceu natural isso. Parece que não. Parece que essa ideia já está perdendo [espaço] na mídia, por interesses ou não por interesses, e está correndo o risco de não vingar na Justiça.
Agora, o que tem que ficar claro é que nós não começamos esse movimento. O movimento para modificar a lei partiu da Associação Nacional de Editores.
O que a gente pretendia era deixar as coisas como estão, no sentido de se poder preservar a privacidade de qualquer cidadão, não me refiro [necessariamente] a artista... agora, essa é uma discussão que é até bom que seja levada adiante, mas não nos termos em que as coisas estão acontecendo. Já virou uma batalha num nível muito pessoal --e desigual.
Não adianta querer dizer que os artistas são famosos, são isso, são aquilo. Nós somos pequenos nessa briga. Repito: posso ter me enganado. Eu julgava que eu estava tendo uma posição sensata.
Não é natural que se o público tenha curiosidade em saber mais sobre figuras que admira, e isso inclua episódios de diferentes naturezas, tanto favorável quanto desfavorável, para que se chegue a uma visão completa?
A mim, me pareceu --não falo nem por interesse pessoal. Quem tem interesse nisso são mais as editoras. Eu não tenho problema quanto a isso.
Entendo que alguns artistas, algum cidadão, algum ator queira preservar a sua intimidade. Não acho que isso seja uma aberração. Acho que é um direito.
Me pareceu [ênfase] que era um direito. E parece que não. Então tá bom: então vai se criar um outro tipo de situação.
As biografias serão automaticamente liberadas, e os biografados poderão recorrer à Justiça para receber uma indenização que parece que não é significativa. Ou, quem sabe, para até retirar o livro de circulação.
Paulo César de Araújo sugeriu que a sua filiação ao Procure Saber, ao pleito apresentado por Roberto Carlos [pela autorização prévia para biografias], teria sido uma moeda de troca ao apoio deste à agenda pró-fiscalização do Ecad que vocês três defendem. Houve esse acordo?
Isso é uma ilação dele. Eu, em relação ao Roberto Carlos, e ao que eu achava que era o direito do Roberto Carlos de preservar a sua vida pessoal, aspectos da sua vida que ele não queira... antes de se falar em Ecad, em Procure Saber, eu sempre tive essa opinião. Achava que ele tava certo, sim, de se proteger. [ri] Se for levar isso ao extremo, o sujeito é obrigado a deixar invadirem sua casa, fazerem fotografias [dele] de cueca, exporem sua mulher em trajes mínimos, sem poder recorrer.
[No caso do Roberto] Ele pode não querer que se fale de um casamento, de algum problema da infância. São problemas que não são levados pelo artista ao público, que ele toma o maior cuidado,quer preservar para si. Acho respeitável. Agora, se a lei tá errada, se eu tô errado, tudo bem. Perdi.
Como encara as críticas de quem vê incoerência histórica no fato de você, Caetano Veloso e Gilberto Gil terem sido perseguidos e censurados durante a ditadura e agora adotarem uma postura que alguns entendem como defesa da censura?
Dizer que é censura realmente é um pouco pesado. Parece que na lei há esse conflito entre a liberdade de expressão, que é justa e louvável, e o direito à privacidade. São duas coisas que entram em conflito, e é isso que tem de se resolver na lei. Parece que a lei é ambígua --é a informação que eu tenho. Também não estou muuuiiito por dentro da legislação, posso dizer aqui algum despropósito. São as informações que tenho. Estou me baseando nelas e na minha intuição pessoal.
O Procure Saber também faz lobby pelo pagamento de royalties aos biografados ou a seus herdeiros. Em nota, Djavan disse que "editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação". O grupo de fato acha que, no Brasil, escritores enriquecem com suas obras?
Não acredito que seja esse o problema central. Não acredito que a reparação financeira resolva tudo, não acredito que o Roberto Carlos queira reparação financeira. Não é disso que se trata. Não se falou de dinheiro em reunião nenhuma [dos integrantes do Procure Saber], que eu me lembre. Cada um pode ter sua posição. Eu não acho que seja o momento de levantar essa questão.
Colaboraram MATHEUS MAGENTA e JULIANA GRAGNANI, de São Paulo

Chico Buarque, sobre biografias: 'Posso ter me precipitado'

Biografias

Em entrevista à 'Folha', cantor afirma que pode não estar muito por dentro das lei, mas mantém posição: 'O cidadão tem o direito de não querer ser biografado'

Chico Buarque
Chico Buarque (Leonardo Aversa/Agência O Globo)
Chico Buarque voltou a se manifestar a respeito da mordaça às biografias, defendida pelo grupo Procure Saber, do qual faz parte, desta vez em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira. Chico, que desmentido no mesmo dia teve de se desculpar com o jornalista e historiador Paulo Cesar de Araújo, biógrafo censurado pelo cantor Roberto Carlos, por afirmar nunca ter concedido uma entrevista a ele, agora afirma: "posso até não estar muito bem informado sobre as leis e posso ter me precipitado, mas eu acho e continuo achando, que o cidadão tem o direito de não querer ser biografado, como tem o direito de não querer ser fotografado ou filmado. Parece que não".
O cantor afirma ainda que não foi o Procure Saber  — grupo formado por medalhões da MPB, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan, Roberto Carlos, entre outros, liderados pela empresária Paula Lavigne — que deu início a briga. "O que tem que ficar claro é que nós não começamos esse movimento. O movimento para modificar a lei partiu da Associação Nacional de Editores", afirma. Em julho de 2012, a  Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) impetrou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação de Inconstitucionalidade Indireta (ADI) 4.815 que pede que sejam declarados inconstitucionais os artigos 20 e 21 do Código Civil, aqueles que condicionam a publicação de biografias ao aval dos personagens retratados ou de seus herdeiros. A ADI está sob os cuidados da ministra Cármen Lúcia.
“O que a gente pretendia era deixar as coisas como estão, no sentido de se poder preservar a privacidade de qualquer cidadão”, declara Chico. “Nós somos pequenos nessa briga. Repito: posso ter me enganado. Eu julgava que eu estava tendo uma posição sensata.”
Conhecidos pela posição contra a censura em tempos de regime militar, com músicas que se tornaram clássicos como É Proibido Proibir e Cálice, a postura de tais compositores contra a liberdade de expressão surpreende. Sobre isso, Chico afirma que apontá-los como censores é “um pouco pesado” e, novamente, se diz pouco conhecedor da legislação. “Parece que a lei é ambígua — é a informação que eu tenho. Também não estou muuuiiito por dentro da legislação, posso dizer aqui algum despropósito. São as informações que tenho. Estou me baseando nelas e na minha intuição pessoal”, diz.

Jovem Malala Yousafzai é recebida pela rainha Elizabeth II

Grã-Bretanha

Ativista de 16 anos entregou exemplar de biografia para a rainha durante encontro sobre educação

A jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai entrega uma cópia de seu livro para a rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckingham, em Londres
A jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai entrega uma cópia de seu livro para a rainha (Yui Mok/WPA Pool/Getty Images)
A jovem paquistanesa Malala Yousafzai foi recebida nesta sexta-feira pela rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham, em Londres. A estudante de 16 anos, que se transformou em um símbolo internacional da defesa da educação feminina após ser baleada pelos fundamentalistas do Talibã, foi recebida durante uma recepção do Commonwealth (Comunidade Britânica) organizada pela monarquia para discutir a juventude e a educação. Além de Malala, o encontro contou com a participação de 350 acadêmicos de vários países.
A jovem, que esteve acompanhada por seu pai, Ziauddin, entregou à rainha uma cópia de seu livro, intitulado Eu sou Malala. “É uma grande honra estar aqui e queria lhe dar este livro”, disse a menina ao entregar o exemplar à soberana.
Ao conversar com a rainha, Malala, que recentemente ganhou o prêmio Sakharov de Liberdade de Consciência do Parlamento Europeu, explicou que luta para que todas as criança tenham o direito de receber uma educação em todas as partes do mundo, “inclusive, neste país também”.
Na sequência, Malala riu com um comentário do príncipe Philip, marido da rainha, que disse em tom de brincadeira que os pais britânicos ficam felizes quando seus filhos frequentam o colégio porque assim têm “mais tempo livre”. 
Em outubro de 2012, a jovem levou um tiro na cabeça disparado por um membro do grupo terrorista islâmico Talibã por criticar o movimento extremista e defender o direito de educação das meninas. Ela sobreviveu ao ataque e foi transferida para a Grã-Bretanha para ser operada. Atualmente, mora em Birmingham, onde frequenta a escola.
(Com agências EFE e France-Presse)

Cientistas criam método para 'ler pensamentos'

Cérebro

Técnica detecta pensamentos que envolvam valores, mas há outras aplicações possíveis, como ajudar quem perdeu a fala a se comunicar por pensamento

Imagens de ligações de neurônios do cérebro podem prever o quão inteligente você é, diz estudo
"Ler pensamentos": pesquisa utilizou situações cotidianas para avaliar a atividade cerebral dos pacientes   (Kiyoshi Takahase Segundo/Getty Images/iStockphoto)
Cientistas descobriram um jeito de "ler mentes". A técnica, por enquanto, só funciona com pensamentos numéricos e não permite descobrir exatamente em que a pessoa está pensando, mas torna possível saber se alguém está pensando em valores. A descoberta pode levar a diversas aplicações no futuro, como permitir que pacientes que perderam a capacidade da fala após um derrame, por exemplo, se comuniquem por meio do pensamento.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Numerical processing in the human parietal cortex during experimental and natural conditions

Onde foi divulgada: periódico Nature Communications

Quem fez: Mohammad Dastjerdi, Muge Ozker, Brett L. Foster, Vinitha Rangarajan e Josef Parvizi

Instituição: Universidade Stanford, EUA, e outras

Dados de amostragem: 3 pacientes com epilepsia que tiveram eletrodos implantados no cérebro

Resultado: Os pesquisadores conseguiram identificar uma região do cérebro que, quando ativa, significa que a pessoa está pensando em números, valores ou quantidades.
Teorias "conspiratórias" afirmam que a técnica pode ser utilizada para criar um chip que mapeie pensamentos. "Se fosse um jogo de baseball, nós teríamos acabado de comprar o ingresso para entrar no estádio", compara Josef Parvizi, neurologista da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.
Situações reais – Publicada nesta terça-feira no periódico Nature Communications, a pesquisa é a primeira a medir a atividade cerebral de voluntários não apenas em ambientes laboratoriais, mas em ações cotidianas. Os três voluntários do estudo foram pacientes que estavam internados em um hospital, aguardando uma cirurgia para epilepsia resistente a medicamentos. Para descobrir o local do cérebro que originava as convulsões e verificar a possibilidade de removê-lo cirurgicamente sem afetar outras funções do organismo, esses pacientes tiveram parte do crânio removida para a implantação de eletrodos diretamente no cérebro. Enquanto aguardavam os resultados dos exames, os participantes permaneceram internados, mas podiam realizar atividades como conversar com amigos e familiares, comer e assistir televisão.
Os pacientes responderam um questionário com perguntas de verdadeiro ou falso. Algumas envolviam raciocínio matemático (como “2+4=5”?) e outras memória episódica, ou seja, eventos que podem ser lembrados conscientemente ("você tomou café esta manhã?"). As ações dos participantes durante os dias em que estavam sendo monitorados com os eletrodos também foram filmadas, para que os pesquisadores pudessem comparar as atividades com o comportamento das células nervosas.
Dessa forma, os cientistas descobriram que a atividade na parte do cérebro chamada sulco intraparietal, relacionada à capacidade de lidar com números, aumentava apenas quando os voluntários faziam cálculos ou pensavam numericamente. Um dos pacientes, por exemplo, falava com um amigo sobre ter recebido “um pouco mais” de um analgésico, e outro mencionou “uma crise epiléptica de 10 a 15 minutos”. Em ambos os casos, a atividade no sulco intraparietal disparou, da mesma forma como quando as perguntas de matemática do teste foram respondidas.
Dificuldade – Aplicar essa técnica a uma leitura específica de pensamentos ou de linguagem, porém, seria muito mais complicado. A ciência ainda não descobriu como o cérebro processa conceitos específicos, como palavras ou números. A nova pesquisa revelou onde ocorre o processamento numérico, mas não o circuito específico responsável pelo número dois, por exemplo. Por enquanto, de acordo com o neurologista Josef  Parvizi, apenas é possível dizer que uma pessoa está ou não pensando em números.
As técnicas utilizadas anteriormente para este tipo de estudo, como a ressonância magnética, impossibilitam a análise da atividade cerebral em um contexto da vida real, uma vez que o paciente precisa ficar imóvel em uma câmara escura para que as imagens sejam obtidas. O cruzamento dos dados levou à conclusão de que o padrão de atividade cerebral nos dois ambientes é muito semelhante.

Último eclipse lunar do ano ocorre nesta sexta-feira

Espaço

Fenômeno, que começa às 18h50, poderá ser visto em todo o Brasil

Eclipse: da esquerda para a direita, imagens mostram como deve ser a progressão do eclipse lunar desta sexta-feiraMontagem do Eclipse
Eclipse: da esquerda para a direita, imagens mostram como deve ser a progressão do eclipse lunar desta sexta-feira(Reprodução/Timeanddate.com)
Nesta sexta-feira, um eclipse lunar poderá ser visto no céu de quase todo o mundo. Trata-se de um eclipse penumbral, que acontece quando a Terra intercepta uma parte da luz do Sol que deveria chegar à Lua. O fenômeno, último do ano, poderá ser visto em todo Brasil, na maioria dos demais países da América, da Europa, em toda a África e em algumas regiões da Ásia. A Oceania é o único continente que não terá nem a visão parcial do eclipse.
Para que ocorra um eclipse, Terra, Lua e Sol devem estar alinhados. Dependendo da ordem, o resultado é um eclipse solar (com a Lua entre o Sol e a Terra) ou lunar (a Terra entre o Sol e a Lua). Os eclipses podem ser totais, parciais ou penumbrais. O eclipse lunar total ocorre quando o satélite penetra completamente a zona de sombra projetada pela Terra. O parcial, quando apenas parte da Lua é obscurecida. O penumbral, como o de hoje, acontece quando a Lua passa pela região de transição entre luz e sombra, com a Terra interceptando apenas uma parte dos raios solares.
"Haverá uma pequena diminuição do brilho da Lua", afirma Eduardo Cypriano, professor e pesquisador do departamento de astronomia da Universidade de São Paulo. "Pode ser difícil visualizar o eclipse sem algum instrumento." Cypriano recomenda o uso de binóculos ou de um telescópio amador. Mesmo assim, adverte, o efeito talvez seja quase imperceptível.
Segundo informações da Nasa, agência espacial americana, o eclipse começa às 18:50 e termina às 22:50, no horário de Brasília. O ponto máximo de obscurecimento será às 20:50. O próximo eclipse total da Lua está previsto para abril de 2014, e será parcialmente visível do Brasil.


Saiba como se adaptar ao horário de verão, que começa neste domingo

Horário de verão

A mudança no relógio pode causar sonolência, alterações de humor e déficit de atenção. Algumas medidas facilitam a transição.

Horário de verão: com uma hora adiantada no relógio, sono pode ser prejudicado
Horário de verão: com uma hora adiantada no relógio, sono pode ser prejudicado (Thinkstock)
A partir da zero hora deste domingo, 20 de outubro, começa o horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Os moradores dessas áreas deverão adiantar o relógio em uma hora, com o objetivo de estimular o aproveitamento da luz natural e, consequentemente, economizar energia. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o horário de verão deste ano, que vai até 16 de fevereiro de 2014, reduzirá em cerca de 5% a demanda de energia dos estados participantes. A mudança, porém, pode prejudicar a saúde e o bem-estar daqueles com dificuldades em se acostumar com o novo horário.
Segundo Leonardo Ierardi, neurologista do Hospital Albert Einstein, a perda de uma hora de sono, roubada pelo período, pode provocar alterações de humor, déficit de atenção, sonolência, dor de cabeça e indisposição. Além disso, o horário de verão pode afetar a produção de hormônios secretados pela glândula pineal, cujo trabalho depende do ciclo solar. Ao amanhecer, por exemplo, essa glândula secreta substâncias que ativam o metabolismo e, à noite, produz hormônios que regulam o sono. 
Cochilo — O neurologista explica que, para minimizar os efeitos causados pela alteração na rotina, é importante não cair na tentação de cochilar durante o dia e comprometer ainda mais a qualidade do sono. “Se você teve insônia durante uma noite, tenha certeza de que não terá na próxima, pois o organismo cria a necessidade de um acúmulo de sono. Mas, se cochilar, essa necessidade será saciada, então provavelmente não conseguirá dormir outra vez”, afirma.
A dificuldade para se adaptar ao novo ritmo varia de pessoa para pessoa, segundo Ierardi. “O importante é saber quais são os hábitos ou as atividades que lhe ajudam a relaxar”, diz. Algumas orientações gerais contribuem para o bem-estar no horário de verão.

Do Brasil Para o Mundo - O Instituto Royal, investigado pelo Ministério Público pelo uso de cães em testes para a indústria

O Instituto Royal, investigado pelo Ministério Público pelo uso de cães em testes para a indústria 

Grupo afirma que Instituto Royal, em São Roque, pratica maus-tratos em cães. Ação tinha objetivo de 'salvar' animais e 300 deles teriam sido levados do local
O Instituto Royal, investigado pelo Ministério Público pelo uso de cães em testes para a indústria farmacêutica, registrou um Boletim de Ocorrência de furto na Delegacia de São Roque, no interior de São Paulo, contra os cerca de cem ativistas que invadiram o laboratório na madrugada desta quinta-feira. Todos os animais foram retirados da sede do instituto.
Os ativistas percorreram os três andares do prédio e recolheram os animais. A ação foi comandada por um grupo que estava acampado na frente do prédio. A Polícia Militar impediu que o grupo deixasse o local, mas muitos ativistas já tinham saído do estabelecimento levando animais em seus veículos.
Segundo os ativistas, não há como precisar o número de animais retirados do laboratório, já que ONGs diferentes participaram do recolhimento. A maioria dos ativistas diz que mais de 250 cães da raça beagle, cinquenta coelhos e alguns gatos foram recolhidos.
A direção do instituto classificou a invasão como "ato de terrorismo" e informou que suas atividades são acompanhadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo relato de grupos de defesa dos animais, a Polícia Militar da cidade está fazendo uma ronda nas clínicas veterinárias da região para recapturar os animais retirados do local. A localização deles pode ser rastreada por meio de chips implantados sob a pele dos animais.
(Com Estadão Conteúdo)

10 Grandes médicos forenses da literatura


Com o sucesso de seriados como CSI e Bones a medicina legal caiu no gosto do público, muitas vezes admirados pela tecnologia durante as investigações de crimes instigantes. Na literatura há tempos, médicos forenses encarnam protagonistas de sucesso nas livrarias. Nesta lista uma seleção com os 10 melhores médicos forenses da literatura:

1 - Dr.ª Kay Scarpetta: A descendente de família italiana surgiu pela primeira vez em 1990 no romance Postmortem, de Patricia Cornwell. Legista muito ocupada, é a protagonista de 20 livros, onde o uso da tecnologia forense é essencial para as investigações;

2 - Dr, Alex Delaware: O empático e carinhoso psicólogo forense participa de 27 romances. Nos livros Delaware colabora com o detetive Milo Sturgis, da LAPD, que se diferencia dos demais investigadores por seu gay. Delaware tem especial atenção para com as crianças, mas mantém o cinismo com os bandidos;

3 - Dr.ª Temperance Brennan: A antropóloga forense está presente nos romances de Kathy Reichs, e é especializada em reconhecimento de ossos. Importante salientar que a Brennan do seriado Bones é muito vagamente inspirada nos livros, mas ambas são muito diferentes, entre o livro e a série;

4 - Dr. Tony Hill: Um psicólogo que acaba trabalhando também para a policia de Bradfield. É especialista em reconhecimento de perfis de criminosos, embora em meio as investigações também se utilize de sua intuição;

5 - Dexter Morgan: Um especialista forense em análise de respingos de sangue do fictício Miami-Metro, autua como uma anti-herói vigilante da justiça que utiliza seus conhecimentos para tornar-se um dos mais cultuados serial killer da cultura pop.


6 -Jack Crawford: O personagem está presente nos livros de Thomas Harris, e atua como "Profiler", especialista no estudo de perfis criminosos. Muito competente, Crawford era literalmente capaz de pensar como os criminosos. Tem maior participação em Dragão Vermelho, durante a caçada ao serial killer conhecido como Fada do Dente;


7 - Li Morris: Embora não seja protagonista, está presente na série de romances de Nora Roberts com a detetive Eve Dallas. Um personagem diferente com seus cabelos longo com uma estrela de rock, e o seu tradicional hábito de realizar autopsias ouvindo música;

8 - Dr.ª Maura Isles: Primeiro romance que surge a perita forense da polícia de Boston, e parceira da detetive Jane Rizzoli durante suas investigação. Sucesso nos livros, a dupla também estrela um seriado na TNT Television;

9 - Jack Stapleton e Laurie Montgomery: Casal de médicos legistas patologistas que trabalham juntos na série de livros de Robin Cook. Jack trabalha duro para esquecer a morte do filho e da esposa e aproximação com Laurie termina em casamento;  

10 - Peter Zack: É um psicólogo forense nos livros de G. H Ephron. Em Delírio ele é escalado para descobrir se Nick Babikian é realmente louco, ou então um excelente ator querendo incriminar alguém; 

Instituto Royal acusa ativistas de furto de animais

Bichos

Ativistas recolheram os animais do prédio do laboratório suspeito de praticar maus tratos; polícia percorre clínicas veterinárias para recapturar cães

EU APOIO!!!
Ativista retira cão da raça beagle que era usado para realização de testes no Instituto Royal em São Roque, São Paulo. Cerca de 150 cães foram resgatados sob a alegação de maus tratos
Mais de 250 cães foram foram retirados do Instituto Royal sob a alegação de maus tratos (Edison Temoteo/Futura Press)
O Instituto Royal, investigado pelo Ministério Público pelo uso de cães em testes para a indústria farmacêutica, registrou um Boletim de Ocorrência de furto na Delegacia de São Roque, no interior de São Paulo, contra os cerca de cem ativistas que invadiram o laboratório na madrugada desta quinta-feira. Todos os animais foram retirados da sede do instituto.
Os ativistas percorreram os três andares do prédio e recolheram os animais. A ação foi comandada por um grupo que estava acampado na frente do prédio. A Polícia Militar impediu que o grupo deixasse o local, mas muitos ativistas já tinham saído do estabelecimento levando animais em seus veículos.
Segundo os ativistas, não há como precisar o número de animais retirados do laboratório, já que ONGs diferentes participaram do recolhimento. A maioria dos ativistas diz que mais de 250 cães da raça beagle, cinquenta coelhos e alguns gatos foram recolhidos.
A direção do instituto classificou a invasão como "ato de terrorismo" e informou que suas atividades são acompanhadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo relato de grupos de defesa dos animais, a Polícia Militar da cidade está fazendo uma ronda nas clínicas veterinárias da região para recapturar os animais retirados do local. A localização deles pode ser rastreada por meio de chips implantados sob a pele dos animais.
(Com Estadão Conteúdo)

Laboratório no interior de São Paulo é invadido por ativistas

São Paulo 

Grupo afirma que Instituto Royal, em São Roque, pratica maus-tratos em cães. Ação tinha objetivo de 'salvar' animais e 300 deles teriam sido levados do local

Imagens de cães retirados do Instituto Royal foram postadas nas redes sociais
Imagens de cães retirados do Instituto Royal foram postadas nas redes sociais (Reprodução)
Um grupo de ativistas de defesa dos animais acampado desde o sábado passado em frente ao Instituto Royal, em São Roque (SP), invadiu na madrugada desta sexta-feira a sede do laboratório, que realiza pesquisas nos setores farmacêutico e veterinário, entre outros. Os manifestantes, entre eles integrantes do Black Bloc SP, acusam a empresa de maus-tratos em cães da raça beagle utilizados em pesquisas. 
O ato que culminou com a invasão começou por volta das 20 horas. A Guarda Municipal de São Roque enviou homens e viaturas aos portões do instituto e não registrou tumulto até por volta das 2 horas da madrugada. Após convocarem mais pessoas para irem até a empresa, localizada a 60 quilômetros da capital paulista, os ativistas derrubaram um portão e entraram no complexo do laboratório para, segundo eles, "resgatar" os cães. Cerca de 300 deles teriam sido levados e outros 200 permanecido no local.
A ação chegou a ser transmitida em uma página do grupo na internet, onde foram postados links para fotos com os cachorros retirados do laboratório. A imagem de um cão supostamente congelado em nitrogênio líquido também foi exibida. 
Quase uma hora depois do início da invasão, após tentar barrar os ativistas com um cordão de isolamento, a Polícia Militar deteve algumas pessoas, segundo relato dos próprios manifestantes. De acordo com eles, pouco depois a PM estacionou viaturas na Rodovia Raposo Tavares, onde fica o Instituto Royal, e passou a vistoriar carros em busca dos cães retirados do laboratório.
O caso – Os protestos contra o Instituto Royal começaram ainda no ano passado. Os ativistas alegam que a empresa pratica irregularidades e atos criminosos contra os animais. Nos últimos dias, os manifestantes se reuníram com o prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa (PMDB), e pediram apoio da administração municipal. Eles também exigem atuação do Ministério Público no caso.
O Instituto Royal defende suas pesquisas em seu site e diz que respeita todas as normas nacionais e internacionais no trato com os cães em laboratório. A empresa é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e tem entre suas fontes de financiamento dinheiro público, graças ao apoio de agências de fomento à pesquisa científica. Os defensores dos animais afirmam que a empresa não possui licenças e alvarás para as atividades que realiza.

Operação resgate: três jeitos muito fáceis de revitalizar os cabelos


Lavagem adequada, hidratação e corte regular fazem milagres pelos fios

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 31/01/2011
O cabelo enfraquecido, quebradiço e que cai o tempo todo está com os dias contados. E nem é preciso ir ao melhor salão de beleza ou comprar a máscara capilar mais cara do mercado. Siga a risca três etapas mágicas para garantir o fortalecimento e revitalização das madeixas: lavar, hidratar e cortar.

Hora de lavar
Os cabelos acumulam grande parte da sujeira a qual somos expostos diariamente. A higienização, neste caso, é o primeiro passo para livrar os fios das agressões para que eles não fiquem com a aparência danificada.

De acordo com o cabelereiro Ernani Fernandes, do salão MGet, uma boa lavagem exige cuidados simples. Em primeiro lugar, ensina o profissional, a cabeça deve estar bem molhada para receber o xampu recomendado ao seu tipo de cabelo.
A aplicação deve ser feita no topo, seguida de movimentos em zig-zag com a ponta dos dedos (não esfregue com as unhas) para espalhar o produto no couro cabeludo.

Depois do enxágue, o processo deve ser repetido, com atenção à aplicação do xampu, que agora deve ser passado do topo até as pontas, de cima para baixo, e esfregado por mechas. "Não adianta cumprir as etapas e descuidar do enxague", alerta o profissional.

Os resíduos de cosméticos abrem precedentes para o ressecamento e eletricidade dos fios. Depois, aplique o condicionador, mas com o cuidado de não deixá-los no cabelo. Principalmente quem pena com os fios secos, é tentada a cada banho.

O cabelo fica macio e escorre pelo pente debaixo do chuveiro, e você sonha em manter aquela sensação pelo dia todo. Mas não pense que deixar o creme no cabelo é melhor maneira de conseguir isso. "Os condicionadores conseguem penetrar e tratar os cabelos, fechando as escamas dos fios", afirma o cabeleireiro Paulo César Schettini Paulo César.

Mas deixar o produto depois do banho é péssimo, porque as escamas não se fecham, o cabelo fica elástico e acaba se quebrando à toa . Por isso, também é fundamental usar um creme hidratante ou leave-in após a lavagem.  
Hidratação
Hidratação a cada 15 dias 
As máscaras capilares, mesmo que não sejam de uso profissional, trazem ótimos resultados. Sem dúvida, você pode apelar para as máscaras quando o cabelo ressecar demais. O problema vai amenizar e a quebra dos fios diminui. Mas, mantendo uma rotina de hidratação cada quinze dias, os efeitos dos produtos são muito mais duradouros.

Quando os fios ressecam, a tendência é buscar produtos para cabelos secos. Mas é preciso diferenciar: seus cabelos são secos ou estão ressecados? "Se você tem cabelo oleoso ou normal e está sofrendo com o ressecamento por falta de cuidados, precisa usar uma máscara hidratante específica para o seu tipo de cabelo, e não apara condição que ele apresenta" , afirma o cabeleireiro Peterson Marrichi.

Do contrário, os fios podem ficar oleosos demais, com aparência de sujos e sem vitalidade. Além disso, como ficam mais porosos, os cabelos enfraquecem e podem até cair.

Outro detalhe importante: os fios devem ser lavados antes da aplicação. Com os cabelos limpos, os ativos hidratantes penetram mais profundamente nos fios.

Faça uma massagem com as pontas dos dedos (e não com as unhas) e deixe o produto agir segundo as indicações do fabricante. "A máscara continua agindo mesmo depois que é enxaguada. Se você deixa para lavar o cabelo depois de aplicá-la, o xampu leva embora boa parte do produto" , diz Peterson.  
Cortar o cabelo
Preserve a raiz do cabelo. A máscara deve ser aplicada mecha por mecha, do meio dos fios até as pontas. Se for aplicada no topo, o cabelo ficará com aspecto de sujo, mesmo que tenha acabado de ser lavado.

A raiz solta um óleo natural que, se misturado com qualquer tipo de creme, deixa o cabelo com aspecto pesado. E não adianta achar que pode ficar com a máscara o dia todo. Normalmente, o limite de ação dos produtos não excede os 10 minutos.

A máscara abre as cutículas dos fios, por isso é importante retirar bem passado este tempo, diz Peterson Marrichi. Deixando resíduos da máscara dos fios, eles ficam mais suscetíveis às agressões, como poluição e o jato quente do secador. Nesses casos, a máscara mais prejudica do que ajuda a saúde do cabelo, finaliza o cabeleireiro. 
Corte de três em três meses 
Para muita gente, isso é papo de cabeleireiro. Mas não é, fique certa.

A não ser que seu cabelo demore muito para crescer, este é o tempo médio de duração de um corte.

"Passada essa fase, as pontas começam a abrir e os fios quebram-se com facilidade. Os arrepiados aumentam o volume e os fios fracos começam a cair", explica o cabeleireiro Paulo César Schettini.