sábado 23 2013

Phil Collins - One More Night (Live at Paris 2004) HQ

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O ouvido é Feminino


O ouvido é feminino, vazio que espera e acolhe, que permite ser penetrado. A fala é masculina, algo que cresce e penetra nos vazios da alma.
Rubem Alves

Comissão Organizadora muda o regulamento do concurso e torna a disputa mais acirrada


A partir de agora, a disputa do título de Homem sem Visão de cada mês será decidida num único turno, pela votação na enquete que reunirá todos os candidatos que tenham alcançado o apoio de pelo menos 5% do eleitorado. Como acontece desde a criação do troféu, participarão da briga de foice campeões que se inscreverem voluntariamente ou campeões obrigados a concorrer por determinação dos leitores-eleitores.
Ao saber das mudanças no regulamento, um dos 97 assessores de Renan Calheiros apressou-se em comparecer à sede da Comissão. “O chefe não viu nada de mais em torrar o salário mensal de deputado numa semana naquele spa gaúcho”, confidenciou o emissário. Segundo a mesma fonte, Renan achou uma ótima ideia levar a patroa. “Dona Verônica continua ressabiada com a história da dona Mônica”, contou o indiscreto assessor. “Presidente do Senado tem de ter uma família só”.
Pressionado pela maioria dos 314 assessores, Gilberto Carvalho aceitou relançar a candidatura já neste fevereiro. “O chefe está otimista porque não enxergou nada de anormal naquela reunião na embaixada de Cuba”,  revelou um alto funcionário da Secretaria Geral da Presidência. “O companheiro que participou da conspiração estava lá só para saber como são usadas novas mídias em lambanças desse tipo”. De acordo com a fonte, Gilberto Carvalho achou “pouco profissional” o dossiê que jura não ter lido.
O agente de José de Abreu resolveu inscrever seu único cliente “porque hoje não está fácil conseguir espaço na mídia para coadjuvantes”. Foi ele quem aconselhou o canastrão vocacional a declarar que quer ser deputado. “O Zé sempre sonhou em interpretar esse papel”, revelou um parente que assessora de graça o candidato. “Ele já está fazendo laboratório com Henrique Alves, Gim Argello e Severino Cavalcanti”, completou o agente. “É coisa para ganhar o Oscar. Ou o Kikito, lá em Gramado”.
A mudança complicou a vida dos candidatos e melhorou a nossa, leitores-eleitores! A baixaria na enquete vai ficar mais feia! Quem será o campeão de fevereiro? Escolha um dos inscritos ou lance seu candidato! E que vença o pior!


Coluna do

Augusto Nunes

Phil Collins: Easy Lover

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A agressão sofrida por Mário Covas


História em Imagens
PUBLICADO EM 31 DE OUTUBRO DE 2011
Em maio de 2000, o deputado federal José Dirceu, presidente nacional do PT, decidiu que as imunidades parlamentares se estendiam ao Código Penal ─ e fuzilou com o ímpeto que faltou ao guerrilheiro de araque o artigo 286: “Incitar, publicamente, a prática de crime”. Foi o que fez ao afirmar que os adversários tucanos “têm de apanhar nas ruas e nas urnas”.
Dias depois, o governador Mário Covas foi acuado e agredido por professores grevistas acampados na Praça da República, em São Paulo. O vídeo abaixo mostra o que aconteceu a Covas. No dia em que foi agredido, o governador lutava contra um câncer e fazia tratamento quimioterápico.


A carta de Yoani Sánchez obrigou Lula a escolher entre a generosidade e a infâmia


PUBLICADO EM 24 DE MARÇO DE 2010
Há menos de duas semanas, a blogueira cubana Yoani Sánchez endereçou ao presidente Lula uma carta cujo teor permaneceu desconhecido. Em primeira mão, VEJA.com reproduz a íntegra do documento.
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Se venceu o medo da azia e, sobretudo, a ojeriza a oposicionistas cubanos, Lula já leu na diagonal ao menos o resumo da carta traduzida por algum assessor. Se o tradutor foi fiel à essência do texto, deve ter entendido que Yoani não pode ser enquadrada em nenhuma das categorias invocadas pela companheirada para desqualificar quem tem autonomia intelectual. É especialmente ridículo acusá-la de “agente do imperialismo ianque” ou enxergá-la “a serviço dos contrarrevolucionários de Miami”. É só uma jornalista que tenta ser independente na ilha subjugada pela mais velha ditadura do mundo. E só quer visitar o Brasil.
Em outubro de 2009, a primeira tentativa esbarrou nas autoridades de imigração, que lhe negaram o visto de saída necessário para apresentar aos brasileiros seu livro ”De Cuba, com carinho”. Sempre sem explicações, Yoani foi também impedida de viajar para a Polônia, para os Estados Unidos (onde receberia na Universidade de Colúmbia uma menção especial do prêmio Maria Moors Cabot) e para a Espanha, onde a aguardava o prêmio Ortega y Gasset.
Agora convidada para a sessão de estreia de um documentário em Jequié, na Bahia, ela enviou a carta que, em seu começo, recorda os tempos da escravidão. Na chegada dos navios negreiros à costa continental, conta a blogueira, famílias vindas da África eram esfaceladas pela divisão em dois lotes: um desembarcava em Cuba, outro no Brasil. A distância escavada entre escravos não pode ser reprisada no século 21. “Sonhamos com a livre circulação entre as nações americanas”, escreveu Yoani.
O documentário dirigido pelo brasileiro Dado Galvão trata das atividades da blogueira, do movimento Damas de Branco e do fechamento do Canal 36 durante a crise política em Honduras. A primeira apresentação está marcada para 1° de junho, no Centro de Cultura Antonio Carlos Magalhães, em Jequié. A entrada é livre. A liberação de Yoani depende do governo cubano ─ e de Lula.
“O senhor tem dado mostras de que confia na boa-fé do governo cubano”, registra o penúltimo parágrafo. “Para manter viva essa confiança”, imagina Yoani, o governo cubano não recusaria uma solicitação do amigo Lula. ”O senhor estaria pedindo o que para qualquer brasileiro ─ e para qualquer ser humano ─ é um direito inalienável”.
É a chance de Lula mostrar que a opção preferencial pela ditadura companheira, sempre vergonhosa, não é de todo inútil. Depois de curvar-se tantas vezes à vontade de Fidel, depois de repreender  o preso político Orlando Zapata por ter morrido de fome, o presidente brasileiro pode demonstrar que atitudes desonrosas trazem algumas vantagens. Por exemplo, conseguir que os irmãos Castro prmitam que uma jornalista conheça o Brasil.
Mais uma vez, Lula está obrigado a escolher entre as cavernas e a civilização, entre a generosidade e a infâmia. Ele decide.

O jornalismo independente ilumina a paisagem infestada de repórteres invertebrados e colunistas estatizados




Na edição impressa de VEJA, comentei o livro do jornalista Merval Pereira sobre o julgamento do mensalão. Segue-se o texto. (AN)
Numa paisagem infestada de repórteres invertebrados, críticos construtivos, colunistas estatizados e analistas que combatem valentemente quem ousa discordar do governo, o espaço ocupado por jornalistas nascidos sob o signo da independência e condenados a amar a verdade acima de todas as coisas parece perturbadoramente acanhado. É mesmo diminuto, mas não há motivos para inquietação. Os integrantes dessa linhagem nunca foram muitos. Mas cada um vale por uma multidão, comprova Merval Pereira em Mensalão – O dia a dia do mais importante julgamento da história política do Brasil (Editora Record; 285 páginas; 34,90 reais).
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter”, ensinou Cláudio Abramo. É o que Merval tem feito há mais de 40 anos, ao longo dos quais brilhou como repórter de campo ou exercendo cargos de chefia nas Organizações Globo, no Jornal do Brasil e em VEJA. É o que faz todos os dias em sua coluna no Globo e nos comentários para a GloboNews e para a rádio CBN. Foi o que fez durante os quatro meses e meio em que milhões de brasileiros acompanharam ─ primeiro com ceticismo, em seguida com esperança, enfim com justificado entusiasmo ─ o julgamento da quadrilha que tentou a captura do Estado Democrático de Direito até ser desbaratada em meados de 2005.
Aos 63 anos, eleito há quase dois para a Academia Brasileira de Letras, o jornalista carioca reconstitui essa metamorfose fascinante no livro que reúne 86 artigos publicados na página 4 do Globo, precedidos por um pedagógico prefácio do ex-ministro Carlos Ayres Britto e completados por dois textos, até agora inéditos, que induzem o mais descrente dos leitores a acreditar que o Brasil nunca mais será o mesmo. Começou a mudar ─ para melhor. Como adverte o posfácio, nenhuma decisão judicial é capaz de iluminar da noite para o dia a face escura de um país. Se no Brasil Maravilha que Lula inventou é possível até erradicar a miséria por decreto, no Brasil real os avanços são mais demorados. O Supremo não erradicou a corrupção. Ao condenar uma organização criminosa comandada por figurões federais, contudo, revogou a norma não escrita segundo a qual alguns são mais iguais que os outros, embora todos sejam iguais perante a lei.
Ao contrário do miserável-brasileiro, o brasileiro corrupto não virou uma espécie extinta. Mas ninguém mais pode considerar-se condenado à perpétua impunidade. Veja-se o escândalo protagonizado por Rosemary Noronha e seus comparsas. Um jipe doado a um dirigente do PT por serviços prestados a uma empresa privada, exemplifica Merval, “equivale à operação plástica para a chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, em troca talvez de uma audiência marcada”. Nem existem diferenças notáveis entre arranjar emprego para a ex-mulher do político poderoso ou premiar com um cruzeiro marítimo a secretária que diz que conversa com o ex-presidente todos os dias. O caso Rose sugere que o país é o de sempre. Visto de perto, informa aos gritos que as coisas mudaram.
Há um ano, como relata Merval Pereira, Lula estava em campanha para adiar o julgamento do mensalão ou absolver todos os culpados. Confiante no apoio de gente que nomeou, como o presidente Ayres Britto ou o relator Joaquim Barbosa, enxergou subordinados obedientes onde havia juízes honrados. Decidido a ganhar de goleada, recorreu à chantagem para enquadrar Gilmar Mendes. A vítima do achaque contou o que acontecera e Lula preferiu acompanhar o julgamento pela TV Justiça. Surpreendido pela descoberta das bandalheiras de Rose, está em silêncio há mais de três meses. “Depois do julgamento do mensalão, há mais chance de o poderoso de plantão, apanhado com a boca na botija, pagar por seus crimes, até mesmo na cadeia”, constata Merval. É verdade, confirma a estridente mudez de Lula.

Yoani: 'Tentam me calar porque divulgo a Cuba real'

Entrevista
Branca Nunes e Duda Teixeira

A blogueira cubana Yoani Sánchez descreve um sistema de saúde à beira do colapso e uma economia na qual, para sobreviver, é preciso roubar do estado



“Solidariedade, pluralidade e, principalmente, o desejo de voltar”. Apesar das manifestações hostis de um grupo de simpatizantes da ditadura dos irmãos Castro que enfrentou na passagem pelo Brasil, a frase resume a lembrança que Yoani Sánchez levará do país. O recado aos baderneiros ligados a partidos de esquerda é igualmente conciso: ela sugere que morem em Cuba para conhecer a “realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade e impossibilidade de se manifestar na rua”.
Com os intermináveis cabelos castanhos presos num rabo de cavalo, saboreando uma pastilha para aliviar a rouquidão e com a expressão serena de quem efetivamente acredita no que diz, a jornalista cubana relatou nesta sexta-feira à reportagem de VEJA um pouco do cotidiano dos moradores da ilha no Caribe. Leia trechos da entrevista.
Como a senhora viu as manifestações hostis dos últimos dias? Por um lado me sinto feliz por estar num país onde existe liberdade democrática e pluralidade. O problema é quando essas manifestações impedem e boicotam algo tão pacífico quanto a apresentação de um documentário ou uma sessão de autógrafos. Acho contraditório usar um espaço democrático para impedir que alguém se expresse livremente.
A senhora ficou amedrontada? Não, porque conheço esses métodos do meu país: a coação e a difamação. Infelizmente, nos últimos anos vivi situações semelhantes em Havana e outras cidades.
Eles conhecem a realidade cubana? Lamentavelmente, a maioria não conhece meu país, minha história ou meus textos. Eles acreditam numa Cuba estereotipada, uma ilha de esperança, com liberdade para todos. Cuba não vive um comunismo, mas um capitalismo de estado. Recomendaria que cada um deles morasse um tempo em Cuba para viver na pele a realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade, impossibilidade de se manifestar na rua. Depois desse tempo, duvido que continuem a defender o governo cubano. Tentam me calar porque divulgo uma Cuba menos parecida com o discurso político e mais parecida com a rua. Uma Cuba real.
Que Cuba é essa? Uma Cuba linda, mas difícil. É importante diferenciar Cuba de um partido, de uma ideologia, de um homem. Ela é muito mais do que isso. É um país onde as pessoas precisam esconder suas opiniões com medo de represálias, onde muitos jovens querem emigrar por falta de expectativa, onde o estado tenta controlar todos os detalhes da vida. Onde colocar um prato de comida em cima da mesa significa submergir-se diariamente à ilegalidade para conseguir dinheiro.
Muitas pessoas de vários países costumam elogiar o sistema de saúde e o sistema educacional de Cuba. Esses elogios são pertinentes? Nos anos 70 e 80, Cuba viveu o florescimento de toda a estrutura de saúde e educação. Foram construídas escolas e postos de saúde em toda parte graças aos subsídios soviéticos. Quando a União Soviética caiu, Cuba teve que voltar à realidade econômica. Os professores imigraram por causa dos baixos salários, a qualidade diminuiu e a doutrina aumentou. Exatamente como na área da saúde. Hoje, quando um cubano vai a um hospital, leva um presente para o médico. É um acordo informal para que o atendam bem e rápido. Levam também desinfetante, agulha, algodão, linha para as suturas. O governo usa a existência de um sistema gratuito de saúde e educação para emudecer os críticos, silenciar a população. Não passo todos os dias doente ou aprendendo, quero ler outros jornais, viajar livremente, eleger meu presidente, poder me manifestar, protestar.
Como funciona o sistema de aposentadoria em Cuba? Esse é um dos setores mais pobres. Um aposentado ganha cerca de 15 dólares conversíveis por mês. Como a maioria dos cubanos não vive do salário, mas do que pode roubar do estado dentro do local de trabalho, quando se aposenta ele perde essa fonte de renda. Em Havana é possível ver muitos velhos vendendo cigarros nas ruas. 
Que tipo de racionamento existe em Cuba e como ele funciona? Cada cubano tem direito a uma cota mensal de alimento com preços subvencionados pelo estado. Estudos dizem é possível se alimentar razoavelmente bem por duas semanas com essa cota. Nela existe arroz, açúcar – que por sinal é brasileiro –, um pouco de café, azeite e, às vezes, frango. Para sobreviver a outra metade do mês os cubanos precisam ter os pesos conversíveis. O salário médio na ilha é de 20 dólares. Um litro de leite custa 1,80 dólares. Por isso, as pessoas apelam para a ilegalidade: roubam do estado e vendem no mercado negro, prostituem-se, exercem atividades ilegais, como dirigir taxis ou vender produtos para os turistas. Graças a isso e às remessas enviadas pelos cubanos exilados é possível sobreviver. Uma revolução que rechaçou esses exilados agora depende deles.
A senhora disse que os gritos de ordem dos manifestantes brasileiros já não se escutam mais em Cuba. Qual lhe surpreendeu mais? “Cuba sim, ianques não”, por exemplo. É uma expressão fora de moda. Em Cuba não usamos mais a palavra ianque para os americanos. Ela é usada apenas nos slogans políticos. Falamos yuma, que não pejorativo. Ao contrário, mostra um certo encanto em relação a eles. A propaganda oficial, de ataques aos Estados Unidos e ao imperialismo, criou um sentimento contrário ao esperado. A maioria dos jovens hoje é fascinada pelos americanos. Até acho ruim esse enaltecimento por outro país, mas é uma realidade.
O que os cubanos nascidos depois da revolução acham de figuras como Fidel Castro e Fulgêncio Batista? Nasci em 1975, quando tudo já estava burocraticamente organizado. Na escola, apresentavam Fidel como o pai da pátria. Era ele quem decidia quantas casas seriam construídas, o que iríamos vestir. Na juventude, Fidel passou a ser uma figura distante. Diferente dos nossos pais, que viveram uma fascinação pela figura de Fidel, minha geração é mais crítica. O Fulgêncio Batista era o ditador anterior. A revolução tirou um ditador do poder e se converteu em uma ditadura.
As gerações mais antigas continuam fiéis à revolução? Existem os que creem realmente na revolução, sem máscaras nem oportunismo, um pequeno grupo. Os que já não creem, mas não querem aceitar que se equivocaram, porque entregaram a ela seus melhores anos, e aqueles que deixaram de acreditar no sistema e se transformaram em pessoas críticas. 
Em 2007, o governo brasileiro deportou os boxeadores cubanos Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que tentavam o exílio na Alemanha. Qual sua opinião sobre isso? O governo brasileiro teve um triste papel neste caso, de cumplicidade. Quando os atletas retornaram, o governo cubano fez um linchamento público na imprensa oficial, com vários insultos. Fidel Castro falou na televisão que um deles foi visto com uma prostituta na praia. Os filhos e a mulher desse homem foram expostos a isso. Foi um episódio bastante lamentável. 
Por que a ditadura cubana ainda tolera suas críticas? Penso que a visibilidade que alcancei me protege. Sou vigiada constantemente, meu telefone é grampeado e existe uma série de mecanismos e estratégias para matar a minha imagem. Se não podem matar a pessoa, matam sua imagem. 
A senhora é frequentemente acusada de receber dinheiro de governos contrários a Cuba para manter seu blog. Qual a origem desses rumores? Faz parte da estratégia de difamação: não discutir as ideias, mas a pessoa. Para ter um blog é preciso muito pouco dinheiro. O meu está num software livre, o wordpress, e fica hospedado num servidor da Alemanha que custa 36 euros por ano. Em 2006, um amigo alemão pagou vários anos a esse servidor. Quanto à conexão, aprendi alguns truques. Por exemplo, vou a um hotel e compro um cartão de conexão que custa 6 dólares a hora. Como preparo quatro ou cinco textos em casa, programo para que sejam publicados em dias diferentes. Com esse método, consigo me conectar mais de cinco vezes com um único cartão. No twitter, publico via mensagem de texto.
Que lembranças levará do Brasil? Muita solidariedade, pluralidade e, principalmente, o desejo de voltar. O pão de queijo também me encantou. Vou levar uma mala cheia deles para Cuba.

BELCHIOR - TODO SUJO DE BATON

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Desaparecimento de Belchior [Fantástico 23/08/2009]

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Belquior/Belchior Aparece Fantástico 30/08/09 Exclusivo Entrevista



Cara!!!

Belchior - Comentário A Respeito De John

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Belchior - Apenas um rapaz latino americano



Super BELCHIOR!

Belchior - Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes


Belchior


Belchior em 2004
Informação geral
Nome completoAntônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes
Nascimento26 de outubro de 1946 (66 anos)
Local de nascimentoSobral, Ceará
Brasil
Gênero(s)MPB, rock, blues
Instrumento(s)vocal, violão
Período em atividade1965–atualmente
Gravadora(s)Continental, Polygram, Warner,BMG
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior (Sobral, 26 de outubro de 1946), é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.

Durante sua infância, no Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acaci Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio Ângela MariaCauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral. Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Humanidades. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como FagnerEdnardoRodger Rogério, [[Teti (cantora)|], Cirino entre outros, conhecidos como oPessoal do Ceará.Carreira

De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção Na Hora do Almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.
Em 1972 Elis Regina gravou sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na gravadora Chantecler. O segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como Velha roupa coloridaComo nossos pais (depois regravadas por Elis Regina) e Apenas um rapaz latino-americano. Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa)e Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues). Em 1979 no LP Era uma Vez um Homem e Seu Tempo (Warner) gravou Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon), também gravada pela cantora Bianca. Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vicio elegante (1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.

[editar]Polêmica   

Em 2009 a Rede Globo noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a Globo, o cantor havia sido visto pela última vez em abril de 2009, ao participar de um show do cantor tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu entrevista para o programa Fantástico, da Rede Globo. Na entrevista, o cantor revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol.

No ano de 2012 ele novamente desapareceu, juntamente com a sua mulher, de um hotel 4 estrelas na cidade de Artigas, no Uruguai. Deixou pra trás uma dívida de diárias e pertences pessoais. Ao ser identificado passeando por Porto Alegre afirmou que as noticias sobre a dívida no Uruguai não seriam verdadeiras.

[editar]Discografia

  • 1971 - Na Hora do Almoço (Copacabana - Compacto)
  • 1973 - Sorry, Baby (Copacabana - Compacto)
  • 1974 - Mote e Glosa (Continental - LP)
  • 1976 - Alucinação (Polygram - LP/CD/K7)
  • 1977 - Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7)
  • 1979 - Era uma Vez um Homem e Seu Tempo (Warner - LP/CD/K7)
  • 1980 - Objeto Direto (Warner - LP)
  • 1982 - Paraíso (Warner - LP)
  • 1984 - Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
  • 1986 - Um Show: 10 Anos de Sucesso (Continental - LP)
  • 1987 - Melodrama (Polygram - LP/K7)
  • 1988 - Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7)
  • 1990 - Projeto Fanzine (Polygram - LP/K7)
  • 1991 - Divina Comédia Humana (MoviePlay - CD)
  • 1991 - Acústico (Arlequim Discos - CD)
  • 1993 - Baihuno (MoviePlay - CD)
  • 1995 - Um Concerto Bárbaro - Acústico Ao vivo (Universal Music - CD)
  • 1996 - Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD)
  • 1999 - Autorretrato (BMG - CD)
  • 1999 - Alucinação
  • 2002 - Pessoal do Ceará (Continental / Warner - CD)
  • 2008 - Sempre (Som Livre - CD)

[editar]Participações especiais

  • 1979 - Massafeira

Referências

  1.  Cantor e Compositor belchior. overmundo. Página visitada em 01/04/2011.
  2.  Belchior deixa dívida de mais de R$ 12 mil em hotel nos Jardins, Fausto Spósito, Época, 27 de agosto de 2009..
  3.  Leitores do G1 contam ter visto Belchior no Uruguai e em várias partes do Brasil, G1, 24 de agosto de 2009..
  4.  Fantástico encontra Belchior no interior do Uruguai, Fantástico, 30 de agosto de 2009..
  5.  Polícia procura Belchior no Uruguai por dívida em hotel, Fantástico, 18 de novembro de 2012..
  6.  "Essa notícia que circula não é verdadeira", diz Belchior, Zero Hora, 21 de novembro de 2012..
  7. http://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior

Facebook pode melhorar capacidade cognitiva de idosos


Internet

Pesquisa americana mostrou melhora de 25% no resultado de testes cognitivos após oito semanas de uso da rede social

Idosos
Facebook pode melhorar capacidade cognitiva de idosos, além de promover interações sociais (Thinkstock)
Resultados preliminares de uma pesquisa realizada na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, mostram que fazer parte do Facebook pode melhorar em 25% a capacidade cognitiva de pessoas acima de 65 anos. Apresentada no Encontro Anual Internalcional da Sociedade de Neuropsicologia, no Havaí, a pesquisa teve como base a hipótese de que tanto o aprendizado de coisas novas quanto as relações sociais podem ajudar a manter a função cognitiva dos idosos.
Estudo  — Participaram da pesquisa 42 pessoas, de 68 a 91 anos, que não utilizavam o Facebook. Elas foram divididas em três grupos de 14 integrantes cada. O primeiro grupo recebeu um treinamento para usar o Facebook.  Eles se tornaram amigos na rede social apenas das pessoas que participaram do mesmo treinamento e foram instruídos a fazer, no mínimo, uma publicação por dia.
O segundo grupo foi ensinado a usar um diário online (www.penzu.com), no qual as publicações são privadas e não há interação social. Eles também deveriam fazer pelo menos uma publicação por dia, com no máximo cinco frases, para simular o tipo de mensagem mais curta que é geralmente feita no Facebook. Para o último grupo, foi dito que eles estavam na lista de espera para o treinamento, de modo que não participaram de nenhuma atividade.
Antes de participar de qualquer um dos treinamentos, os voluntários responderam a questionários e testes neuropsicológicos que avaliaram variáveis sociais, como nível de solidão e apoio social, bem como habilidades cognitivas. Os testes foram repetidos ao fim do estudo, oito semanas depois. Enquanto o grupo que usou o Facebook apresentou uma melhora de 25% no resultados dos testes, nenhuma alteração foi encontrada nos outros dois grupos.
Complexidade — De acordo com Janelle Wohltmann, pesquisadora responsável pelo estudo, mais análises serão necessárias para determinar se o aspecto social do Facebook influenciou a melhora do desempenho cognitivo. Ela acredita que a complexidade do site, em comparação com o diário online, pode ter contribuído. “No Facebook, informações novas são publicadas o tempo todo. Você vê essa informação nova chegar, e precisa focar nela para se livrar da informação anterior, ou mantê-la em mente se quiser voltar e checar alguma coisa depois. Então você tem que atualizar constantemente o que está sob sua atenção”, diz.
A autora afirma que a rede social pode ser uma alternativa para os jogos online que costumam ser indicados para aumentar a capacidade cognitiva de idosos, além de ser uma oportunidade para eles ficarem mais próximos de seus familiares. Ela alerta, no entanto, que é importante ter uma pessoa que os ensine não só a usar a ferramenta, mas outras informações importantes, como as de segurança do perfil.
 

NEM BLOGUEIRA SABE POR QUE REGIME PERMITIU SUA SAÍDA


Sua persistência é parte da explicação do êxito, mas não explica razão de Havana ter autorizado viagem de ativista após 20 tentativas fracassadas

LOURIVAL SANTANNA - O Estado de S.Paulo
Yoani Sánchez fez relatos reveladores. Mas nada pode ser mais revelador do que sua simples saída de Cuba. Há décadas, a ditadura cubana tem tido um comportamento espasmódico.
Ciclos de aberturas políticas e econômicas acabam em novos fechamentos, de forma tão abrupta e aparentemente ilógica como começaram. Sopros de renovação dissipam-se e desaparecem juntamente com as lideranças jovens que os trouxeram e acabaram expurgadas.
Yoani pediu dezenas de vezes permissão para deixar Cuba. Enquanto seus colegas dissidentes desistiam pela segunda ou terceira vez, ela perseverou, registrando em um dossiê cada um de seus pedidos. Estudou as leis, recorreu ao Ministério Público, esgotou todos os recursos.
Sua persistência é certamente parte da explicação de seu êxito. No entanto, não explica por que o governo, finalmente, autorizou sua saída, poucos meses depois de a ter negado no calor da ida da presidente Dilma Rousseff a Havana, no ano passado, ao custo de um constrangimento.
Nem Yoani tem a explicação. "É difícil entender a cabeça de um repressor quando nunca se foi um", disse. Desde que criou o seu blog Generación Y, em 2007, Yoani tem aprendido - às vezes amargamente, como nas duas em que foi detida - a lidar com os humores do regime cubano.
Ela deduz que o custo de impedir sua saída tornou-se maior do que o de deixar que ela apresente seu testemunho na sua "volta ao mundo em 80 dias" iniciada no Brasil. Essa, contudo, é apenas uma explicação posterior ao fato. Não a real interpretação da leitura que o regime faz da realidade.
Entretanto, o périplo de Yoani é um fato histórico em si mesmo. Nunca um cubano com a sua capacidade de articulação intelectual, seu magnetismo de moça recatada e simples, seu autocontrole das emoções - forjado na necessidade de sobrevivência sob o totalitarismo - e, acima de tudo, sua destreza no uso da internet pôde levar o seu testemunho ao mundo.
Mais do que as consequências diretas, é importante apreender o precedente histórico que isso abre. Dizem que não há incêndio sem faísca. Yoani é uma faísca. Na sua intuição - certamente contaminada pelo seu desejo -, o fim da ditadura está próximo.
Seu maior receio não é o de que ela demore a acabar, mas que Cuba se converta em uma Rússia, onde o controle estatal da economia deu lugar a oligopólios controlados pelas mesmas pessoas de antes e onde a falta de alternância de poder permanece intacta. "Daria na mesma", afirmou.

Yoani Sánchez conta como um cubano pode ter acesso à internet

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Entrevista com Yoani Sánchez | Parte 2

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Entrevista com Yoani Sánchez

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O que me importa - Marisa Monte

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Marquize de hospital inaugurado com show de Ivete Sangalo no valor de R$ 650 mil

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Gal Costa - Vocé Nao Entende Nada by Caetano Veloso

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Herbert Viana & Gal Costa Lanterna dos Afogados REST

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Gal Costa - Lanterna dos Afogados



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