quarta-feira 17 2013

Carta suspeita endereçada a Barack Obama é interceptada


 Por Redação*

Carta suspeita a Barack Obama é interceptada (© AP)
Uma carta endereçada ao presidente dos EUA, Barack Obama, com uma "substância suspeita" foi interceptada nesta quarta-feira (17) pela Casa Branca, afirmou o porta-voz do serviço secreto americano, segundo informações da rede americana CNN.
A carta chegou na terça-feira (16), no mesmo dia em que um envelope com uma substância tóxica e mortal foi enviada ao senador republicano Roger Wicker. Mais informações ainda não foram divulgadas.
A carta para o senador foi descoberta pela segurança do Congresso. O teste com o envelope deu positivo nos controles de segurança por conter ricina, uma toxina cujo pó esbranquiçado é mortal se chegar à corrente sanguínea quando inalado, segundo uma fonte do Congresso.
O escritório do líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, confirmou à Agência Efe que a carta era dirigida ao senador Roger Wicker, de 61 anos e membro de vários comitês, entre eles o das Forças Armadas.
O chefe dos agentes de segurança do Senado, Terrance Gainer, informou que substância foi descoberta em um teste de rotina, nas instalações onde são recebidas as cartas destinadas aos congressistas. As autoridades repetiram o exame em mais duas ocasiões, e elas confirmaram o resultado.
Gainer assinalou em um e-mail enviado aos escritórios do Senado que o envelope tinha carimbos de Memphis, no Tennessee, mas não continha informações sobre o remetente.
'Os funcionários do Senado devem permanecer alertas quanto ao manejo de todo o correio', disse Gaines, enfatizando em maiúsculas a palavra 'todo'.
Após receber informações das autoridades policiais, a senadora democrata Claire McCaskill disse aos jornalistas que as autoridades identificaram um suspeito, mas não precisou se ele foi detido.
A secretária de Segurança Nacional dos EUA, Janet Napolitano, que se encontrava no Capitólio junto ao diretor do FBI, Robert Mueller, para discutir com os congressistas os atentados da segunda-feira em Boston, em Massachusetts, não quis fazer comentários sobre o incidente.
Tanto a Polícia do Capitólio como o FBI e outras agências federais abriram uma investigação sobre a procedência da substância dirigida a Wicker.
Toda a correspondência destinada a membros do Legislativo americano é processada em uma instalação no estado de Maryland após os atentados com antraz em 2001.
Esse ano, envelopes com esporos de antraz foram enviados aos escritórios de vários congressistas, entre eles o do senador independente por Vermont, Patrick Leahy, e o do então líder da maioria democrata e senador por Dakota do Sul, Tom Daschle.
A ricina é um alcaloide cristalino extraído a partir das sementes do rícino, segundo o Centro Nacional de Doenças. Apenas um miligrama representa uma dose letal, e não há antídoto.
*Com informações da agência EFE

Copom: decisão desta quarta será crucial para credibilidade do BC


Selic

Falta de clareza sobre próximos movimentos do Copom podem minar investimentos no Brasil e limitar ainda mais o crescimento econômico

Naiara Infante Bertão
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: inflação alta coloca em xeque a política monetária (Ueslei Marcelino/Reuters)
Se, há uma semana, economistas acreditavam firmemente que a trajetória de alta da taxa de juros básica, a Selic, só começaria na reunião de maio do Comitê de Política Monetária, hoje não há mais tal certeza. Diante de uma inflação acima do teto da meta (no acumulado de 12 meses) e de vagos comentários das autoridades econômicas do país sobre as medidas que serão tomadas para conter a subida dos preços, o mercado financeiro sente uma atmosfera de insegurança e imprevisibilidade que podenter efeitos desagradáveis para uma economia que tem dificuldades em engrenar, como a brasileira.
A subida de juros, em si, é vista como positiva pela escola econômica mais ortodoxa. O problema está justamente nas mudanças constantes de expectativa - que acabam minando a confiança do mercado sobre a coerência da atuação do Banco Central. “Quando um empresário vai investir, ele quer um cenário estável ou pelo menos previsível, claro. O mais importante não é o governo subir os juros, mas sim, ser transparente”, disse ao site de VEJA o economista Samy Dana, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
As mensagens que vêm sendo emitidas pelo governo e pelo BC não indicam que haja tal transparência. Todas as autoridades - inclusive a próprio presidente Dilma Rousseff - já disseram à exaustão que acompanham o caminhar dos índices de preço e que não fecharão os olhos para o problema. Contudo, nenhuma atitude foi tomada para combatê-lo.
O ministro Guido Mantega chegou a admitir a necessidade da subida dos juros na semana passada. Mas voltou atrás, segundo declarações dadas ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo. Já a presidente Dilma afirmou, durante sua visita a Belo Horizonte, que os juros jamais voltariam a subir no patamar em que estavam no passado - próximos de 15%. E insistiu que o governo quer combater a inflação por meio das desonerações tributárias - e não pela subida de juros.
As expectativas de que a Selic deve subir já na reunião desta quarta se devem ao fato de o governo não dispor, atualmente, de muitas armas para impedir a subida dos preços, tendo em vista que as próprias desonerações de impostos e os investimentos na ampliação da oferta não têm efeito imediato na economia - demoram cerca de 3 anos. Já a Selic leva de 6 a 9 meses para impactar o mercado.
O problema é que, desde 2011, as expectativas do mercado têm se descolado da atuação do BC - situação que é igualmente preocupante. Há tanta insegurança sobre os próximos passos da autoridade e, inclusive, sobre sua autonomia para decidir qual o melhor rumo da política monetária do país, que qualquer decisão sobre os juros que não esteja alinhada com as expectativas do mercado pode imprimir uma nova rachadura na credibilidade do órgão.
Expectativas - Segundo um texto de autoria do próprio BC, "um dos objetivos centrais do regime de metas é justamente ancorar as expectativas de mercado que, de forma geral, orientam o processo de formação de preços na economia". Isso significa que, à medida que os movimentos do BC passam a ser mais previsíveis, as expectativas de inflação se formam com maior precisão. É possível dizer que a política monetária tem credibilidade quando os reajustes de preços passam a ser próximos da meta - o que não ocorre no Brasil desde 2009.
Quando, em agosto de 2011, enquanto a inflação avançava, o BC decidiu cortar os juros subitamente alegando a crise na Europa, as expectativas ruíram. A deterioração se ampliou em 2012, quando a inflação permanecia muito acima do centro da meta (de 4,5%) e, ainda assim, o Copom continuava cortando juros até chegar à mínima histórica de 7,25%. Hoje, o mercado de juros futuros já precifica a Selic mais alta para o final deste ano - mas os indícios de que essa alta de cerca de 1,25 ponto porcentual ao longo de 2013 realmente ocorra ainda são vagos.
Desde que o regime de metas foi criado, em 1999, a taxa básica de juros é o instrumento primordial usado no controle inflacionário. Quando a Selic sobe, impacta diretamente no custo do dinheiro e os juros bancários sobem - causando um esfriamento da atividade econômica e, consequentemente, do consumo. A demanda por bens e serviços cai porque há menos pessoas e empresas consumindo - com isso, os preços tendem a cair também.
Pressão popular - A situação, este ano, é diferente da vivida nos anos anteriores, em que a inflacão também ficou acima do centro da meta, porque, agora, há pressão popular. “O aumento dos juros agora não vai ser para acalmar os mercados, mas sim a sociedade, que está histérica e com razão porque tem na lembrança o problemas hiperinflacionário que o Brasil viveu antes de 1994”, acredita o analista da M.Safra, Marcelo Fonseca.
O aumento do preço do tomate, que superou 120% em 12 meses, mostra que o poder de compra dos brasileiros vem sendo corroído devido a problemas, sobretudo, na oferta de produtos no país. Ainda que o fruto tenha peso insignificante (de menos de 0,5%) na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação, tal situação abriu os olhos da população para o problema inflacionário. "O tomate é a manifestação de um problema que vinha sendo alardeado pela unanimidade dos economistas e que o consumidor começou a sentir no bolso agora", diz Fonseca.

Barbosa sobre caso Feliciano: "Isso é a democracia"


Supremo

Em palestra na UnB, presidente do STF defendeu a legitimidade tanto da eleição do deputado para comissão quanto dos protestos que pedem sua renúncia

Gabriel Castro, de Brasília
Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, concede entrevista coletiva em Brasília
Presidente do STF foi homenageado em aula magna na UnB (Fellipe Sampaio/SCO/STF)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse nesta sexta-feira que a ela eição do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmaré legal, mas ressaltou que as manifestações contra o parlamentar também são legítimas. "Isso é a democracia", disse Barbosa, que proferiu a aula magna de início de semestre na Universidade de Brasília.
Após sua palestra, o ministro respondeu a perguntas de estudantes. Uma jovem quis saber a opinião de Barbosa sobre o caso Feliciano. O presidente do STF disse que a pergunta era uma "saia justa", mas afirmou que seu posicionamento é "muito simples".
"O deputado Marco Feliciano foi eleito pelos seus pares para assumir um determinado cargo dentro do Congresso Nacional, na Câmara. Os deputados assim o fizeram porque está prevista regimentalmente essa possibilidade", afirmou o ministro, antes de complementar: "A sociedade tem também o direito de se exprimir, como vem se exprimindo, contrariamente à presença dele neste cargo. Isso é democracia".
Feliciano tem depoimento marcado para esta tarde no STF. O deputado é acusado de estelionato por não ter comparecido a dois cultos no Rio Grande do Sul após ter recebido 13 300 reais para participar dos eventos. O depoimento será fechado ao público.
Fazendo menção à universidade, o ministro disse que sua resposta sobre o caso Feliciano "é a resposta de quem viveu durante anos e anos nesse ambiente de liberdade". O presidente do STF foi ovacionado assim que chegou ao centro comunitário da UnB, onde centenas de alunos o aguardavam. Ele foi aplaudido por diversas vezes durante seu discurso.
O ministro sugeriu aos alunos que "leiam tudo", especialmente a Constituição. "Nós precisamos criar um sentimento constitucional nesse país", afirmou. Barbosa foi homenageado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) com uma placa que concede o título de "estudante emérito" da UnB.
Mensalão – O presidente do STF e relator do processo do mensalão disse que o acórdão do julgamento deve sair em breve, mas não estabeleceu um prazo. "Deve sair nos próximos dias. Vai sair, tem que sair", declarou Barbosa.
Apenas o ministro Celso de Mello não concluiu a revisão de seu voto do processo. É o que falta para a publicação do acórdão que permitirá aos réus a apresentação dos últimos recursos antes do cumprimento da sentença.

Em Londres, Lula foge de perguntas sobre mensalão


Mensalão

Ex-presidente teve agenda de eventos, com palestras e reunião com o cantor Bono, da banda U2, e com o executivo Mansour Ojjeh, da MacLaren

Lula encontra Bono, em Londres
Lula e o cantor Bono, em Londres. Ex-presidente não fala sobre o mensalão (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve nesta terça-feira seu tradicional silêncio quando questionado sobre escândalos ocorridos durante o seu governo. Em visita a Londres, Lula se recusou a comentar o pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal à Polícia Federal para investigar as acusações de ter intermediado o repasse de 7 milhões de reais de uma fornecedora da Portugal Telecom ao PT. "Não vou falar sobre isso", disse.
A frase foi dita pelo ex-presidente durante a abertura de uma exposição do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado no Museu de História Natural de Londres. Após se negar a responder aos jornalistas sobre a abertura de inquérito para apurar seu envolvimento no mensalão, seguranças do ex-presidente barraram repórteres, impedindo novas perguntas sobre o tema.
Mais cedo, Lula fez uma palestra em evento do Banco BTG e teve um encontro com o cantor Bono, da banda U2, e com o executivo Mansour Ojjeh, da empresa automobilística MacLaren. Com o cantor, Lula falou sobre o plano de Bono de um "Bolsa Família mundial" . O conteúdo da conversa com o empresário não foi divulgado.
Investigação - A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu na última sexta-feira à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar a acusação do empresário Marcos Valério,segundo a qual o ex-presidente Lula teria negociado, no início de seu mandato, repasses para o PT com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom. É o primeiro inquérito aberto formalmente para investigar o conteúdo do depoimento que Valério prestou à Procuradoria Geral da República, em setembro do ano passado. Além de Lula, o ex-ministro Antonio Palocci Filho também é citado no caso. A Polícia Federal recebeu o pedido na segunda-feira . 
As novas acusações contra Lula surgiram no ano passado, na fase final do julgamento do mensalão. Já condenado, o publicitário Marcos Valério resolveu contar ao menos parte do que sabe ao Ministério Público. Ele disse que o então presidente não só sabia da engrenagem criminosa como se envolveu diretamente na montagem do esquema.
(Com Estadão Conteúdo)

PRF acha R$ 1 milhão em carro de homem ligado a deputado


Mato Grosso

Foram encontrados cheques em nome da Assembleia Legislativa e documentos assinados pelo presidente da Casa, José Geraldo Riva (PSD)

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD)
José Geraldo Riva responde a 102 ações penais e de improbidade administrativa (Divulgação)
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam numa ação de rotina na BR-262, em Araxá , Minas Gerais, um homem que transportava três cheques de 58 000 reais cada e cédulas em reais (790 000 reais) e euros (50 000 reais) com suspeita de origem ilícita. Ele teria ligações, segundo a polícia, com o deputado José Geraldo Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
O homem, que não teve o nome divulgado a pedido do Ministério Público, trafegava pela rodovia quando foi parado num posto da Polícia Rodoviária. O dinheiro estava numa bolsa no porta-malas do carro. Os cheques em nome da Assembleia Legislativa foram encontrados num compartimento oculto. Os agentes também recolheram documentos assinados por Riva. A PRF informou que a possível ligação do preso com o parlamentar foi constatada numa pesquisa interna. Procurado nesta terça-feira, o deputado não respondeu às ligações.
Não é a primeira vez que o nome de Riva é citado em operações do Ministério Público e das polícias. O MP-MT o acusa de desviar recursos dos cofres da Assembleia por meio de empresas fantasmas. O deputado responde a 102 ações penais e de improbidade administrativa. Embora seja citado em uma centena de processos, ele mantém influência na política de Mato Grosso. Atualmente, preside o diretório estadual do PSD.
(Com Estadão Conteúdo)

Boston: 'Há tanta gente sem as pernas', relata testemunha



População faz vigília em homenagem às vítimas dos atentados ocorridos durante a Maratona de Boston
População faz vigília em homenagem às vítimas dos atentados ocorridos durante a Maratona de Boston  - Justin Lane/EFE

A linha de chegada, normalmente uma área festiva, de celebração e exaustão, foi transformada em uma zona de guerra, descreveu o jornal 'The New York Times'


O atentado terrorista em Boston, perto da linha de chegada da maratona que leva o nome da cidade, criou cenas de horror nesta segunda-feira. A dupla explosão matou pelo menos três pessoas, incluindo um menino de 8 anos, e deixou outras 144 feridas, dezessete em estado grave. A linha de chegada, normalmente uma área festiva, de celebração e exaustão, foi transformada subitamente em uma zona de guerra, descreveu o jornal The New York Times.
"Esses corredores acabaram de concluir a prova e agora não têm pernas", lamentou Roupen Bastajian, um policial de 35 anos do estado americano de Rhode Island e ex-sargento da MarinhaEle contou para o jornal americano que, ao escutar as explosões, saiu correndo em direção à fumaça para ajudar quem podia. "Existem muitos (feridos). Há tanta gente sem as pernas. Sangue em toda a parte. Ossos, fragmentos. É horrível”. Assim como Bastajian, muitas testemunhas relataram ter visto pedaços de pernas destroçadas no local do atentado. De acordo com a CNN, pelo menos dez dos feridos tiveram membros amputados por causa da explosão.
O policial estava recebendo sua medalha de participação na corrida quando ouviu as explosões. Ele terminou a prova apenas 7 minutos antes da primeira explosão, que ocorreu próxima a linha de chegada da maratona. Sem ferimentos, ele ajudou os outros corredores que se machucaram. “Nós fizemos torniquetes. Eu amarrei pelo menos cinco ou seis pernas com torniquetes”, disse.

O profissional de relações públicas e veterano do exército, Bruce Mendelsohn, de 44 anos, estava em um escritório no terceiro andar acima do local onde uma das bombas foi explodiu. “Houve um estouro muito alto e, três ou cinco segundos depois, aconteceu outro. Eu corri para fora. Tinha manchas de sangue nas ruas e nas calçadas”, disse, explicando que reconheceu o barulho devido a seu treinamento militar. Entre os feridos, ele disse ter visto mulheres, crianças e corredores, a maioria com ferimentos em membros inferiores.


Alguns corredores pararam no meio da rua, confusos e aterrorizados. Outros começaram a correr na direção contrária, fugindo do local das explosões. “É um pouco irônico pensar que você acabou de terminar uma maratona e quer continuar correndo para fugir”, disse Sarah Joyce, de 21 anos, que tinha acabado de finalizar sua primeira maratona quando ouviu a explosão.

Deirdre Hatfield, 27 anos, estava a alguns passos da linha de chegada quando ouvir uma explosão. Ela viu corpos pessoas sendo arremessadas, duas crianças aparentemente sem vida e pessoas sem as pernas. “Quando vi os corpos ao meu redor, eu pensei: Estou queimando? Talvez eu esteja queimando e não esteja sentindo’”, contou.

O hospital Brigham and Women, que recebeu 31 dos feridos, informou que a idade dos pacientes vai de 3 a 60 anos. Pelo menos dez estavam em estado grave e duas em situação crítica.

Estudante chinesa é a 3ª vítima do atentado em Boston


Estados Unidos

Universidade de Boston informou que aluna morreu na explosão e consulado chinês confirmou cidadania. Sem autorização da família, nome não foi revelado

Vítimas são socorridas, após a explosão na maratona de Boston

Vítimas são socorridas, após a explosão na maratona de Boston - John Tlumacki/The Boston Globe/Getty Images
A Universidade de Boston informou nesta terça-feira que a terceira pessoa morta no atentado em Boston estudava na instituição. A universidade não divulgou o nome dela por não ter autorização da família. Em um comunicado, a instituição de ensino afirmou que a vítima acompanhava a prova junto com outros dois colegas, perto da linha de chegada. Um deles, uma aluna, ficou ferida e foi submetida a uma cirurgia. Ela está se recuperando bem. O outro estudante não sofreu ferimentos, segundo a instituição.
Pouco depois, o consulado da China em Nova York confirmou que a terceira pessoa morta no atentado é uma mulher de cidadania chinesa. O consulado também não divulgou o nome da estudante, a pedido da família. De acordo com a rede de televisão CNN, um perfil na rede social Linkedln indica que a estudante havia se formado em economia internacional numa universidade chinesa e fazia mestrado em matemática e estatística nos EUA, com conclusão prevista para o próximo ano.
Fundo e recompensa – Nesta terça-feira, o governador de Massachusetts, Deval Patrick, e o prefeito de Boston, Thomas Menino, anunciaram a criação de um fundo para arrecadar dinheiro para as famílias mais afetadas pelo atentado desta segunda-feira. Ele destacou o grande apoio de empresários locais e pessoas unidas para ajudar as vítimas. “O fundo vai funcionar como uma central para receber a necessária ajuda financeira”, explicou o governador.
A polícia de Boston e o sindicato de bombeiros da cidade ofereceram uma recompensa de 50.000 dólares por qualquer informação que leve à captura do responsável ou dos responsáveis pelo atentado que deixou três mortos. As outras duas vítimas fatais foram identificadas como Krystle Campbell, de 29 anos, e Martin Richard, de oito anos.
Os serviços de segurança pública da cidade anunciaram a recompensa quase 24 horas depois do ataque, já que as autoridades ainda não têm nenhum suspeito sob custódia. O FBI, que lidera as investigações, disse nesta terça que está "interrogando uma multidão de testemunhas" em Boston e em seus arredores, após ter recebido "um grande volume de pistas nas últimas 18 horas".
Entre os interrogados, há um jovem saudita, que está entre os feridos e foi qualificado como "pessoa de interesse" para falar sobre as explosões. Ele não é, porém, considerado suspeito, segundo indicaram fontes de segurança à rede CNN. "Iremos até o fim do mundo para encontrar os responsáveis por esse crime desprezível", disse o agente especial do FBI em Boston, Richard Deslauriers.
Cerimônia – As vítimas do atentado serão homenageadas na quinta-feira, em uma catedral da cidade, com a presença do presidente Barack Obama, que cancelou sua participação em um evento na Universidade do Kansas para estar com os familiares dos atingidos pelas explosões.
Onze hospitais da região onde ocorreu o atentado atenderam 183 feridos – 23 estão em estado crítico, segundo a CNN, incluindo nove crianças. A boa notícia é que pelo menos 89 pessoas já foram liberadas pelos médicos.