sexta-feira 24 2012

Jornal Nacional e a morte de Elvis + Ultima canção

Vídeo inédito do último show de Elvis Presley

Elvis cantando música tema do GHOST

e o vento levou (lista de reprodução)

Identidade Trocada (Suspense) Dublado - Completo.

O Conde de Monte Cristo - Dublado - Completo

Mais compostura, ministro!



O ministro Ricardo Lewandowski tenha compostura!
Um dia depois de proferir o seu voto — no post abaixo, demonstro o divórcio entre o seu discurso e o fato —, já está concedendo entrevistas, afirmando que um juiz não pode ceder a pressões, que julga de acordo com a sua consciência etc. e tal.
Entendi. Quer dizer que seu voto inocentando João Paulo é fruto de sua independência. Os que votarem pela condenação seriam, então, menos independentes? Ele, porque absolve, seria imune às pressões; outros que venham a condenar seriam sensíveis a ela? De que pressão estamos falando? A da tal “opinião pública”? A de um partido? A de um ex-presidente da República? Ora, ministro…
O correto, o decente e o pudoroso é o silêncio. O processo ainda está em curso. Temos, vejam que fantástico!, mais um ministro deitando falação sobre o que está sendo julgado.
Lewandowski fez ainda outra afirmação um tanto espantosa. Terá aprendido com algum catedrático da Faculdade de Direito de São Bernardo? Não sei. Leiam que primor:
“Cada juiz tem uma visão muito particular do conjunto de provas que existe no processo. Então, esse contraponto entre relator e revisor ajudará os demais ministros a decidirem o que se contém nos autos”.
Entendi! Um eventual revisor que concordasse com o conteúdo do voto de Joaquim Barbosa deixaria os demais ministros no mais absoluto escuro. O tal “contraponto” se transformou num maneirismo judicial. Um julgamento é como um auditório de televisão, em que os jurados dizem que vai para o trono.
Depois de ter ameaçado renunciar à revisão e faltar à sessão de segunda se não lhe fosse assegurada a tréplica (contra o Regimento, diga-se), posa de conciliador:
“Nós que vivemos em um ambiente colegiado, nós estamos acostumados a divergir, a ver nossas posições vencedoras ou perdedoras. Isso faz parte. Nós não levamos nada pessoalmente, defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus”.
É verdade! Mas sou obrigado a lembrar que está em jogo algo mais do que o destino dos réus. Também está em jogo o destino das vítimas: o conjunto dos brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/mensalao/

Mensalão: revisor abre espaço para absolvições


O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF)
O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) - Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr













Ministro Ricardo Lewandowski defendeu hoje a absolvição em bloco do deputado João Paulo Cunha e do publicitário Marcos Valério
Gabriel Castro e Laryssa Borges

Depois de acompanhar integralmente o relator Joaquim Barbosa no trecho inicial de seu voto, quandocondenou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, o ministro revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski, abriu a primeira divergência na Corte nesta quinta-feira. Ele absolveu o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) de todos os crimes que era acusado: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (este último, duas vezes).
Após 14 dias de sessões plenárias dedicadas exclusivamente ao mensalão, até agora só havia a voz do procurador-geral Roberto Gurgel e do relator Joaquim Barbosa pedindo a condenação dos mensaleiros. Surgiu um defensor da tese conveniente aos réus. Não é por outra razão que os advogados deixaram o Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira satisfeitos com o voto do ministro revisor.
O ministro livrou João Paulo da acusação de corrupção alegando que era preciso ter um “ato de ofício” para caracterizar o crime. E que, como tecnicamente quem respondia pelos contratos com a empresa do publicitário Marcos Valério na Câmara era o diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio, o petista, presidente da Câmara à época, não pode ser considerado culpado de favorecer o empresário mineiro.

Ainda sobre a mesma acusação, o ministro aceitou a tese de que os 50 000 reais recebidos por João Paulo Cunha via valerioduto foram usados para pagar despesas de campanha eleitoral.
Caixa dois - A posição de Lewandowski – de exigir provas de um “ato de ofício” e de concordar com a tese de que o valerioduto alimentou gastos eleitorais –  ignora elementos importantes nos autos e atende ao que pretende a defesa de grande parte dos réus. Os argumentos do magistrado podem sinalizar o comportamento do ministro revisor ao longo do julgamento, de que ele aceitaria resumir parte do esquema de compra de deputados a caixa dois de campanha.

A acusação contra Cunha antecede o mensalão. O petista, que por ser presidente da Câmara não podia participar das votações, não faz parte do grupo de congressistas cooptados pelo governo por meio de repasses financeiros. Mas a lógica era similar à dos outros parlamentares acusados: para atender aos interesses da quadrilha, receberam dinheiro repassado pelas empresas de Marcos Valério.

No caso de João Paulo Cunha, o Ministério Público diz que ele ordenou repasses irregulares para a SMP&B de Valério. A imputação aos deputados mensaleiros é a de que teriam oferecido, em troca da propina, seu apoio aos projetos do governo no Congresso. Os advogados são unânimes em afirmar ser preciso um “ato de ofício” para se configurar o crime de corrupção e alegam que o voto parlamentar não se enquadra nessa categoria.

Banco Rural - Depois de julgar a sequência de crimes cometidos por João Paulo Cunha e o ex-diretor Henrique Pizzolato em conluio com Marcos Valério e seus dois sócios, o Supremo Tribunal Federal passará a analisar as acusações envolvendo a cúpula do Banco Rural na época do escândalo. Só depois é que a Corte começará a debater as denúncias de cooptação de parlamentares para votar com a base aliada. A participação de José Dirceu e Delúbio Soares no esquema só será avaliada a fundo na etapa final do julgamento.

A seguir sua lógica, Lewandowski trilhará uma rota alternativa à de Joaquim Barbosa, o que deve também polarizar ainda mais as forças durante o julgamento. O mais recente capítulo das frequentes rusgas entre os dois ministros é o direito ou não de o revisor poder rebater esclarecimentos que Barbosa pretende fazer em plenário. Por ora, o relator do mensalão descarta conceder a palavra ao magistrado para novas ponderações.

No Facebook, indignação com voto de Lewandowski no mensalão


Redes Sociais

Usuários se dizem envergonhados por decisão do ministro que inocentou mensaleiros João Paulo Cunha e Marcos Valério

Mensagens contra Ricardo Lewandowski
O post sobre Lewandowski compartilhado no Facebook: indignação (Reprodução)
Usuários das redes sociais reagiram com indignação ao voto proferido nesta quinta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski que inocentou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) de todos os crimes de que era acusado no julgamento do mensalão. A decisão do magistrado divergiu frontalmente da denúncia feita pelo Ministério Público e também do relatório do processo, de autoria do ministro Joaquium Barbosa, que considera Cunha culpado de corrupção ativa, peculato (apropriar-se de bem público) e lavagem de dinheiro, crimes documentados na ação.
Publicada no Facebook e já compartilhada quase 8.000 vezes, uma imagem de Lewandowski (confira a imagem acima) durante o julgamento é acompanhada do seguinte texto: "Ricardo Lewandowski, quando sair nas ruas e olhar para o povo brasileiro saiba de uma coisa... o povo brasileiro tem vergonha de você."
Nesta sexta-feira, Lewandowski disse que já esperava "críticas" e "incompreensões" pelo fato de ele ter votado pela absolvição do deputado João Paulo Cunha e também do publicitário Marcos Valério, apontado pelo MP como operador do braço publicitário do esquema do mensalão, e de seus sócios.
Em um entendimento que abre espaço para absolvições de outros réus do mensalão, Lewandowski endossou a tese de caixa dois – explorada pela unanimidade dos réus parlamentares – e disse estar convencido que os 50.000 reais pagos a João Paulo Cunha pelo esquema do valerioduto foram utilizados para o pagamento de pesquisas eleitorais. O julgamento será retomado na segunda-feira.

Procurador geral da República detalha acusações contra réus do mensalão

Governo de Pernambuco banca festa de mensaleiro


Imagens mostram deputado cassado no mensalão Pedro Corrêa, do PP, fazendo campanha para a filha com patrocínio do governo estadual

Gabriel Castro e Hugo Marques

O escândalo do mensalão cassou o mandato de apenas três deputados federais. Dois eram protagonistas do episódio: o homem-bomba Roberto Jefferson e o comandante José Dirceu. O outro foi Pedro Corrêa (PP-PE), acusado de vender o seu voto no Congresso em favor do governo petista. Fora da Câmara dos Deputados e réu no processo do mensalão, ele continua sua atuação na política. E com a ajuda daquele que é visto como uma promessa de renovação no plano nacional: o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
O site de VEJA obteve imagens da última edição da "Festa de São Pedro de Seu Pedro", organizada anualmente pelo mensaleiro em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco. Seria uma festa julina comum não fossem alguns detalhes. O primeiro, revelado pelo próprio ex-deputado em seu discurso: o patrocínio do governo.

"Esta é uma festa que não é mais só nossa, é uma festa do município, uma festa que tem hoje patrocínio da prefeitura, que tem patrocínio do governo do estado, uma festa que passa a estar no calendário do governo de Pernambuco", discursou Pedro Corrêa entre um show e outro da celebração. A festa é realizada na entrada de sua fazenda e reúne cerca de 10 000 pessoas, quase um quarto da população total.
Em ano eleitoral, Pedro Corrêa ainda aproveitou a oportunidade para fazer campanha fora de época e pedir votos para a filha, candidata a vice-prefeita do município. Clarice Corrêa (PP) ingressou na chapa do prefeito Edson Sousa, que concorre à reeleição. Clarice é mulher de Roberto Teixeira (PP-PE), deputado federal. 
"Eu trouxe para ser sua companheira a minha filha caçula. Claricinha, a esposa do deputado Roberto Teixeira, que vai ser sua companheira nessa questão nos próximos quatro anos aqui no município", disse ele no palco da festa ao prefeito da cidade. Nas imagens, também é possível conferir outra irregularidade: o uso de ônibus escolares da prefeitura para transportar a população até o local do evento. 
O governador Eduardo Campos não só apoia a festa: ele esteve presente na edição de 2011 do evento. Mas a ligação dele com os mensaleiros é bem mais antiga: convocado pela defesa de João Paulo Cunha, ele foi testemunha de defesa no processo. A assessoria do governador não respondeu as perguntas do site de VEJA sobre o patrocínio à festa de Pedro Corrêa.

Uma Mente Brilhante. Completo

Descoberto um novo elo entre o álcool e o câncer Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/descoberto-um-novo-elo-entre-alcool-o-cancer-5867676#ixzz24UvfCK4o © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.



Alguns asiáticos e norte-americanos não conseguem digerir corretamente o álcool no organismo e têm maior risco de desenvolverem tumores
Foto: Divulgação
Alguns asiáticos e norte-americanos não conseguem digerir corretamente o álcool no organismo e têm maior risco de desenvolverem tumoresDIVULGAÇÃO
Quase 30 anos depois da descoberta da relação entre o consumo de álcool e certos tipos de câncer, cientistas relataram a primeira evidência em humanos de como a bebida pode se tornar cancerígena. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira durante o Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química.
A autora do estudo, a Ph.D Silvia Balbo, explica que o corpo humano metaboliza as moléculas de álcool presente em cerveja, vinho ou destilados. Uma das substâncias provenientes deste metabolismo é o “acetaldeído”, que possui uma estrutura parecida com o “formaldeído”, composto cancerígeno. Com base nas pesquisas, foi possível constatar que o acetaldeído pode causar dano ao DNA, agindo como um agente que pode levar ao desenvolvimento do câncer.
— Nós agora temos a primeira evidência em humanos de que o acetaldeído formado a partir do consumo do álcool pode prejudicar dramaticamente o DNA. É o acetaldeído que se agarra DNA e interfere na sua atividade, aumentado o risco de câncer — disse Silvia.
De acordo com a pesquisadora, a maioria das pessoas tem um mecanismo de proteção natural altamente eficaz contra o efeito do álcool no DNA – a enzima “desidrogenase” converte o acetaldeído em acetato, que é uma substância inofensiva. Já o organismo de outros indivíduos, como 1,6 bilhão de asiáticos, não possuem esta enzima. Norte-americanos, alguns nativos do Alasca, também apresentam esta deficiência. Silva ressalta, entretanto, que a maior parte das pessoas não desenvolverá câncer apenas por beber socialmente.


© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

http://oglobo.globo.com/saude/descoberto-um-novo-elo-entre-alcool-o-cancer-5867676

Autocompaixão pode ser o segredo da saúde, diz pesquisa Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/autocompaixao-pode-ser-segredo-da-saude-diz-pesquisa-2817114#ixzz24Uv8QlvV © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


NOVA YORK - Você se trata bem? Pessoas compreensivas com terceiros frequentemente têm pouca autocompaixão. De acordo com uma reportagem do "New York Times", aceitar as próprias imperfeições e relaxar pode ser o primeiro passo para uma saúde melhor.
Pessoas que marcam muitos pontos em testes de autocompaixão têm menos depressão, ansiedade e tendem a ser mais felizes e otimistas. Dados preliminares sugerem que a autocompaixão pode até influenciar no quanto comemos e nos ajudar a perder peso.
Parece lição de autoajuda, mas segundo a professora de desenvolvimento humano da Universidade do Texas, Kristin Neff, não se deve confundir autocompaixão com padrões mais baixos de exigência ou comodismo:
- As pessoas acreditam que a autocrítica as mantêm na linha e nossa cultura diz que sermos duros com nós mesmos é o jeito certo - diz ela. - A razão pela qual não se deixa uma criança comer cinco latas de sorvete é o cuidado. Com autocompaixão as pessoas se cuidam mais, fazem o que é mais saudável.
Para os muito duros nesse quesito, Neff sugere uma série de exercícios, como escrever para si mesmo uma carta de apoio, listar seus pontos negativos e positivos lembrando que ninguém é perfeito e pensando nos passos a dar para ajudar a se sentir melhor. Meditação e mantras como "serei boa comigo neste momento" também são indicados.
Em 2007 um estudo da Wake Forest University mostrou que mesmo a menor intervenção de autocompaixão poderia influenciar hábitos alimentares. No estudo, 84 mulheres foram convidadas a participar do que acreditavam ser uma degustação de donuts. Um grupo teve lições de autocompaixão com a comida, com um instrutor dizendo que "todos comeriam aquilo e que não havia razão para se sentir mal".
Depois as mulheres foram convidadas a testar doces. Os pesquisadores concluíram que as mulheres que tinham uma dieta regular ou nutriam sentimentos de culpa em relação a comidas proibidas comeram menos depois da explicação do instrutor. As outras comeram até mais. As mulheres que se permitiram desfrutar dos doces não comeram demais.
- Autocompaixão é o ingrediente que falta em qualquer dieta e planejamento de perda de peso - diz o psicoterapeuta Jean Fain, professor associado na Escola de Medicina de Harvard, autor do livro "A dieta da autocompaixão".

© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

http://oglobo.globo.com/saude/autocompaixao-pode-ser-segredo-da-saude-diz-pesquisa-2817114

P.S. Eu Te Amo - Dublado (Completo)

Sedentarismo causa tantas mortes quanto cigarro


Estilo de vida

Segundo pesquisadores, falta de atividade física já pode ser considerada uma pandemia mundial

homem sentado
Preso à cadeira: hábito contribui para o sedentarismo, que atinge um em cada três adultos no mundo (Thinkstock)
O sedentarismo pode ser tão letal quanto o tabagismo. Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet, a falta de atividade física foi responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes registradas no mundo em 2008. O cigarro, por sua vez, leva cerca de cinco milhões de indivíduos a óbito todos os anos, apontam os pesquisadores.
Tais números, de acordo com o relatório, fazem com que o sedentarismo possa ser classificado como uma pandemia. Esse trabalho faz parte de uma série de artigos que o periódico vem divulgando sobre exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olimpíada de 2012, que começa na próxima semana em Londres.
A pesquisa considerou inatividade física como a prática de menos do que 150 minutos de atividade física moderada (caminhada rápida, por exemplo) ou menos do que 60 minutos de exercícios intensos (como corrida) por semana. Segundo os dados, esse quadro atinge um terço da população mundial adulta (maior do que 15 anos), e é ainda mais prevalente entre os adolescentes: quatro em cinco jovens de 13 a 15 anos não atingem os níveis mínimos de atividade física. O sedentarismo se torna mais comum conforme as pessoas ficam mais velhas e atinge mais mulheres do que homens e pessoas de países risco.
Esse estudo foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e da Carolina do Sul, ambas nos Estados Unidos, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão de saúde americano, e do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar da Finlândia. Para os autores, um dos grandes responsáveis pela inatividade física no mundo são os meios de transportes motorizados, que acabam aumentando o número de horas em que um indivíduo permanece sentado durante o dia.
No artigo, eles reforçam a importância de as autoridades dos países promoverem a atividade física entre a população, ampliarem o acesso das pessoas a espaços públicos onde elas possam exercitar-se e garantirem a segurança de pedestres e ciclistas. Segundo estimativas dos pesquisadores, aumentar os níveis de atividade física entre a população mundial em 10% poderia evitar mais de 500.000 mortes em todo o mundo ao ano.
Fator de risco — De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto maior fator de risco para doenças crônicas, ficando atrás somente da hipertensão, do tabagismo e do colesterol alto. A pesquisa publicada na revista The Lancet mostrou que o sedentarismo causa 6% dos casos de doença cardíaca coronariana, 7% de diabetes tipo 2 e 10% dos casos de cânceres de mama e cólon.

Corrida e incontinência urinária



(Foto: Thinkstock)
A coluna de hoje vai abordar um problema que atinge entre 5% e 8% da população Brasileira, segundo dados do IBGE: a incontinência urinária. Achou esse porcentual alto? Pois saiba que, quando transportado para o mundo das corridas, essa disfunção pode atingir até 27% da mulheres praticantes da modalidade, segundo uma pesquisa realizada em São Paulo. A questão é tão grave que já foi tema de Chegada no passado, mas hoje voltamos a ela sob a luz de um encontro que tive com a professora e fisioterapeuta Milena Liste, estudiosa desse tema. É ela quem vai nos ajudar, a seguir, a entender um pouco mais sobre o problema e como lidar com ele.
O que é a incontinência urinária (IU)?
É aquela situação em que alguém não consegue controlar a urina. A IU ocorre devido a instabilidade dos músculos, tendões e ligamentos da região pélvica.
A corrida pode causar IU?
Todos sabemos dos inúmeros benefícios que a corrida nos traz. No caso de IU, porém, é provado que o impacto das passadas aumenta o risco para a ocorrência do problema.
É possível prevenir o seu aparecimento, mesmo praticando corrida?
A dra. Milena Liste explica que os hábitos são importantes na prevenção e tratamento da IU. Ela recomenda ingerir de 120 a 200 ml de líquido por vez, até atingir uma quota de 1,5 litro por dia. Isso ajuda a criar uma regularidade nas vezes em que a você urina, que deve ser de 6 a 8 vezes ao dia. Uma dieta rica em fibras, que facilita a evacuação, também ajuda a poupar o assoalho pélvico. Além disso, exercícios do períneo – que é formada pelos músculos do assoalho pélvico – adotados diariamente ajudam na prevenção.
E quem já sofre de IU? Como tratar?
A adoção dos hábitos mais saudáveis citados acima, como a ingestão de líquidos em ritmo controlado e o aumento do teor de fibras na dieta, bem como a a prática regular de exercícios do períneo, fazem parte do tratamento. Mas há também outros recursos, como a eletroestimulação de regiões específicas que auxiliam no processo de recuperação do assoalho pélvico. Em todos os casos, porém, é fundamental recorrer a um médico urologista, que possivelmente recomendará um tratamento com fisioterapia específica. A boa notícia é que os resultados são positivos, na grande maioria dos casos.
Portanto, se você achava normal perder o controle da urina durante uma prova, atenção: é provável que você sofra de incontinência urinária e é importante saber que há tratamento para o caso.
Por Renato Dutra

http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/

Permanecer sentado por muito tempo encurta a vida


Estilo de vida

Pessoas acima dos 45 anos que passam muitas horas sentadas todos os dias podem ter até o dobro de chance de morrer em um período de três anos do que aquelas que se sentam durante menos tempo

Homem de negócios
Sedentarismo: pessoas que ficam muitas horas sentadas podem ter mais riscos de morrerem dentro de alguns anos(Comstock Images)
O tempo em que um indivíduo permanece sentado diariamente pode interferir em seu tempo de vida. Segundo uma nova pesquisa feita na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Sydney, na Austrália, pessoas acima dos 45 anos que passam muitas horas sentadas todos os dias podem ter até o dobro de chance de morrer em um período de três anos do que aquelas que se sentam durante menos tempo.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sitting Time and All-Cause Mortality Risk in 222 497 Australian Adults

Onde foi divulgada: periódico Archives of Internal Medicine

Quem fez: Hidde van der Ploeg, Tien Chey, Rosemary J. Korda, Emily Banks e Adrian Bauman

Instituição: Universidade de Sydney, Austrália

Dados de amostragem: Mais de 200.000 adultos maiores de 45 anos

Resultado: Pessoas sedentárias que passam mais tempo sentadas têm o dobro de chance de morrerem dentro de três anos do que indivíduos ativos que permanecem menos tempo sentadas e 30% mais riscos do que sedentários que se sentam por menos tempo
O trabalho foi publicado nesta segunda-feira no periódico Archives of Internal Medicine e é o primeiro dado divulgado do 45 and Up Study, do Instituto Sax, o maior levantamento contínuo sobre saúde e envelhecimento já feito no hemisfério sul e que ainda será publicado integralmente. Esse trabalho analisou mais de 250.000 pessoas acima de 45 anos e inclui várias outras pesquisas.
Hábito perigoso — Os resultados dessa pesquisa, que se baseou nos questionários respondidos pelos participantes, mostraram que pessoas que permanecem sentadas durante 11 horas ou mais ao dia têm até 40% de chances de morrerem nos próximos três anos em comparação com aquelas que se sentam por menos de quatro horas diariamente. Esses riscos foram estabelecidos independentemente do peso e da quantidade de atividade física que um indivíduo faz quando não está sentado.









O estudo também mostrou que praticar exercícios físicos é benéfico nesse sentido. Pessoas sedentárias que passam mais tempo sentadas por dia podem chegar a ter o dobro do risco de morrerem dentro de três anos do que aquelas que permanecem sentadas por menos tempo e que são fisicamente ativas. Além disso, entre os indivíduos sedentários, esse risco foi cerca de 30% maior para os que ficavam sentados durante mais horas em comparação com os que permaneciam menos tempo sentados.
Para os autores do estudo, essas evidências, somadas à dimensão da pesquisa, já são suficientes para que os médicos prescrevam a seus pacientes a redução do tempo de sedentarismo. “Ser ativo fisicamente quando não está sentado é algo importante para um indivíduo e já beneficia sua saúde. Porém, também é importante diminuir o tempo sentado”, diz um dos autores da pesquisa Hidde van der Ploeg.
Lazer — De acordo com o levantamento, um adulto médio chega a passar 90% de seu tempo de lazer sentado, e essa situação é um fator de risco para diversos problemas, como doenças cardiovasculares. O estudo sugere que as pessoas procurem realizar atividades físicas nas horas vagas e evitem utilizar esses momentos para aumentar o tempo em que permanecem sentadas. “Fazer caminhadas no lugar de assistir televisão ou jogar videogames, por exemplo, pode melhorar a saúde de um indivíduo que gasta mais tempo sentando no trabalho e no trânsito”, diz Ploeg.

Atividades de lazer já garantem boa saúde cardíaca, diz estudo


Atividade física

Prática regular de qualquer tipo de exercício nas horas vagas reduz os níveis de uma proteína que indica quadros de inflamação no organismo

Família joga futebol
Horas vagas: optar por atividades físicas nos momentos de lazer beneficia o coração (Getty Images/Latinstock)
Movimentar-se nos momentos de lazer e nas horas vagas já garante uma boa saúde para o coração dos adultos que não costumam praticar nenhum exercício físico com frequência, concluiu um novo estudo da Universidade de Londres, na Inglaterra. Segundo os pesquisadores, que publicaram o trabalho nesta semana no periódico Circulation, entre essas atividades estão a caminhada, a prática moderada de esportes, e até jardinagem e trabalhos domésticos.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Physical Activity and Inflammatory Markers Over 10 Years: Follow-Up in Men and Women from the Whitehall II Cohort Study

Onde foi divulgada:  periódico Circulation

Quem fez: Mark Hamer, Severine Sabia, David Batty, Martin Shipley, Adam Tabàk, Archana Singh-Manoux e Mika Kivimaki

Instituição:  Universidade de Londres, Inglaterra

Dados de amostragem: 4.200 pessoas com idade média de 49 anos

Resultado: Praticar ao menos 150 minutos de qualquer atividade física moderada por semana, seja trabalhos domésticos ou caminhadas, reduz os níveis de um marcador inflamatório no organismo e, consequentemente, diminui as chances de um evento cardíaco


Os pesquisadores selecionaram 4.200 pessoas que tinham, em média, 49 anos de idade e mediram níveis de um marcador inflamatório no sangue desses participantes em dois momentos: no início do estudo e após dez anos. O marcador analisado foi a proteína C-reativa, que em quantidades acima do normal indica uma inflamação nas artérias e, consequentemente, um alto risco de doenças cardíacas. Os autores também olharam para a prática de exercícios moderados que esses adultos realizavam nos momentos de lazer.
Os indivíduos que eram fisicamente ativos — ou seja, que praticavam ao menos 150 minutos de qualquer tipo de exercício moderado por semana — apresentaram níveis baixos dessa proteína tanto no começo quanto no final da pesquisa.











 Além disso, aqueles que eram sedentários no início do estudo, mas passaram a realizar alguma atividade física nos dez anos seguintes, reduziram significativamente os níveis do marcador.
"Não são apenas exercícios intensos e esportes profissionais que são importantes. As atividades de lazer representam exercícios moderados que também são essenciais à saúde, principalmente entre pessoas mais velhas, já que ser fisicamente ativo garante um envelhecimento melhor", diz o coordenador da pesquisa, Mark Hamer. "Outros estudos haviam associado marcadores inflamatórios a atividades físicas, mas eles foram feitos a curto prazo, diferentemente do nosso trabalho, que foi realizado em um período maior de tempo.”

Corrida em ritmo moderado aumenta expectativa de vida em até seis anos


Atividade física

Estudo apontou que benefício é melhor com até 2,5 horas da prática na semana do que correr em intensidade exagerada

Praticar corrida já foi mais barato
Correr reduz risco de morte em até 44% (Thinkstock)
Praticar corrida regularmente aumenta a expectativa de vida de homens e mulheres em ao menos cinco anos, concluiu uma nova pesquisa apresentada nesta quinta-feira no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês), em Dublin, na Irlanda. Segundo o estudo, uma maior longevidade pode ser alcançada com entre uma e duas horas e meia da atividade por semana em ritmo lento ou moderado.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Jogging-healthy or hazard?

Onde foi divulgada: encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, Irlanda

Quem fez: Peter Schnohr, cardiologista chefe do Estudo do Coração da Cidade de Copenhague

Instituição: Estudo do Coração da Cidade de Copenhague

Dados de amostragem: 20.000 homens e mulheres de 20 a 93 anos

Resultado: Correr de uma a duas horas e meia por semana reduz chances de morte em até 44% em homens em mulheres, além de aumentar em 6,2 e 5,6 anos a expectativa de vida dos sexos masculino e feminino, respectivamente. O benefício é maior quando a atividade é feita com essa frequência e em ritmo leve a moderado
Essa conclusão faz parte do Estudo do Coração da Cidade de Copenhague, um trabalho que vem sendo feito na Dinamarca desde 1976 com mais de 20.000 pessoas com idades entre 20 e 93 anos. Esse levantamento busca aumentar o conhecimento sobre prevenção de doenças cardíacas e também sobre outros problemas, como os de sono e de alergia, por exemplo. Mais de 750 pesquisas já foram publicadas ao longo desses anos a partir de resultados do estudo.
Como explicam os pesquisadores, há diversos trabalhos que sugerem que a corrida pode ser prejudicial para a saúde de adultos e idosos. No entanto, o novo estudo, segundo os próprios autores, ao buscar oferecer uma resposta definitiva ao assunto, concluiu que correr é bom para a saúde e aumenta a longevidade.











 “A corrida proporciona vários benefícios à saúde: melhora a absorção de oxigênio, aumenta a sensibilidade à insulina, reduz a pressão arterial e melhora as funções cardíaca e respiratória. E a boa notícia é que você não precisa fazer muito para conseguir esses efeitos positivos”, afirma Peter Schnohr, cardiologista chefe do estudo.

A pesquisa — Foram acompanhados, de 1976 a 2003, 1.116 homens e 762 mulheres que costumavam praticar corrida, e suas informações foram comparadas com as do restante dos indivíduos cadastrados no estudo, os quais não costumavam correr. Todos os participantes responderam a questionários sobre a frequência e o ritmo (lento, médio ou rápido) em que corriam. Os dados foram coletados quatro vezes: entre 1976 e 1978; entre 1981 e 1983; entre 1991 e 1994; e de 2001 a 2003.
No período do estudo, 10.158 pessoas que não praticavam corrida e 122 corredores morreram. A análise feita pelos especialistas mostrou que a corrida reduziu em 44% o risco de morte em indivíduos de ambos os sexos e aumentou a expectativa de vida em 6,2 anos entre os homens e em 5,6 anos entre as mulheres. Segundo os pesquisadores, o melhor benefício foi conquistado com a prática de uma a duas horas e meia de corrida por semana, especialmente quando esse tempo foi dividido em três sessões da atividade, em ritmo lento ou moderado, em uma semana. De acordo com os autores do estudo, essa intensidade é caracterizada quando uma pessoa, ao fazer esforço, se sente um pouco ofegante, mas não com muita falta de fôlego.
Segundo o trabalho, essa frequência surtiu efeitos mais positivos do que quando uma pessoa não corria ou realizavam exercícios com frequência e intensidade extremamente intensos. “Essa associação se parece com a estabelecida em relação ao consumo de álcool. Ou seja, o consumo moderado é melhor do que ser abstêmio ou ingerir quantidades excessivas da bebida”, diz  Schnohr .

Níveis de atividade física são melhores indicadores de mortalidade do que obesidade e hipertensão


Estilo de vida

Essa é uma das conclusões de um estudo que procurou mensurar a influência dos esportes sobre a saúde da população dos países

Atividade intensa: exercícios rápidos aumentam o uso do açúcar disponível na corrente sanguínea, prevenindo o diabetes 2
Atividade física: países ainda não têm dados consistentes sobre níveis de exercícios praticados pela populaçao(Thinkstock)
Baixos índices de atividades físicas entre a população de um país são melhores indicadores de mortalidade do que problemas como obesidade ou hipertensão. Por isso, os níveis de exercícios devem ser considerados como um sinal vital, e o hábito precisa ser mais frequentemente aconselhado aos pacientes pelos profissionais de saúde. Essas são as conclusões de um estudo feito por um time de pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Noruega, que buscaram mensurar a influência do esporte sobre a saúde da população mundial. A pesquisa foi publicada nesta sexta-feira na revista The Lancet, e é o primeiro de uma série de artigos que o periódico vai divulgar sobre exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olímpiada de 2012, que começa neste mês em Londres.
Segundo os autores do estudo, ainda são escassos os dados dos países sobre os níveis de exercícios praticados pela população, mas as evidências existentes já mostram que, se as pessoas passarem a fazer mais atividade física, a saúde física e mental da população vai melhorar drasticamente. Eles acreditam que isso possa ser possível se os médicos e outros profissionais de saúde passarem a aconselhar o hábito — e recomendá-lo como parte do tratamento — aos pacientes. É o mesmo, de acordo com os pesquisadores, que ocorreu quando os médicos começaram a indicar o fim do tabagismo a pacientes com determinadas doenças — o que, segundo o artigo, reduziu as taxas de fumantes em muitos países.
No artigo, a equipe cita alguns estudos recentes que respaldam essas conclusões. Uma pesquisa feita em 2010, por exemplo, mostrou que pessoas sedentárias que passaram a jogar futebol de duas a três vezes por semana demonstraram significativa redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes e osteoporose. Além disso, segundo os pesquisadores, outros trabalhos indicaram que comprometer-se com algum esporte melhora a percepção e o conhecimento das pessoas em relação à saúde. “A evidência de que a atividade física é a principal e mais eficaz abordagem de saúde pública para a prevenção de doenças, além de uma potencial abordagem de tratamento, aumentou significativamente nos últimos anos. Nós acreditamos que pequenas mudanças nas políticas e iniciativas dos países para aumentar os níveis de exercício físico entre a população são necessárias e suficientes para melhorar a saúde", concluíram os autores.

Redução de peso é a mesma com a prática de 30 ou de 60 minutos de exercícios físicos ao dia


Atividade física

Resultados são baseados em pesquisa feita com homens obesos que realizaram atividades moderadas ou intensas três vezes por semana

Tratamento diabetes: pacientes com índice corporal abaixo do considerado obeso são candidatos à cirúrgia
Redução de peso: homens obesos que se exercitam durante 30 ou 60 minutos ao dia podem obter os mesmos resultados, diz pesquisa (Creatas Images/Thinkstock)
Para homens obesos, praticar 30 minutos de alguma atividade física ao dia pode ser tão eficaz para perder peso quanto exercitar-se durante 60 minutos, concluiu um estudo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. A pesquisa foi publicada na edição deste mês do periódicoAmerican Journal of Physiology.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Body fat loss and compensatory mechanisms in response to different doses of aerobic exercise - a randomized controlled trial in overweight sedentary males

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Physiology

Quem fez: Mads Rosenkilde, Pernille Landrock Auerbach, Michala Holm Reichkendler, Thorkil Ploug, Bente Merete Stallknecht e Anders Sjödin

Instituição: Universidade de Copenhague, Dinamarca

Dados de amostragem: 60 homens obesos

Resultado: Praticar 30 ou 60 minutos de atividade física moderada ou intensa ao dia, três vezes por semana e durante três meses tem efeitos semelhantes sobre a redução de peso
A equipe acompanhou, durante três meses, 60 homens com obesidade moderada que não apresentavam nenhuma doença grave. Metade dos participantes foi designada a praticar 30 minutos de alguma atividade física ao dia três vezes por semana e o restante, 60 minutos. Os exercícios tinham intensidade moderada ou intensa, suficientes para produzir suor. Os homens utilizaram aparelhos que monitoraram a frequência cardíaca e o gasto calórico de cada um.
Ao final do estudo, a média da redução de massa corporal foi quase a mesma entre os dois grupos, ficando próxima a quatro quilos. No entanto, o grupo que treinou por 30 minutos ao dia queimou mais calorias do que estava previsto no programa de emagrecimento deles. Segundo os autores, isso indica que o tempo a mais que os outros participantes se exercitaram não promoveu perda de peso adicional.
Para Mads Rosenkilde, coordenador do trabalho, uma possível explicação para esses achados consiste no fato de que é mais provável que, quando uma pessoa se exercita por 30 minutos, ela o faça com mais vontade e tenha energia suficiente para desejar realizar outras atividades extras durante o dia (voltar para a casa a pé, por exemplo). Além disso, o grupo que se exercitou por 60 minutos ingeriu mais calorias, o que pode contribuir para que a redução de peso não tenha sido tão grande.

Língua ancestral do português se originou na Turquia


Árvore genealógica

Pesquisa mostra que todas as línguas da família indo-europeia, incluindo as latinas, tiveram origem na mesma região

Guilherme Rosa

Pesquisadores compararam palavras semelhantes em todas as línguas indo-europeias. No mapa acima, eles mostram como a palavra “mãe” é dita nesses idiomas
Uma nova pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista Science mostrou que línguas tão diferentes como o português, alemão, inglês, persa e russo tiveram origem na mesma região da Turquia. Todos esses idiomas fazem parte da família indo-europeia, e teriam se espalhado pelo mundo com o avanço da agricultura. 

Saiba mais

FAMÍLIA LINGUÍSTICA
Os idiomas que fazem parte da mesma família linguística têm uma origem comum. Por isso, acabam herdando algumas características dessa língua original, como palavras cognatas e construções linguísticas. A família com mais línguas é a Niger-Congolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes. Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase 3 bilhões de pessoas.
PALAVRAS COGNATAS
Palavras de línguas diferentes com uma origem comum. Elas evoluem diferentemente, mas muitas vezes mantém algumas características originais na pronúncia e grafia.
família linguística indo-europeia reúne alguns dos idiomas mais falados em todo o planeta. Até o século 16, eles se restringiam à Europa e ao leste asiático, mas se espalharam pela América, África e Oceania. Hoje em dia, é falada por quase três bilhões de pessoas em todo o mundo (ver mapa abaixo). A segunda maior família de línguas é a sino-tibetana, que inclui o chinês, o tibetano e o birmanês, e é falada por 1,3 bilhão de pessoas.

Até agora, os cientistas haviam desenvolvido duas teorias para explicar a origem da família indo-europeia. Uma delas propunha que ela era descendente de um idioma falado por um povo seminômade que habitava estepes ao norte do Mar Cáspio, na Rússia, há 6.000 anos. A outra hipótese previa que a língua havia surgido na região da Anatólia, no extremo oeste asiático, onde hoje se encontra a Turquia. Segundo essa teoria, ela teria se espalhado pelo mundo entre 9.500 ou 8.000 anos atrás, com a expansão da agricultura.
DNA dos idiomas - Os pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveram testar qual desses cenários era mais provável. Para isso, resolveram adaptar um método estatístico utilizado por biólogos evolutivos para estudar a evolução de algumas espécies. Esses cientistas costumam usar semelhanças e diferenças no DNA para traçar as origens dessas espécies e montar uma árvore genealógica com seus ancestrais.

Os pesquisadores usaram a mesma abordagem para montar a árvore genealógica dos idiomas indo-europeus. Em vez de procurar por semelhanças no DNA, buscaram por palavras cognatas em 103 idiomas da família, desde os mais modernos aos já extintos.
Depois de montar a árvore genealógica e de traçar como cada língua se espalhou pela Europa e Ásia, eles estimaram onde cada uma delas havia surgido, chegando até o idioma original. 
Como resultado, confirmaram que a família indo-europeia surgiu na Turquia entre 8.000 e 9.500 anos atrás. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento da agricultura levou essa “língua-mãe” ao resto da Europa e oeste da Ásia.
Com a evolução do idioma e a relação com outras culturas, acabaram surgindo diversas subfamílias no decorrer do tempo. As cinco principais, que são faladas ainda hoje - o céltico, germânico, itálico, balto-eslavo e indo-iraniano – começaram a se diferenciar entre 4.000 e 6.000 anos atrás. 

Nova doença apresenta sintomas semelhantes aos da aids


Infectologia

Mal, identificado na Ásia, também enfraquece o sistema imunológico, mas não é provocada pelo vírus HIV e parece não ser contagiosa

Técnica genética poderá abrir caminho para a cura da aids em humanos
Aids: nova doença descrita em artigo apresenta sintomas aos da doença provocada pelo vírus HIV (Hemera)
Pesquisadores americanos identificaram em asiáticos uma doença de causa desconhecida cujos sintomas são semelhantes aos da aids. Em artigo publicado nesta quinta-feira no periódico The New England Journal of Medicine, eles afirmaram que trata-se também de uma imunodeficiência adquirida, ou seja, que não é hereditária e que prejudica o sistema imunológico. A condição, no entanto, não é provocada pelo vírus HIV e parece não ser contagiosa.

Opinião do especialista

Stefan Cunha Ujvari
Infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor de Pandemias – A Humanidade em Risco

"Na verdade, essa doença é mais uma descrita entre as várias imunodeficiências que existem e já são conhecidas. A diferença é que ela interfere em um mecanismo de defesa do corpo que também é atingido, embora de outra forma, pelo vírus HIV.
Quando o corpo encontra um quadro de infecção, ele precisa das células CD4 para combatê-la. Enquanto o vírus HIV ataca diretamente essas células, essa nova doença parece interferir nas substâncias que ativam a sua ação. No fim, elas provocam os mesmos sintomas e tornam os pacientes vulneráveis a infecções parecidas.
Como ela não é contagiosa, atingiu poucas pessoas e em uma região específica do mundo, não há motivo para pânico. Além disso, não há risco de essa doença confundir o diagnóstico da aids, por exemplo."
Ainda de acordo com os pesquisadores, a doença se desenvolve em pessoas de, em média, 50 anos de idade. Como ela não é hereditária, é improvável que um único gene provoque o problema. Os autores afirmam que alguns pacientes, mas não especificaram quantos, morreram de infecções muito graves após apresentarem esse problema.
A pesquisa foi desenvolvida por especialistas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, sigla em inglês) dos Estados Unidos, que analisaram mais de 200 pessoas de 18 a 78 anos de Taiwan e da Tailândia, países que concentraram a maior parte dos casos registrados desde 2004. Segundo o artigo, a maioria dos indivíduos que tinha a nova doença produziu substâncias chamadas auto-anticorpos, que bloqueiam uma sinalização química do organismo que ajuda o corpo a identificar infecções. Ou seja, é diferente da ação do vírus HIV, que ataca as células do nosso sistema de defesa.
No entanto, quando esses sinais são bloqueados, os sintomas da doença se parecem com os da aids — vulneráveis à invasão de vírus, fungos, parasitas e especialmente de micobactéria não-tuberculosa, um microorganismo parecido com o que causa a tuberculose. Os pesquisadores não identificaram o que leva as pessoas a produzir esses auto-anticorpos, mas eles sugerem que eles surgem ao longo da vida em decorrência de uma combinação de fatores ambientais e genéticos.
Abordagens — De acordo com os especialistas, o uso de antibióticos nesses casos nem sempre é eficaz. Por isso, os médicos vêm tentando abordagens diferentes, incluindo o uso de uma droga contra o câncer que suprime a produção de anticorpos. O medicamento atenuou os sintomas da doença em alguns pacientes, mas não a eliminou completamente, o que leva os especialistas a acreditarem no caráter crônico da condição.

Atenção, senhores ministros e ministras! Maior do que o PT, a história espreita suas respectivas biografias! Ou: O Super-Lewandowski contra a verdade dos fatos e a verdade processual



O Supremo Tribunal Federal assistiu ontem, quero crer, a uma cena inédita. O ministro Ricardo Lewandowski, a esfinge sem segredos,  declarou, conforme antecipei aqui e no debate na VEJA.com, a inocência do deputado federal João Paulo Cunha (SP). O rigor com Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil e peixe pequeno do petismo, era a véspera do vale-tudo com João Paulo, como naquele poema de Augusto dos Anjos, em que o beijo precede o escarro. “Mas o que é que nunca se viu antes, Reinaldo? Um ministro declarar inocente o réu?” Não! A isso já se assistiu outras vezes.
O espantoso era o tom militante do ministro. Se, no dia anterior, havia feito, nas suas próprias palavras, um “desagravo” a Luiz Gushiken, nesta quinta, comportou-se com um entusiasmo que não se viu nem em Alberto Toron, o advogado do réu. Aquele, ao menos, teve o cuidado de citar o poeta Oswald de Andrade (ainda que tenha invertido o sentido da citação). Lewandowski preferiu evocar em defesa de João Paulo o testemunho isento do petista José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça…
a única diferença entre os casos João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato é a soma de dinheiro envolvida na tramoia. Aquele repassou para a agência do Valério pouco mais de R$ 76 milhões pertencentes ao banco; o deputado, pouco mais de R$ 10 milhões. Aquele recebeu R$ 326 mil da agência do empresário (diz ter repassado a alguém do PT…); o deputado, R$ 50 mil. Aquele estava pessoalmente envolvido na liberação dos recursos; o deputado também. Releiam o voto de Barbosa, que lida com fatos — todos documentados: se os atos de ofício são necessários para caracterizar a corrupção passiva (leiam o Código Penal; isso não é verdade), os há muito mais no caso João Paulo do que no caso Pizzolato. Então por que a diferença de tratamento? Porque o réu de agora é um nomão do PT, e a sua eventual absolvição antecipa a dos políticos, muito especialmente a de José Dirceu.
Lewandowski entregou-se à defesa com dedicação, com zelo, com esmero. Não faltaram nem mesmo alguns momentos que poderiam ser caracterizados de puro cinismo. A SMP&B era uma agência de publicidade. Couberam-lhe tarefas tão díspares como contratar um instituto de pesquisas ou cuidar do mobiliário da Casa. O ministro revisor achou tudo normal. Quando o voto de Lewandowski for publicado, vocês lerão que, num dado momento, ele fala na “verdade processual”. E chama a atenção para a expressão, como a dizer: “Eu não estou falando necessariamente da verdade dos fatos, mas da verdade que está no processo”. O tema é bom. Rende muito.
O ministro, de fato, está lidando com uma máxima de que inexiste o que não está nos autos. Bem, de todo modo, as lambanças de João Paulo com a agência de Valério estão, sim, nos autos, devidamente documentadas. Sua observação é ociosa. Mas não me furtarei a fazer alguns comentários a respeito.
O conceito de verdade processual deve valer como um instrumento de segurança, não de impunidade. Uma “verdade processual” que se choca frontalmente com a “verdade dos fatos” verdade não é, nem mesmo processual. Pode ser apenas um farsa ardilosa daqueles que escaparão impunes e daqueles que lhes garantirão a impunidade. Dou um exemplo dentro do próprio processo, querem ver?– é da ordem dos fatos que Pizzolato liberava os recursos do fundo Visanet para a agência de publicidade na parcela que concernia ao Banco do Brasil;– é da ordem dos fatos que aquele era dinheiro público;– é da ordem dos fatos que o serviço não foi prestado pela agência;– é da ordem dos fatos que Pizzolato recebeu um maço com R$ 326 mil.
Muito bem! Digamos que não se pudesse apontar o “ato de ofício” do ex-diretor de marketing. Nesse caso, a “verdade processual” deveria servir para fraudar a verdade factual e para fazer um impune?
Quantos ministros vão seguir Lewandowski em seu confronto com os fatos — e, no caso, com a verdade processual também? Não sei! Faça cada um o que bem entender da sua própria história. Mas uma hora essa onda passa. E então será a história a fazer a justiça que eles se negarem a fazer — inclusive com suas respectivas biografias.
Texto originalmente publicado às 4h04
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/atencao-senhores-ministros-e-ministras-maior-do-que-o-pt-a-historia-espreita-suas-respectivas-biografias-ou-o-super-lewandowski-contra-a-verdade-dos-fatos-e-a-verdade-processual/